terça-feira, dezembro 31, 2013

Transição de Ano

Estamos na recta final de mais um ano, prestes a entrar em 2014... espero e desejo que consigamos, pelo menos, manter o que tivemos neste ano que ora acaba, mas preferencialmente que o Novo Ano consiga trazer mais e melhores momentos, factos e sentimentos.
Precisamos de mais Amor, mais Carinho e mais envolvência de todos, com maior compreensão, aceitação e entendimento entre as pessoas, para que possamos mesmo ser Felizes e ter um SORRISO permanente em cada rosto.
Que possa aproveitar tudo o que aprendi neste ano que está a acabar e sobretudo a grande lição de humildade e de tolerância que tive nestes últimos dias; que consiga ser melhor, mais tolerante, mais compreensivo e principalmente que perceba o que (não) quero ser, comigo e para com os que me interessam realmente.
Felizmente que, nestes últimos meses, tenho feito um percurso analítico bastante profundo, interessante e a caminho da minha transformação numa pessoa melhor, mais envolvente, menos conflituosa e sobretudo mais FELIZ. Bem como com a  capacidade de saber transmitir esse forma diferente de estar e de ser, com mais alegria e mais SORRISOS.
Que 2014 seja a continuação desse percurso, com a ajuda e colaboração, não só do meu analista, mas também de todos os que me rodeiam, aceitam e me estimam, na certeza de que, apenas na interligação de todos, conseguiremos ser melhores, mais solidários e íntegros.
Estamos quase de partida para o nosso réveillon, este ano em família e pelo Alentejo, na certeza de que um dos melhores valores que temos e devemos preservar é precisamente a família e todos aqueles que lhe pertencem; mesmo os que, mais longe, nos parecem ter esquecido e relegado para outros plano, não conseguindo ultrapassar memorias e factos normais entre familiares e que, falados e esclarecidos, não têm qualquer significado.
Mas hoje, ainda neste "velho" ano, que façamos votos de muita e muita coisa que queiramos, lembrando os muitos que pouco ou nada têm e que lutam, dia a dia, para conseguirem sobreviver e terem alguma dignidade. Que sejamos capazes de sermos mais solidários e de ajudar aqueles que sofrem e não conseguem ter o mínimo para (sobre)viver.
Quero deixar aqui um especial SORRISO aos que (ainda) me lêem, comentam e me apoiam, bem como às pessoas muito especiais que me acompanham no meu quotidiano, me ajudam e me dão muita força. Para além de perdoarem as minhas tempestades, algumas injustiças e também como percepcionei há pouco, a minha (grande) prepotência e vontade de imposição da minha visão das coisas.
Que seja capaz de me transformar mais e melhor, que consiga cada vez mais perceber como sou, como não quero ser ou estar e ainda conseguir dar aos outros e a quem me interessa de verdade, muito Amor, Carinho e um permanente SORRISO de felicidade e de alegria
UM excelente 2014 para todo o Universo... sejam FELIZES e SORRIDENTES !


 

segunda-feira, dezembro 30, 2013

Consciência

Ontem apercebi-me do longo caminho que ainda tenho que percorrer, para me libertar de paradigmas, registos e sobretudo da aprendizagem que ainda preciso de fazer para lidar e estar com quem me rodeia, sem provocar tempestades ou crises.
Tive a clara percepção da minha "tirania" e da minha prepotência no lidar com as pessoas e no sofrimento que isso pode provocar. Penso ser bem intencionado, mas a pressão e a vontade, quase imposta, de que façam como eu penso e acho, é, muitas vezes, intolerável ou insustentável para quem está na minha mira.
Isto é, ainda não consigo e percebi que ainda falta um bom bocado, sobrepor totalmente o pensamento à acção, entrando muitas vezes numa espiral de constante afrontamento, pressão e até intolerância. Quase como uma criança mimada que, não vendo satisfeitos os seus caprichos, envereda por caminhos intoleráveis provocando dor e sofrimento aos Pais ou a quem toma conta dessa mesma criança.
Fiquei bastante impressionado com a carga afectiva e com o angústia que consigo provocar naqueles que amo e estimo acima de tudo; apesar de saber que é com boa intenção e muitas vezes por uma excessiva preocupação e pessimismo, tenho que ter a consciência de que quase que esmago os outros com as minhas atitudes. Além de que, quando não obtenho as respostas que acho devo ter, vou cada vez mais fundo e cada vez pressionando mais e mais, até que se dá a explosão.
Pelos vistos, é um registo permanente e constante que, obrigatoriamente, tenho e devo alterar, não só para meu descanso, mas ainda pelas outras pessoas que devem e têm que ser respeitadas.
Foi quase uma bofetada que recebi ontem, ao ouvir o que me foi dito e sentir a enorme dor e angústia existente e provocada pelas minhas atitudes e gestos... fiquei abalado e completamente admirado pela profundidade dos sentimentos e pelo enorme sentimento de culpa que me assaltou. 
Devo mesmo atentar bastante mais nestes aspectos e nestas factos para que tal não aconteça mais e muito menos com aqueles que Amo e Estimo acima de tudo e de todos. Não quero ser aquela pessoa que ontem senti e percepcionei, visto que parecia um cego que não quer ver, um autista que não quer sentir e um surdo que não que ouvir... ou seja, alguém que vive fora da realidade e do contexto, sem qualquer tipo de  sensibilidade.
Tudo isto vai contra tudo aquilo que sempre pensei acerca de mim, visto que me achava (acho??) uma pessoa cheia de sensibilidade,  de entendimentos e de olhos bem abertos para a vida e para as pessoas e no fundo, a minha vertente de demónio ainda está bem presente e activa, necessitando dum grande trabalho de análise e de transformação.
Não quero mais ser esta pessoa prepotente e provocadora, nem tão pouco causadora de dor e sofrimento nos que me rodeiam e interessam, nem também viver num permanente clima de pessimismo, angústia ou sentimentos de culpa ou de remorsos. 
Devo (re)aprender a viver duma forma mais simples, mais natural e sobretudo tendo em conta os valores, as opiniões e as sensibilidades alheias, respeitando e aceitando as diferenças existentes.
É um choque a constatação destas realidades e destas atitudes que devem ser uma constante da minha forma de estar e de ser, pelo que espero uma mudança efectiva e real destes registos, a sua compreensão e sobretudo a sua transformação. Preciso de que o pensamento venha sempre em primeiro lugar, ponderado e acertado para que, a haver alguma acção, ela seja adequada ao momento e às pessoas.
É verdade que tudo isto deve funcionar em circuito e em interacção, pelo que também deve haver uma transformação na forma como lidam comigo e me respeitam como pessoa, sabendo porém que em primeiro lugar tenho que respeitar a individualidade de cada um e não impor a minha vontade ou realidade.
Aliás nem sei se a minha realidade está certa ou errada, nem tão pouco os valores que tinha como certos até há pouco, são efectivamente os correctos; ou seja, os valores éticos e morais devem estar certos e serem correctos, mas a forma como os ponho em prática ou em acção não será certamente a que devo fazer e é acerca disso que devo reflectir e tentar alterar o que está errado.
Tenho tido, neste ano, avisos e alarmes dados por muitas pessoas, mas cego ou indiferente como está a, convencido das minhas razões, apenas percebi da veracidade ou importância desses avisos ao ser verdadeiramente confrontado com a angústia e a dor dos que são o motor da minha vida e que dão consistência e cor a essa mesma vida.
Preciso e quero mudar, transformar-me noutra pessoa, mais tolerante, menos radical ou fechado dentro dos meus próprios conceitos e maneiras de pensar. Há mais mundos para além do meu,  há mais formas de estar e de ser para além da minha, há outras realidades existentes que tenho que me aperceber e sobretudo há mais pessoas com sentimentos e emoções distintas das minhas, mas com igual ou mais valor do que as minhas.
Pensar antes de agir, não fazer do Tudo ou Nada o meu lema e ainda interiorizar que Less is More, fará toda a diferença de hoje em diante, na certeza de que a vida tem que ser vivida com um sentimento de partilha, com um SORRISO sentido e não apenas escrito e ainda que todos nós temos os mesmos direitos e oportunidades de escolha, visto que a VIDA tem que ser vivida de acordo com cada um de nós, mas também em conjunto e sempre, sempre com um SORRISO cheio de cor e luz
PS: neste fim de ano que me desculpem os que eu mais Amo e Estimo pelas minhas atitudes precipitadas, pelas minhas acções erradas e levianas e ainda pelo sofrimento e dor que sei ter provocado. Parte dessas atitudes deveram-se a minha faceta negativa e destrutiva que, espero, esteja em reestruturação e  a ser devidamente cimentada noutros moldes e noutras formas.


domingo, dezembro 29, 2013

Agitação

Noite de (pouco) sono muito agitada... sinto que estive toda a noite a sonhar com contradições, discussões e preocupações, apesar de neste momento não conseguir concretizar esses mesmos sonhos.
Sei apenas que durou horas e horas, tendo-me retirado a tranquilidade do meu sono. Acho que estará relacionado com situações actuais que me preocupam e das quais não antevejo grandes soluções. Pelo menos, não estão na minha mão e dependem de alterações de comportamento, de aceitação doutras realidades, bem como da mudança ou transformação de maneiras de agir e de estar.
São recordações estranhas, fugazes e que, neste momento, precisariam de ser analisadas e estruturadas, visto que tenho a nítida percepção de que são importantes para o meu conhecimento... preciso de perceber ou aceitar estes factos que vou buscar durante o sono para poder ter um melhor descanso e um repouso mais eficaz.
Mas estando preocupado com determinados acontecimentos, factos e pessoas é difícil fechar as janelas e pretender que nada se passa, na medida em que é tudo parte integrante da minha vida, das minhas relações e dos meus afectos. E daí a importância de integrar estas percepções que me atravessam e me perturbam o inconsciente.
Fomos ter com os nossos amigos de peito, para um brunch no Passion D`Amour, no Príncipe real... e para nos despedirmos deste ano e desejarmos um bom Ano Novo, porque não nos veremos mais este ano.
Passeámos pelo jardim do Príncipe Real, com uma vista fantástica de Lisboa...

