Em Sto André

Viemos ontem para Sto André, debaixo dum temporal de chuva, vento e nevoeiro, pouco propício a viagens, mas com a aliciante de virmos para a lareira e estarmos na preguiça o resto do dia e do fim de semana.

Cá chegámos e estivemos, jantámos e estivemos depois a ver um filme " No segredo dos teus olhos", um thriller argentino, bem construído e imaginado, que se vê muito bem.Trouxe ainda mais dois filmes que queria ver, o "Agóra" e o Robin Hood, última versão cinematográfica.

Felizmente que já fiz o chamado período de "luto" por Sto André, ou seja, guardo as muitas memórias e emoções deste espaço fantástico, mas numa perspectiva externa,  o que quer dizer que é algo que faz parte intrínseca do meu ser, sem ser necessário a sua existência física. Daí uma certa resistência de cá vir e de aqui ficar, porque neste presente á não me identifico mais com este local. As minhas emoções e as minhas memórias começam a identificar-se mais com Sesimbra. São factos da vida...

De qualquer forma, gosto de aqui estar como gosto de estar noutros locais bonitos e com estórias, tendo por este um especial carinho como é evidente.

Mesmo a hipótese de ser vendido e de deixar de pertencer à família já não me assusta como quando ouvi falar nisso pela primeira vez, porque percebo as razões e talvez seja o mais lógico, visto que pelo evoluir da vida as razões mudam e há evoluções inesperadas.

É um sinal dos tempos difíceis em que se vive e também de opções menos acertadas tomadas há muitos anos, uma vez que talvez ( e é um enorme talvez ) se pudessem ter considerado outras opções para a viabilidade futura deste espaço. MAs agora é inútil pensar nessas hipóteses uma vez que é completamente impossível voltar atrás.

O que importa e fica são as vivências e as memórias e essas ninguém as pode tirar ou subtrair do meu código genético e do meu passado. Pertencem-me e tentarei transmiti-las aos meus filhos e eles aos filhos, para perpetuar pelos tempos as minhas memórias.

Aqui coabitam uma série de estórias, de famílias, de memórias do meu Pai, da minha avó Eduarda, de muitos amigos, da adolescência e de muitas e muitas cenas que me vão passando, em flashes, pela minha mente e vista. Duma forma completamente pacífica e gratificante.

Hoje o programa é estar na preguiça, a ler e a dormitar, ao pé da lareira vendo e sentindo o crepitar das chamas e tentar recarregar baterias para este novo mês que vai começar, neste final de ano. Que tudo continue a correr o melhor possível e sem grandes sobressaltos porque que encarar o futuro com energia e acreditar no Universo e nas suas imensas potencialidades, de modo a podermos seguir com a nossa vida e de quem nós depende.

Vou começar a ler o "Anjo Branco" do José Rodrigues dos Santos, a ver se é melhor do que os outros que são fracotes e desinteressantes.

Um enorme e luminoso SORRISO com toda a força emanada desta terra onde estou, imbuída de tantos espíritos e memórias.

Chuva

Tem chovido e chovido, com inundações pelo país, tendo ontem a baixa ficado alagada. O Rossio, e ruas adjacentes pareciam um lago, nunca tendo visto nada assim. Dizem que é normal e não está relacionado com alterações climatéricas, mas a verdade é que estas súbitas inundações e "tempestades" não eram assim tão normais.

Fomos ao Corte Inglês, entre outras coisas, ver portáteis para o Francisco que ficou sem computador e também ao supermercado, para levarmos umas coisas para Sto André. Seguimos para o Allegro, igualmente ao super, uma vez que não justifica comprar tudo no corte inglês ( bem mais caro )  e à fnac, onde comprei uns filmes para levar e uns livros, entre os quais, o último do José Rodrigues dos Santos.

Agora depois de ter almoçado o que devia, seguindo o meu regime e tendo a satisfação de continuar a perder peso e sobretudo de me sentir muitíssimo bem e a alcançar o resultado que quero, de ter arrumado o saco para levar e de escrever este post, vou passar pelas brasas para depois irmos ter com a MB e seguirmos então para a quinta e podermos estar pacatamente à lareira e no descanso absoluto, vendo a chuva a cair no quente ambiente de casa.

Tendo comprado uma carne - bochechas de porco - no corte inglês e não sabendo como se faz, resolvi mandar uma mensagem ao meu irmão CA, a pedir-lhe uma receita e, ao fim de muitos e muitos meses, chegámos à fala e duma maneira muito cordial. Tenho saudades deste clima de entendimento e vou fazer os possíveis por chegarmos a um relacionamento saudável e possível. Tenho que compreender que ele já não vai mudar e que, certamente, tem muitos problemas que, infelizmente, foram fruto da sua actuação mas que não deixam de ser bastante aborrecidos e preocupantes.

Também estive a tagarelar com o manito espanhol, com quem não falava há muito e desta conversa fluída e fácil, foram-se dando e recebendo notícias, opiniões e sobretudo transmitindo a imensa amizade que existe entre nós. Também telefonei à N, que continua a ser o ponto seguro e apaziguador desta família e de quem gosto cada vez.

Vou dormir um pouco, embalado pela chuva e pelo SORRISO saudoso duma relação despreocupada e intensa, com a vontade de reforçar os laços afectivos e familiares com os que me rodeiam.

Evolução e Condição Humana

Dia cinzento, de chuva intensa e mesmo de Inverno. Gosto destes dias, principalmente se puder estar à lareira, a dormitar, a ler um livro simples ou a conversar, como vou fazer em Sto André, para onde devemos ir este fim de semana prolongado. Ao contrário de muita gente, gosto de chuva, frio e dias cinzentos porque é mais fácil defendermo-nos deste tempo do que do calor e sol excessivo, para além de que é o tempo habitual desta época do ano.

Só que também o tempo já não é o que era porque ora está um calor imenso, ora está uma chuva tremenda, inundações, temporais e uma inconstância permanente do clima que é devido, segundo alguns à acção do homem e segundo outros à evolução própria deste planeta. Parece que ao longo dos milhões de anos que  a Terra tem, houve sempre esta alternância de subidas e descidas de temperatura, pelo que talvez estejamos a assistir a fenómenos normais do desenvolvimento e vida da Terra. Ainda não estamos na posse de todos os conhecimentos, nem nunca iremos estar porque, quanto a mim, há-de haver sempre algo desconhecido para a humanidade e quando falo nisto, lembro-me sempre do filme " 2001, Odisseia no Espaço", porque durante muito tempo me interroguei acerca do significado da porta que surge ao longo do filme e descobri que representa precisamente o desconhecimento do homem e a nossa falência em tudo conhecer.

Efectivamente assiste-se a saltos qualitativos do conhecimento humano e cada vez mais vamos percebendo muita coisa, mas há sempre, e haverá sempre, elementos que escapam e escaparão ao conhecimento humano porque, para mim, é impossível sabermos tudo de todo. Ou seja, é esta busca pelo conhecimento que faz mover o homem e que nos faz evoluir cada vez mais e nem sempre no caminho certo. Acredito que há um programa determinado ( por quem ?? ) na evolução da humanidade porque há descobertas e evoluções simultâneas e conjuntas que me fazem pensar assim , como se tivessem que acontecer determinadas coisas numa dada altura.

Na minha área, medicina, a evolução é espantosa, na medida em que quando terminei medicina e já lá vão perto de 30 anos, havia técnicas de que falámos como sendo de futuro e que são neste momento a rotina de todos nós e mesmo nalguns casos, já estão obsoletas e quase a serem ultrapassadas por outras técnicas.

Mesmo em medicina dentária, também já com 20 anos de formação, houve uma evolução na abordagem do doente mas não tão grande como na medicina, uma vez que as técnicas são as mesmas, os materiais também quase os mesmo e as soluções praticamente iguais, se bem que se generalizaram mais algumas técnicas, antes apenas utilizadas em casos muito restritos. Fala-se em grandes evoluções, como a utilização das células estaminais na nossa área, vacinas contra a cárie e certas doenças periodontais, o uso rotineiro do laser, mas a verdade é que ainda está tudo em estudo e análise sem aplicação prática. Também porque muito destas coisas têm custos proibitivos nos tempos que correm.

A evolução da espécie humana é na verdade enorme e fabulosa em muitos aspectos, mas resta ver se estamos no bom caminho ou se pelo contrário, caminhamos numa rota de colisão e de destruição, uma vez que os sinais são contraditórias nesta nossa caminhada. Por um lado toda a evolução positiva e concreta na melhoria da vida das pessoas e por outro lado, catástrofes naturais de cada vez maior dimensão, contrastes humanos enormes de grandes desníveis, com o acentuar das diferenças abissais entre todos e entre países ricos e pobres, países num crescimento uniforme e crescente com a melhoria inigualável das condições de vida e outros em que a violação dos direitos humanos e as condições de vida são infrahumanas e inerranáveis.

Olhamos para o Brasil e vemos um país em franco crescimento positivo com a certeza de que daqui a uns anos estará na frente do mundo, para a China que avança a passos largos para uma grande economia, mas presa nos seus dilemas políticos e de vivência numa ditadura, e no outro lado temos países como a Birmânia, a Coreia do Norte, o Haiti em que as condições de vida são terríveis, difíceis e não têm nada a ver com esta enorme evolução humana. Quanto à Europa, somos um continente antigo, com acesso às melhores tecnologias e conhecimento e somos também um continente envelhecido, gasto e sem ideias fortes e de projecção no futuro

Por isso nem sempre a evolução dos conhecimentos se traduz na melhoria da vida das pessoas porque na verdade não sabemos ainda resolver o dilema duma melhor vida, com mais qualidade e autenticidade, dentro deste quadro de dificuldades e de "depressão" mental e económica.

