sábado, dezembro 14, 2013

Sábado....

Estive a actualizar a minha foto do facebook, por uma outra tirada em Sines, com uns 18 ou 19 anos. Ou seja, quase há 40 anos.
Talvez seja uma associação feita, fruto do jantar de ontem, com as minhas amigas mais antigas e colegas do curso de Medicina ( 1975/1981)... desde então que somos AMIGOS e que mantemos uma relação afastada fisicamente mas sempre presente afectivamente. Sei e sinto que esta Amizade é das reais e verdadeiras, porque estaremos sempre presentes uns para os outros.


Em contrapartida, ainda me consigo aborrecer com atitudes e comportamentos contraditórios e estranhos das pessoas, porque não me consigo habituar a esta duplicidade e até certa maldade existente nas pessoas.
Felizmente que esta "nova" postura de pensar antes de agir, deixando a tal faceta de demónio afastada e sem demasiada influencia, permite-me ficar mais sereno e pacifico, apesar de profundamente magoado e triste. A minha reacção neste momento é simplesmente ignorar a(s) pessoa(s) e seguir em frente.
Consigo também, o que faz toda a diferença, "esquecer" esses factos e pensar no que me espera e no que quero fazer de seguida e isso dá-me força e alento.
Disse-me o AA que ando desatento à vida e à realidade, por não ter nada para contar, mas pergunto-me se esta vacuidade actual não será resultado desta mudança em curso que me permite estar mais voltado para dentro e menos receptivo ao exterior.
Sinto ainda que, neste momento, necessito de afectos, de sentir-me acarinhado, amado e estimado e daí a minha desconcertação perante determinadas atitudes que considero estranhas e extemporâneas. Se é possível estarmos bem e dar o que podemos aos outros porquê agir doutra forma?
Será que também o facto de me sentir profissionalmente tão isolado me deixa menos bem e mais sensível a determinados factos e actos ? Será que a realidade actual e geral é uma verdade que tem mesmo que ser assimilada e aceite tal como é ?
Estava a ler um post no facebook dum conhecido e achei piada que as queixas dele eram precisamente no sentido de cada vez menos haver ética e compreensão entre as pessoas, como se vivêssemos num mundo estranho, sem afinidades ou intimidade entre as pessoas. Quase como se cada qual tivesse o seu próprio mundo e enquadramento e não fosse possível uma maior e melhor integração. A propósito ainda do jantar de ontem, a camaradagem e a interajuda nessa altura era fantástica e um dado assente.
Tanto assim era que quando fiz a licenciatura em Medicina Dentário, os médicos existentes ( e eramos uns 7 ou 8) tivemos que "ensinar" aos nossos outros colegas ( apenas deste curso) a forma como deveríamos estar, porque inicialmente a forma deles estarem era completamente diferente da que nós estávamos habituados. Eram individualistas, fechados em si mesmo e sem nenhuma intenção de ajudar o seu colega... felizmente que consigamos transformarmo-nos numa turma de 24 alunos a funcionar muitíssimo bem e a entreajudar-nos a todos.
É esse espirito que hoje falta em quase todos os lados e os "antigos", como eu vão-se tornando os fosseis, como dizia ontem o JE, que com 67 anos é o decano do serviço e o ultimo dos moicanos.... e bem difícil deve ser, mas como ele sempre foi uma rocha dura e solida vai aguentando.
O ridículo da questão é que, segundo me contou, por cada ano em que não pede a reforma perde dinheiro ( cerca de 300 euros por ano) pelo que e contrariamente ao que ele deseja, já solicitou essa mesma reforma para não perder mais dinheiro
Agora vou deixar o meu SORRISO luminoso para ir dar uma volta por Lisboa e ir ver uma exposição ao Príncipe Real...
 

Sem comentários: