terça-feira, outubro 14, 2008

Solidão

Estar só num meio duma multidão é uma sensação muito estranha, mas é assim que eu me sinto por vezes, quando no dia a dia vou tendo que passar por muitas e muitas situações.
A vida é assim mesmo e nós somos obrigados a tomar decisões constantemente e a toda a hora e essa capacidade de decidir e resolver faz toda a diferença e explica, quanto a mim, a razão porque uns são capazes de progredir e liderar com toda a naturalidade...
Todo este processo de decidir e avançar está relacionado com os nossos medos, receios e capacidade de gerir o nosso próprio EU e logicamente, que tem a ver com todo o nosso percurso de vida. Se a nossa auto-estima e confiança estiver nos níveis que deve estar, então é claro que a gestão dessas mesmas decisões se fará duma forma tranquila e sem sobressaltos, na medida em que, estando bem connosco próprios, essa harmonia se estende ao nosso processo mental e de vida.
Ou seja, estar na vida e enfrentar o nosso dia a dia, implica necessariamente tomar decisões rápidas e com o menor custo possível, se bem que haja pessoas que nunca o conseguem fazer naturalmente. Tenho visto muito esta dificuldade de decidir nalguns membros dum casal, no qual um deles toma "as rédeas" das decisões, enquanto o outro se habitua a não resolver nada no seu quotidiano. Quando acontece morrer primeiro o "decidor", a situação torna-se muito gravosa para o que fica. Ainda hoje vou atender um casal, que quase de certeza está nesta situação
Seria excelente poder decidir apenas as grandes questões da minha vida e ter quem se encarregasse dos pequenos nadas do quotidiano e do dia a dia da minha vida e do meu consultório... a figura da governante ou da enfermeira chefe é algo que me agrada imenso, mas que é muito difícil encontrar nos dias de hoje.
Tanto mais que toda a geração pós 25 de Abril foi educada e ensinada a não se responsabilizar por nada e de preferência a deixar para os outros os problemas e as decisões. Nos meus tempos de professor universitário, esta faceta dos alunos deixava-me muito aborrecido e foi um dos factores que pesou na minha decisão de abandonar a carreira docente. Ensinar é alg de que gostava muito, mas ter que incutir princípios e ética a jovens adultos era e é algo que me entristecia e que, logicamente, não deveria ser das minhas competênicas. Felizmente que já vejo muito ao longe os meus dias de reforma, para não ter que lidar muito mais com estes aspectos.
E tenho a certeza de que se tivesse um grande SORRISO nestas alturas em que me sinto profundamente sózinho, tudo se resolveria muito mais facil e rapidamente.
Por isso, Grande SORRISO e vontade de VENCER.. também é importante ter esta ambição de vencer e de progredir, porque ajuda a decidir e a querer sempre mais e mais

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