quinta-feira, julho 31, 2014

Cinzento

Curiosamente, hoje entrámos de ferias analíticas, recuperando o contacto em Setembro ou nos finais de Agosto, ainda a definir. Para já ainda vamos trabalhar mais quinze dias ou perto disso, para então seguirmos de ferias e para o nosso merecido descanso estival.
Ontem tivemos um jantar extremamente agradável e carinhoso, onde se falou de tudo, mas principalmente em que houve um ambiente excelente, com a evidência duma união e unidade que me é extremamente preciosa.
Para além da gastronomia, sempre em evidência na nossa casa, senti ter perpassado por todos nós uma real corrente de intimidade, afectuosidade e de união, o que cada vez me agrada mais.
Sobretudo depois duma conversa menos positiva no consultório, com um aparente retrocesso de palavras dadas e acertadas, o
A sensação que às vezes tenho dos meus neurónios.... que estão a ser reconstruídos

que me cria uma enorme instabilidade. A importância relativa dos factos deve ser explicada caso a caso e, se possível, logo falada e encerrada. Este acumular de "casos" ou factos interessa exactamente a quem e qual a sua finalidade?
Sinto-me extremamente fragilidade e cansado com tudo isto e com estas minudencias quotidianas, porque na verdade uma realidade que pode e deve ser normal e pautada pela frontalidade e honestidade é sempre camuflada e interpretada sempre duma forma negativa e negra. E sempre contra mim, sem ter isto a ver com qualquer espirito de perseguição.
Esta fragilidade também é física visto que desde há muito que não me sinto bem, com queixas variadas e constantes, o que me continua a preocupar. Gostava de me controlar melhor e sobretudo de pensar muito mais antes de agir, mas ainda não estou naquele ponto analítico em que isso seja uma constante.
Infelizmente e muitas vezes deixo-me levar pela raiva do momento e como não tenho nenhuma campainha de emergência para travar nessas alturas, as coisas acumulam-se e vão dando origem a desentendimentos, que poderiam, deveriam ser esclarecidos de imediato. Mas neste local acumula-se para que o mal estar se instale e haja consequências que se poderia evitar. Mas são modos de estar com as quais não concordo, mas não se pode, nem deve brincar e jogar com a vida das pessoas.
Saiamos deste registo e desta lágrima fácil que sinto hoje e partamos para outras realidades mais positivas, mais consistentes e principalmente mantenhamos o nosso SORRISO cheio de luz e se cor.

quarta-feira, julho 30, 2014

Alteraçoes

As alterações da vida, das pessoas e do quotidiano é algo que me fascina e me continua a surpreender dada a imprevisibilidade e a constante mutação em que vivemos e nos movimentamos. Flizmente que as minhas alterações humorais estão diferentes e sentidas doutra forma, apesar de, como ontem referi, sentir ainda bastante as influências externas.
Mas voltei à terra, aos pés assentes e firmes no terreno, com força, positividade e entusiasmado perante os desafios e o que ainda poderei fazer da e com a vida.... tenho que tentar arranjar alguma coisa para fazer às segundas feiras â tarde, não sabendo muito bem o que poderei ainda arranjar.
Com o meu percurso, a minha idade e pouca diferenciação não poderei arranjar grande coisa, mas nem que vá tirar algum curso de qualquer coisa ou fazer algo totalmente diferente do que é a minha realidade.
Caminhamos rapidamente para as nossas ferias e estou já bastante entusiasmado pelo nosso destino e por ir finalmente conhecer in loco algo que ocupa o meu imaginário desde sempre...  a cultura, os costumes, os povos indianos despertam-me uma enorme curiosidade e apetência para ver, apreciar e conhecer. Mesmo com o muito que me têm dito acerca da enorme disparidade de níveis e da muita pobreza estou mesmo cheio de vontade de me integrar neste mundo.
No consultório os dias estão a ficar menos preenchidos e com a entrada de Agosto ainda vamos reparar mais nesse aspecto, mas também a verdade é que a filosofia de gestão das consultas não ajuda grandemente a que haja uma constância nas marcações e uma permanência dos pacientes, porque não há um empenho ou vontade de determinadas pessoas em concretizar essa mesma manutenção do status quo. Isto é, até preferem menos movimento visto que isso implica menos trabalho.
Hoje vamos ter um pequeno jantar familiar e de despedida para ferias, esperando que corra tudo bem. Pelo menos, no aspecto gastronômico assim se espera como é costume. 
Um enorme SORRISO cheio de vontade de partir para outras paragens e ainda de descobrir novos mundos e novas experiências de modo a sentirmo-nos rvigorados e vivos.

terça-feira, julho 29, 2014

O Poder Da Análise

Primeiro dia de muitos mais, nesta nova modalidade analítica via Skipe... correu muitíssimo bem,  havendo da minha parte uma necessidade absolutamente vital deste contacto e desta conversa analítica.
Esta dependência e afecto analítico, bem como esta catarse que vou fazendo, faz parte de todo este processo e faz-me compreender cada vez melhor e dar significado à minha (ainda) imaturidade e a grande necessidade de crescimento e de ganhar confiança e auto-estima.
A verdade é que me sinto outro e muito mais livre e consciente, com a consciência de que o meu isolamento dos últimos dias provocou, certamente, sofrimento em quem não devia mas não consegui agir doutra forma, mesmo sabendo que não havia qualquer problema nem qualquer desentendimento. Apenas a vontade de ficar só e de me fechar como o fiz, em reflexão interna e em maturação profunda.
Hoje pareço respirar melhor, ter a mente mais limpa e mais luminosa com a certeza de que, até nestes momentos, em que parece haver um enorme retrocesso, há passos significativos e sobretudo há uma análise que vou conseguindo fazer e que até não está muito desligada da realidade.
Esta imaturidade e esta grande incapacidade de lidar com frustrações e com obstáculos, tem que ser trabalhada, moldada e ainda percebida eficazmente para que, cada vez mais, consiga avançar neste processo e não estar tanto em sofrimento, nem tão pouco magoar quem me rodeia e quem estimo e Amo.
Ontem foi dia de jantar com o meu filho mais novo, no que foi o ultimo jantar antes das ferias, porque só nos vamos voltar a ver em Setembro, quando regressarmos. Por qualquer motivo ele não estava famoso e sei que, nestes momentos, não adianta insistir para que fale ou se manifeste porque é extremamente reservado e tem os seus próprios timings que aprendi a respeitar. Mas fico sempre triste com estas estados de alma que não compreendo e que acho, penso ou sinto que ele não tenta ultrapassar talvez por não perceber que magoa os que o rodeiam e o amam.
Nesta abordagem dos afectos, das atitudes, das interligações entre tudo e todos bem como na dificuldade em integrar e perceber tudo aquilo que nos acontece, a verdade é que, passo a passo, vamos crescendo e vamos percebendo melhor o que devemos mesmo compreender sem dramas ou hecatombes desnecessárias e prejudiciais.
Uma lição a extrair deste episódio, como doutros, é a necessidade absoluta de acreditar mais em mim e de não me deixar "afundar" desta maneira, recordando factos âncora e rebuscando aquelas lembranças ou memórias positivas e úteis para me fazer recentrar neste caminho e percurso.
Não posso deixar-me afundar desta maneira pela conjugação dos muitos objectos externos que ainda me perturbam e tenho, devo, encontrar em mim mesmo a força necessária e suficiente para ultrapassar esses períodos negros ou as forças negras da existência. 
Ainda tenho esta enorme dificuldade em aceitar ou entranhar que não controlo tudo nem todos e que tenho que aceitar a realidade, entranhar a identidade de cada qual e ainda aligeirar os factos e as acontecimentos do quotidiano. Só assim conseguirei não só ser mais feliz, como também que os que me interessam o sejam.
Quase no fim deste mês de Julho, entramos em Agosto e estamos quase, quase de partida para o continente asiático, coincidentemente a poucos quilômetros do nosso terapeuta, que está a viver em Sri Lanka. Um enorme SORRISO para todos os que amo e estimo e ainda para mim próprio para que consiga "crescer" é amadurecer mais e melhor.

segunda-feira, julho 28, 2014

Semana

Começa mais uma semana.... vamo-nos aproximando cada vez mais das frias e da viagem com que sonho há tanto tempo. Estamos a um passo apenas de realizar um sonho antigo !
Neste fim de semana senti-me bastante perdido e desorientado, com uma enorme necessidade de interiorizar factos ou emoções e de estar completamente só visto que me sentia internamente mal. Talvez as causas sejam múltiplas ou apenas seja o acumular, uma vez mais, de coisas mal resolvidas ou até uma percepção de que algo não estaria a correr bem algures, como efectivamente soube mais tarde pela minha irmã P.
Em rodapé, devo confessar que nunca acreditei muito numa mudança efectiva e real da MB, pelo que o sucedido deste domingo não me espanta mesmo nada; infelizmente o registo e o padrão mantém-se e há coisas que nunca se alterarão; poderá haver nuances de comportamento ou tentativas de alterar, mas em certas idades e perante determinadas patologias evidentes, não se muda sem um tratamento ou intervenção especializada.
Infelizmente chego à conclusão de que as pessoas são o somatório de muitas coisas, factos, influências e até circuitos neuronais repetidos que, sem ajuda, dificilmente se modificam. A confabulação, as invenções e os rancores de certas pessoas mantém-se e  são uma constante dessas mesmas pessoas, que colhem aquilo que sempre foram ao longo da vida.
Espero sinceramente conseguir dar-me a volta, de modo a perder algumas das minhas matrizes mais negras e sobressair as mais positivas e benéficas. Pelo menos, gostava de me equilibrar, encontrar a minha identidade ( que já esteve bem mais perdida) e ainda manter o círculo de pessoas que Amo e estimo para me acompanharem nestes anos futuros.
Senti bastante que ainda preciso de "crescer" bastante mais e ainda de amadurecer o necessário para aguentar estes embates e resistir aos embates dos objectos externos que ainda me desestabilizacao imenso. 
Já tinha percebido que o meu processo de maturidade não está completo e que necessito ainda de processar imensa coisa e de perceber muitas mais, na certeza de que esta maturação leva o seu tempo e não tendo sido feita ao longo do tempo, será agora mais demorada a sua concretização. Ou seja, esta enorme dependência de alguns objectos externos que me corroem internamente, tem que ser rapidamente alterado através duma maior confiança em mim próprio e em acreditar nas minhas potencialidades e valor acrescentado. 
Um dos meus "problemas", entre outros, é precisamente esta permanente dúvida acerca de mim mesmo e esta incapacidade em acreditar em mim próprio,principalmente em certas alturas em que me sinto mais abanado e estranho.
Este fim de semana percebi completamente a vontade que a minha irmã mais nova tem de, por vezes, ficar sozinha para se poder recentrar e reequilibrar, com tempo para si mesmo e sem projectar as suas dúvidas ou mal estar naqueles que connosco estão e que nada têm a ver com o nosso mal estar interior. 
É evidente que poderia ter vontade de fazer algo diferente, mas que sei não seria bem recebido nem aceite, pelo que nem falei acerca disso. Também não era isso que faria a diferença mas acho que teria ajudado a ficar melhor. Como disse, preciso de alteração de rotinas e por vezes, de coisas diferentes e não do mesmo quotidiano e padrões. 
Até percebo, compreendo que seja difícil para as outras pessoas perceber ou ter a noção do que deve ou poderia ser feito, mas uma atitude passiva, complacente e de até duma certa vitimizacão não será certamente a melhor atitude; pelo contrario, nestas alturas preciso de alguém dominante, exigente, com iniciativas para mudar o clima sem ser com constantes perguntas acerca do que se passa ou num silêncio permanente e ensurdecedor. 
Sei que é complicado, percebo a dificuldade de pôr em prática estes desejos, mas não me parece impossível....
Na verdade a complexidade das pessoas é enorme e difícil de lidar, visto que cada situação é diferente , tem os seus contornos próprios e as suas subjectividades, pelo que, muitas vezes, nem os próprios se conseguem entender.
Mas com força de vontade e um enorme SORRISO temos que ultrapassar todas essas dificuldades e prosseguirmos a nossa vida o melhor possível, na busca da realização e felicidade.

domingo, julho 27, 2014

Domingo

Há alturas em que tenho uma enorme vontade de fugir e ir para além desta rotina monótona e aborrecida. Aproveito para arrumações, ver papeis que me têm relembrado imenso um passado que toma cada vez mais forma e consistência na minha identidade.
Encontrei alguns "poemas" escritos por mim na década de 80, tendo pena de não saber dum caderno onde escrevia todos os meus (supostos) poemas porque apesar de nada valerem gostava de os reler e de os ter.

"A VIda!
qual o seu significado,
os seus fins e princípios,
qual a sua real essência ?
Percorremos os seus caminhos,
partimos de algo
( que não sabemos) ,
em direcção a outro algo
( que igualmente desconhecemos )
para alcançarmos o nosso Eu,
o nosso caminho ou rota"

Escrito no dia 13 de Novembro de 1984, pelas 00.17 minutos.

Acho curioso esta minha obstinação acerca da vida, do seu significado e dos seus caminhos. Algumas das respostas estão a ser dadas agora na actualidade, quase trinta anos depois.
Ou seja, sempre me preocupei acerca da VIDA e do que deveríamos fazer dela e com ela, visto que como sei agora e tenho plena consciência somos nós que a fazemos e que a comandamos. As respostas estão em nós e dependem imenso do nosso próprio conhecimento do que somos e também para onde queremos ir.
Neste meu percurso analítico, (re)descubro esta imensa vontade de viver a vida, mas principalmente de a perceber e entranhar a sua essência e a melhor forma de estar e sermos felizes. Ainda me falta imenso para conseguir estar como gostaria, mas tenho a certeza de que nunca hei-de conseguir ficar indiferente ao que me magoa ou me choca intimamente, mas talvez consiga dar outro contexto a determinados factos ou momentos.
Estou cansado, desanimado e até desiludido com certos factos e pessoas, mas tenho que aprender mesmo a contextualizar estes momentos para que não me atinjam tanto e desta forma. Haverá sempre algo que funcione como o meu desconhecido e que me leve para as minhas sombras, os meus medos ou angústias e isso talvez se consiga atenuar, alterar um pouco mas nunca (acho!!) desaparecer completamente.
Lembro-me sempre da cena inicial do filme fantástico " 2001, Odisseia no espaço" em que os macacos se confrontam com um monólito que, para mim, representa o desconhecido que todos nós e a Humanidade sempre terá que enfrentar. Acho que nunca saberemos tudo, nem neste Universo e muito menos acerca de nós próprios.
Na verdade, o nosso conhecimento interior e a nossa cada vez maior regressão pode, e certamente que o fará, trazer á superfície o muito que se tem escondido e encerrado nas muitas gavetas cerebrais mas acredito que não é possível destapar ou limpar todas essas mesmas gavetas por ser impossível rebuscar a tão grande profundidade.
Talvez consigamos alterar a nossa identidade e Ego no sentido de nos sentirmos melhor, mais realizados e felizes, bem como termos a capacidade de diminuir as nossas resistências, encarar os factos e as pessoas duma forma mais racional e ter a plena consciência das nossas limitações e das nossas (in)capacidades... será essa, para mim, uma das finalidades das nossas introspecções  e analises!
Sejamos mais FELIZES, tenhamos a capacidade de em cada dia termos um SORRISO mais positivo, fantástico e integrante neste Universo, bem como a capacidade de percepcionarmos a realidade nas suas diferentes vertentes e realidades. Talvez assim consigamos viver um dia de cada vez duma forma mais plena, mais feliz e mais sorridente.

sábado, julho 26, 2014

Sábado



Finalmente uma casa que se começa a aproximar do que queremos... simpática, luminosa e com algum potencial, para além duma vista sobre o casario do Príncipe real e o Cristo rei ao fundo. Um grande senão que faz toda a diferença: uma casa de banho minúscula com passagem pela cozinha e outra apenas e só com poliban. Eliminada...!!!
Penso que, neste assunto, como noutros terá que haver um factor sorte e de oportunidade pelo que iremos continuar a procurar.
Será preciso haver uma causa ou causas para uma pessoa estar neura e aborrecida ? E será que não se pode tentar combater esse estado de alma e de espírito com iniciativas positivas, alteração de rotinas cansativas e aborrecidas e ideias diferente ??
Ou será que tudo tem que partir de nós próprios, mesmo que estejamos indefinidamente estranhos e sem saber exactamente o que temos, a não ser uma profunda aversão a esta rotina constante e a este quotidiano aparentemente sempre igual.
Seja porque não se pode, seja porque não se tem ideias, seja porque motivo for a verdade é que, desde que se queira e se tenha o discernimento suficiente, se pode tentar mudar e alterar este estado de coisas, sem ser preciso grandes coisas. Pequenas ideias podem fazer toda a diferença, bem como pequenos nadas são sempre bem vindos na alteração desta rotina que me satura profundamente.
Não consigo estar bem comigo, pelo que evidentemente também não transmito bem estar para o exterior, pelo que se não há um desejo e vontade de ultrapassar este estado então será difícil a mudança. Querer projectar sempre e constantemente as "culpas" nos outros ou querer sempre ter uma causa nem sempre é possível, mas fazer uma alteração ao ambiente com ideias ou projectos novos já é e deve ser possível.
Às vezes apenas isso é o suficiente para que o ambiente mude completamente e se faça um novo caminho mais luminosos e positivo, porque também me sinto cansado para ser quase sempre o motivo das coisas e o programador dos dias. Hoje apenas tenho mais a ideia de fazer uma excelente e reconfortante sesta e ir passear para o paredão... tenho que fazer uma caminhada duma hora ao sábado e ao domingo para complementarizar a dieta. 
Ontem o mercado da Ribeira estava cheio e replecto, como parece ser hábito e costume e tivemos a surpresa, bem agradável, de encontrarmos um amigo de longa data que não víamos há muito tempo, mas que sabia estar agora a viver em Lisboa. Combinámos ir tomar um copo ou um café...
Jantámos bastante bem e descobri uma nova chef, Marlene Vieira, cujo restaurante quero experimentar; será talvez o próximo a ir nos tais jantares mensais que combinámos com a cunhada T.
Voltando ainda ao inicio, acho que o apartamento a surgir será mesmo por acaso e numa oportunidade a aproveitar de imediato pelo que teremos que ir tacteando o mercado e ir vendo o que surge, na medida em que felizmente adoro a minha casa e gosto de viver aqui. Lisboa e as zonas em que gostaria de estar têm a grande vantagem de estarem no centro e de podermos fazer a nossa vida a pé e estarmos perto de (quase) tudo. É a grande diferença, mas temos primeiro que tudo sentirmo-nos bem e satisfeitos.
Hoje já falei com parte da família, estando tudo mais ou menos bem e talvez combinando um almoço com a maninha N e cunhado amanhã domingo, dependendo da evolução do mal estar da maninha.
Um SORRISO meio deprimido, ou melhor dizendo, meio neurótico mas com tendência a melhorar depois do almoço e da sesta, bem como da arrumação final de todos estes papeis que me rodeiam e que me fazem regredir ao passado.

sexta-feira, julho 25, 2014

Dias

Há dias e dias, factos e factos, sensações e emoções que vamos tendo nestes tempos em que vivemos... estaremos de fim de semana daqui a pouco, com vontade de ir até ao Mercado da Ribeira petiscar à noite e sair deste ambiente caseiro em que temos estado.
A diversificação dos ambientes, das pessoas e principalmente o afastamento do quotidiano é-me completamente necessário para o meu equilíbrio e bem estar,  porque penso que estarei a ficar saturado de muita coisa e também destas pequenas falhas de saúde.
Na verdade, devo ser especialmente difícil de lidar ou perceber mas será assim tão complicado para quem me rodeia tentar aproximar-se mais é dar mais de si mesmo, mais afecto ou algo que me faça vibrar e sentir-me querido. E não ignorado ou sem um ponto definido de aplicação...
Sei perfeitamente que as respostas estão dentro de nós e connosco, mas evidentemente que os tais objectos externos nos podem ajudar, se bem que, neste momento, já não culpabilize esses mesmos objectos mas sim a minha "incapacidade" de estar bem comigo próprio. 
Como é evidente, ainda não consigo ultrapassar ambientes complicados ou até hostis, porque ainda mexem bastante com a minha pessoa e quando, ainda por cima penso e sinto, que há uma grande injustiça no meio de tudo, ainda me é mais difícil compreender ou aceitar estes factos ou ocorrências.
Mas porque será que, ciclicamente, estou neste registo negativo e até de vitimizacão e do qual ainda não me consegui libertar de todo ? Claro que também tem a ver com a partida do meu analista e o sentir que fui "derrotado" nesta guerra, visto que como é lógico não poderia evitar essa mesma alteração de caminho e decisões que não me dizem respeito.
Apenas sou parte integrante visto que o método utilizado vai ser diferente e por isso poderei ser afectado, visto que se vai fazer algo de experimental e inédito. Mas pelo teste efectuado talvez esteja, uma vez mais, a empolar o tema e tudo irá correr bem, tanto mais que trimestralmente haverá consultas presenciais.
Quero um fim de semana diferente,relaxado e descontraído mas também com novidades, factos novos e divertidos para que possa ficar com o meu SORRISO habitual, mais positivo e consistente.

quinta-feira, julho 24, 2014

Orgulho

Não consigo mesmo integrar-me neste espirito e nesta forma de trabalhar.... sou completa e sistematicamente desconsiderado e neste momento não percebo mesmo esta vontade deliberada de me afrontar e de me aborrecer profundamente.
Não sei mesmo o que hei-de fazer neste presente em que, aliado a um mal estar físico, há uma evidente tensão muito forte e pesada, lembrando outros tempos e outras épocas que nem quero recordar. Na verdade, espero que seja uma fase passageira e que quando viermos de ferias esteja tudo devidamente superado.
Sinto-me desiludido, cansado e sobretudo triste... e ainda e uma vez mais "uma coisa" supérflua e sem qualquer importância seja no que for. Principalmente a concepção de hierarquias, de atribuição de tarefas e de responsabilidades, dos limites devidos é totalmente distinta e nesses campos não tenho qualquer apoio que me possa valer ou ajudar. 
Além disso, estou sempre numa minoria e numa tentativa de lidar com factos que, muitas vezes, me ultrapassam e que não influencio minimamente. Mas sinceramente também não quero mandar ou controlar, mas apenas que as coisas corram como habitualmente sem estas picardias e estes orgulhos excessivos de primas donas. 
Se estivesse fisicamente bem, nada me importaria ou me faria qualquer problema mas na verdade esta minha falta de ar e de alteração na voz, que vou ainda vou sentindo, preocupa-me e debilita-me imenso. Não me sinto bem e mesmo sabendo que, para já, não se encontra nada de tumoral ou de compressão por qualquer massa, e portanto a causa deve ser viral, não deixo de estar bastante preocupado e stressado com isso. Penso que também continuo sub febril e também esse aspecto não é  muito favorável.
Ainda por cima, temos a partida do AA para a sua nova etapa e o início da nova forma de fazermos a nossa análise, o que evidentemente me deve estar a perturbar imensa e profundamente. Sinto como que uma perda e um abandono enorme, que precisa ser preenchido de alguma forma e maneira. Não sei mesmo como vou reagir e conseguir superar mais esta etapa e este novo caminho.
Saiamos deste ciclo vicioso e perturbante e concentremo-nos no essencial e no que verdadeiramente importa, como seja o Amor, a Vida, a Amizade e a nossa permanente transformação e percepção do nosso (in)consciente. Neste processo analítico cada vez mais vamos atingindo as  tais gavetas que estão cheias de pó, desarrumadas e a precisarem de ser arejadas, limpas e percebidas. É um trabalho constante, permanente e que exige um esforço e uma atenção ilimitada. 
Ontem tivemos a minha querida sobrinha M. a jantar lá em casa e adorei vê-la feliz, satisfeita e aberta para a vida, numa postura bem positiva e alegre. Cheia de novidades, duma enorme vivacidade e vitalidade espero e quero mesmo que consiga encontrar o tal caminho que a faça mesmo feliz e reencontrar-se com ela e com todos os que a estimam e amam.
Fica meu SORRISO cheio de uma grande vontade de mudar, transformar e ainda conseguir passar por cima disto tudo e seguir em frente, duma forma consistente, positiva e luminosa.


quarta-feira, julho 23, 2014

Intuições

Cada vez mais me convenço que tenho que ser eu a tomar conta da minha situação clinica, visto que as minhas intuicoes  e suspeitas se vão confirmando umas atrás das outras. Sempre achei que poderia ter uma alteração das cordas vocais e assim é, pelo que vou hoje fazer um TAC para ver o que realmente se passa.
Já fiz uma laringoscopia, para se visualizar essas zonas e até estou meio anestesiado e bastante ansioso com tudo isto, porque esta falta de mobilidade das cordas vocais faz-me ficar sem ar e sem conseguir falar. Um stress de todo o tamanho...
De qualquer forma, penso que ontem terei tido a ultima sessão presencial até Dezembro, altura em que o AA virá a Portugal para contactar os seus analisados. Estou bastante "desanimado" com essa questão que também me está a perturbar um bom bocado e duma forma estranha. Há uma grande sensação de perda e de abandono, que se enquadra na minha "patologia"
Preciso bastante de carinhos, afectos e um enorme abraço para ficar mais bem disposto e menos "deprimido" porque é como me sinto. Estou farto destas maleitas e pequenas coisas que me indispõem e me alteram bastante. A única coisa positiva é o facto de nos estarmos a aproximar dos problemas reais.
Tirando isso tudo na mesma, a sentir uma grande necessidade de descanso, ferias e dum afastamento de tudo e de todos, para me centrar em mim mesmo e me reequilibrar. Anseio pela ida para fora daqui e sobretudo para um País onde, há tanto quero ir e conhecer in loco.
Aqui fica um SORRISO meio desanimado e sobretudo ansioso por resolver todos estes assuntos que me perturbam e desequilibram bastante.

terça-feira, julho 22, 2014

Mais Um Dia

Ontem fomos jantar ao "O Talho", confirmando o que já sabíamos, ou seja, um restaurante onde vale mesmo a pena ir pela comida, simpatia dos empregados e ambiente geral. Sendo carote, a relação com a qualidade é francamente positiva.
Além de que a companhia familiar foi extremamente agradável, simpática e consolidadora desta relação actual que me agrada particularmente. Estamos bem, em família e sem segredos, subterfúgios ou qualquer tipo de entrave. 
Tenho andado um pouco preguiçoso com os meus comentários, sem grande vontade para escrever ou dissertar acerca da vida ou das minhas interioridades. Uma das coisas bem positivas que me tem acontecido é estar a sentir-me francamente melhor sem aquelas tonturas e flashes bem estranhos que tinha, visto que a medicação que estou a fazer está a resultar e espero que assim continue.
Hoje fui fazer as vacinas necessárias para viajar para a Índia. Ando a ler um livro bastante curioso acerca da história deste Pais desde a independência, as dinastias Gandhi e a envolvência de todos os problemas deste imenso e populoso País.
Internamente, o ambiente neste consultório está excelente, com calma, descontracção e uma velocidade de cruzeiro que me satisfaz e me agrada; na verdade, o motor de todas as desavenças e problemas está devidamente identificado e apenas tenho pena de não me ter apercebido mais cedo.
Quanto a mim, exceptuando a questão do meu filho mais velho, posso dizer que está tudo sob controle e começamos mesmo a entranhar a partida do AA para a sua nova vida e caminho, é evidente que lhe desejo o melhor, apesar de inconscientemente me sentir ressentido e a invejoso por não poder partir igualmente para uma nova etapa da vida, noutro país e noutras condições. Mas a idade e as condições não me permitem.
Sinto-me extremamente relaxado e descontraído, sem ter, desde há muito a sensação de vazio que me acompanhou durante meses/anos.... parece ter sido ocupado pela minha identidade actual, pelas minhas memórias, pelo meu pensamento e assim permitir-me sentir melhor, mais consciente de mim próprio e sobretudo mais feliz e entusiasmado pela vida. 
Acho que já tive muita coisa na vida que não valorizei e que, actualmente, estou a saber dar valor e a entranhar duma forma bem positiva e luminosa, numa nova capacidade de percepcionar e consciencializar mais rápida e concretamente.
Esse facto faz com que me sinta mais realizado e mais apto a encontrar as respostas para o meu caminho próprio e individual, bem como o  meu lugar neste Universo onde estamos inseridos. Quero deixar uma marca, ínfima que seja, da minha passagem por aqui e por esta vida e essa marca consegue-se nas impressões e memórias que se deixam nas pessoas. Especialmente naqueles que Amamos e estimados. 
Ao sermos recordados, significa que fizemos alguma coisa na nossa vida e que conseguimos passar o nosso testemunho e a nossa marca; é algo bastante positivo e significativo.
Hoje tenho o dia super preenchido, acabando com a minha habitual sessão esperando conseguir manter o meu SORRISO cheio de luz, cor e muito entusiasmo pela vida e pelas pessoas.

segunda-feira, julho 21, 2014

(De novo ) Cansado

Após este fim de semana tão agitado, gastronômico e familiar estou cansadíssimo, com a necessidade absoluta de descansar bastante mais e não fazer nada de nada. Mas cá tenho que estar a trabalhar e a continuar a labuta.
A verdade é que foi um fim de semana bastante bom, cheio de boa disposição e sobretudo de entendimento entre pessoas que se estimam e reforço da Amizade existente. Para além da companhia de parte dos meus sobrinhos netos que, felizmente, têm também uma  ligação forte comigo.
Este dias sabem sempre bem e predispõem-nos ainda melhor, apesar se termos pena de serem tão rápidos e acabarem tão depressa... mas é a vida!
Quanto ao resto, nada de novo.... estamos ou melhor, sentimo-nos com pouco raciocínio e pouca vontade para grandes comentários pelo que fiquemos com o nosso SORRISO a necessitar de mais e melhor  energia e sigamos em frente nesta nossa vida, na certeza de que, em cada dia, crescemos e aprendemos um pouco mais.
Temos que aproveitar tudo aquilo que nos é dado e num processo selectivo sabermos escolher o que devemos e assim conseguirmos ser mais felizes, bem como fazermos os outros felizes e mais integrados num caminho de conhecimento e de integridade pessoal e colectivo.

domingo, julho 20, 2014

Domingo

Terminado o fim de semana, chegados já a casa.... excelente fim de semana, em família e com amigos num ambiente fantástico e aconchegador.
Cada vez a família tem para mim uma enorme importância, deixando-me sempre com um enorme SORRISO cheio de felicidade e duma crença imensa no presente e no futuro.

sábado, julho 19, 2014

Passados

Em Porto Covo... dia cinzento, triste mas mesmo assim com boa disposição e bem estar pelo fim de semana, pela companhia e principalmente pela forma como somos recebidos e tratados. Na verdade a família continua a ser uma das pedras basilares das pessoas e da vida.
Vim ontem com o meu irmão e dois dos sobrinhos netos, visto que tirei o dia de ferias e soube-me muitíssimo bem e foi bem diferente. Chegámos um pouco depois do almoço e ainda tivemos quase toda a tarde. Fomos jantar ao Arte e Sal e ouvimos a descrição da viagem à Mongólia que o meu irmão fez há pouco tempo.
Passou por Pequim e depois esteve a fazer uma excursão pelas estepes desse País, que pelas descrições deve ser fantástico, se bem que com pouco para se ver. Mas pela natureza e pela paisagem, bem como pela simpatia das suas gentes, deve valer a pena visitar. É um país enorme ( maior que França e Alemanha juntas ) com apenas dois milhões de habitantes, dos quais cerca de metade na capital e o resto vivendo em nomadismo. São maneiras de vida e de estar completamente diferentes..
Também vamos encontrar na nossa próxima viagem uma cultura totalmente diferente e até estranha para nós mas que me está a entusiasmar bastante. Estou a ler um livro acerca da história da Índia e, evidentemente, que há muitos factos que já conheço mas muitos  outros de que estou a tomar conhecimento para perceber melhor as vissicitudes desse grande e imenso País, independente desde 1947. 
Neste processo actual, desta minha redescoberta da minha identidade e do meu Ego, "perdido" algures no tempo e no espaço valorizo imenso as pessoas, o presente mas também o enquadramento do passado. E felizmente descobri nestes últimos tempos que tenho um passado rico, cheio de factos e de pessoas que, talvez, não tenha sabido valorizar  devidamente na altura e que começo agora a aperceber-me da sua importância e da sua realidade.
A amnésia que parecia haver em relação a esse mesmo passado parece estar a dissipar-se e a reaparecer, com flashes de memórias, recordações e até de contactos com pessoas que fizeram parte e foram duma importância capital nesse mesmo passado.
Quero e espero conseguir recuperar parte dessas memórias e ainda voltar ao contacto com algumas das pessoas marcantes dessa época e com quem privei diariamente anos a fio. Depois sem razão aparente ou que eu me lembre, esse contacto encerrou-se e cada qual seguiu a sua vida e rumo. Curiosamente e apesar desta ausência, penso que todos nós nos lembramos dos outros e mantemos viva a Amizade que nos uniu e que foi/é bem forte.
É evidente também que todo este "renascer" das memórias se deve ao processo analítico em que estou embrenhado, num aprofundamento cada vez maior pelos caminhos do inconsciente. Ou melhor dizendo, ao conseguir trazer para a superfície muito do material guardado nas muitas gavetas que fechei ao longo dos tempos e que agora se estão a abrir e sobretudo a arrumar nos seus locais.
Este processo analítico faz-se se pequenos passos e sem hecatombes ou cataclismos de monta visto que se dão pequenos passos de cada vez e ainda pequenas descobertas devidamente orientadas pelo AA, de quem cada vez mais me sinto próximo e com uma grande e enorme intimidade.
Também é uma novidade para mim esta capacidade de se ser próximo e ter uma relação deste tipo, com uma abertura total e completa sem tabus, segredos ou desajustamentos, tendo de facto sido uma escolha bem feita e bem sucedida.
Também as minhas relações pessoais e afectivas estão bem melhores, pela maior tolerância que acho que tenho, pela maior capacidade em pensar e reflectir antes de agir e até na maior capacidade de "perdoar" factos e pessoas duma forma totalmente diferente do que acontecia há uns meses. Sinto uma grande diferença ou transformação em mim mesmo e penso que os que me rodeiam, me conhecem e gostam de mim também se apercebem dessa mudança.
Fica o meu especial SORRISO com o pensamento focado nesta mudança que quero mais real, mais efectiva e sobretudo com a perspectiva de ser mais feliz e tornar os que amo e estimo também mais felizes. 

sexta-feira, julho 18, 2014

Fim de Semana

Dia de ferias a caminho de Porto Covo para um fim de semana prolongado e certamente agradável... um enorme SORRISO de felicidade

quinta-feira, julho 17, 2014

(Quase) Em Fim de Semana

Hoje, quinta-feira, começamos bem cedo e temos o dia cheio e felizmente de coisas boas e que gosto mesmo de fazer, visto termos imensas impressões, provas de trabalhos fixos, implantes e afins. Normalmente o mês de Julho é bastante bom.
E cereja em cima do bolo é o facto de ser o ultimo dia de trabalho útil da semana, porque manhã não se trabalha e vai-se de fim de semana prolongado. Maravilha das maravilhas...
Hoje é também o único duma nova etapa analítica com a utilização do Skipe... evidentemente que estou apreensivo e inseguro em relação a isso. Mas logo e após a sessão logo verei se o tal simbolismo que temos falado é elemento sentido e está mesmo entranhado ou se o facto de estar no meu espaço e sem uma presença física evidente vai alterar o normal desenrolar deste processo analítico.
No outro dia o AA falava no afecto que os analisados lhe tinham e a mim acontece-me precisamente o mesmo de me sentir comovido quando os meus doentes/pacientes se interessam e se preocupam comigo e que estabelecemos uma relação de intimidade sentida e bastante próxima. Ou quando me abandonam sem razões aparentes e desaparecem do panorama. Nesses casos sinto-me traído e abandonado, que é algo que faz parte do meu patrimônio pessoal.
A vida faz-se destas voltas e destes acasos, porque muitas vezes é o inesperado, o que não se espera de todo que  nos faz ficar mais felizes ou pelo contrario e pela negativa quando tudo parece emperrar e funcionar mal, pela displicência com que tudo é tratado.
Já estamos mais do atrasados, mal dispostos e sem qualquer vontade de fazer seja o que for, porque parece que tudo funciona em cima de arames bem frágeis e mal arrumados em que qualquer pequena onda ou desequilíbrio transtorna e altera o ambiente e o trabalho.
Continua a haver, como sempre, uma grande falta de previsão e antecipação das coisas necessárias e vive-se o momento e o instante, o que na maioria dos casos não funciona adequadamente e não dá mesmo para se trabalhar em paz e tranquilamente.
Vou respirar fundo, inspirar profundamente e relativizar os problemas para que o resto do dia corra pacificamente e sem mais alterações, visto que tenho bastante para fazer e trabalhos de responsabilidade. Tenho que perceber que, cada vez mais, tenho que me inteirar de tudo e será sempre em cima do acontecimento para que tudo possa fluir da melhor maneira. E principalmente não me enervar demasiado.... o que não tem solução, resolvido está e o que o que tem solução, ela aparecerá a seu tempo!
Mas a teoria é uma coisa e a prática outra, pelo que tenho primeiro que entranhar estes conceitos, relativizar as coisas e deixar de me preocupar tanto, porque não posso nem consigo controlar tudo o que me rodeia.
Ainda bem que estamos quase a partir de ferias e vamos esquecer tudo isto e mais alguma coisa, para que, quando regressarmos termos outra paz de espirito e outra postura perante os factos e a realidade. É forçoso que assim seja !!!
Sobretudo porque vamos mergulhar numa cultura totalmente diferente, numa realidade de opostos e num enorme contraste de níveis sócio econômicos. É uma viagem que me está a criar alguma expectativa que, espero, não saia defraudada.
Mas a vida continua, o sol brilha e o calor apareceu finalmente pelo que temos todas as razões para estarmos FELIZES e com um enorme SORRISO que deve e pode ultrapassar todas as contrariedades da vida e destes pequenos senões que aparecem pela frente. A dimensão dum Homem também se avalia pela sua capacidade de resiliencia e de endurance perante as adversidades.



quarta-feira, julho 16, 2014

Intuicões

Hoje fiquei bastante satisfeito ao ver que a minha intuição medica ainda se mantém bastante apurada e certeira, porque estava convicto de que tinha determinadas alterações que se confirmaram com as análises.
Finalmente que se encontra alguma coisa de alterado, porque sendo a minha sintomatologia é de tal modo vaga e estranha que os meus colegas dizem sempre que está relacionado com crises vagais e afins. Eu tinha a certeza de haver motivos clínicos que, agora, se podem justificar pelas pequenas ( e nada graves ) alterações laboratoriais.
Está a haver uma certa acalmia no consultório em relação a marcações, tendo os dias cheios mas sem excessos ou overbooking, não só porque já está muita gente de ferias, como ainda continua a haver uma natural retracção nos gastos. Pode haver melhorias a nível macroeconômico que ainda não  chegou aos bolsos das pessoas.
Quanto ao geral, poucas novidades existentes a não ser a aproximação das ferias e da preparação das mesmas visto que exigem vistos, vacinas, repelentes, etc pelo que se tem que ir programando tudo devidamente. Estamos a um mês da partida...
Esta semana é mais curta do que as anteriores porque não trabalho na sexta-feira para poder ter um fim de semana prolongado e mais descansado, indo até Porto Covo para poder estar com a família B. que vem do Porto. Prometem ser dias engraçados e divertidos.
Também se aproxima rápida e velozmente a alteração major da minha análise, com a ida do AA para o Sri Lanka onde se vai estabelecer com vindas esporádicas a Lisboa. Está semana vamos ter a primeira sessão via skipe para uma adaptação a este novo sistema.
Ontem ele revelou sentir-se comovido pelo "amor analítico" que todos os que com ele estão lhe têm demonstrado, pela fidelidade, pela adesão a este sistema e a esta nova prática. Na verdade a ela ao que temos com ele é extremamente forte e sólida. Ontem fui sem qualquer vontade de falar e a verdade é que foi uma sessão bastante produtiva. 
A consciencialização de muitos factos, o entranhar duma identidade realmente existente e dum passado repleto de acontecimentos são marcantes e fazem com que me sinta melhor comigo e quase que me reencontrei com o meu passado, dando-lhe agora mais valor e reconhecimento.
Acabei de falar com o meu grande amigo e colega dos tempos de liceu e da faculdade que tentava encontrar há muito e que finalmente consigo falar... vamos combinar um encontro para pormos a vida em dia e até, quem sabe, reatarmos o nosso convívio e Amizade. Estou feliz com este aproximar...
Espero e desejo que estes factos e esta análise reforcem cada vez mais o meu presente sempre com um SORRISO que quero que seja mais luminoso, mais forte e mais positivo em cada dia que passa.
PS: finalmente parece ter-se "descoberto" algumas alterações que podem justificar - e quanto a mim justificam - o meu actual estado de saúde e os sintomas que tenho sentido.



terça-feira, julho 15, 2014

Baldas

Detesto as pessoas que confirmam e que depois faltam, não se dando ao trabalho de avisar da sua ausência e ainda por cima se queixam depois de não serem marcadas ou contactadas. Até sei, ao ver a agenda diária, qual o risco provável de isso acontecer com determinadas pessoas.
Acho uma falha imperdoável, uma falta de respeito e uma incompreensão total duma agenda pré programada e organizada. Tanto mais que todas as consultas são confirmadas de véspera, pelo que as pessoas não podem dizer que não sabem.
É característico de determinadas pessoas e facetas este modus vivendus, que não se coaduna com o meu modo de ser e de estar, visto que se pode sempre dizer que não se pode ou não se quer. E isto ocorre com algumas pessoas que, supostamente, até são minhas conhecidas e amigas.
Poderia organizar a minha vida doutra forma e não estar parado o tempo das consultas se as pessoas fossem mais responsáveis e até mais honestas. Algumas procedem assim, mas quando estão aflitas sabem exigir consulta na hora e se lhes é dito alguma coisa, ficam aparentemente muito surpreendidas com essas omissões anteriores. É a forma errada de se estar nesta vida e desde sempre..
Neste caminho que estamos a fazer, a tentar compreender-nos e entender há ainda um longo e árduo percurso a fazer, para que tudo comece a, cada vez mais, encaixar e a fazer sentido. Na verdade ainda há um mundo inconsciente a descobrir e a entranhar e este recordar do passado questões a fazer através de documentos e provas físicas deixa-me até um pouco espantado pela evidência dum passado existente e em grande parte esquecido. 
Por vezes julgo que a minha vida começou apenas há alguns anos e que para trás, nada houve ou existiu mas a verdade é que tive uma vida repleta de factos e acontecimentos que, aparentemente, não ficaram devidamente registados na minha memória e recordações por algum motivo.
Porque será que muitos desses factos e acontecimentos ficaram esquecidos e completamente fora da minha esfera do consciente ? Relendo cartas, cartões e afins verifico padrões de comportamento e de atitudes constantes e sobretudo as referentes a determinadas pessoas com quem privei intensamente e durante anos e anos. 
De qualquer forma há pessoas que adorava rever e saber das suas vidas, bem como retomar um contacto mais próximo se assim for percebido e viável, precisamente pela grande importância que todos nós tivemos na vida uns dos outros. 
Também queria ter mais presente todo esse passado intenso, cheio e agora bastante mais visível e presente, com uma sensação de alguma perplexidade por não o conseguir ter mais presente. É evidente que me lembro das linhas gerais mas não de pormenores, conversas, factos ou afins, o que não me deixa de espantar e causar alguma apreensão, visto que é uma etapa bastante importante da minha vida.
Hoje, por estar sem carro, vim novamente a pé, tendo levado os tais 15 minutos do outro dia; vou tentar fazer esse passeio mais vezes, duma forma constante e aumentando a intensidade do exercício para conseguir também neste aspecto alterar esta inércia física em quem encontro.
Nada mais a acrescentar a não ser um SORRISO meio estranho e algo confuso visto que é assim que me sinto, para além duma certa preocupação com o estado físico.



segunda-feira, julho 14, 2014

Outra semana

Recomeço da semana, com boa disposição e vontade de seguir em frente, com empenho e muita força , bem como uma enorme luminosidade. É bom sentirmo- nos bem e termos a vontade de seguir caminho, sobretudo quando temos tudo mais ou menos controlado.
Como estou numa fase de mudança, recomecei à procura de casa em Lisboa para nós mudarmos, uma vez que, em principio, poderei ter a minha casa alugada quando entender e se conseguir mudar-me sem grandes encargos ou problemas pois assim será.
Gostava de estar em Lisboa, de sair de casa e passear a pé pelo bairro pelo que procuro precisamente em bairros típicos e com vida própria, como Campo de Ourique, Estrela e Príncipe Real. Infelizmente não se encontram casas pelo preço que queremos e ainda menos com estacionamento, o que torna tudo ainda mais complicado.
Mas façamos tudo com calma e, lentamente vamos procurando os nossos espaços e os nossos caminhos de modo a podermos encontrar a felicidade nestas pequenas coisas do quotidiano e da nossa vida.
Com este remexer no passado e no relembrar de tanta e tanta coisa, fico com a certeza de ter tido uma vida cheia de muita coisa e bastante variada, com a sorte de ter tido acesso a muitas e boas coisas. Para a época fui efectivamente uma pessoa com muita sorte, pelo muito que o meu Pai me podia proporcionar. Descobri nos tais papéis muitas cartas dele, meu Pai, que mostram uma outra faceta de carinho e interesse, que não conseguia demonstrar em pessoa e ao vivo. E comentei já isso com a minha irmã P. que conheceu bem esse lado mais humano do nosso Pai. 
Mas a vida continua e esperemos que mantenhamos este SORRISO com muita luz, força e entusiasmo com que hoje estamos.