Na verdade, temos recantos e locais bem bonitos nesta cidade á beira mar que, muitas das vezes, não conseguimos aproveitar por desconhecimento ou até alguma preguiça.

Aproveitámos e fomos ver a exposição conjunta do Museu Nacional de Arte Antiga com o Museu do Prado, com pintura renascentista, de Rubens e outros mestres da altura, que estava com curiosidade em ver e valeu a pena...

Fiquei contente por ver a quantidade de gente que estava a ver esta mesma exposição, o que significa que, quando vale a pena e merece a visita, os portugueses também estão interessados em Cultura e em ver coisas merecedoras.
Também do jardim do MNAA se vê parte desta cidade em que vivemos, que, como já disse, merece ser vista e revista.
Nestes jardins relembrei um jantar que aqui teve lugar, nos 18 anos da minha sobrinha MV; um espaço bastante agradável para estes eventos e que correu muito bem.
Finalmente em casa, tive uma longa conversa com o meu filho que, correu francamente bem e fez-me entender e perceber que, muitas vezes, sou excessivamente interveniente e absorvente, não dando o espaço necessário às pessoas. Mas também sei que poderei ter razão nalgumas coisas que gostaria de ser mais entendido e percebido. Foi-me bastante útil esta conversa e espero, desejo mesmo, que dê resultados para ambos os lados. Que se perceba os sentimentos que nos unem e que se perceba que devemos entender-nos e aperfeiçoar esta relação. Fiquei mais tranquilo...
Agora vou fazer a minha sesta habitual para compensar da noite agitada que tive e com um enorme SORRISO desfrutar desta tranquilidade que hoje adquiri mais e que me fez pensar em muitos aspectos que tenho e devo melhorar, para não provocar dor e sofrimento naqueles que amo. Com um SORRISO tenho e devo também nestas relações pensar mais antes de agir ou escrever.

sábado, dezembro 28, 2013

Últimos Dias

Último fim de semana do ano... aproximamo-nos rapidamente do fim de 2013 e na entrada de mais um ano, que aparentemente, poucas alterações irá ter. Esperemos, melhor, desejamos, que seja um novo ano com menos dificuldades e mais oportunidades para todos, visto que estes últimos meses do ano têm sido difíceis e com um agravar constante dos problemas.
Tentemos encarar o que nos espera, com optimismo e esperança, na certeza de que também é em nós que reside a chave para melhorar esse mesmo ano que se avizinha... se nos empenharmos, se dermos o nosso melhor e sobretudo se conseguirmos ser solidários uns com os outros, então certamente que teremos mais e melhores resultados.
Queria ver com maior clareza os próximos dias e meses mas, por motivos vários, não o consigo fazer, esperando que a prática me faça alterar este meu pessimismo... que 2014 seja Efectivamente melhor do que este praticamente no seu final...
Entretanto, fomos sair e passear pelos saldos. Primeira paragem, no nosso querido El Corte Inglês, onde fomos comprando umas coisitas e vendo muitas outras para outras ocasiões, porque não se pode ter tudo ao mesmo tempo.
De seguida, fomos ver o novo Mercado de Campo de Ourique, onde almoçamos, tendo comido um maravilhoso Risotto de Cogumelos e Vieira

 
O ambiente neste mercado está muito engraçado, podendo-se não só fazer compras de praça como almoçar nos diferentes espaços existentes, que são alguns. Apesar de tudo, esperava maior variedade, mas a verdade é que o almoço estava muitíssimo bom, o atendimento foi cinco estrelas e estava a abarrotar de gente. É bom para o bairro e para este espaço.
Seguimos para o Allegro e perdemos a cabeça na sapataria Eureka, onde comprámos mais uns sapatitos que nos estavam mesmo a pedir para serem comprados. Valeu a pena ter ido neste primeiro dia de saldos, porque ainda havia os sapatos que estávamos a "galar" há umas semanas e com a vantagem do preço estupendo.
Passámos também pela Zara, onde "petiscámos" mais umas coisitas e ainda pelo supermercado, para levarmos algo para Casa da minha cunhada e irmão, onde vamos passar este ano e entrar em 2014, em família.
Finalmente casa e hora da minha sesta que, hoje, está bastante tardia e fora de horas. Entretanto combinámos já um brunch para amanhã, de forma a despedirmo-nos dos nossos amigos e compadres, porque só os veremos para o próximo ano.
A disposição foi melhorando ao longo do dia, porque compras ajudam sempre e fazem bem ao ego das pessoas; as dúvidas continuam a existir, bem como um certo mal estar focado em determinados aspectos que não interessam para nada agora, mas que têm mesmo que ser buriladas e sobretudo entendidas por quem de direito.
Um enorme SORRISO neste último sábado do ano, com a necessidade de ir fazer uma boa sesta para mais tarde continuar as minhas leituras e ficar tranquilamente no meu sofá, tapadinho com a minha manta e sem mais nada para fazer.
PS: perguntaram-me da minha inspiração para escrever e digo apenas que me sento frente ao computador e tento descrever o que se passa ou no meu interior ou no exterior e que, por associação livre, vou seguindo o meu caminho e fazendo as minhas observações. Por vezes, enquanto estou no duche, alinhavo alguns temas e observações, mas normalmente o comentário sai-me mais ou menos espontaneamente. Daí também por vezes, os erros de escrita, dado que raramente releio o que escrevo.
 
 

sexta-feira, dezembro 27, 2013

Balanços

A poucos dias do fim do ano e chegada de 365 dias novinhos para desfrutar, costuma ser a altura para fazer um balanço do que se passou, bem como perspectivar o ano futuro.
Em relação ao ano que vai acabar, apenas dizer que foi um ano de grandes contradições e alterações, com problemas graves que felizmente se resolveram, apesar das sequelas que deixaram e que ainda se fazem sentir.
Foi também o regresso a casa do meu filho mais velho, que fez a escolha de ficar por Portugal e que tenta ainda encontrar o seu caminho na vida, o que espero aconteça rapidamente.
Quanto ao mais novo, foi a conclusão da sua licenciatura e o início do mestrado, em acumulação com o estágio na firma do meu irmão. Ou seja, continuou neste caminho de progressão e sucesso.
Alterou-se ainda o clima no consultório, com uma pacificação e uma maior tranquilidade e aceitação daquilo que as pessoas são e fazem. Não vale a pena querer o impossível, nem aquilo que as pessoas não podem dar, nem tão pouco sabem ou estão interessadas em dar. 
Foi ainda um ano em que comecei verdadeiramente a entender-me e a fazer algo que queria fazer há muito; uma verdadeira análise do meu (in)consciente, orientada por uma pessoa que apareceu quase por acaso e com quem criei uma enorme empatia.
Para trás, ficaram outros tempos, outras batalhas e ainda uma guerra que só não está devidamente encerrada, pela maldade e loucura da pessoa envolvida, que prefere gastar tempo e dinheiro num conflito inútil e desgastante, que certamente não irá conduzir a nada. Mas não se pode alterar o que é intrínseco a determinado tipo de pessoas. Que vivem da vingança, das suas parafilias e da sua mente doentia.
Mesmo quando não há patologia evidente, há personalidades bastante estranhas e formas de estar que parecem não se sintonizarem com as outras pessoas, como uma espécie de autismo atenuado (chama-se síndrome de Asperger)... ou seja, há uma incapacidade social de conviver e de interagir com as outras pessoas, conseguindo-se ter uma postura em determinadas vertentes fabulosa, mas apenas isso!
Para o próximo ano, apenas desejo a realização pessoal, familiar e profissional. Pessoal na continuação da minha busca interior e a transformação do muito que ainda tenho que mudar, reflectir e pensar. Familiar, na concretização das oportunidades para os meus filhos e na sua caminhada pela vida, com a certeza de que devem e têm mesmo que lutar e empenhar-se mais e mais. Profissional na manutenção do existente, neste equilíbrio permanente entre a agenda, os doentes e o bem estar ambiental na clínica.
Destas três vertentes, as duas primeiras são as principais, bem como as relações afectivas e amorosas que, espero e desejo, se fortaleçam e  principalmente ganhem, de novo, a confiança necessária para que também se possam cimentar ainda mais e ganhar mais peso e importância. Os sentimentos, por si só, não são suficientes para manter a chama necessária para aquecer os corações e a alma das relações, que precisam de confiança, de aceitação e de tranquilidade.
São esses os requisitos de que temos necessidade, bem como da consciencialização das transformações havidas e desta nova realidade.... esquecer o passado recente e de coração e mente abertas, seguir por novos trilhos, baseados em todo o passado comum e no enorme potencial ainda existente.
Não ambiciono muito mais da vida, apenas tranquilidade e paz, sendo também a altura de tentar dar mais de mim mesmo a quem precisa e necessita, em algum projecto de voluntariado, o que tenho dito todos os anos e nunca concretizado, pelo que espero passar mesmo à prática.
Desejo também fazer uma reestruturação no meu aspecto exterior para acompanhar a minha limpeza interior, pelo que em 2014 terei que conseguir frequentar o ginásio e fazer algo pela forma física em conjunto e devidamente acompanhado.
Hoje, nesta ultima sexta-feira do ano, deixamos o nosso SORRISO cheio de luz, som e cor na certeza de que no Novo Ano queremos que haja mais e melhores SORRISOS para todos nós. Façamos por isso...

quinta-feira, dezembro 26, 2013

Pós Natal

Mais um Natal, mais uma época de contradições. Talvez o tudo ou nada de que falava há uns tempos.
Por um lado, a alegria de estar com a família numa grande tranquilidade e calma, tendo gostado essencialmente da consoada. O dia de almoço foi com a família completa e já se torna um pouco confuso por ser muita gente. Sugeri na brincadeira que se fizesse o almoço por turnos.
Isso foi o tudo, com o nada a ser algumas atitudes de algumas pessoas que, infelizmente, parecem ter sempre razões de queixa e de não estarem bem comigo. Penso que talvez seja mais por não estarem bem com elas próprias.
Também sendo Amor, a verdade entre as pessoas, não compreendo certos silêncios ou omissões que são bastante estranhos e difíceis de digerir, pondo em causa relações e formas de estar.
É preciso saber alterar ou transformar os nossos registos, maneiras de estar e de reagir perante novas realidades, percebendo que pode e há transformações das pessoas e que se deve dar o beneficio da dúvida, para não dizer a aceitação duma nova realidade.
Receio sinceramente que, apesar de todos os sentimentos, não seja suficiente o que existe, se não houver uma alteração do pensamento e sobretudo no agir, não querendo permanecer sempre e todos os dias num espírito de vitimização e de mentira.
Será que é assim tão difícil acreditar que se pode e quer mudar, fazendo do dia a dia algo de diferente, sem sentimentos de culpa, nem remorsos por se ter feito o que não se devia ? Será que não se pode responder a questões simples e concretas, que despoletaria imediatamente toda e qualquer carga explosiva envolvida ?
Ou seja, se houvesse a franqueza e a sinceridade nas respostas a algumas (simples) perguntas que se tornam evidentes, evitar-se-iam tempestades, confrontos e desagravos complicados e que acabam por estragar a beleza destes dias. Gostava de saber as causas intrínsecas para esta ausência de respostas e de comunicação, que atribuo mesmo às próprias personalidades em questão.
O que não impede que me assalte uma enorme tristeza e uma dose de sofrimento desnecessária e muitíssimo incómoda.
Ainda em relação a pessoas, hoje no consultório verifiquei na atitude duma assistente que não consegue encarar as atitudes que tomou, nem ter consciência do que faz... o que é bastante mais grave e demonstra uma enorme lacuna da pessoa, bem como um perigo nesse mesmo relacionamento, mas nada que já não soubesse.
Hoje tirei o dia de férias, assim como vou tirar o dia 31 deste mês para podermos ir para o Alentejo o mais cedo possível. Hoje andei a fazer umas trocas, tendo ido ao Allegro, para em primeiro lugar cancelar de vez e definitivamente a MEO porque arranjam sempre problemas e manobras dilatórias para se ir pagando; passei ainda pela sapataria a ver do numero das minhas lindas botas que me ofereceram e que está mesmo certo, tendo ficado de olho noutros sapatos que hei-de comprar e doutros que hei-de oferecer.
Passei também pela FNAC e pela boutique dos relógios para ver um relógio que tinha visto no outro dia.
Perdi mais duma hora na PT/MEO a recancelar que já devia estar cancelado há mais dum mês, tendo apresentado uma reclamação por escrito do (mau) serviço deste servidor. Segui para el Corte Inglês, onde também tinha trocas para fazer, tendo já aproveitado para fazer umas compras já em promoção.... coisa pouca, uma camisa da Boss e uns perfumes que estavam a acabar e que apanhei com 50% de desconto um deles. 
Almocei por lá, passei ainda pela minha contabilista para deixar o livro de actas de modo a que seja possível alterar o pacto social da minha empresa e antes de começar as trocas, ainda fui ao consultório para ver a cunhada da cunhada que tem um problema numa ponte colocada há muitos e bons anos....
Agora em casa, acabei com o bolo rei anda existente e vou fazer a minha sesta habitual dos dias de lazer e de férias.
Um pormenor engraçado... estou a acabar um livro de Haruki Murakami, "Kafta à beira-mar" de que estou a gostar imenso. E é engraçado porque o livro é uma alegoria ou metáfora acerca do interior das pessoas e da sua consciência, tendo a certeza de que nunca tinha lido este livro - e tenho-o na cabeceira há muitos anos - porque tinha que ser na altura certa. Essa altura é precisamente agora, visto que provavelmente estarei mais desperto para a narração do livro, bem como para a compreensão das personagens. Vale a pena a leitura. A seguir lerei a trilogia dele intitulada " 1Q84", mas antes devo passar pela "Ínclita Geração" que a minha maninha P. me deu no Natal e ainda por mais outro livro também recebido neste Natal.
Mas este livro com as suas imagens e o seu desencadear faz pensar na minha realidade, forma de estar e do potencial humano para a mudança e transformação, bem como para a determinação das pessoas e as suas motivações de vida. Faz reflectir no que somos....
Fica um enorme SORRISO com muita luz e cor, na certeza de que estamos diferentes e gostávamos que também os que nos são mesmo importantes percebessem esse facto e também eles se transformassem numa maior e completa aceitação. Que o SORRISO lhes pudesse dar maior confiança e auto estima...
 
 
 
 
 

quarta-feira, dezembro 25, 2013

25 de Dezembro

Dia de Natal... ontem consoada em casa do irmão e da cunhada, em família, tranquila e divertida. A distribuição dos presentes foi engraçadíssima, porque tivemos uma Mãe Natal a entregar os presentes.
Também gostei porque aparentemente todos apreciaram o que tiveram e sobretudo senti que foram sinceros e reais e isso deixa-me bastante feliz, na medida em que o NATAL é sobretudo sabermos dar e entregarmos o nosso Carinho e Amor por quem realmente gostamos.
Estou particularmente sensível e até sentimental, visto que esta época é especial e representa precisamente um tempo de família, de união e é isso que felizmente vou sentindo em relação à família. Uma maior aproximação, uma maior união e um Carinho muito especial por todos e todos por mim e por nós.
Recebi e enviei algumas mensagens, tendo confirmado o que já sabia, mas que não deixa de me deixar triste e até um pouco atónito perante atitudes e factos. Não somos todos iguais, mas poderia e deveria haver um maior espírito de interajuda e de compreensão entre as pessoas. Mas como digo, é a vida...
Hoje, dia de Natal, é dia de almoçar em casa da minha irmã e cunhado, com o resto da família que ontem não esteve presente e sobretudo os meus queridos filhos que, este ano, estarão os dois presentes. vai ser, certamente, um almoço acolhedor, quente e carinhoso.
Foquemos a nossa atenção nestes aspectos positivos e que, realmente, valem a pena, esquecendo tudo aquilo que nos aborrece e entristece, na medida em que não podemos, nem conseguimos impor a nossa forma de sentir e de estar a ninguém que não o queira nem consiga entranhar-se neste espírito. São espiritual ou sentimentalmente despojados e desinteressados... para mim, seria bastante difícil ser assim.
Penso sempre nesta altura nos muitos que nada tem ou possuem e que estão nas ruas... projecto sempre integrar um grupo ou associação para dar apoio nesta época e depois chega a altura e estupidamente nunca o faço por inércia e porque o tempo vai passando e nada fazemos por isso. Espero que em 2014 consiga cumprir esta minha vontade de dar algum calor e conforto a quem precisa...
Neste momento em que escrevo, estou também a comer o nosso maravilhoso bolo rei feito em casa, que está fantástico... delicioso e saborosíssimo ! Acabou de sair um enorme bolo rei do forno, para levar para casa da minha irmã e se o sabor corresponder ao aspecto então que maravilha.
 
 
 
Só para terem uma ideia desta beleza de Bolo rei, que deixa muitos outros á distancia, pela massa, pela textura, pelo sabor e ainda pelo carinho com que é feito.
E eu adoro este bolo, que como e como sempre e conseguimos dar cabo dum bolo assim rapidamente.
Temos que nos apressar para chegarmos a horas ao almoço e estarmos, uma vez mais, em família, união e sobretudo fraternidade entre todos.... e assim terminam as festas deste ano, na certeza de que uma vez mais se esteve e estará bem e em PAZ.
Um enorme SORRISO para todos os que AMO e estimo, bem como para todos aqueles que nesta época não tem a felicidade de poder compartilhar com os seus estes dias ou os que, por azares da vida, nada ou pouco têm. Espero que, pelo menos, haja SORRISOS para distribuir e solidarizarmo-nos.
 


terça-feira, dezembro 24, 2013

Véspera

Eis-nos no dia 24 de Dezembro.... finalmente em plena época natalícia, com tempo de chuva, frio e muita nostalgia. Melancolia é o que sinto nesta altura do ano e principalmente pelos muitos que não podem ter uma época em família, com Amor e muita Paz.
Também nesta altura sinto particularmente a falta de princípios e de ética de muitas das pessoas que me rodeiam e que não conseguem ou não querem ter laços de fraternidade, Amizade e interligação com os outros, na medida em que se encontram fechados em si mesmo e, egoisticamente, não se abrem para o exterior.
Alguns por serem mesmo assim como pessoas e como seres humanos, (quase) incapazes de terem sentimentos ou pelo menos de os manifestarem por motivos internos e certamente relacionados com a sua própria idiossincracia e "traumas" de vida; outras porque nem conseguem ter a consciência do que fazem, do que praticam e se julgam incólumes e acima de qualquer acto menos próprios. São os pobres de espírito e apesar disso, talvez consigam ser bem mais felizes do que os demais que pensam, reflectem e pensam no que os rodeia com a intenção de fazer mais e melhor.
Sinto falta das minhas sessões de análise para conseguir exteriorizar todos estes sentimentos e sensações que, em particular nesta época, me assaltam e provocam estados de alma muito peculiares e sensitivos.
Lamento profundamente a incapacidade de muitas pessoas em conseguir ser solidárias e fraternas nesta altura do ano, porque apesar de Natal ser quando um homem quer, há alturas mais propicias e sobretudo um clima que se cria e se sente mais intensamente nesta época. Deve ser triste, bem triste, não se conseguir abrir para o mundo e permanecer fechado no seu (pequeno e medíocre) mundo...
Tenho pensado bastante neste meu dia a dia, tendo-me apercebido que estou a passar por uma grande fase de crescimento e transformação e ainda a aprender a viver em condições diferentes e sobretudo noutra época em que os meus valores e princípios começam a ser esquecidos pelos que me rodeiam.
De qualquer forma, também desejo a estes que não partilham dos meus valores, nem dos meus princípios que consigam encontrar neste Natal e sobretudo no Novo Ano, uma forma diferente de estar, mais integrada na humanidade e mais solidária, com menos egocentrismo e mais lucidez espiritual.
Que sejamos todos capazes de ter um SORRISO luminoso, com a vontade de sermos cada vez mais Seres Humanos integrados neste Universo, com a capacidade de sermos Felizes e ainda de fazermos quem nos rodeia mais feliz, sentindo-se estimado e Amado.
PS: estando a dividir os presentes de natal pelas casas por onde vamos andar, verifico que tenho a felicidade de ter uma família enorme e solidaria, bem como amigos verdadeiros e fortes. Olhando também para os presentes recebidos, constato com felicidade todos aqueles que se lembraram de mim e de nós.
 
 

segunda-feira, dezembro 23, 2013

Pré Natal

Estamos mesmo à beira do Natal... hoje dia 23 de Dezembro trabalhamos já a pensar nos dias que se seguirão, apesar de ainda não ter a certeza donde passarei a consoada, mas ainda temos tempo.
Hoje sinto-me meio estranho; não consigo perceber determinadas atitudes, nem factos que me ultrapassam,apesar de também poderem ser "provocados" por mim, mas cuja resposta é, no meu sentir, duma violência desnecessária.
Talvez não haja ainda o distância suficiente para que se possa mudar registos ou formas de reagir, mas deve-se ter a consciência de que talvez seja oportuno pensar e reflectir no que se passa e nas nossas reacções.
Sinto que as minhas transformações não foram ainda devidamente assimiladas e percebidas, o que condiciona os comportamentos que me entristecem e me fazem pensar no que mais será preciso fazer para que haja uma alteração das respostas e de atitudes. Será que é tão difícil perceber as transformações e as evoluções havidas e sobretudo sentidas ? Será que não se consegue entender que um processo curativo de determinadas dependências e parafilias tem os seus timings e necessidades dum reforço constante e positivo ? Além de que para o ex-dependente é fundamental o reconhecimento da sua mudança e a ajuda permanente de quem com ele lida....
É verdade que ainda me falta ainda imenso para a cimentação de tudo o que tenho aprendido nestes últimos meses, para a total compreensão e integração do que fui descobrindo, bem como a assimilação das mudanças e dos novos registos que foram sendo criados.
Tem também que haver um entendimento dessa realidade e principalmente não criar crises desnecessárias e evitáveis; é tão simples dar-se a volta a determinados factos ou palavras, porque se agirmos mais positivamente ou até com uma graça ou com um SORRISO, em vez de se responder com agressividade e atirando (quase) sempre a bola/ culpa para o campo oposto, muito mais facilmente não formarão nuvens negras no ambiente, nem se criarão tempestades completamente fortuitas.
É evidente que me sinto triste tanto mais que hoje é uma data importante de comemoração duma relação... os sobressaltos e tempestades acontecem em todas as relações, mas a sensação de incompreensão é o que custa mais, bem como os silêncios posteriores e falhas de comunicação.
Uma coisa são os silêncios normais numa relação, outra totalmente diferente são os silêncios por esclarecer e por falar e isso é algo que me magoa bastante, dado o esforço que estou a fazer para mudar muita coisa errada e a vontade que tenho de o fazer. Pelos outros, mas principalmente por mim...
Mas estamos praticamente nas festas natalícias e esperemos que seja uma data feliz, com muita PAZ e sobretudo muito carinho e estima entre todos e na família que somos e tenho. Gostava que nestes dias os SORRISOS fossem permanentes e conseguissem transmitir o calor e a luminosidade que desejamos para todos os que estimamos e Amamos.
Vou estar sem acompanhamento durante todo este período e sinto a falta das sessões, bem como do próprio AA que faz parte integrante do meu quotidiano, nesta relação de intimidade que se cria com o analista. Não é Amizade, mas também não o deixa de ser; não é uma relação afectiva, mas ela existe e vai sendo criando e reforçada em cada sessão.
Ele é uma peça fundamental do meu dia a dia actual, na medida em que mesmo não estando em presença, é constante no meu pensamento e orientador das minhas acções, omissões ou factos. Como se fosse a minha consciência externa... uma voz que nos ecoa dentro de nós e que nos faz pensar nas coisas.
Já tendo sido abordado esta relação, o objectivo é conseguir cada vez mais tornar-me.   autónomo e independente desta "voz" que me vai acompanhando neste meu presente e de que sinto bastante a falta.... mas também tenho bastante material para integrar, pensar e assimilar.
Esperemos ainda que, nestes dias, nós consigamos reequilibrar e estabilizar visto que cada embate ou cada crise ou incidente me deixa bastante abalado e sobretudo triste, tanto mais que as preocupações do dia a dia não desapareceram
Como não consegui acabar este comentário por motivos técnicos, termino agora com o meu habitual SORRISO cheio de energia positivo e de muita força para entrarmos no NATAL.

domingo, dezembro 22, 2013

Natal

Estava a ver o meu facebook e apareceu-me esta associação por Sorrir,(https://www.facebook.com/AssociacaoSorrir?fref=ts), que vem ao encontro do que penso há muito acerca da importância do Sorriso e da sua centralidade na vida das pessoas.
Iniciei este blogue há mais de 6 anos, precisamente pela experiência que tive durante um passeio pelo Alentejo e pelo simples facto dum Sorriso ter dado um momento de felicidade a uma senhora idosa que apanhava o seu sol à porta de casa. Desde aí, tenho verificado que um Sorriso, um gesto carinhoso ou uma palavra oportuna fazem toda a diferença e se consegue viver melhor e em Paz.
Nestes tempos festivos, em que o pensamento está focado nas comemorações e nas pessoas, vemos que, infelizmente, há tanta coisa errada no mundo, tanto para modificar e alterar e tanta gente a sofrer, em particular crianças.
Vi no  facebook, algo que me impressionou apesar de já o saber há muito... para que uma criança fique feliz ao receber um boneco como presente de Natal, é necessário que muitas outras crianças sejam obrigadas a trabalhar para o fazerem e distribuírem pelo mundo.
Quando se começa a pensar nestes aspectos ficamos tristes e lamentamos muito do que ocorre por este Universo, mas não temos o poder para alterar todo este estado de coisas, mas apenas contribuir para que seja possível modificar à nossa escala pequenos nadas que podem fazer a diferença.
Deve-se alertar para estas injustiças, lutar para que todos tenham uma vida melhor e mais justa e sobretudo pensarmos e sentirmos que nos devemos empenhar nesta luta e fazer mais e mais, saindo da nossa zona de conforto. Se me saísse o euro milhões, um dos meus projectos seria tirar das ruas muitos do que, por necessidade e vício, andam por lá... e penso que faria um bom trabalho e seria bastante benéfico para muitos.
Amanhã ainda é dia de trabalho, apenas no consultório, para que depois possamos ter três dias de folga e trabalharmos ainda dias 27 e 30 e novamente mais uns quantos dias de folga... pela primeira vez desde há muito que não temos férias nesta altura, por motivos vários e compreensíveis, mas custa-me a alteração deste hábito que temos desde sempre e assim vamos até ao Alentejo passar o ano na companhia da família.
Em termos do nosso processo interior, estamos talvez numa pausa para assentarmos as ultimas evoluções e transformações, porque como disse o AA é por demais evidente que não há mudanças mágicas nem súbitas, tendo que haver uma integração e uma compreensão dessas mesmas mudanças.
Também é necessário que haja interacção correcta e perceptível da parte das outras pessoas e sobretudo com quem mais me relaciono, sem um aparente estado de tensão, palavras ou atitudes agrestes, na medida em que preciso de mais afecto e carinho, transmitido por atitudes e palavras, bem como por uma postura mais positiva. Mas certamente que neste momento em que estou mais sensível, também é verdade que sinto diferentemente as coisas e gostava de ver reflectido nos outros a minha forma de estar actual.
Domingo tranquilo, sem programa definido nem nada a fazer sem ser navegar pela internet, ler os jornais, meditar na vida e reflectir no que pudemos melhorar e fazer por nós e pelos outros, deixando para trás as preocupações que temos e que, esperemos, se resolvam rapidamente nos tempos mais próximos. Principalmente, no que se refere aos meus queridos filhos...
Terminando como comecei, aprendamos a valorizar as acções positivas e principalmente saibamos ter um SORRISO sempre cheio de luz, de som e de cor para que consigamos espalhar à nossa volta um clima benéfico e positivo.
 
 
 
 
 

sábado, dezembro 21, 2013

Pré Natal

 
Neste fim de 2013 há pequenas nuvens que ensombram o clima e o condicionam... nomeadamente falta de oportunidades de trabalho e de condições para isso mesmo, o que me preocupa bastante nesta altura do campeonato.
Já se bateu em várias portas e abordadas varias vertentes e o que é verdade é que o que parecia infalível e certo, não produziu quaisquer resultados nem deu nenhum efeito. Pode ser que de repente as nuvens se vão e o céu fique limpo e luminoso, com excelentes perspectivas.
Ontem fomos jantar ao Harlem (http://www.lifecooler.com/artigo/comer/restaurante-harlem/436621/), um restaurante típico da Louisiana, USA, onde pretendíamos ir já há algum tempo. Espaço simpático, ementa bastante reduzida com apenas dois pratos principais, uma garrafeira pequena ( com um monte de cascas que não se encontra em muitos sítios e de que gosto bastante ) e grande dificuldade no parqueamento.
Deu para descontrair, conversar e sair desta semana com entrada nos festejos natalícios, tanto mais que ainda fomos ter com uns amigos que se acabavam de mudar e que tinham evidentemente a casa de avesso.
Temos apenas mais uns três dias úteis de trabalho de consultório, com a certeza de já termos o mês feito e ainda marcações para quase todo o primeiro mês do ano, o que é bastante bom tendo em conta o actual panorama da nossa classe e da situação em geral.
Dizem que estamos na retoma, mas até sentirmos essa realidade no bolso vai durar ainda algum ou bastante tempo, agravado agora com mais um chumbo deste tribunal constitucional. Até pode ter razão mas nestes tempos de emergência nacional, não pode haver uma flexibilização das regras e uma outra interpretação da lei ??
Se quando é necessário, os juristas conseguem dizer que o preto é branco, porque não nestes casos dar a volta ao texto e arranjar pareceres que permitam medidas de excepção e que podem e fazem toda a diferença na nossa (lenta) recuperação... não consigo mesmo entender.
Quanto a mim, continuo neste progresso de conhecimento e de aceitação, constatando que estou bastante mais tolerante e cada vez menos actuante, o que me permite um estado mais calmo e pacifico, sem as tais vibrações permanentes e totalmente desnecessárias para a nossa vida quotidiana.
Ou seja, precisamos de novidades, de estarmos bem connosco e assim conseguirmos transmitir essas mesmas energias para o exterior e para as outras pessoas que nos rodeiam e que nos interessam verdadeiramente. Esperemos que o caminho se faça caminhando segura e eficazmente numa direcção certa e com rumo, na certeza de querer cada vez mais estar comigo mesmo e com maior conhecimento do que sou e do que faço.
Neste sábado, temos a minha Mãe connosco, bem como um dos meus filhos, que vem também almoçar. Será um dia pacato com a habitual sesta e nada temos para fazer, visto que nestas antevésperas de natal costuma estar tudo demasiado cheio e improprio para se andar a passear.
Que o nosso SORRISO possa dar alegria e felicidade a alguém e contribuir para que este dia seja mais luminoso e alegre.


sexta-feira, dezembro 20, 2013

Retrospectivas

Sexta-feira, dia 20 de Dezembro de 2013! Estamos a onze dias do fim do ano, passaremos ainda pelo Natal, pelas respectivas ferias e por tudo o que associamos a esta época.
É altura de pensarmos na família e nos amigos, bem como fazermos a introspecção da nossa vida, do que mudámos, fizemos, transformamos e eventualmente criámos.
Retrospectivamente, posso dizer que este ano, prestes a acabar, teve em simultâneo, dos melhores e dos piores momentos da minha vida.
Dos piores, a deriva em que andei, a desorganização quase completa da minha pessoa e da minha relação, bem como uma certa desagregação mental, com bastante sofrimento e dor, que me levaram a tomar algumas medidas para inverter esses mesmos factos.
Foram alguns tempos bastante difíceis, conturbados e muitíssimo complicados, pela quase cegueira em que estive, condicionado pelo vazio, falta de afectos sentidos e um profundo despego da vida existente. Precisava de algo que não o que aconteceu e que perturbou gravemente o equilíbrio e os relacionamentos.
O melhor deste ano foi a capacidade de superação desses tempos, o desligar-me desses factos, o encarar a vida doutra forma, o entrar numa análise seria e profunda e principalmente ter recuperado a minha relação e ainda o meu equilíbrio.
Refiro ainda como bastante importante e fundamental, o (re)encontro pleno e total com ambos os meus filhos, que são e continuarão a ser peças fundamentais da minha vida e o motor dessa mesma vida.
Para além disso, houve o reforçar dos laços familiares, com uma aproximação cada vez maior com todos os entes que me são queridos ( com excepções, claro) e com a certeza também das ligações com os que são verdadeiramente meus amigos e por quem nutro sentida Amizade.
No meio destes pólos, houve ainda uma acalmia na frente profissional, com a aceitação e integração pacífica na clínica, com menor intervenção pessoal na gestão da mesma, por ter chegado à conclusão de que seria e é a atitude correcta e o corolário lógico das minhas decisões nesse campo.
Para além de tudo isso, há uma (enorme) transformação de mim próprio, fruto e resultado da intervenção oportuna do AA, meu psicanalista que me tem dado as ferramentas necessárias para que consiga progredir no meu conhecimento e principalmente sentir uma transformação e uma alteração imensa na minha forma de pensar e de agir, conseguindo neste momento ter momentos de felicidade e sensações positivas.
Acabei de receber um telefonema de alguém por quem tenho Amizade; tinha enviado uma mensagem de Feliz Natal e na volta tive uma resposta de viva voz e de grandes lamentos, que me deixaram um pouco apreensivo, desconsolado e até preocupado. Sou e continuarei a ser neutro nesta situações e nas similares, mas faz-me pena ver o sofrimento de quem, tendo também a sua quota parte de culpas, merecia outro tipo de tratamento. Mas é apenas e tão só a minha opinião.... 
Haverá mais ocasiões para fazer mais análise deste ano prestes a acabar, querendo neste momento que o meu SORRISO consiga contribuir para proporcionar um momento mais feliz a quem o partilhar comigo.

quinta-feira, dezembro 19, 2013

Natal

Mais um dia, quase no Natal... vamos vivendo com estes silêncios, meias palavras e uma (quase) ignorância da realidade da clínica, o que me agrada bastante por ter sido um dos motivos pelos quais me mudei e me afastei da gestão corrente. De qualquer modo, gostaria de eventualmente saber da situação actual na medida em que vou percepcionando que as coisas vão estando equilibradas, mas evidentemente com alguma quebra.
É mais um espaço de silêncio, mas sem qualquer tensão ou desentendimento, o que torna este mesmo silêncio diferente dos que referia ontem por me ser mais ou menos indiferente e  conseguir efectuar o meu trabalho o que melhor que posso e sei, seguindo o meu caminho e a minha rota.
Felizmente ainda tenho a capacidade de conseguir esclarecer os assuntos e assim entendi fazer, com resultados concretos e práticos. Estando ciente da realidade, talvez possa contribuir de alguma forma para melhorar a situação.
Este caminho de que falava passa na sua quase totalidade por um aprofundar do meu próprio conhecimento, uma análise cada vez maior do que sou e do que posso ser e ainda da transformação do meu relacionamento com o que me rodeia.
Bem como conseguir realizar-me mais como pessoa e encontrar a felicidade em cada um dos sessenta segundos que compõem cada minuto que vivemos. Senti também uma mudança interior e uma maior força na minha relação, com mais vontade de estar, falar, sentir e sobretudo compreender. Compreender que, cada qual, tem o seu espaço, o seu timing e a sua forma de estar no dia a dia. Aceitemos a diferença ... percebamos que o mundo não gira sempre à nossa volta e de que os silêncios, os factos e os actos podem ter vários significados. 
É esta capacidade de avaliação e de pensamento que quero e preciso desenvolver, sem levar sempre esses mesmos factos ou acontecimentos para um lado negativo ou menos bom, porque a verdade é que precisamos de ter este treino e esta agilidade de raciocínio... não só para nosso bem, mas também de quem connosco convive e está afectivamente ligado.
Muitas vezes a minha precipitação no agir e no (não) pensar levam a situações difíceis, complicadas e difíceis de gerir, com o tal sentimento de culpa e a agressão a quem me rodeia, para ver as consequências e sentir a tal vibração de que sinto necessidade duma forma, por vezes, negativa...
Ou seja, é um processo lento de transformação no encarar da realidade e forma de interagir com os outros, sem estar constantemente a negativar os sentimentos, as emoções ou mesmo a duvidar sempre do mesmo. Tenho que (re)aprender a fazer este exercício de humildade e de perceber que nem tudo passa necessariamente por mim ou através de mim. E certamente que será um grande avanço para mim e uma grande calma quando eu conseguir seguir estes procedimentos e este caminho cheio de novidades para a minha pessoa. 
E nesta época natalícia, que haja SORRISOS para distribuir e que consigamos ser felizes e positivos.



quarta-feira, dezembro 18, 2013

Silêncios

Silêncios... ontem na análise abordámos esta temática e os motivos pelos quais os silêncios me incomodam, provocam alguma dor e irritação!
Como tenho o registo do Tudo ou Nada, os silêncios significam para mim, uma expressão de desprezo, de não gostar e de me ignorar. Sendo uma pessoa que precisa de se sentir Amada e estimada, é por isso, compreensível que ( e ainda) sinta esses sentimentos e esse antagonismo perante os silêncios das pessoas que estimo e que estão comigo.
Quase que me sinto afrontado e ofendido com esses silêncios, visto que eles estarão associados a rejeição, a menosprezo e a desconsideração, o que me provoca, evidentemente, desconforto e dor. Daí as minhas reacções e alguma agressividade perante essas mesmas situações de silêncio que não controlo nem percebo.
Ontem o AA esteve silencioso e menos participativo do que é costume e, não sendo a primeira vez que assim faz, senti-me particularmente incomodado na medida em que preciso de sentir estima, interesse e carinho.
Ao chegar a casa, deparei-me com o mesmo ambiente de silêncio... evidentemente que fiquei perturbado e um pouco agressivo, pelos motivos expostos. Parece que volto aos meus tempos de meninice, nos quais  a minha Mãe me deixava de falar por algum erro ou falta cometida. E sentindo-me agredido, a minha primeira reacção é atacar e agir antes de pensar. 
Neste momento, em que, como não devo, não tenho nada a temer nem a esconder, tento raciocinar melhor e evitar o confronto, mas sei que nem sempre consigo pelas teias de aranha existentes no meu armário inconsciente.
Também ontem comecei a "atacar" o analista pela aparente estagnação da análise, porque enquanto que inicialmente parecia avançar em cada sessão, agora sinto que estamos (quase) sempre a bater nos mesmos pontos. Chegámos à conclusão que sinto a necessidade duma vibração permanente, de chamadas de atenção e de querer estar sempre em movimento.
Percebi, ou melhor, intui os motivos pelos quais me faz tanta confusão e até irritação o facto de se estar permanentemente de televisão acesa quando se está a fazer determinada tarefa na cozinha e se perde tempo a olhar. É uma forma diferente de estar e de fazer que tenho e devo aceitar sem me perturbar, mas que sinto como que uma falta perante o que se está a fazer e um "esquecimento" dos outros, neste caso de mim.
É o tal egocentrismo existente e a constante falta de autoestima e de confiança, que precisa de estar sempre a ser alimentada e regada por quem me rodeia. Apesar de achar que não adiantamos caminho, a verdade é que, pelo que hoje escrevo, estamos a seguir em frente e a descobrir mais e mais coisas que tenho dentro de mim e em mim.
Esta questão dos silêncios vem de longe, porque sempre senti um enorme desconforto quando tinha/tenho que enfrentar pessoas que nada ou pouco conheço e não sei que mas abordar. Estou a falar no plano pessoal e social, porque no profissional é fácil e evidente na medida em que se segue quase um protocolo.
Mas por exemplo, em festas como baptizados, casamentos ou aniversários em que não sabemos a mesa que nos vai calhar, preocupa-me os silêncios que possam existir, os constrangimentos que surjam porque me sinto na obrigação de falar, arranjar temas de conversas e animar esse mesmo espaço.
É por isso que, quando me aborreço seriamente com uma pessoa que estimo, lhe deixo de falar e a "castigo" dessa maneira, provavelmente repetindo as atitudes e acções da minha querida Mãe que continua a fazer isso, bem como a preferir não falar em determinados assuntos, pondo a cabeça debaixo da areia como as avestruzes.
Uma vez mais vamos ter ao mesmo local e às mesmas influências que se repetem ao longo das sessões, e conversas e pensamentos recentes.
A vida vai dando as suas voltas e seguindo o seu percurso, com um conhecimento e compreensão cada vez mais claros e perceptíveis, apesar de termos ainda pela frente muita pedra para partir, com a tal picareta de que, ontem, o AA falava.
É contraditório achar que não avanço na minha terapia e conseguir fazer todas estas associações, descobrir uma série de motivações e de razões que me levam a agir de determinada maneira e feitio e ainda de perceber as formas de estar e de sentir as coisas. A verdade é que o SILÊNCIO me é incomodo pelas razões apontadas e principalmente porque  associo a menosprezo, rancor e pouco ou nenhum Carinho ou Amor. Reminiscências do passado ? Hábitos incutidos por quem me influenciou tanto ao longo da infância? 
Porque a minha família é muito de silêncios e de esconder assuntos e temas que, devendo ser esclarecidos e facilmente assimilados, rapidamente se transformam em assuntos proibidos ou tabus precisamente por não se falar e esclarecer. É um registo familiar absorvido e que me causa desconforto e dor.
Fiquemos pelo nosso SORRISO habitual, com muito som e muita luz, para que nós sintamos acarinhados, amados e estimados.