Ou seja, somos cada vez mais pequenos perante a dimensão deste planeta e a universalidade em que nos movemos, não estando ainda adaptados a estes novos tempos e desafios que enfrentamos. Temos que pensar global e duma forma que ultrapasse as barreiras físicas do nosso ambiente natural, para podermos seguir em frente e principalmente melhorar as condições de vida de todos nós.

Se fosse mais novo, emigrava para bem longe da Europa e ia tentar a minha sorte no Brasil, na Austrália ou quem sabe algures onde houvesse outras oportunidades, para fugir da mediocridade deste País e ter a possibilidade de construir um futuro melhor com mais força e esperança, que é algo que nos falta de todo.

Ir para um País novo, reconstruir toda uma vida e saber que do nosso esforço, energia e vontade poderia resultar numa vida melhor, mais salutar e dinâmica seria o preço a pagar pela ausência física do nosso pais que continuamos a amar, mas que também nos faz sofrer bastante nesta hora tão difícil da sua história. Ou seja, as saudades - tipicamente portuguesas - seriam recompensadas pela esperança da vida e pelo optimismo no futuro.
Hoje parece que estou a flutuar no espaço e a ver a terra ao longe como se vê nos filmes, com as suas manchas de águas, os continentes, as cidades e os enormes espaços vazios. É a imagem do google earth que me aparece agora e que que me parece visionar neste momento. Estou fora deste mundo, bem no alto a olhar para a humanidade e a ver a sua evolução, feita de contrastes e de sobressaltos, a caminho de algo que nos é completamente desconhecido, mas que queremos certamente conhecer e dominar. Gosto desta sensação de leveza e de intemporalidade que me faz "fugir" desta realidade e que associei neste instante ao que senti na grandiosidade da catedral de Santiago de Compostela e mais recentemente junto das pirâmides de Gizé. Ou seja, a grandiosidade do Universo, o seu imenso mistério que ainda permanece na sombra, que nos faz ver a nossa pequena dimensão e insignificancia perante este imenso mundo e do nosso desconhecimento acerca de tanta e tanta coisa. EM Santiago de Compostela senti a presença de "ALGO" que me ultrapassava, duma entidade divina ou cósmica ou como queiram chamar e nas pirâmides senti igualmente esse enorme poder e a força dos homens que, quando, verdadeiramente empenhados numa obra e projecto são capazes de transcender a sua própria condição e legar à humanidade obras duradouras e imortais.

Parece que estou com vontade de "sair" desta vida difícil e complicada e pairar acima de tudo e de todos, numa situação etérea e fluída como uma espécie de energia cósmica sem forma mas com uma imensa vontade de tudo resolver e solucionar neste imenso quadro terrestre e de contradições brutais.

Deve ser da chuva e do tempo, bem como de ser 6ª feira, bem como fim do mês que me dá para estas filosofias, pensamentos, associações e memórias, bem longe desta realidade negra e sombria em que nos movemos e que em cada dia que passa é bem mais evidente o esforço colectivo que temos e devemos fazer para ultrapassar as dificuldades e conseguirmos ser um PAÍS real e com possibilidades de progredir e dar a cada um de nós a vida com que todos nós sonhamos e queremos.

Fica este SORRISO cósmico, proveniente de muitos quilómetros luz da nossa galáxia, com uma energia e força enorme e ainda a esperança que sempre acompanhou a humanidade e os homens no seu grande percurso desde o seu aparecimento até à actualidade e que nos irá acompanhar sempre porque haverá sempre espaço para a esperança, para a FÉ e para a crença, uma vez que acredito que o conhecimento humano nunca explicará tudo acerca de tudo o que somos. Haverá sempre algo por explicar e por perceber para motivar os homens a ir sempre mais além e mais longe, até ao fim dos tempos.....

Suspense

Ontem estive a ficar progressivamente mais depressivo com as sucessivas notícias e comentários à ruptura das negociações entre os principais  partidos, ficando cada vez nais convicto de que o principal problema neste momento é o sr eng Socrates, pela sua inflexibilidade, teimosia e irracionalidade.

Ao fim da manhã soube-se deste desfecho e imediatamente as consequências surgiram, com baixa das bolsas e subida dos juros da dívida, como era de esperar. Vive-se uma irrealidade total e estamos perante a prova cabal de que não temos estadistas como deve ser, mas apenas politiqueiros inconsequentes a brincar com o País e com as pessoas.

O ambiente é incrivelmente estranho, parecendo que estamos em fim de época e de "dinastia", sendo preciso uma enorme regeneração de hábitos, pessoas e mentalidades. é altura de aparecerem novos políticos, edoneos, sérios e capazes de se sacrificarem ppor Portugal, de modo a porem este País na ordem e em condições. Tem forcosamente que se fazer qualquer coisa para nos tirar deste imenso pantano em que estamos e que nos vai afundar todos e tudo, com as enormes consequências para a vida de todos nós.

Sinto diariamente a apreensão das pessoas e a enorme contracção que estão a fazer, porque não sabem o que as espera no futuro, encontram-se desanimadas e confusas porque as notícias são de mal a pior

A derrapagem dos dinheiros públicos foi brutal, demonstrado que este governo é duma incompetencia a toda a prova e dando razão ao PSD quando exige um acompanhamento sério e total da execução das finanças públicas. A verdade é que parece vivermos uma irrealidade total, que se está a transformar num pesadelo contínuo e sem saída.

Estou preocupadissimo e enervado com tudo isto porque estou a ter consciencia das consequencias imediatas desta falta de perspectiva e de futuro das pessoas, que estão completamente frustradas e desanimadas, reflectindo-se no seu dia a dia e na retracção dos seus gastos.

Temos que ter outras ambições, outros horizontes e principalmente outros políticos e dirigentes capazes de nos levar a bom porto e por bons caminhos. Estamos entregues a uma elite política de incompententes e de pessoas que só pensam em termos partidários.

Do irrealismo do BE e do PCP, à esquizofrenia do primeiro ministro, passando pelos ziguezagues do PSD e pelos excessos do CDS - sendo todavia o mais coerente, quanto a mim - não temos quem faça frente a esta situação dramática e mesmo o PR actual pouco ou nada faz para a resolução deste problema. Quando na sua recandidatura pergunta o que seria de Portugal sem ele, fico espantado como seguir esse caminho, uma vez que estando o País como está, será que ele pensa que efectivamente fez o que poderia ter feito e da maneira como o deveria ter feito ?? Estranho esse raciocínio porque  todos, mas todos, têm culpas e bastantes pelo estado a que isto chegou e agora somos todos nós que vamos pagar - e muito - este estado ruinoso em que deixou cair o País.

Hoje o sr primeiro ministro deve vir com a reprimenda ouvida do conselho europeu e dos alemães e talvez se convença que tem que fazer um acordo e ser mais humilde ou então ir-se embora e deixar outro no seu lugar a governar. Podia meter baixa ou dar parte de "louco" porque não é dificil aceitarmos isso, numa pessoa que é um mentiroso compulsivo e completaente fora da realidade que todos nós sentimos.

Como já deu para ver, estou completamente perplexo pelo evoluir dos acontecimentos e todos os programas que vi e ouvi ontem deixaram-me ainda mais atónito, porque a situação é verdadeiramente assustadora e com a agravante de a partir de 2014 termos novas bombas relógios para dar cabo das nossas contas, se lá chegarmos, porque começamos a pagar a sério toda esta loucura das parcerias público privadas. Adorava ter um consultório nesse regime, porque quando tudo corre bem, fica-se com os lucros, mas se há problemas, então o estado paga e fica com os prejuízos. Grande negócio.

Hoje é dia de jantar com o Francisco e de tentar saber porque anda ele tão nervoso e agressivo, como tenho reparado. Será pelos exames, por amores não correspondidos, pelo computador que avariou ?? A verdade é que também não tem grande iniciativa para a vida e parece que está sempre á espera que se resolva os problemas. tem que andar mais para diante e tentar levar as suas ambições sempre em frente e para isso precisa de energia e de força. Talvez seja só imaturidade e isso certamente que também contribui...

Fica um enorme SORRISO misturado com uma pequena réstia de angústia, que normalmente se vai dissipando ao longo do dia, tanto mais que, felizmente, este mês de Outubro já está fechado e com sucesso. Assim sejam os restantes meses.... tenhamos FÉ na força deste enorme e misterioso UNIVERSO.

Meio da Semana

Mais um dia, a meio duma semana difícil e custosa de realizar porque neste momento parece que estamos todos suspensos do que vai acontecer a todos nós, nestas negociações infindáveis e prolongadas. Há, efectivamente, uma tal indefinição que se reflecte no dia a dia de todos nós, com o adiar de decisões, de resoluções e de gastos, considerados supérfluos, o que, necessariamente, se reflecte no meu quotidiano.

A verdade é que é esta realidade que me ocupa os dias e muito me preocupa porque de todos os lados, de todos os colegas a informação é a mesma. Ou seja, há uma queda brutal e generalizada, não se sabendo se é apenas fruto de todas estas notícias trágicas ou desta indecisão momentânea em que as pessoas estão à espera de ver o que se vai passar para poderem tomar decisões.

De qualquer maneira, é tempo de ponderar, tomar, talvez, alguns decisões de futuro e sobretudo, conter todas as despesas supérfluas enquanto ainda estamos bem e conseguimos fazer face a todos as despesas. Ou seja, a dificuldade está sobretudo nas marcações e na agenda, uma vez que há uma enorme quantidade de desmarcações e adiamentos, bem como uma acentuada diminuição de grandes trabalhos, implantes etc.

É evidente que tudo isto me preocupa, tanto mais que as despesas se mantêm, com uma certa inconsciência dos meus filhos para esta realidade e alguma dificuldade em cortar a direito enquanto é tempo, mas até ao final do ano vou resolver uma série de coisas e preparar-me para um dos anos mais difíceis de sempre, que é o que prevejo para 2011. Para isso tem que haver a colaboração de todos e a aceitação desta realidade que, infelizmente, temos e que agora já não é possível alterar.

Ontem o nosso Presidente lançou finalmente a sua recandidatura e penso que fez bem, porque de todos os candidatos é aquele que oferece melhores garantias de estabilidade e de responsabilidade pois seria um verdadeiro desastre - a juntar aos demais - a eleição de Manuel Alegre que felizmente não me parece ter grande eco na sociedade e que neste clima de incerteza e angústia colectiva, não desperta qualquer entusiasmo como aconteceu há 4 ou 5 anos com a sua candidatura independente do PS e contra Mário Soares. Tinha outro élan e outra motivação que esta não tinha.

Esta semana vou começar a ver presentes de Natal, se bem que já tenha ideias para muitos deles, porque este ano vai ser mesmo umas lembranças e pouco mais e mesmo para as pessoas muito queridas o racionamento vai chegar.

Sinto-me vazio e quando começo o dia, com palavras secas e desprovidas de todo o carinho e atenção, pior ainda uma vez que estou bastante fragilizado e necessitado de mais atenção e amor. Sei que podemos estar todos mais angustiados ou preocupados, mas a verdade é que ando há muito a alertar para algumas realidades que gostaria de ver mudadas e sentir-me mais acompanhado e querido. Será pedir muito ou será que ando demasiado susceptível ? E quando não se consegue transmitir o nosso ponto de vista ainda mais triste fico, porque por vezes me sinto num enorme plano inclinado, do qual quero sair rapidamente e não consigo. Espero sinceramente que nada se agrave e que pelo contrário, tudo se componha.

Este fim de semana prolongado devemos ir até Sto André, por termos sido convidados pela MB e apesar de não ter grande vontade de lá ir, porque praticamente "arrumei" este espaço nas minhas memórias, estando a substitui-lo por Sesimbra, não faz muito sentido para mim lá ir, mas sinto da parte da MB a vontade de não estar só e também a convicção de que ainda me agrada lá ir, o que lhe tenciono dizer já não é assim, uma vez que também já fiz o "luto" por aquela casa e aquele espaço. Foram muitos e bons anos, muitas memórias e recordações e neste momento, é uma gaveta que se fechou e que está devidamente arrumada no meu ser. Foi muito importante e significativo mas felizmente que tenho também neste quotidiano, outros espaços e locais onde me sinto muito bem e que preenchem a minha necessidade de ter um local onde seja feliz e bem vindo, sem as conotações negativas que estão actualmente associadas a Sto André, a começar pela completa ausência de contacto com a minha irmã P, que se mantém encerrada no seu mutismo e teimosia. Felizmente que sei que este contacto seria muito mais benéfico para ela do que para mim, uma vez que eu tenho uma vida bem preenchida, muitos e bons amigos e uma diversidade de aplicações e de possibilidades o que não lhe acontece. Por isso, quando e se ela quiser retomar qualquer coisa, logo se verá a atitude a tomar na altura. Mas talvez já seja demasiado tarde...

Acho que hoje estou nostálgico e ciente de estar cada vez mais só no consultório, porque as decisões só~podem ser minhas, se bem que esteja bem contente por lá a CF, porque me parece verdadeiramente empenhada em contribuir para o consultório e com algumas ideias.

Fico com o meu SORRISO nostálgico e cansado deste quotidiano, com a necessidade de carinho e de compreensão, mas também com muita ENERGIA e EMPENHAMENTO neste presente tão difícil e imprevisível.

Angústia

Lá voltou esta pequena angústia matinal, que já não aparecia h´algum tempo e que resolveu visitar-me hoje. Os prováveis motivos são sempre os mesmos e por isso nada de novo a assinalar neste quotidiano.

Ontem tive a visita de dois colegas que queriam alugar o meu consultório para rentabilizar os gabinetes, mas infelizmente ainda não é a altura para o fazer. Contam-me que também em Castelo Branco - onde estão - há uma enorme quebra com uma grande alteração dos hábitos dos doentes e ainda com consultas semanais, em vez da agenda cheia para todo o mês. Posso por isso considerar-me por isso, muito bem uma vez que continuo a ter quase sempre a agenda cheia, se bem que depois desmarquem e faltem. Mas isso é outra história.

Quanto ao resto, tudo na mesma, sem estórias ou novidades, uma vez que a vida decorre dentro desta imensa normalidade e rotina, porque parece que está tudo suspenso do que vai acontecer e das nossas hipóteses futuras de sobrevivência colectiva.

A verdade é que as negociações continuam e prosseguem, tendo a ideia de que é mesmo obrigatório que se chegue a um consenso e que finalmente o Governo e o PS negoceiem e façam cedências, uma vez que são os principais culpados desta imensa tragédia.

Continuo a ver uma série com imensa piada que é a "Irmãos e Irmãs" , retratando uma família cheia de segredos e de mistérios, representando cada um dos irmãos um determinado esteótipo e modelo. é muito engraçado.

Continuo a ler o "Bom Inverno", que tenho que acabar uma vez que não gosto de deixar livros a meio, mas que é um pouco seca e a "Catarina de Aragão", que nos dá um retrato totalmente diferente desta personagem, comparativamente à que nos é dada na série que deu na televisão acerca dos Tudors. Estou a gostar se bem que exagere um pouco nas cartas pessoais dela. Mas lê-se bem...

E nada mais há para relatar ou escrever porque esta minha angústia vai-se  certamente dissipando ao longo da manhã e do dia, como sempre tem acontecido, porque é mesmo algo que acontece pela manhã, fruto talvez deste vazio que vou sentindo e que ainda não consegui preencher devidamente, mas que terei mesmo que tentar colmatar, seja com o tal programa de voluntariado, seja arranjando qualquer coisa mais para fazer e estar ocupado e simultâneamente talvez conseguir mais receitas.

Estou a repetir-me cada vez mais, mas a verdade é que não há novidades e não tenho grande vontade de comentários políticos ou da situação uma vez que todos nós já estamos devidamente informados e assustados acerca desta nossa realidade. vamos ver o que nos espera e o que nós é dado por este imenso UNIVERSO, cheio de forças cósmicas.

Um imenso SORRISO para esta semana que prossegue ao seu ritmo com muita vontade de lutar e de vencer esta angústia e partir em busca da nossa realização pessoal e afectiva

2ª feira

Hoje custou-me imenso convencer-me a vir trabalhar, precisamente e apenas por ser 2ª feira, dia que detesto cada vez mais e com maior intensidade. Sinto que está relacionado com um imenso vazio que vou sentindo e que preciso de preencher quanto antes. Vazio pessoal porque fui resolvendo os meus dilemas, percebendo muito dos tenho, devo procurar qualquer coisa que meus traumas, solucionando conflitos internos e ainda não preenchi todos esses espaços que ficaram despojados e sem significado. Penso ou antes sinto que, tenho, devo mesmo procurar qualquer coisa que me complete e me faça sentir mais vivo e mais actuante. Também no campo afectivo sinto necessidades que nem sempre são correspondidas porque também sei que há uma alteração no meu sentir e na minha sensibilidade que procura algo que nem sempre encontro, apesar de saber que existe uma imensa reciprocidade. MAs nem sempre em convergencia e na mesma linha. O que me deixa muitas vezes, contristado.

Quanto aos meus filhos, a relação com o mais velho, segue muito bem e em linha recta, enquanto que o mais novo e apesar de saber que gostamos muito um do outro, parece ter muitos ziguezagues porque ele tem algumas alterações de humor ou pelo menos parece que está sempre meio aborrecido ao telefone. sei que não é comigo, mas sinto-me um pouco triste com essa atitude, se bem que saiba que ele ainda não tem a maturidade suficiente para dar a volta a esse comportamento. É muito influenciável pelo que lhe vai acontecendo no dia a dia e principalmente fica aborrecido quando não te programas específicos ou está em grupo, porque me parece que tem alguma dificuldade em se encontrar a si mesmo e preencher os tempos a sós. É dar tempo ao tempo e crescer o necessário.

Mas é 2ª feira, a última deste imenso mês de Outubro, em que acordámos uma vez mais para a nossa dura realidade e nos apercebemos que vamos penar por muitos e bons anos, tendo que fazer muitos sacrifícios e encolher bastante no nosso quotidiano, para podermos continuar no essencial e no que é realmente importante.

Ontem depois do almoço com a Mb, passámos por casa da minha irmã/cunhado para os ver e também a minha mãe, que está excelente, não tendo sido ainda desta vez que me apeteceu falar com ela acerca de alguns factos da vida e de acontecimentos recentes e ainda por casa dos pais do I, para deixar uma coisas e trazer outras. Foi assim um domingo de conversas soltas que terminou com uma sesta e com o rever de alguns capítulos da série "Irmºaos e Irmãs" que tem imensa piada e que já vimos, mas que gostamos de rever.

Hoje e após uma noite que me parece sempre ter sido de sono agitado, cá estamos no SAMS, também com poucas marcações e com a perspectiva duma tarde igualmente tranquila e com pouco movimento. É por ser 2ª feira e também por estarmos nos últimos dias do mês e consequente, falta de liquidez natural das pessoas.

Felizmente que a família C já chegou e que tudo correu bem, porque estava preocupado com essa estadia, uma vez que França está ao rubro com greves, problemas sérios e graves com todos os transtornos evidentes para as pessoas. Mas tudo correu bem e estão de regresso.