domingo, julho 13, 2014

Variantes

Temos uma cidade bonita, diversificada e finalmente voltada para o rio Tejo que merece e já devia ter sido valorizado há muito. Fomos jantar ao terreiro do paço, ao Ministerium, aproveitando o bom tempo, a noite amena e a lembrar o tempo de outrora.
São locais emblemáticos da nossa cidade que, continuam a ser muito visitados e que têm sempre imenso movimento e bastante turismo e onde se está muitíssimo bem nestas noites de verão, com uma boa temperatura e numa envolvência bastante agradável.
Este "deslocar" da cidade para a beira rio é uma excelente e bem sucedida aposta porque nós somos um povo de marinheiros, de água e de proximidade com o mar e o rio que temos, para além de que temos a felicidade de termos uma cidade muito bonita e acolhedora. É por isso que quero mesmo ir viver para Lisboa e de preferência para os meus bairros de eleição, Campo de Ourique ou Lapa.
Estamos numa procura do local que nos agrade visto que, em principio temos uma pessoa interessada em alugar a nossa casa e assim sem gastos ou despesas, poderíamos dar uma volta ao nosso lar e viver num sitio mais central e perto do que gostamos.
Nas voltas da vida e nos seus acasos e imprevistos, estou a adorar reler cartas antigas ( das décadas de 1970 em diante ), cartões diversos, recordações dos meus filhos e sobretudo recordar muitos e bons factos do meu passado que não me lembrava minimamente e que constituem parte integrante da minha vida.
Afinal e ao contrário do que eu sentia, tenho imensas memorias, muitas (boas) recordações e ainda tantas e tantas pessoas que passaram na minha vida, ausentes da vista desde há muito, mas presente no coração e com um lugar cativo desde sempre e para sempre. 
Fantástica a vivência que tive, os locais por onde andei, as impressões que deixei e as muitas e muitas pessoas que conheci, que foram parte integrante da minha vida. E ainda mais agradável ler muito do que escrevi, poemas que fiz, cartas que recebi nesses tempos em que se escrevia, se falava de viva voz e em que os momentos eram reais, mais verdadeiros e que deixavam as suas marcas.
Actualmente, com os computadores, portáteis, tablets, Iphones e semelhantes tudo passa por essas ferramentas sem o suporte físico e aparentemente mais real e possível de ser recordado. Por acaso até guardo (quase) todos os emails, fotografias e outras desses meios de comunicação actuais mas não é a mesma coisa que ter na mão e ler uma carta duma irmã, irmão ou amigo/a a contar-nos novidades e a expressar sentimentos. Sinto-me feliz com estas recordações e felizmente que me foram devolvidas.
Em 31 de Novembro de 1984, pelas 00.17 minutos, escrevia:
"......
A vida!
eterno problema
de difícil resolução
que queremos perceber e saber
na sua total plenitude.
A vida!
Como é ?

Extracto dum longo "poema" escrito nessa altura e um dos muitos que descobri também nestes papeis e que, apesar de nada serem em termos poéticos ou literários me dizem muito e até me parecem ter alguma melodia e harmonia. Mas evidentemente que a minha opinião pouco conta porque são meus e escritos por mim.
Houve uma altura em que escrevia imenso e sobretudo tentava fazer poesia, que me saia de rajada, sem grandes emendas ou alterações. Pegava na caneta e no papel e escrevia, como há muito que não o faço.
O vicio das ferramentas actuais é precisamente o não nos deixar espaço para a escrita, para libertar o nosso potencial e a nossa capacidade de escrever ou exprimir sentimentos. Acho e sinto que o fazemos/fazíamos mais facilmente no papel do que o conseguimos fazer num computador ou tablets. Mas vou recordando emocionado tudo aquilo que está nesses papeis.
Neste domingo, vamos ainda ver uma casa que me parece bastante promissora e continuar numa de arrumações e de recordações, com um cada vez maior SORRISO mais sentido e com muito sentimento e felicidade.



sábado, julho 12, 2014

Consultorio

O diálogo entre as pessoas é algo de fundamental e de primeira linha para todos se entenderem e resolverem os seus diferentes pontos de vista e formas de estar na vida. Muitas vezes apenas é necessário uma palavra, um gesto ou algo de muito pequeno para  resolver minudencias sem qualquer importância.
Na análise fria das coisas, no pensar nos factos e principalmente no entender de  quem nos rodeia, estará talvez o segredo dos relacionamentos afectivos, pessoais e profissionais. E tudo seria bem mais fácil...
Ontem fomos ao "São Carlos ao Largo"' que acontece todos os anos por esta altura, para divulgar a música, o bailado, a opera a todos os lisboetas. É uma iniciativa meritória, se bem que, às vezes, o programa escolhido não seja o mais adequado para os fins pretendidos de divulgação e de se criar o gosto por estas actividades.
Ontem foi uma orquestra russa que tocou várias peças, sobretudo para violino, tendo terminado com uma partitura de Rachmaninoff, que incluía vários instrumentos como harpa, cibalos ( pratos), bem como outros que não sei o nome. Achei piada haver um senhor que só tocava pandeireta durante breves instantes.
Como sempre, estava cheio e apinhado, com muita gente nova e pessoas interessadas que, perante a pobreza do nosso actual panorama cultural e a pouca oferta existente, sentem a necessidade de aderir a estes programas, sobretudo sendo gratuitos.
Ainda por cima estava uma noite fantástica, com uma temperatura esplêndida e não fora o facto de ter estado tanto tempo de pé, que se torna cansativo, foi uma noite bem passada. E tirando também uns pequenos desentendimentos que vão havendo e que poderiam ser evitados de todo.
Hoje trabalha-se todo o dia e à noite vamos passear algures perto da praia e da brisa marítima, para desanuviar e descontrair dos ambientes fechados e sem a grandeza que precisamos. Sobretudo quando temos criancinhas envolvidas. Mas na verdade apetece-me sair, ir ver as estrelas, o mar e o luar para, em comunhão com os elementos naturais,  carregar as minhas energias e baterias para o dia a dia.
Mal tenho tido tempo para respirar porque hoje tudo tem corrido muitisissimo bem, com bastante prótese fixa e trabalhos engraçados, o que é bom a todos os títulos. Espero que o resto do mês assim corra desta forma para se poder ir de ferias tranquila e pacatamente.
Fiquemos com o habitual SORRISO cheio de energia e muita força positiva que sentimos existir em nós e nós que nos rodeiam.

sexta-feira, julho 11, 2014

Sexta-feira

Mais uma semana deste mês de Julho, em que nós aproximamos rapidamente das nossas tão desejadas ferias. E este ano com um programa bem especial e desejado desde há muito.... Índia e todos os seus encantos.
Dia de levantar mais cedo e de também começar a trabalhar bem cedo o que já não é muito do meu agrado, mas tem que ser. Também seguimos para o consultório e amanhã teremos o ultimo sábado antes das nossas ferias. E temos o dia cheio, entrando pela tarde dentro e acabando já tarde....
O que vale é que para a semana, vou de fim de semana prolongado até à costa alentejana para estar com familiares e afins. Preciso destes momentos de descontracção e de relaxamento.
Estou numa fase de encontro com algumas pessoas do meu passado, que foram muito importantes na minha vida e no meu quotidiano na altura. Estou cheio de curiosidade em rever algumas dessas pessoas e de estar com elas, a relembrar outros tempos e outras épocas. 
Das muitas pessoas que me acompanharam em alturas chave da minha vida, sobressai o FS, colega e amigo desde o principio da faculdade e com quem perdi o contacto sem me lembrar sequer dos motivos pelo qual isso aconteceu. Hoje já falei com a minha querida amiga HF do Porto, porque finalmente cheguei ao contacto e adorava revê-la e estar com ela.
A vida segue os seus caminhos e trilhos, tendo tido ontem uma sessão muito divertida e cheia de informação, com uma temática variada mas, quand même, útil e produtiva, como o costume. Aliás nunca ou quase nunca há ponto sem nó da parte do AA e sobretudo nesta fase de transição ainda mais cuidado tem que ter.
Ontem fez-se a transladação do pequeno A, que já morreu há cinco anos e que ficou na campa de família em São João do Estoril ao pé dos avós e bisavós. Deve ser terrível este acontecimento, como o foi na altura porque a morte é sempre difícil, mas quando atinge um ser que ainda nem seis meses tinha é ainda mais complicado e faz-nos pensar imenso na finalidade da vida.
É por isso que, neste momento, acho que se deve seguir em frente e tentar fazer o que podemos e queremos sem estar à espera do momento certo visto que pode acontecer que nunca esse momento chegue. Como acontece quando se compra uma roupa nova e se está à espera da ocasião certa em vez de se usufruir logo desse pequeno prazer de usar o que nos pode dar algum prazer.
Quero realizar algumas coisas enquanto posso e tenho o discernimento suficiente para o fazer porque não quero deixar passar o tempo e depois lamentar precisamente o tempo perdido e as coisas não feitas e não realizadas. 
Deve-se e pode-se ser feliz sem ser preciso estar tudo nos seus devidos locais ou programado, uma vez que, por vezes, o inesperado nos traz imenso prazer e felicidade. Vou apreciando cada vez mais este factos e emoções não planeadas nem esperadas e tiro desses momentos o que posso e o que me é dado. Neste dia a dia, tem acontecido precisamente isso mesmo em que o inesperado transporta consigo a essência da vida, da amizade e dum pleno bem estar. Que estejamos bem e felizes é o que se pretende e deseja.
Sigamos em frente com o nosso SORRISO na certeza de que, felizmente, estamos a conseguir encaixar devidamente a nossa vida em novos caminhos e sobretudo em novas metas mais reflectidas e sentidas, numa base de verdade e de realidade
PS: também se estão a acabar os problemas judiciais com a decisão em Setembro. Para além disso, "apenas" resolver a questão afectivo com o meu filho.