terça-feira, dezembro 17, 2013

Interacções

Vou fazendo um enorme esforço para me levantar, sabendo que tenho que vir trabalhar e esforçar-me. Estou francamente cansado, saturado e sem grande força anímica...
Nada de especial, apenas e tão só o desgaste normal dum ano complicado, de muitas e fortes emoções, embates violentos e tempestades afectivas.... é verdade que determinados factos e acontecimentos, bem como certas pessoas deixaram marcas, umas positivas e outras francamente negativas que se foram arrastando por demasiado tempo.
Felizmente que, neste momento, tudo amainou, com a grande novidade da (quase) renovação de contacto com o meu filho mais velho, que me deixa cheio de alegria e de entusiasmo. São ciclos de vida....
Estarmos também em plena análise e entendimento do nosso inconsciente, traumas e influências recebidas, certamente que não ajuda em determinadas alturas porque são muitas emoções e pensamentos que nos percorrem e nos fazem pensar bastante e intensamente. Para além da alteração de certos paradigmas e muitos conceitos que tínhamos como certos e inalteráveis.
Nesta época natalícia, em que deveria predominar o amor, o apoio, a interligação entre os Homens, assistem-se a acontecimentos incríveis e a factos que destroem a esperança na raça humana. Ainda ontem estivemos a ver uma reportagem acerca de escravatura humana em pleno século XXI, que movimentam 27 milhões de pessoas por ano.
Como é possível acorrerem factos destes neste ano de 2013, quase 14... é verdade que, infelizmente e numa menor escala, as pessoas estão mais egoístas, menos solidárias e principalmente numa luta desenfreada de competição ou de pouca, muito pouca, atenção ao seu semelhante.
Verifico isso no meu dia a dia, com determinados comportamentos e formas de estar que não conseguem superar a sua própria identidade, nem sequer assumirem qualquer tipo de responsabilidade, visto que é bem mais fácil projectar no(s) outro(s) todas as falhas e culpas, muitas vezes próprias e inerentes ao que as pessoas são efectivamente.
Ou seja, muitas vezes não se consegue reconhecer os nossos erros, visto que é um processo doloroso, difícil e em que é preciso ter uma auto capacidade de análise que a maioria das pessoas não tem.
Venho reparando que às dificuldades deste quotidiano acrescem as frustrações, as negações e as idiossincrasias de todos nós que, muita vezes, complicam e transformam coisas simples em assuntos (quase) secretos e duma gravidade que não têm de todo. O que me custa mais no meio disto tudo é a falta de solidariedade e de sinceridade entre as pessoas.
Mas encaremos as coisas muito positivas que nós têm também acontecido e concentremo-nos apenas nelas para que possamos continuar a ter um SORRISO positivo, forte e principalmente solidário.
Temos que ter a consciência de que nem é Tudo, nem é Nada existindo um meio termo que devemos explorar e sobretudo perceber e integrar na nossa vida do dia a dia. Nem tudo é bom ou luminoso, mas também nem tudo é negro ou mau, havendo sempre variações e cambiantes acerca de tudo. E também dos sentimentos, das emoções e das atitudes que temos a obrigação  de os vermos em todas as suas vertentes.
Fica um SORRISO luminoso e com a vontade de em cada dia conseguirmos crescer um pouco mais e percebermos melhor o que somos e quem nos rodeia.

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Contrastes

Estamos na ultima semana completa antes das festas natalícias, que se aproximam veloz e rapidamente... é assustador a velocidade com que o tempo passa por nós e por tudo aquilo que nos rodeia.
Ao alterar recentemente a minha fotografia no Facebook, constatei as diferenças existentes entre uma foto minha que adoro, onde tinha 18 anos e uma actual; a antiga foi tirada em Sines, numa altura em que me sentia francamente feliz e alegre com a vida, porque tinha descoberto o meu primeiro Amor e estava a desfrutar do meu primeiro namoro a sério, com a CC que, segundo tenho sabido continuou a sua vida em Lisboa, tem dois filhos e está actualmente divorciada.
A mais recente foi tirada em frente à famosa janela manuelina do convento de Tomar quando passeávamos pela zona o ano passado. Dum rapaz bonito, magro, com cabelo e pele brilhantes e olhar sonhador, passa-se para uma pessoa com pouco cabelo, pele quase sem brilho, com mais peso do que o devido e sem aquele olhar de adolescente na descoberta da vida.
Fez-me confusão essa tão grande diferença, sobretudo tendo em conta que são quase quarenta anos de diferença, ou seja, já ultrapassei mais de metade da minha vida e neste momento os projectos, os sonhos ou o que pensava na altura já foi ultrapassado; ou  consegui realizar esses meus sonhos e projectos ou passaram por mim e concretizei outros.
O que sei mesmo é a diferença abissal e profunda existente na maneira de ser e de estar desse Luís das fotografias. O jovem entusiasmado, sonhador, violento nas suas reacções e emoções para uma pessoa madura, bastante mais calma e em processo analítico para, finalmente, transformar e integrar aquilo que sou neste momento...
É uma vida que passa diante dos meus olhos e sobretudo da minha consciência porque a verdade é que tanta e tanta coisa ocorreu nestes (quase) quarenta anos, que tenho dificuldade em contextualizar todos os momentos, todas as emoções e a vivência tida.
Rapidamente posso falar em factos concretos, como sejam, o casamento, o nascimento d dois filhos, as duas licenciaturas, o ser medico dum centro de saúde e dentista na privada, a minha actividade docente e académica, os meus amigos, etc
Mas o que considero mais estranho e preocupante é a involução das pessoas, o menor grau de interesse e empenho colectivo, com uma enorme apetência pelo individualismo e muita falta de ética e princípios morais.
Acompanhei na minha actividade docente muitas e muitas gerações novas e verifiquei que cada uma era pior do que a anterior, com excepções como é evidente, mas cada vê mais mal formadas como pessoas e integradas na sociedade. Esse aspecto foi um dos que me levou a desistir da docência, que adorava mas que me absorvia imenso tempo e cada vez era mais desgastante. Para além das invejas e do péssimo clima existente na faculdade por sermos uma equipe activa, até com projecção internacional, trabalhos publicados e muitos dos assistentes em processo de doutoramento. 
É um dos males deste País a mediocridade, a incompetência e a inveja  de alguns prevalece muitas vezes no que queremos fazer e na actividade que desenvolvemos, na medida em que arranjaram logo forma de sermos convidados a sair e deixar os cargos livres para os amigos.
Mas voltando à tal diferença, fiquei abismado mesmo com o processo geral de envelhecimento, que sendo comum a todos nós diferencia-se em cada um de nós; assim uns ganham peso, perdem agilidade, ficam sem cabelo ou sem dentes e mais grave ainda começam com perda de memória, de concentração e até de interesse por muita coisa.
Felizmente que tenho ainda vontade de viver, de me sentir bem e sobretudo de tentar encontrar mais e melhor felicidade neste momento; sinto que poderei ter os ingredientes necessários para isso, faltando apenas neste momento uma melhor estabilidade económica, que me tem vindo a preocupar bastante.
Mas encaremos o futuro com mais optimismo e acreditemos nas nossas possibilidades e potencialidades para que o futuro possa ter mais e melhores SORRISOS e possamos encontrar os caminhos que queremos e ainda sonhamos.

domingo, dezembro 15, 2013

Dias

Como de costume, ao sábado, aproveita-se para se espairecer e andar sem timings ou planos rígidos.
Assim foi ontem... rumo ao Chiado, passagem por algumas lojas, tentativa de almoçar(quase lanchar) no T.B. Burguer or not to be mas impossível por estar a abarrotar, acabando por fazer um brunch no Kaffeehouse, também sempre cheio. Neste momento a baixa está cheia de vendas de rua e assim é mais fácil complementarizar facilmente com pequenas coisas os presentes de natal.

Descobrimos uma loja engraçadíssima de produtos gourmet exclusivamente portugueses, onde comprámos um presente original e que estava a faltar, apesar de inicialmente não estarmos a pensar oferecer a esse casal. Mas a loja está cheia de coisas boas e as donas são muitíssimo simpáticas e interessadas.
Gostei de ver o Chiado cheio de pessoas, de movimento, coros nas ruas e finalmente algum espírito natalício, que procuro bastante nestes dias e ainda não tinha encontrado.
Depois do tal brunch - comi uns óptimos ovos mexidos de trufa - e de termos visto a nossa querida amiga e a filha também nesse momento no Chiado, seguimos para o Príncipe Real. Mais uma feira de rua, como peças e novidades imensas, onde comprámos mais umas coisitas para nos oferecermos a ambos, mais outra loja de artigos portugueses que felizmente são em cada vez maior numero e que tem coisas muito engraçadas e originais.
Fomos ver uma exposição de Barahona Possollo, chamada " All you can eat", com seis quadros bem realistas e explícitos. Retrata-se os paladares que sentimos com a língua e a sua relação sexual e erótica.
de facto, a boca e a língua estão intimamente ligadas ao sexo e aos nossos primórdios. Coloco aqui o texto introdutório dessa exposição e um dos quadros, talvez o mais suave deles todos, porque são bem realistas e fortes. Gostei de ver e de apreciar este pintor que tem uma particularidade enorme na sua pintura e que nunca tinha visto ao vivo.
 
 
 
 
Passámos depois pela embaixada, para vermos as lojas e onde encontrámos a namorada do meu filho P., que trabalha numa delas e que. sábado, lá estava. Gostava que o meu filho estivesse também ocupado a trabalhar em vez de nada fazer.

Como estava tudo aberto, visitámos ainda mais umas quantas lojas; constato que há uma mudança e inovação nas lojas e uma tentativa (conseguida) de diversificar a oferta e sobretudo nesta zona da cidade, vêem-se peças e artigos originais e bonitos.
Lisboa tem encantos mil e felizmente começa a transformar-se e a diversificar-se imenso, com maior oferta e movimento. Deve-se dizer que o Príncipe Real e o Bairro Alto sempre foram zonas muito peculiares e especificas, talvez por estarem associados a uma vida boémia e a um certo estrato populacional, de jovens, minorias sexuais e intelectuais, que permitem este vanguardismo. É de recordar que o bairro alto comemora os seus 500 anos... e tendo lido o que era o dito bairro e o que é, há uma imensa evolução sem deixar de manter a sua irreverência.
Finalmente viemos para casa; o meu filho mais novo veio jantar connosco e felizmente conseguimos conversar e recuperar o bom ambiente entre nós, que por causa duma ida à neve ficou um pouco complicada e me fez um enorme abalo, mesmo um terramoto emocional.
Neste fim de semana tenho pensado bastante em relações, em uniões e em pessoas, perguntando-me exactamente o que une as pessoas e o cimento que as liga e permite a sua interligação. Quando se fala em relações familiares e apesar de haver quem diga que somos nós a escolher a família onde nascemos, é evidente que não temos alternativa a não ser aceitar ou ignorar essa mesma família, tendo neste momento a opinião de que a família é precisamente um dos (bons) pilares da nossa vida.
Nem sempre pensei assim e nem sempre agi em conformidade, mas felizmente que neste momento consigo estar de bem com (quase) toda a família e aquela que não estou, deve-se mais a motivos extemporâneos do que propriamente por minha vontade. Sinto a grande e imensa importância da família, o apoio que temos e a sorte desta família com tantas originalidades e fait divers conseguir manter a sua união e rumo.
Quanto aos filhos que temos, é por demais evidente a sua importância na vida de todos os que são Pais; infelizmente não há manuais para se ser Pai, nem tão pouco se ser filho e apesar de tentarmos fazer o nosso melhor, nem sempre somos compreendidos e aceites pelos filhos. Muitas vezes os choques de personalidades e de interesses dão azo a pequenos/grandes conflitos que nos podem magoar bastante. E mais ainda quando parece haver uma imaturidade e uma certa dose de incompreensão nas atitudes dos Pais.
Anseio pela total independência dos meus filhos, porque acredito que nessa condição será bem mais fácil o relacionamento e a interacção de todos com todos.
Os amigos são aqueles com quem contamos incondicionalmente e neste momento tenho a sorte de ter AMIGOS na verdadeira acepção da palavra; pessoas com quem conto em todas as alturas e momentos, que me acompanham e que acompanha mas que sobretudo fazem parte integrante da minha vida. É uma sorte e um privilégio poder contar com eles, mesmo que alguns esteja normalmente arredados do dia a dia, sei que posso contar com todos eles.
Finalmente a pessoa ou pessoas que vão ocupando o nosso coração e Amor são duma importância extrema e estão a um nível completamente diferente de todos os anteriores. Primeiro porque estas relações devem ser constantemente acarinhadas e regadas, segundo porque nunca devemos estar certos da sua durabilidade e terceiro temos que as cimentar no dia a dia e torna-las mais firmes e seguras em cada minuto que passa.
Não sei bem o que faz a união amorosa e afectiva entre dois seres, como se mantém essa mesma ligação e qual a química que tem que existir, mas das dificuldades que podem existir, as perturbações que fazem algumas vezes abanar essas mesmas relações e ainda a moldagem e até abnegação que deve estar presente para podermos manter essas mesmas relações.
Como é evidente, também tem que existir Paixão, Amor, Amizade, respeito e para mim é igualmente importante continuar-se a conseguir surpreender o outro no dia a dia, com pequenos gestos, actos ou palavras que cimentam a relação e nos fazem sentir apaixonados.
Por exemplo, receber SMS como estes logo pela manhãzinha, deixando-nos bem dispostos e felizes com estes gestos simbólicos mas de grande significado. Ou recebermos um ramo de rosas vermelhas ( que significam AMOR) num dia em que estamos mesmo a precisar dum carinho especial e dum reforço positivo.
Claro que há sempre o reverso destes gestos e destas atitudes, porque as pessoas são muito complexas e têm a sua própria idiossincracia e forma de estar. Nestes reversos podem estar implicados diversos factores que devem ser trabalhados e analisados.
Sobretudo, numa relação deve-se e tem que se tratar com carinho e muito AFECTO a pessoa e saber estar com Verdade nessa mesma relação. Mesmo quando nos podemos sentir cansados ou menos satisfeitos, temos que olhar para o todo e saber que a floresta existe e está bem viva, mesmo que haja árvores menos bonitas ou a desvanecer.
As diferentes vertentes da vida podem ser representadas por essa mesma floresta, com todo o tipo de árvores, flores ou arbustos, uns mais bonitos do que outros, uns a florescer e outros a morrer mas todos eles fazendo parte integrante do nosso ser e do nosso estar no Universo.
Esta metáfora da floresta faz parte dum teste que costumava fazer muito antigamente e simbolicamente representa a nossa vida interior, a nossa personalidade e cada pessoa tem a sua própria floresta. Acho que vou recomeçar a fazer este teste de novo... é algo muito simples e com resultados bastante engraçados.
Hoje o comentário já vai bastante longo e aqui fica o SORRISO luminoso e a complementarizar um pensamento do Papa Francisco onde ele diz que um SORRISO pode fazer toda a diferença na vida duma pessoa ... " sempre que possível, dê um Sorriso a um estranho na rua, pode ser o único gesto de Amor que ele verá no dia". Ou seja, "inspirei" o Papa neste pensamento que faz parte dos primórdios do meu blogue e uma das suas motivações iniciais e permanentes.
 
 
 

sábado, dezembro 14, 2013

Sábado....

Estive a actualizar a minha foto do facebook, por uma outra tirada em Sines, com uns 18 ou 19 anos. Ou seja, quase há 40 anos.
Talvez seja uma associação feita, fruto do jantar de ontem, com as minhas amigas mais antigas e colegas do curso de Medicina ( 1975/1981)... desde então que somos AMIGOS e que mantemos uma relação afastada fisicamente mas sempre presente afectivamente. Sei e sinto que esta Amizade é das reais e verdadeiras, porque estaremos sempre presentes uns para os outros.


Em contrapartida, ainda me consigo aborrecer com atitudes e comportamentos contraditórios e estranhos das pessoas, porque não me consigo habituar a esta duplicidade e até certa maldade existente nas pessoas.
Felizmente que esta "nova" postura de pensar antes de agir, deixando a tal faceta de demónio afastada e sem demasiada influencia, permite-me ficar mais sereno e pacifico, apesar de profundamente magoado e triste. A minha reacção neste momento é simplesmente ignorar a(s) pessoa(s) e seguir em frente.
Consigo também, o que faz toda a diferença, "esquecer" esses factos e pensar no que me espera e no que quero fazer de seguida e isso dá-me força e alento.
Disse-me o AA que ando desatento à vida e à realidade, por não ter nada para contar, mas pergunto-me se esta vacuidade actual não será resultado desta mudança em curso que me permite estar mais voltado para dentro e menos receptivo ao exterior.
Sinto ainda que, neste momento, necessito de afectos, de sentir-me acarinhado, amado e estimado e daí a minha desconcertação perante determinadas atitudes que considero estranhas e extemporâneas. Se é possível estarmos bem e dar o que podemos aos outros porquê agir doutra forma?
Será que também o facto de me sentir profissionalmente tão isolado me deixa menos bem e mais sensível a determinados factos e actos ? Será que a realidade actual e geral é uma verdade que tem mesmo que ser assimilada e aceite tal como é ?
Estava a ler um post no facebook dum conhecido e achei piada que as queixas dele eram precisamente no sentido de cada vez menos haver ética e compreensão entre as pessoas, como se vivêssemos num mundo estranho, sem afinidades ou intimidade entre as pessoas. Quase como se cada qual tivesse o seu próprio mundo e enquadramento e não fosse possível uma maior e melhor integração. A propósito ainda do jantar de ontem, a camaradagem e a interajuda nessa altura era fantástica e um dado assente.
Tanto assim era que quando fiz a licenciatura em Medicina Dentário, os médicos existentes ( e eramos uns 7 ou 8) tivemos que "ensinar" aos nossos outros colegas ( apenas deste curso) a forma como deveríamos estar, porque inicialmente a forma deles estarem era completamente diferente da que nós estávamos habituados. Eram individualistas, fechados em si mesmo e sem nenhuma intenção de ajudar o seu colega... felizmente que consigamos transformarmo-nos numa turma de 24 alunos a funcionar muitíssimo bem e a entreajudar-nos a todos.
É esse espirito que hoje falta em quase todos os lados e os "antigos", como eu vão-se tornando os fosseis, como dizia ontem o JE, que com 67 anos é o decano do serviço e o ultimo dos moicanos.... e bem difícil deve ser, mas como ele sempre foi uma rocha dura e solida vai aguentando.
O ridículo da questão é que, segundo me contou, por cada ano em que não pede a reforma perde dinheiro ( cerca de 300 euros por ano) pelo que e contrariamente ao que ele deseja, já solicitou essa mesma reforma para não perder mais dinheiro
Agora vou deixar o meu SORRISO luminoso para ir dar uma volta por Lisboa e ir ver uma exposição ao Príncipe Real...