Por isso e por tudo, um enorme SORRISO neste dia meio chuvoso e cinzento, com a necessidade premente de ter mais ENERGIA FORÇA

Domingo

Ontem demos imensas voltas, tendo ido á baixa a uma loja da irmã duma amiga nossa, " O espaço Açores", com produtos vindos directamente da ilha e com coisas muito boas mesmo, já tendo algumas ideias para presentes de Natal.

Tive a ideia de jantarmos "moules avec frites" e então organizámos um jantar em casa da C/R e rapidamente éramos 7 para jantar, que correu muito bem.

Durante a tarde, fomos então ainda ao Corte Inglês, às compras e uma vez mais ficou provada a grande e sentida amizade entre nós. E o nosso grande amigo M, aceitou vir jantar connosco o que nos deixou a todos francamente contentes, uma vez que ultimamente ele não tem querido vir ter connosco para jantar e estar em grupo. E foi extremamente agradável, tendo sido uma noite bem sucedida e realizada.

Hoje vamos almoçar cozido com a MB, que nos convidou a ir comer cozido à portuguesa num restaurante perto da casa dela e talvez ir tomar um café a casa da minha irmã N, para ver a minha  Mãe e talvez falar com ela. Logo vejo se tenho vontade de o fazer.

Gostava também de ir dar uma volta por lojas para começar a ter mais ideais para o Natal, que se aproxima veloz e rapidamente. Apesar de cada vez ter menos espírito para essa data e ainda mais pelos grandes desentendimentos existentes e pela falta de coesão internas e dissensões de alguns agregados familiares, que felizmente não existem directamente no meu, pois tenho uma excelente relação com os meus filhos, não sei ainda como irá ser este ano, porque me parece que ninguém tem vontade de fazer seja o que for. Vamos a ver como corre.

Ontem começaram as negociações entre os partidos para a viabilização do orçamento, que certamente irá chegar a bom termo, como toda a gente já percebeu porque me parece, e no meu fraco entendimento, que o PSD conseguiu colocar, e bem, a responsabilidade no lado do governo e do PS, que é efectivamente quem tem a culpa de tudo isto e que deve arcar com o seguimento da situação e com a tentativa de resolução. Mas a verdade é que cada vez mais se fala no FMI e provavelmente assim terá que ser com as consequências ainda piores da crise e da situação. E nós estamos bem no centro dessa mesmo crise porque infelizmente dependemos a 100% dos rendimentos disponíveis das pessoas e o nosso doente alvo é uma classe média dependente precisamente dos rendimentos. Daí a minha apreensão e necessidade absoluta de redução de custos e aumentar receitas. É imperioso que assim seja e rapidamente.

Tenho andado com uma ligeira dor de cabeça que penso ser tensional, pelo que como já estou habituado, nem vou tomar nada e deixar andar uma vez que normalmente acaba por passar e esqueço-me dela. Tenho também sono porque tenho tido um sono agitado e dormido relativamente pouco, porque acordo praticamente à mesma hora, independentemente da hora a que me deite e ontem estive a ler até tarde.

Fica o SORRISO de domingo, com uma grande preguiçite e indolência, mas mesmo assim com a certeza de que a semana que se iniciará amanhã vai ser excelente e compensadora.

Sábado

Chegados a sábado, iniciei a 2ª fase da minha dieta com um lauto e farto pequeno almoço, composto de ovos, pão, queijo, fiambre, leite, que me deixou cheio e saciado até ao almoço, que terá que ser completo, ou seja, sopa, prato e fruta.

Penso que durante a semana não conseguirei fazer este regime, mas vou tentar uma meia solução porque tenho mesmo que ingerir mais comida de manhã e á tarde e uma acentuada diminuição pela noite. Vamos ver o que vai dar.

Ontem acabei por não fazer nada, a não ser ir ao consultório dar uma consulta de urgência a uma grande e querida amiga e ir jantar ao Mensa ( sempre em forma e uma surpresa sempre que lá vamos ) com a MB. Comemos uma sopa deliciosa de amêndoas com gomos de laranja, seguido (para mim ) dum lombo com sésamo que estava espectacular. Associado à simpatia e ao preço excelente, é mesmo um restaurante a manter e a frequentar assiduamente.

A conversa solta e fluída com a MB ajudou-me particularmente a levantar o moral e aquele ligeiro pessimismo em que ando, pelos factos da vida, pelas muitas estórias que sempre tem e principalmente pelo dinamismo que apresenta com aquela idade.  Conversa sempre fácil desde que não se aborde muito o tema Patrícia que começa a ser um pouco tabu, dada a diferença cada vez maior de opiniões. Convidou-nos a ir a Sto André para a semana, no fim de semana prolongado, que provavelmente iremos aceitar uma vez que já percebi que não só faz questão que frequentemos a quinta, como também não gosta de lá estar sozinha. E como não pode estar com a filha e família, porque eles não querem, então que esteja com a aproximação que sou eu.

O meu pessimismo ou a visão mais negra da realidade deve-se logicamente a toda esta realidade em que estamos mergulhados, mas temos que ter presente dois factores. Primeiro devemos viver um dia de cada vez e apenas o presente e que temos força e energia suficiente para atravessarmos estes tempos com sucesso. Tendo isto em mente e acreditando nas forças cósmicas que nos envolvem e ajudam, sigamos em frente com determinação.

Hoje vamos andar por aí, dar talvez uma volta pela baixa, hipoteticamente o corte inglês, talvez visitar a minha Mãe, para finalmente falar com ela, ver a Fernandinha e a irmã ou talvez nada disto e o seu contrário. Talvez ainda façamos um jantar "belga", ou seja, "moules avec frites". Traduzindo, mexilhões com batatas fritas, prato típico belga e que adoro. Talvez seja ou talvez não.....

É esta indefinição de programas e de horários que caracterizam e bem os fins de semana e nos libertam da pressão dos minutos contados e apressados que vivemos no nosso dia a dia. Anda não percebi se estou bem ou menos bem, mas acho que me estou a compor apesar duma ténue dor de cabeça que sinto desde ontem e que, como é habitual, se deve certamente a stress e aquela preocupação constante em que estou.

Já estive a fazer as contas do mêss e todas as transferencias necessárias e até à data é mais um mês minimamente conseguido e realizado, ficando sempre a sensação, cada vez mais presente, que tudo é realizado com mais e maiores dificuldades. Mas o que é preciso é que seja feito e conseguido.

Estamos no ir, com o SORRISO possível, de energia, fé e força necessárias para enfrentar mais dias e meses. Bom fim de semana para todos, principalmente para os ausentes do meu blogue e todos os meus leitores fugidios.

6ª feira

Sexta feira, dia de madrugar para vir para o SAMS, cumprir uma espécie de penitência por começar a dar consultas às 08.00 da madrugada. Escuro ainda quando me levantei sem grande vontade, mas também sem grande esforço, uma vez que sei que não tenho que trabalhar à tarde. É a sexta feira crítica do mês, em que há maiores dificuldades na marcação de consultas, pelo adiantado do mês e as crescentes dificuldades económicas das pessoas.

Fim de semana tranquilo sem grandes programas, talvez uma ida ao corte inglês para começar a ver presentes de Natal, que este ano serão mesmo reduzidos ao mínimo, e outras voltas com a mesma finalidade para começar a organizar ideias e arrumar este assunto, que como é habitual costuma estar resolvido até fins de Novembro, na certeza de que este ano, o Natal vai ser completamente diferente, não sabendo ainda sequer como vai ser.

Estive agora a falar com a minha querida sobrinha B, com quem não falava há muito e ela, como toda a gente, está naturalmente preocupada com a crise porque efectivamente atinge todos e a diminuição dos rendimentos preocupa todos. Temos que reequacionar as nossas despesas e tentar o melhor possível protegermo-nos dos embates que iremos certamente ter e para os quais temos que ter a devida consciência.

Hoje vou dar uma volta por aí para espairecer e pensar na vida, apetecendo-me fazer uma boa massagem, pelo que vou tentar ir talvez onde costumava ir, ou seja ao Colombo, para ver a Dulce ainda lá trabalha. Foi das pessoas que me massajou aquela que mais gostei e há muito, muito tempo que não vou até lá. Ou então, vou experimentar um spa de que me falaram ao pé de mim ou outro na parede. Também depende das disponibilidades e dos custos. Ou talvez não faça nada, como será certamente o que vai acontecer.

Ontem foi o dia de jantar com o Francisco, constatando que tem lacunas importantes na sua cultura geral, com desconhecimento acerca de muitas coisas da actualidade e até relacionadas agora com o seu curso. Ontem por exemplo estive a explicar-lhe o que é o deficit, o endividamento, as causas e como se poderá resolver a situação, aplicando ao caso da nossa família e depois estendendo ao País. E ele percebeu e disse-me que nunca ninguém lhe tinha explicado assim a situação. Estivemos depois a comprar os bilhetes de avião para ele e um amigo irem a Amsterdão passar 3 dias, sendo já parte do presente de Natal. Não sei que vontade súbita foi esta, uma vez que já lhe tinha proposto ir até Amsterdão no verão e não se mostrou muito interessado. Penso que é por influencia de grupo que assim resolveu e por ir na companhia dum grande amigo, curiosamente filho duma ex grande minha amiga. Em pequenos nunca se deram bem e agora são os melhores amigos, estando a frequentar o mesmo curso.

Recebi ontem mensagens da família C, que está a adorar a Disney e efectivamente é fantástica. estive lá há uns 12 anos com os meus filhos e adorei e imagem que recordo é dum local mágico, encantado e que realiza os sonhos das crianças e dos adultos. Adorei lá ter estado e nem me importava de lá voltar, se não tivesse tantos e tantos sítios aonde gostaria de ir. Quem sabe se não voltarei lá com os meus netos e netas, daqui a alguns (bons ) anos.

Com esse pensamento, fica o meu enorme SORRISO cheio de energia e de força, com a certeza de que apesar desta imensa crise de valores e de identidade nacional, vamos conseguir resistir e VENCER.

Mais um dia

Mais um dia, mais umas horas, mais consultas e mais do mesmo quase a terminar a semana que será mais curta porque amanhã não trabalho da parte da tarde, como já vem sendo hábito nalgumas 6ªs feiras do mês, por não valer a pena lá estar. Principalmente nesta semana de quase fim do mês.

Mais do mesmo, a tentar arranjar novas hipóteses e pessoas novas para aumentar a rotação do consultório, diversificar a procura e tentar manter a facturação porque o fim deste ano e os próximos vão ser mesmo muito maus e por isso tenho que me começar a prevenir e a tentar alargar a minha base de clientes.

Não me apetece muito escrever porque também não há nada de especial a comentar. Felizmente que eles chegaram bem a terras de França e estão a adorar a Disney que é de facto um espanto quer para crianças quer para adultos. Espero que se divirtam mesmo e que corra tudo como é desejável.

Um grande SORRISO deste penúltimo dia útil de trabalho com muita ENERGIA e FÉ

Meio da Semana

Meio de mais uma semana sem grandes estórias ou novidades para comentar, a não ser esta lentidão da passagem do tempo, dos acontecimentos e da produção de receita. O mundo continua a girar e a desenvolver-se ao seu ritmo próprio com a impressão permanente de que cada vez mais caminhamos para um abismo certo e para a completa desregulação da nossa vida e do nosso País.

Os momentos são duma enorme dificuldade e, uma vez mais, os protagonistas principais, parecem enredados numa brincadeira de miúdos e de irresponsáveis, na medida em que não se resolvem a negociar seria e construtivamente para tentar salvar o que é possível, na realização deste presente e principalmente do nosso futuro colectivo.

Acho que é já inevitável a entrada do FMI no nosso País com medidas ainda mais duras e impopulares do que as previstas neste esboço de orçamento , uma vez que este Governo e estes políticos já não são capazes de produzir resultados válidos e sobretudo de sustentabilidade da nossa economia. Estamos mesmo à deriva e com uma situação gravíssima, sem se ver grandes saídas a não ser efectivamente, entrarmos em bancarrota ou sairmos do Euro, como já se começa a ouvir por aí. Parece que a saída da zona euro seria má, mas permitiria a resolução dos nossos problemas duma forma mais rápida e duradoura, por mecanismos que desconheço e que ainda não li duma forma que consiga perceber na totalidade.

Mais um dia de SAMS e de consultório, com relativo movimento e consultas neste progredir do mês a caminho do fim de mais um ano, que está mesmo quase a chegar.

Hoje tenho amigos a viajar pelo mundo e pela Europa e confesso que estou um pouco preocupado uma vez que há greves em França com uma enorme dificuldade nos voos e é para aí que eles vão, principalmente a ervilhinha e a irmã que vão com a Mãe ao encontro do Pai, que regressa da Ásia. Espero que corra tudo bem e que cheguem bem à Disney, podendo desfrutar duns dias bem passados. A situação por lá é explosiva e a greve está a afectar seriamente a vida de todos e não sei se essa será a melhor altura para se viajar para Paris com crianças. Quero ter notícias quanto antes.

Espero que em Dezembro esteja já tudo devidamente sanado quando for a nossa altura de irmos até Bruxelas passar o fim do ano e conhecer a cidade centro da união europeia, aonde nunca estivemos e que deve ser, como nos dizem, muito interessante de ver e conhecer. Vamos a ver como chegamos a essa altura do ano e como estaremos todos por aqui a viver debaixo deste vulcão de instabilidade e de descalabro. Descalabro também mental dos muitos que nos governam e têm pretensões a governar.

Estive a ler agora as tais condições que o PSD propõe ao governo para viabilizar o orçamento e pergunto qual a válvula de escape que eles têm se o PS não aceitar essas mesmas condições e aproveitar este pretexto para extremar posições e abandonar o governo, que seria uma imensa benesse para o sr Sócrates que assim faria uma vez mais papel de vítima e estaria 7 meses a lamentar-se de que não o tinham deixado fazer o que era necessário. O PSD deveria ter feito uma coisa muito simples, como disse uma senhora ( que sempre teve a razão do seu lado e nunca foi devidamente reconhecida - a Dra Manuela Ferreira Leite ), que era ter dito, antes de conhecer o orçamento que ele seria viabilizado com a abstenção por motivos patrióticos e nacionais. Agora qual vai ser a atitude desse partido se o governo negar essas propostas. Vai chumbar o orçamento e assim mergulhar o País numa crise sem precedentes e sem qualquer viabilidade ??

O Presidente do PSD que parecia tão promissor quando chegou a esse cargo, deixou-se levar por um caminho muito perigoso e preocupante, restando agora ver como vai reagir o PS e o governo. Pelo menos teve o mérito de devolver ao governo a responsabilidade pela resolução da crise e talvez isso lhe traga proveito e seja a razão para mesmo assim deixar passar este orçamento. Ou seja, pode-se dizer que o PS não está receptivo a negociações, que a culpa é toda do governo deste mau orçamento, mas que mesmo assim se vai abster por motivos nacionais e de emergência. Poderá ser uma saída razoável e não penalizadora para o PSD, mas sim para o PS se bem que a máquina de propaganda deste partida é fabulosa e há-de encontrar maneira de virar isto a seu favor. Este governo é exímio nestas manobras.

E lá estou eu embalado nestas eternas questões de minudencias e de "má" política porque o que se deveria estar mesmo a discutir era um governo de salvação nacional e medidas para combater o que nos preocupa e viabilizar o País, porque isso é que é mesmo importante e prioritário.

Apesar destas notícias, cá vamos ficando com o nosso SORRISO, a pensar especialmente nos que hoje fazem anos, o meu cunhado Z e o meu grande amigo RC, a quem envio um grande abraço cheio de energia e de força

Semana

Semana sem estórias ou notas dignas de registo a não ser precisamente a minha calma e tranquilidade que, felizmente, se reflectem positivamente na minha vida.

Foi um início de semana calmo e proveitoso, começando-se a ver algum movimento diferente no consultório e apesar de todo, uma pequena melhoria que espero se mantenha. Estou a tentar conseguir mais acordos que me tragam mais pessoas e sobretudo os que são melhores neste momento, uma vez que têm uma quantidade enorme de aderentes, pelo que é conveniente ter esses mesmos acordos, mesmo que não sejam muito produtivos. Mas mais vale pouco do que nada.

Ontem tive uma boa notícia acerca do meu filho, que já conseguiu uma colocação em Barcelona, tipo estágio, num hotel de charme e exclusivo com uma pequena rede de hotéis pelo mundo e com a possibilidade de começar pelo estágio e depois ficar pelo hotel. Ele quer aproveitar a oportunidade e eu penso que apesar de continuar a ter que o ajudar, é uma boa oportunidade que deve ser aproveitada, principalmente nestes tempos que correm de dificuldades enormes. Já é uma sorte ter uma oferta destas e quem sabe se entretanto não surgem outras melhores e mais compensadoras.

Pelo menos fica associado a uma cadeia de luxo com hipóteses de lhe oferecerem uma carreira de futuro e um lugar compatível com o curso que está a terminar. Uma boa notícia de encontro ao que penso ser também os desejos dele, uma vez que quer ficar em Espanha e sobretudo em Barcelona, perto da namorada.

Continuamos neste presente confuso e sem estórias a registar a não ser esta passagem pelo tempo e pelos fait divers da vida, com a noção de que devemos prosseguir o nosso caminho o melhor que pudermos e acreditar mesmo nestas forças cósmicas imensas em que estamos inseridos, aproveitando o que nos é dado depois de também nós sabermos dar o que temos e sabemos.

E pouco mais por hoje, uma vez que vou passar a ser mais conciso ( será para acreditar ?? ), com um luminoso SORRISO cheio de energia e um especial abraço ao meu amigo ZT.

Rescaldo

Uma vez mais, o fim de semana em Sesimbra fez maravilhas porque me sinto relaxado, descontraído e confiante. Aquele ar, aquele ambiente, o convívio entre as pessoas e até o reforçar dos laços afectivos deixam-me muito tranquilo e preparado para mais uma semana de stress e de luta constante com esta realidade dura e muitíssimo preocupante.

Ontem foi mesmo um domingo de carregar baterias e energias, com pequenas sestas, intercaladas com leituras, pequenas conversas e séries várias, pelo que foi mesmo um fim de semana tranquilo e repousante.

Hoje cá estamos de novo nesta semana de trabalho, a sentir-se já a diminuição de marcações aqui no SAMS, que aparentemente ainda não se sente, felizmente, no consultório mas que tenho mesmo que definir estratégias e novas abordagens para estes tempos diferentes e de luta séria e complicada. Não quero nem vou entrar em grandes conflitos internos, mas apenas readequar as minhas necessidades a esta "nova" realidade e tentar atravessar este novo longo ano de 2011 o melhor possível e sem sofrer grandes consequencias, o que confesso ser bem difícil e complicado. MAs tenhamos FÉ e energia para andar em frente e acreditarmos nas nossas capacidades e força para vencermos todas as adversidades, com este espírito e esta paz.

Nem que tenha que me refugiar mais e mais em Sesimbra e em comunhão com aqueles ares e aquela imensa tranquilidade, ganhar alento para estes dias e para as lutas que se avizinham, de modo a vencer mais esta etapa e mais este percurso da minha vida.

É mais um episódio da minha vida, como tantos outros que pareciam ser o fim do mundo e que depois deram resultados diversos, conduzindo-me ao que hoje sou. Desde a ida para Abrantes, pela obstinação dum professor da faculdade, a posterior vinda para Lisboa, a escolha da medicina familiar em Carnaxide, no longíguo ano de 1982, a ida para a Socarpor, a entrada em medicina dentária e a subsequente entrega a esta especialidade, o ensino nas faculdades, foi todo um percurso de vida, de muitas variáveis aleatórias e que escaparam ao meu controle, mas que me conduziram ao que hoje sou e que, se soubesse o que sei hoje, teria talvez ficado pela primeira etapa da minha vida profissional, ou seja, por Abrantes. Teria certamente uma vida bem tranquila, seria seguramente um "senhor" e estaria, talvez, nesta fase ou completamente acomodado e profissionalmente realizado ou totalmente deprimido e farto da vida. Não tenho a certeza de como estaria, mas sei certamente que a vida teria sido bem diferente.

Mas o evoluir da vida tem as suas regras e o seu percurso e chegado a este ponto, o que devemos, e temos de fazer, é continuar este caminho, tentando minorar o nefasto da situação e aproveitar as eventuais potencialidades de oportunidade, a existirem. A verdade é que, ao contrário do que sentia na semana passada, acho que temos mesmo que lutar e enfrentar o que nos espera, com a certeza de que é o único caminho lógico e possível para não nos afundarmos nesta imensa maré negra que nos invade.

O meu filho Pedro tem hoje uma entrevista de trabalho num dos mais conceituados e caros hotéis de Barcelona e esperemos que lhe corra bem e que consiga começar a estruturar a sua vida futura, com garra e energia. Ele tem todas as capacidades inerentes a um líder, desde que consiga guardar as suas dúvidas e momentâneas crises de baixa auto estima que as tem de vez em quando. Essas "crises" diminuem quando se sente afectivamente apoiado e forte, o que é o caso neste momento porque tem uma relação que o satisfaz e o deixa bastante bem. Assim seja...

Tinha pensado em diminuir estes comentários, passando-os a frases telegráficas e curtas, mas pelos vistos não consigo, talvez por esta escrita diária funcionar mesmo como uma auto análise e um escape à realidade, se bem que não possa, nem deva, escrever tudo aquilo que, muitas vezes, gostaria, mas como isto ainda é lido ( será mesmo ?? ) por algumas pessoas não posso mesmo alargar muito estes pensamentos em alguns aspectos e temas. Fica nas entrelinhas e quem me conhece mesmo bem, sabe ao que me refiro e o que quero mesmo dizer.

Foi à consulta de endocrinologia, por causa da minha dieta e é uma alteração radical dos hábitos, esperando ser capaz de a fazer e levar a cabo nestes tempos mais próximos. Terei que alterar também um dos medicamentos que estou a tomar e terei que começar a levantar-me mais cedo para ter tempo de fazer o pequeno almoço e de comer devidamente o que me foi prescrito, que é um almoço de hotel, ou seja, ovos, pão, etc. Vamos a ver como vai correr...

E aqui fico com este SORRISO de 2ª feira que, ao contrário de outras 2ªs feiras está a ser menos complicada e com mais energia e vontade, consequencia dum fim de semana que me revitalizou completamente.

Domingo

Domingo em Sesimbra, depois duma noite  de sono meio agitado e estranho, em que me pareceu acordar muitas vezes mas em que na verdade "apenas" devo ter acordado umas duas vezes. De qualquer forma, está um dia muito bonito cheio de sol e de luminosidade.

Ontem, a minha irmã N e o meu cunhado cá passaram o dia, com muita conversa e fluidez no convívio tendo sido um dia bem passado e descontraído. É , certamente, a irmã com quem melhor me relaciono e mais confio.

Estive a ver no facebook as fotografias do casamento do Rodrigo e da Vanessa, que formam um casal bem bonito. O espaço do copo de água parece fantástico e tenho que saber aonde foi, porque me parece muito agradável. Curiosamente casaram na mesma igreja em que me casei, teria feito ontem, 16 de Outubro, 28 anos. Parece que foi noutra vida e noutros tempos.

Não me apetece escrever muito mais, apenas comentar mais uma coisa que li também no facebook. Vai ser obrigatório passar receitas electrónicas a partir de Março de 2010, supostamente para evitar falsificações. O meu programa do consultório já as emite e já estou a habituar-me a passá-las pelo computador. Mas parece que vamos ser obrigados - como eu já suspeitava - a comprar um programa específico que parece custar 1500 euros. Ou seja, mais custos nestes tempos difíceis provavelmente para ajudar mais um dos boys que vão ser corridos dumas das administrações das 50 empresas que vão ser convertidas. São quase 14000 a comerem do orçamento, pelo que 50 são uma gota de água. E se é para substituir por novas taxas ou invenções para se pagar, mais vale irmos todos ao fundo. É incomportável pagar mais extras e mais taxas porque certamente que vamos ter u abaixamento de receitas como já está a acontecer neste mês e vai piorar ao longo do próximo ano. Vai ser bonito e bem preocupante.

De qualquer modo, aproveitemos Sesimbra e este sol para ficarmos com um luminoso SORRISO de esperança e de FÉ.

Sesimbra

Nesta tranquilidade sesimbrense, cá estamos a passar o fim de semana, tendo vindo ontem à noite depois do jantar. Não havia transito e calmamente chegámos aqui a esta imensa Paz, onde podemos mesmo descansar o espírito e a alma.

Ontem foi um dia calmo de consultório, como estão a ser todas as 6ªs feiras, com a agradável visita da ervilhinha, como já comentei.

Hoje, acordámos relativamente cedo para ir às compras e preparar o almoço para a minha irmã e cunhado que aqui vêm almoçar. Um bom peixe no forno como sempre que aqui damos almoços, com umas boas entradas e melhores saídas e, principalmente, boa companhia e conversa fácil e fluída.

Cada vez gosto mais de aqui estar, pela calma existente, pelo espírito que aqui existe e por me sentir praticamente em casa, estando lentamente a substituir Sto André por este espaço e por esta casa.Aqui já tenho as minhas coisas e o que é mais importante, o meu "canto" com as minhas coisas e objectos pessoais.Sempre tive necessidade de ter essa ligação aos espaços através dos meus objectos e da liberdade de me movimentar como quero. Por isso, em Sesimbra me vou sentindo cada vez mais em casa...

O tema forte das notícias é, como é lógico, o orçamento do estado e apesar de não me apetecer hoje "estragar" o dia com essas notícias, a verdade é que há aumentos em tudo o que é importante e uma importante sobrecarga de impostos que vamos certamente sentir e bem nas contas do próximo ano. Mas teremos tempo para falar mais e mais acerca disto, porque hoje não vamos mais abordar notícias tristes e mesmo devastadoras para muitos de nós.

Fica um SORRISO de esperança e de força para reagirmos e mantermos o nosso quotidiano com uma enorme FÉ neste UNIVERSO que nos envolve.

Ervilhinha

Hoje a ervilhinha foi ao meu consultório com a sua Mãe, a minha muito querida amiga SC. Adorei ter esta menina a visitar-me e especialmente hoje, que estava tão  doce e querida. Tenho acompanhado a MC, desde que nasceu e na verdade há uma grande ligação com ela que penso também gostar de mim ( nós ). Gostei mesmo de a ter lá, pela diferença que fez neste dia meio aborrecido e pela luz que esta miúda consegue transmitir.

Um grande beijinho com um imenso e quente SORRISO.

Filhos

Ontem fui jantar com os meus filhos e uma vez mais, é fantástico estar com eles e constatar as enormes diferenças existentes entre eles. São dois seres maravilhosos, com a sua idiossincrasia e personalidade própria, que me continuam a deixar maravilhado pela sua evolução e crescimento próprios. O mais velho tem amadurecido e crescido fantasticamente nestes últimos anos e está uma pessoa consciente, realista e totalmente diferente do que era há bem pouco tempo e que tantos e tantos problemas me deu. Ainda me lembro muito bem das muitas vezes em que me fez chorar amargamente e de todos os disparates e erros cometidos.

Ao ir para fora, ao viver sozinho e sobretudo ter estado 6 meses no Rio de Janeiro fizeram dele um jovem adulto, no qual me revejo bastante e de quem me orgulho cada vez mais. Tanto mais que é o mais parecido comigo.

O mais novo, está numa fase de descoberta e duma certa rebelião, com as certezas próprias da idade e sem conseguir perceber ou entender que os conselhos dados são para sua aprendizagem e crescimento. Felizmente que tem também um fundo fantástico e penso que também ele terá a sua fase de amadurecimento e de crescimento na altura própria.

Acho que como despertou mais tarde que o irmão para a vida social, afectiva e comunitária está um pouco deslumbrado com todo o mundo que o envolve e daí a explicação para estar um pouco disperso, sendo ainda uma pessoa fruto destes tempos, pouco conectada com a política e com os factos da sociedade e do mundo. É próprio da idade e também desta geração que parece pouco interessada em participar na vida colectiva e mais embrenhada nas suas questões de grupo, de convívio e vivendo a sua sexualidade em pleno.

De qualquer forma, são duas pessoas que têm o seu crescimento próprio e que actualmente não me dão quaisquer problemas e antes pelo contrário são e continuam a ser a fonte da minha vida e a minha principal razão de ser e de estar neste quotidiano, com vontade de prosseguir e de lutar pela nossa melhoria ou pelo menos pela manutenção das condições actuais.

É sempre um jantar diferente quando estou com eles os dois, dada a pouca frequência que o Pedro está em Portugal e ontem fomos ainda visitar a minha Mãe que ficou super contente por ver os netos e principalmente o Pedro que vê tão pouco. É a lei da vida e felizmente que tenho a sorte de ter dois filhos que sei que me adoram e que têm um relacionamento excelente comigo e que, malgré tout, são muitíssimos bem formados e pessoas que, tenho a certeza, serão capazes de construir o seu futuro e a sua vida como9 querem e desejam, assim saibam aproveitar as oportunidades e tudo aquilo que o Universo lhes pode trazer, desde que também saibam dar, condição essencial para se poder receber.