quinta-feira, julho 10, 2014

Passados

Como sempre há pequenos nadas que fazem toda a diferença no nosso (in)consciente.... no outro dia, a propósito da minha faringite/laringite, foi-me dito "mas isso ainda se usa?" E sei que isso me perturbou talvez por esperar apoio e mimo em vez deste desprendimento.
É evidente que estou a exagerar e a exagerar nesta reacção que está, certamente, relacionada com os meus eternos dilemas ou trilemas. É a mesma coisa que encontro por vezes por aqui, no consultório, em que pareço chocar contra uma parede de cimento, de incompreensão e de atitudes que não percebo mesmo, visto que poderia haver um entendimento ou pelo menos que não me fossem atribuídas culpas que não tenho.
Felizmente que tudo se vai resolvendo com diálogo e concertação, pelo que certamente que os dias vão correr bem e sobretudo vamos tendo que fazer, se bem que haja uma grande tendência para mais faltas e desmarcações. Há uma grande falta de palavra das pessoas que não conseguem respeitar o trabalho dos outros e nem sequer avisam que não podem marcar presença.
Mas a melhor e o que eu nunca tinha visto foi uma doente a perguntar se o medico, neste caso, eu estava melhor da minha tosse porque se não estivesse, iria procurar outro medico porque a tinha incomodado e enjoado a minha tosse. Isto é surreal e dum enorme absurdo e falta de respeito. Só tenho vontade de a mandar passear.
A vida vai seguindo os seus trâmites, nesta neutralidade de acontecimentos e deste interlúdio de verão ... apesar disso, tenho andado a recuperar papéis que ainda estavam em casa da minha ex e que me pertenciam, descobrindo uma vida e um passado meio esquecido, mas repleto de factos, pessoas e muito mais.
Tenho a vontade de recuperar o contacto com algumas dessas pessoas, que fizeram parte integrante e constante do meu dia a dia e de quem me lembro muitas vezes. Foram muito importantes durante muitos anos, tivemos projectos comuns e uma grande intimidade até que a vida nos afastou e nos levou a cada um de nós para caminhos completamente diferentes.
Ao reler cartas, cartões e ao relembrar tanta coisa que fizemos em conjunto, sinto uma grande vontade de contactar e estar com essas pessoas, indo fazer os possíveis para que assim seja. Vou dar alguma prioridade a esses reencontros se tal for possível.
Há coisas e parecem ter acontecido há que séculos e "apenas " se passaram perto de quarenta anos desde que nós conhecemos, que andámos juntos muitos e bons anos e que divergimos depois lenta e paulatinamente, cada um no seu caminho e cada qual na sua vida. Sempre houve grupos dentro dos grupos e assim se foi perdendo o contacto com todos eles.
Tenho pena que assim seja e que não se tenha mantido contacto e uma ligação visto que guardo de muitos deles recordações muito positivas e gratificantes. Mantenho a amizade e a ligação a duas grandes amigas com quem ainda estou de vez em quando e pouco mais. E quero, neste momento, muito e muito mais.
Um homem sem memórias é alguém vazio e destituído de sentido e de rumo, pelo que este recordar doutros tempos e doutras eras, deixa-me simultaneamente nostálgico e feliz por ter esse passado e por ter já um longo historial de vida. Preenchido de muitas formas, vivido e sentido igualmente de muitas maneiras, mas sobretudo conseguir aperceber-me da minha vida, dos meus caminhos, das minhas inversões e progressões de vida e das grandes transformações ocorridas. 
Olhando para o grande monte de papéis que simbolizam o meu passado é com agrado e entusiasmo que me revejo e que me sinto bem pelas mudanças que tive e que tive. A vida é mesmo assim....
Perante isto, apenas o meu habitual SORRISO com o pensamento nessas muitas pessoas que foram uma parte integrante, importante e fundamental no que fui e sou. Bem Hajam

quarta-feira, julho 09, 2014

Azares

Ontem foi uma surpresa a goleada do Brasil bina Copa do Mundo visto que estamos habituados a ver a selecção desse País como invencível, ganhadora e lutadora. Ontem sofreu sete golos no que foi o chamado jogo horribilis do Brasil.
E precisamente por ser Brasil, muita água irá correr e muitas alterações ocorrerão...  ao contrario dos nossos brandos costumes, por lá deverá haver quase uma revolução visto que o futebol tem um papel central na vida dos brasileiros e estas hecatombes são devidamente penalizadas e os seus intervenientes castigados. Provavelmente até teremos a saída do Scolari de treinador pois pelo que ouvi ontem ele não conseguiu preparar a equipe contra a Alemanha e assim evitar a goleada e a humilhação.
Este facto pode servir de exemplo de como o que parece garantido ou assente, não o é, visto que nem sempre as evidências são o que julgamos e podemos surpreender-nos com o que acontece. Assim. Me acontece às vezes com as pessoas e a com a realidade em que penso diferentemente daquilo que é mesmo o existente.
Isto é, nem sempre as pessoas são o que parecem e até pelo contrario muitas vezes são o oposto do que pensamos e julgamos; muitas vezes apenas em situações anômalas e fora do comum é que nós damos conta do que efectivamente são, bem como também muitas vezes os factos ou acontecimentos são diversos do que pensamos, devendo ter o cuidado de analisar e de desconstruir esses mesmos factos. Só assim poderemos ser justos, correctos e ter a postura certa no nosso quotidiano.
Perceber ainda que o Universo não gira apenas à nossa volta, mas sim ao redor de todos e de tudo, pelo que devemos saber das nossas limitações e do nosso lugar... é difícil perder velhos hábitos e formas de pensamento enraizados há muito, mas com esforço e empenho haveremos de conseguir e de realizar.
Tudo na vida se desenvolve nestas voltas e contra voltas, tendo que nos habituar a pensar e a reflectir no que nos rodeia e na forma como vivemos e nos relacionamos, visto que talvez seja uma das melhores formas de estarmos na vida e no Universo.
Foi agora falar com uma colega acerca da minha variada sintomatologia e sinceramente, quase que me senti humilhado pela pouca atenção dispensada e sobretudo pelo diagnóstico ligeiro feito. Até tinha tão boa impressão desta colega que fiquei espantado, mas mais uma vez as aparências não são o que parecem e até pelo contrario, podem ser o oposto do que pensávamos.
Cada vez mais acho e sinto que não tendo expectativas, não tenho desilusões ou sofrimentos pelo que talvez se não esperar nada, consiga ser surpreendido pela positivo e dar valor ao que efectivamente tem mesmo valor. De resto, é deixar andar o melhor possível e tentarmos sermos nós próprios. E, tendo "descoberto" recentemente ter uma identidade própria e válida, aproveitar esse facto para me recentrar e perceber-me cada vez melhor e mais positivamente.
Um grande e luminoso SORRISO neste dia de meio da semana, na certeza de que somos nós que fazemos acontecer e desenvolver-se o nosso presente e que este mesmo presente será tanto melhor quanto nós mais e melhor nos empenharmos.
PS: vimos no outro dia um filme acerca do aparecimento da SIDA na comunidade gay nos USA e nas dificuldades que houve em reconhecerem essa epidemia, começar a ser estudada e a dar-lhe a importância que deve ter. Dá-nos a realidade desse mundo nos anos 80, que era algo assustadora pela dimensão da inconstância e falta de valores éticos e morais. Impressionante!


terça-feira, julho 08, 2014

Dias

São dias que começam menos bem, por incompreensões e atitudes que não deviam existir e das quais não tenho qualquer culpa.
Sem ser uma questão de egocentrismo, a verdade é que tudo parece fazer ricochete em mim e "sobejar" para mim... estou muitíssimo cansado com tudo isto e farto deste permanente desaguar das coisas sem ter qualquer capacidade de intervenção nisto tudo. Apenas uma palavra, cansaço e cansaço  enorme, junto a esta situação febril e incapacitante.
De facto, seja duma maneira ou doutra tudo parece coincidir erroneamente na minha pessoa, semeou perceber como faço ou frevos fazer neste emaranhado de fios, dos quais não sou culpado mas que parece que devo estar sempre pronto para o desenrolar e encontrar o fio à meada.
É bastante desgastante está luta, por vezes, diária contra coisas que não só não domino, como nem tenho qualquer intervenção, uma vez que não quero estar metido nessas minudencias. Mas que sobejam para mim isso é vidente, tanto mais que não há o discernimento, de quem o eevia ter, de tentar ser mais justa e correcta na apreciação dos factos.
Mas adiante, que a vida continua e temos que estar de bem connosco e com a própria vida, na certeza de que não podemos e sobretudo não devemos olhar apenas para o nosso umbigo, mas antes alargar as nossas vistas e pontos de aplicação. Mas a injustiça e a deturpação dos factos do dia a dia deixa-me um sabor bastante amargo na boca e uma enorme sensação de derrota e de vazio. Que tenho muita dificuldade em ultrapassar e digerir! 
Ontem recebi, da minha ex casa e ex mulher, muitos papéis que ainda estavam na outra casa e uma breve passagem pelos mesmos, trouxeram-me imensas recordações, outros tempos, outras pessoas e muita nostalgia. Deste cartas, a postais, a programas de imensos espectáculos vistos em Portugal e no estrangeiro, recordações diversas das muitas viagens feitas, ecos de pessoas nunca mais vistos e que faziam parte integrante da minha vida nessa altura. Enfim, uma miríade de emoções e sentimentos, desencontrados na sua positividade ou negatividade, mas todos eles eferentes a etapas do meu passado bastante importantes.
Falta-me ainda ver muitos papéis e sobretudo fazer uma triagem fina deles, ou seja, guardar os que são mesmo importantes e desfazer-me doutros sem importância o que será difícil, visto que, à partida, serão todos parte integrante do que me foi acontecendo na vida.
Devo confessar que tive e tenho uma vida bem preenchida, com muitas estórias, muitos episódios e muitas recordações que, de vez em quando, vão sendo relembrados por estes fait divers da vida. Há pessoas que nunca  mais vi, que nunca mais contactei e que foram essenciais na minha vida. Adorava ver o meu querido amigo e colega FS, que vou tentar " recuperar" !!!
Ontem, dia de jantar como meu filho, foi também ocasião para termos uma conversa de adultos, de homem para homem acerca de factos da vida e da realidade presente, tendo esclarecido algumas coisas, bem como tentado recuar ao tal passado e explicar o que foi acordado entre as pessoas e as razões e motivos das mudanças actuais. Parece-me que ele percebeu a situação e mesmo que não queira dar razão a ninguém, fiquei convicto que está mais consciente do que é a realidade e a vida. Espero que assim seja porque não quero de forma alguma magoar o meu filho, que adoro e que me tem dado tantas e tantas alegrias.
Vamos esperar que nesta fase consigamos manter a nossa Paz e integridade mental, na certeza de que hoje deveremos ter uma sessão engraçada visto que tenho muita coisa para falar, o que nem sempre é bom porque pode não dar tempo e impreterivelmente aos 45/50 minutos termina a conversa. Para a semana teremos a primeira sessão experimental do Skipe, logo vendo como irá correr.
Um grande, luminosos e forte SORRISO para todos os que Amo, estimo e que fazem e fizeram parte da minha vida, na certeza de que nestes quase sessenta anos tenho já muito para recordar, lembrar e sentir, o que é francamente agradável. Tive uma vida diferente de muitos e a sorte de ter já visto muita coisa, viajado imenso e conhecido uma "multidão" de pessoas, porque para além dos milhares de actos médicos feitos, há a componente humana que foi, é, extremamente importante para mim. 
Espero ter marcado algumas pessoas e ocasiões, como foi marcado por elas e que tenham memórias e emoções semelhantes às que em tenho.

segunda-feira, julho 07, 2014

(Outra) Semana

Mais uma semana, coincidindo hoje com o que seria mais um aniversário do meu Pai. Curiosamente, lembrei-me de imediato da minha irmã mais nova que deve estar bastante melancólica, visto que ainda no outro dia me disse sentir profundamente a falta do Pai.
Diferentemente do que vinha sentido nos últimos anos e uma vez que este assunto das "saudades' já foi debatido, compreendido e até entranhado, apenas sinto a saudade das pessoas ausentes, mas sem aquela dor ou intensidade outrora sentida.
Tendo em conta o que recentemente tem acontecido com a morte de pessoas novas, crianças e filhos que deveriam seguir-se aos pais e não o inverso, penso ser esta a ordem natural do Universo com o encerramento de ciclos e de tempos. 
A morte é, como sempre foi, transversal a todos e sempre sentida duma forma específica por cada um de nós, bem como dependendo das circunstancias em que ocorre. Uma dos piores momentos que tive foi na morte dum sobrinho neto de poucos meses, em que me perguntei da necessidade dessa provação e da inutilidade dessa vida. E já foi há cinco anos....
Mais uma noite em que acordei aflito com a minha faringe seca e cheia de secreções, tendo ido ao colega de ORL que detectou uma infecção da mesma, talvez relacionada com os meus problemas auditivos crônicos e já estou devidamente medicado. É que este acordar permanente deixa-me cansado e pouco combativo, porque de manhã quando estou a dormir profundamente , toca o despertador e tenho que seguir caminho.
Esperemos que a semana siga o seu caminho, se bem que esteja apreensivo em relação ao funcionamento do consultório por estarmos todos a trabalhar e não termos o devido acompanhamento assistencial que deveria haver. Foram procurar uma pessoa sem qualquer experiência e domínio na área, pelo que não sei como vão correr as coisas quando a JO for de ferias... vamos aguardar pelo desenrolar dos acontecimentos.
Aproximam-se as ferias que espero sejam completas, boas e sobretudo pacíficas com a certeza de que precisamos de descansar, mas também de reforçar a nossa intimidade mais e mais, sempre na certeza de que estamos num caminho de aproximação e de grande interacção, mesmo com as intercorrencias que vão havendo.
E com o pensamento de que faltam "apenas" 5 semanas, ficamos com o nosso SORRISO que também se espera ser cada vez mais luminoso, forte e positivo.

domingo, julho 06, 2014

Chuva

Dia cinzento e de chuva... ontem sol, banho de piscina e bom tempo, hoje o tempo inverso. São as alternâncias destes dias, coincidentes com as alterações dos humores e disposições de cada um...
Felizmente que ainda é domingo, dia de descanso mesmo dentro de casa mas em contacto com a natureza e boa rodeia. A próxima semana vai ser mais uma semana dos seis dias, porque vou trabalhar no próximo sábado, o ultimo até Setembro porque nestas alturas de praia e calor não justifica.
Continuo com a minha orofaringe algo atrapalhada e meia alérgica, que me acorda à noite, um pouco aflito. Tenho mesmo que ir fazer um check-up completo...
Não me apetece escrever muito mais, o que me vai acontecendo com alguma frequência e que atribuo a não sentir tanta a falta de expressar as minhas ideias e emoções, uma vez que o vou fazendo nas minhas sessões e principalmente a minha pacificação interna e a (re)descoberta do meu Ego e identidade próprias.
Ou seja, penso logo existo, penso logo escrevo menos, penso logo me conheço melhor e ainda penso logo ajo menos ou passo menos à acção... eis uma diferença evidente e notória neste presente em que nós encontramos.
Um enorme SORRISO neste ambiente familiar, positivo e luminoso em que estamos, sentindo de qualquer forma a habitual proximidade ausente de quem se sabe. 

sábado, julho 05, 2014

Convívio

Porque será, por vezes, tão difícil a convivência entre as pessoas e a constante necessidade de afirmação e de contestação?
Porque será que não se consegue discernir o principal do acessório e dar a volta quando se pode dar, sobretudo em pequenos nadas sem qualquer importância?
Qual o imperativo de se querer perturbar ou provocar tensões sem haver um real motivo para tal ou questões que o justifiquem?
A resposta tem que estar algures no nosso inconsciente e ainda no passado de cada qual, visto que os factos não justificam os momentos presentes. De qualquer modo, não deixo de ficar espantado com a força das reacções a frases ou atitudes sem esa importância.
Ainda por cima, são sempre os mesmos motivos, razões e questões, não se entendendo, ou não querer entender, que da minha parte tudo se fundamenta na eterna questão de querer e precisar ser valorizado e querido.
Não quero estar em segundo lugar, ou sentir como tal, porque, para mim, o ser ou sentir o abandonado, o ser deixado é algo que me trespassa e me magoa profundamente, pela importância que ainda tem o objecto externo na minha interioridade.
Esperemos que o fim de semana pacifique os ânimos e nos dê a paz de espirito e o discernimento que queremos e sobretudo desejamos para que a semana e os dias que se aproximam sejam luminosos, positivos e cheio de SORRISOS.