Tenho mesmo que retomar a minha análise porque sinto falta dessas reflexões e desse desbravar de caminhos e de descobertas, uma vez que estou novamente a sentir-me muito ansioso e angustiado, sabendo apesar de tudo identificar a(s) causa(s) para esse estado de alma, que é precisamente a incerteza de todo este quotidiano e a dificuldade cada vez maior de fazer face a todas as dificuldades e encargos financeiros que tenho neste momento, que vão progressivamente diminuindo e desaparecendo nos próximos anos até que ficarei livre de todos os encargos actuais. O que me dá uma relativa tranquilidade desde que consiga manter sob controle apertado todas as despesas, por causa da previsível baixa de receitas.
Com estas medidas orçamentais é evidente que os próximos anos irão ser mesmo muito complicados, pelo que temos que redimensionarmo-nos e gerir o melhor possível o lado profissional e pessoal.

Hoje recebi uma´nova proposta no SAMS que tenho que analisar e ponderar muito bem,pois implica perder muitas das regalias que tenho, mas em contrapartida começar a fazer aquilo de que mais gosto, ou seja, prótese fixa. À primeira vista será uma proposta a recusar com alguma pena, mas talvez ainda peça a opinião do advogado para ver se haverá alguma forma de me proteger legalmente de modo a não perder os direitos adquiridos ao longo destes 20 anos que trabalho para o SAMS. Vamos a ver...
Já estou no consultório, para uma 6ª feira calma de trabalho e já na mira de ir para Sesimbra hoje e no fim de semana, com a ida da minha irmã e cunhada no sábado, para almoçarem connosco. É uma forma de lhes demonstrar o meu carinho e gosto de estar com eles neste novo local que considero cada vez mais como um refúgio e onde me sinto muito bem e em PAZ.
Com isso no pensamento, fico com o meu  SORRISO interior, cheio de vontade de realizar obra e ter um presente com ENERGIA, FORÇA e LUZ
PS: hoje faz anos a minha irmã P, que infelizmente continua de relações cortadas comigo por assuntos antigos e do quotidiano. Tenho imensa pena mas é a vida e contra preconceitos é muito difícil lutar. De qualquer forma, um excelente dia de aniversário.

Filhos

Mais um dia da semana, quase a terminar e com planos para ir até Sesimbra passar o fim de semana em paz e descontracção completa, como é habitual sempre que vamos para lá, carregar baterias e descansar mesmo.

Quanto ao resto, tudo na mesma, ou seja, vamos cumprindo devagar os nossos objectivos, com uma certa lentidão e maior dificuldade em realizar capital porque neste momento vou tendo muitos acordos e as pessoas estão numa imensa retracção perante a incerteza do futuro.

Já tomei algumas decisões acerca do consultório e vou continuar nesse rumo para equilibrar cada vez mais as coisas e poder ficar mais descansado para os tempos mais próximos que vão ser muito difíceis e complicados. Mais uma vez temos que estar preparados para tempos extraordinários e pensar que só passamos este cabo das Tormentas um destes anos próximos.

Entretanto até ao fim deste ano também tenho que finalmente decidir a questão do voluntariado que quero fazer para estar mais ocupado com outras coisas e tentar ser mais útil à sociedade e neste momento, penso que se poderá fazer mesmo alguma coisa de proveitoso para todos.

Hoje não estou mesmo nada inspirado para escrever e grandes comentários pelo que aqui fica uma tentativa de SORRISO quente e caloroso numa busca de ENERGIA e de FORÇA

Dinheiro

A minha relação com o dinheiro sempre foi um pouco conflituosa e complicada porque, infelizmente vivi durante muito tempo duas realidades completamente distintas. Sendo filho de pais separados e de condições económicas totalmente diferentes, assistia numa das casas a gastos imensos, a uma despreocupação total pelos consumos, a um esbanjamento e a um facilitismo muitas vezes sem explicação, enquanto no outro lado havia uma permanente contenção dos gastos, uma dificuldade no quotidiano e uma gestão super cuidada dos dinheiros e dos gastos, uma vez que o dinheiro era pouco.

Foi por isso que quando me divorciei fiz questão que houvesse de ambas as partes um nível idêntico e semelhante para evitar os sentimentos que eu tive, duma certa revolta, incompreensão, mas também deslumbramento e seguir pelo caminho mais fácil. Penso que consegui este meu objectivo duma certa igualdade, se bem que actualmente e como poderá ser eventualmente lógico, haja sempre algumas diferenças. Mas no básico nunca houve grandes discrepancias porque ambos actuámos correctamente.

Daí a minha conflitualidade com o dinheiro, precisando de ter uma base sólida e forte para me sentir bem e seguro, porque sempre soube o poder do dinheiro e do que ele pode ou não fazer. No presente complicado e difícil, esse é um dos motivos da minha instabilidade visto que não sei se conseguirei manter a minha capacidade económica e durante quanto tempo, pois parece-me que nos estamos todos a afundar e como dependo directamente do normal cidadão, é normal que esta "depressão" me comece mesmo a atingir.

Como não sei (ainda) como vou reagir e fazer fase a situações mais complicadas e anémicas, vou vivendo este quotidiano medianamente angustiado e com dificuldade em reagir e sobretudo em levar por diante cada dia, sabendo de qualquer maneira que, felizmente, estou em melhores situações do que muita gente, porque ainda tenho alguma coisa no dia a dia e também guardado para algum tempo.

A minha grande dúvida é a mesmo o de toda a gente, ou seja, quanto tempo vai levar a recuperação e mesmo se esta vai acontecer ainda durante a minha vida útil, porque a verdade é que todos os dias há notícias tremendas de desperdícios, gastos desnecessários e poucas novidades para se controlar e inverter esta mesma situação.

Não é ser pessimista nem repetitivo, mas tenho a noção de que, mesmo hoje, grande parte das pessoas ainda não tem a consciência completa do quadro em que estamos e que, qualquer dia, estamos como a Coreia do Norte, vivendo da terra e numa enorme pobreza porque não produzimos o suficiente, nem crescemos adequadamente.

Estou cansado de, mais uma vez, estar no meio deste enorme furação porque toda a vida foi confrontado com momentos de grande crise, começando pela revolução de Abril, pelo PREC, com períodos duma grande irracionalidade e loucura, pela (quase) bancarrota dos anos 80, que se diferencia da actualidade por, na altura, haver esperança de melhores dias e duma inversão da realidade, que aconteceu, para chegado agora, a esta (meia ) idade ter que enfrentar mais uma (grave) crise e um presente bem complicado. A grande diferença é que neste momento tenho mais pessoas com quem me preocupar e que são a minha principal fonte de preocupação por querer dar-lhes o melhor e ter já passado os cinquenta, com a consequente diminuição da actividade e da agilidade. Queria já estar e assim pensava há uns 2 ou 3 anos, numa certa pré-reforma a passar o testemunho ao meu sucessor no consultório.

Em contrapartida, não tenho, neste momento, interessados em ficar com o consultório, uma vez que, infelizmente, não posso ainda abandonar o lugar principal por motivos óbvios e os eventuais interessados não estão para ficar à espera desse dia, que vejo cada vez mais longíguo.

Este comentário hoje parece, uma vez mais, o muro das lamentações mas é a realidade que sinto e sobretudo a angústia que me vem acompanhando nestes últimos tempos, por ter deixado de acreditar no presente e no futuro, o que é grave e preocupante porque temos sempre que ter ESPERANÇA na nossa vida e no nosso quotidiano. Será que estou uma vez mais a entrar numa relativa depressão ou é "apenas" fruto destas angústias e de não saber que caminho tomar ou como reagir perante as enormes adversidades do tempo presente.

Felizmente que sei que não estou sozinho e tenho sentido um enorme carinho e apoio, mas perante esta realidade profissional apenas eu a vivo e enfrento, tendo forçosamente que arranjar modos de manter-me à tona e prosseguir o caminho .

Hoje chega o meu filho mais velho que vem passar dois dias a Lisboa e resolver uma série de pequenos assuntos pendentes, pelo que hoje ou amanha irei jantar com ele e conversar acerca da vida e do que temos pela frente. Já falei com ele agora, que se encontra de férias uns dias em Barcelona com a suam namorada e já com entrevistas para eventuais empregos. Esperemos que tenha sorte e tudo lhe corra o melhor possível.

Penso que estou a ser tão repetitivo e chato nos meus comentários que já ninguém me lê ou responde, mas a verdade é que este blogue funciona como um verdadeiro escape e uma auto análise bem importante para mim e para estes dias conturbados e muito preocupantes, nos quais poucos motivos de satisfação vou tendo a não ser a minha bem sucedida dieta e a confirmação de que felizmente tenho muita gente que gosta de mim e me acompanha.

Isso deixa-me com um enorme SORRISO da felicidade possível, com o querer ter mais força. mais energia e sobretudo acreditar mesmo que é possível vencer e seguir em frente, neste imenso mar conturbado e agitado.

Mais um dia

Mais um dia de semana a passar e a fazer pela vida como tem que ser, sem grandes ou mesmo nenhumas novidades, o que já não é tão mau assim.

Ontem um colega/amigo de longa data começou a trabalhar no meu consultório. Ele vive em Valência, para onde foi depois de se formar e especializou-se em Perio/Implantes e como vem a Lisboa uma vez por mês começou a ir ao consultório para ver o que dá. Foi útil e proveitoso e espero que dê muitos e bons resultados.

Estou sem inspiração para escrever, como já vai acontecendo há algum tempo por me sentir talvez cansado ou vazio de ideias e de novidades porque tudo anda à volta do mesmo e não sei bem o que hei-de fazer nesta actualidade que constato cada vez mais difícil e preocupante, porque a verdade é que há um deslizar permanente de tudo a que é complicado fazer frente ou arranjar estratégias. Tenho que pensar e rapidamente...

O tempo também não ajuda especialmente porque está dum cinzentismo e duma imprecisão que não nos faz muito bem, porque gosto ou dum diz bem invernoso a chover a sério ou dum dia de sol quente e acolhedor. Meias tintas não gosto... nem no tempo nem em nada, mesmo.

Quero que este ano termine rapidamente para entrarmos noutro ano e talvez termos mais e melhores ideias, novas energias e sobretudo termos uma situação mais clarificada e concreto acerca do que é possível fazer neste País e nesta conjuntura, com todos a contribuírem para a melhoria da vida e tornar viável este Portugal, de que tanto gostamos.

Todos queremos muito que, num passe de mágica, tudo se resolva mas infelizmente vamos ter que lutar bastante e penar ainda mais para conseguirmos endireitar tudo isto, mas espero que tenhamos a força, a coragem e a capacidade para o fazer porque senão ainda acabamos como um protectorado da União Europeia como já ouvi comentar.

Manhã livre, sem nada para fazer a não ser escrever e meditar na vida, pelo que me vou preparar para ir trabalhar com uma tentativa de SORRISO quente e luminoso

2ª feira

Mais uma 2ª feira, mais uma semana e mais do mesmo, ou seja, sono agitado e não muito tranquilizador, pensamentos em excesso e evidentemente, vontade de ficar em stand by. Sinais de uma certa depressão ou apenas reflexos da actual conjuntura que me preocupa bastante porque ora sinto que posso manter o status quo, ora deixou-me vencer pelo pessimismo e surge-me um quadro bem negro e alarmante. Nestes dois extremos, deve ser a realidade pois certamente que haverá uma adaptação à situação mas conseguindo manter-me estabilizado.

Lembro-me de outras alturas igualmente graves e de emergência social e sempre nos fomos mantendo à tona, apesar dos tempos serem agora bem mais graves e preocupantes, mas tenho que me recordar da minha máxima de viver o presente e o dia a dia da melhor forma, não me preocupando em excesso com o futuro e deixando que as imensas energias do Universo sigam o sei caminho.

Penso que também me fará falta uma certa introspecção e a minha psicoterapia, mas também neste campo ando com falta de iniciativa ou apenas preguiça de marcar porque acho que tenho que fazer o meu próprio trabalho uma vez que tenho muitas das ferramentas necessárias. Mas terei que marcar uma ou duas consultas para fazer o update e a dúvida é se hei-de voltar à FL ou ir de novo à LR. Vou pensar nisso

Ontem foi um domingo muito pacato, sem programa algum a não ser ler, dormitar e ver filmes na televisão e assim se passou mais um domingo, mas em que senti a falta de mais qualquer coisa. Talvez ter ido ao Museu de Arte Antiga, como tinha pensado, mas o acordar tarde e a inércia conduzem a esta preguiçite domingueira. Foi pena ter-se terminado com uma troca de palavras acessas, que me deixaram triste porque não havia qualquer necessidade mas a verdade é que estes pequenos atritos têm surgindo mais frequentemente do que aquilo que eu gostaria. Também é preciso reflectir nestes pequenos nadas que me perturbam e talvez contribuam também para o meu sono agitado.

A verdade é que cada vez mais me custa vir trabalhar para o SAMS porque me sinto desambientado e fora do contexto por achar que o meu trabalho não é valorizado nem considerado uma vez que encheram o serviço de pessoas novas sem dar qualquer possibilidade aos antigos de fazerem o que gostam e sabem mais. Mas é assim a vida e neste mercado de trabalho também as regras mudaram completamente. E vejo isso claramente no meu consultório em que a mudança já é vista duma forma muito natural e sem haver grande stress nessas mesmas mudanças. Ou seja, o "pessoal" não se dedica a uma causa por incapacidade ou por ser mesmo assim uma vez que também as condições de trabalho possam não ser as melhores. Temos que reflectir acerca disto e tentar melhorar as relações de trabalho.

Nem vale a pena falar das notícias porque é tocar a mesma música uma vez que estamos na verdade numa situação dramática e os nossos dirigentes andam a brincar positivamente com o fogo e mais grave ainda com as nossas condições de vida e futuro, sem quererem saber de efectivamente seguir um rumo certo e capaz de nos dar esperança e confiança no futuro. Acho que se poderiam entender todas estas medidas se houvesse ESPERANÇA no futuro e soubéssemos que daqui a uns anos estaríamos bem melhor e com um País capaz de avançar e progredir. MAs as perspectivas são exactamente o oposto e cada um faz as previsões piores do que o outro, deixando-nos cada vez mais à beira do desespero. MAs tenhamos CONFIANÇA que ainda de conseguirá ter um presente melhor e sobretudo um futuro mais digno e prospero, se não para mim pelo menos para os meus filhos se permanecerem por cá, o que espero que não aconteça porque queria muito que fizessem a sua vida por esse mundo fora

E com esse pensamento, fica o meu grande SORRISO, com muita confiança no UNIVERSO e em todas as forças e energias que nos rodeiam e que certamente irão convergir para uma realidade positiva e capaz.

Domingo

Ontem fomos até à Ericeira, que está totalmente transformada e remodelada, tendo ficado muito bem e agradável. De facto, todo o aproveitamento da "marginal" parece ter resultado bastante bem e estivemos muitíssimo bem num novo  restaurante, chamado " Sul (http://restaurantesul.com.sapo.pt/). O mais importante foi mesmo a companhia sempre agradável da família Catana, que proporciona sempre uma conversa fluída e descontraída ao longo do tempo. Aconselho vivamente este espaço, pela localização, pela comida e pela simpatia envolvente.

É bom encontrar destes locais em Portugal, para nos reconfortarmos e acreditarmos que este país afinal tem potencialidades que podem ser bem aproveitadas sem grandes folclores ou megalomanias e principalmente sem grandes custos.

Também é bom  saber que a AMIZADE tem um papel fundamental na nossa vida e que temos a sorte de ter e manter amigos que, apesar de não fazerem parte do nosso quotidiano, são efectivamente ( e sinto mesmo isso ) grandes e bons amigos. Cada vez mais sinto que um dos principais apoios que podemos ter são precisamente os nossos amigos, conjuntamente com a nossa família e sobretudo nestes tempos em que parece haver uma enorme desagregação de valores e de princípios.

Ontem parece ter sido o dia dos amigos, porque fomos jantar com um outro grupo de amigos, também eles não fazendo parte do nosso quotidiano, mas também eles presentes se necessário em qualquer altura. Há, evidentemente, um certo afastamento provocado pela vida e pelas suas próprias características, mas verifica-se um enorme cimento a unir todo este grupo e a certeza de farão sempre parte da nossa memória e do nosso presente.

Felizmente que o tempo melhorou francamente e ontem esteve razoável e sem chuva o que também ajudou bastante ao bom desempenho do dia, apesar de ter começado a chover à noite.

Jantámos na Expo, num restaurante de "bairro", chamado Falua, de grelhados e pratos simples, mas onde se come bem e muito em conta, sem grandes pretenciosismos mas agradável. Há espaços assim que valem a pena conhecer e repetir.

E já era tarde quando chegámos a casa e evidentemente, que fomos dormir e descansar porque como não ando a dormir nada bem, sinto-me bastante cansado quando passa determinada hora. Além de que, com a minha dieta, tenho mesmo que ter horas e seguir este regime, que já me deixou com menos cinco quilitos. Estou muitíssimo contente, tanto mais que já consigo vestir roupa que me tinha deixado de servir e outra que me começa a ficar larga. Felizmente que assim é e daqui a umas duas semanas volto ao médico para a alteração do regime e novas medidas e regras. Tem sido uma reeducação alimentar que tem dado imenso resultado e que me deixa mais bem disposto neste aspecto.

Já sei o que me tem deixado apreensivo e ansioso, visto que a minha principal preocupação neste momento é o reflexo da actual situação económica nos meus proventos profissionais, uma vez que cada vez há mais concorrência desleal e menos poder de compra o que leva as pessoas a optar por consultórios de preços irrisórios, sem saberem dos riscos para a saúde e da qualidade. A forma como posso fazer frente a esses novos desafios leva-me a ter que pensar em novas ideias e novas formas de abordar o mercado, mas dada a minha insignificância é bem difícil ter grandes rasgos ou grandes inovações, uma vez que não posso impor grandes medidas. Por isso me tinha agradado a eventual fusão com outra clínica em Carnaxide, mas o sentir dos donos dessa mesma clínica vai noutro sentido e noutras medidas, que me parecem erradas mas que não posso alterar.

Esta semana vou auscultar os colegas que trabalham comigo e ver a opinião deles, no sentido de melhorar a eficiência e a qualidade, bem como uma eventual mexida nas tabelas. Também tenho que resolver em definitivo a questão das assistentes e do que quero mesmo fazer, uma vez que prefiro ter uma pessoa extra em part time do que em full time e sub aproveitada, com os custos inerentes. Vamos a ver...

Hoje, domingo, cá vamos ficando por casa a ler, a dormitar e a ver televisão, como é habitual e talvez eventualmente dar uma saltada ao Museu De arte Antiga para ver as tapeçarias de Pastrana, que quero ver de certeza.

Um enorme SORRISO, calmo e tranquilo cheio duma imensa certeza de que temos a força necessária e suficiente para continuarmos a nossa vida neste Universo cheio de energia positiva à espera de ser captada e aproveitada. Com FÉ vamos também superar mais esta fase da nossa vida.