sábado, novembro 30, 2013

Desapontamento

Por vezes,  sentimo-nos desapontados por factos, situações ou omissões que, dada a sua insignificância , podiam e deviam ser evitados.
A confiança passa igualmente por estas pequenas coisas e apesar da diferença da proporcionalidade das ocorrências, a verdade é que os deveres, obrigações e direitos das pessoas são os mesmos. E a base da confiança tem que ser mútua e igual...
Não é que esta intercorrência seja importante ou fundamental, mas talvez espelhe atitudes e comportamentos que não gosto e que, neste momento, fazem parte integrante da personalidade e da maneira de estar. Omitir ou mentir por ser mais fácil está a tornar-se rotineiro e sinto que em nada contribui para que nos  possamos sentir mais confortáveis e integrados.
Tenho, como sempre tive, bastante dificuldade na compreensão de determinados factos, bem como na expressão de muitos outros, mas tenho uma sensibilidade muito especial e que se ressente bastante destes pequenos incidentes.
Quando a este meu estado "estranho" se juntam factores extrínsecos e desnecessários, dá-se uma mistura interior que me faz ficar mais introvertido, mais entristecido e interrogando-me acerca do verdadeiro significado das relações, da vida, das emoções e de tudo o que nos rodeia e faz parte de nós mesmos.
Perante o esforço que estou a fazer e a desenvolver, parece-me que deveria haver uma correspondência semelhante, uma entrega diferente e  uma compreensão de que estamos diferentes, bem como fazer a integração dessa mesma diferença e alterar acções, emoções e discurso.
Como tenho dito, o que me choca muitas vezes é a forma e o tom das palavras e das acções que podem ser ditas e feitas doutra forma e doutra maneira, de modo a evitar choques, confrontos ou sofrimento naqueles que connosco convivem.
Hoje devia ser um dia especial.... e certamente que o vai ser, porque representa uma viragem de atitude e uma aceitação da realidade por uma das pessoas que é o motor da minha vida, mas parece que o significado do dia é diferente para cada um de nós e é encarado quase como uma banalidade.
É essa falta de compreensão e de sensibilidade que me entristece, choca e me baralha porque sei que, não sendo intencional, não deixa de ser demonstrativo duma determinada postura actual de vida que precisa, quanto a mim, de ser mais burilada e analisada.
Passemos adiante.... hoje é dia de trabalho no consultório, o que até é bom porque me distrai e me ocupa o espírito do jantar muito especial e diferente que hoje temos em casa. Esperemos que, como de costume, esteja tudo à altura e fantástico!
Porque será que estamos mais sensíveis a pequenos nadas e duma maior intolerância a determinados aspectos que nós magoam mais do que o habitual? A resposta é apenas devido a todo este processo analítico e introspectivo que atravesso. Uma das diferenças que sinto é que os espaços que vão sendo deixados e descobertos, são preenchidos positiva e completamente, não havendo a sensação de vazio ou de falta com que as outras análises me deixavam muitas vezes.
Vamos descobrindo cada vez mais as nossas idiossincrasias e a génese de muitos dos nossos comportamentos e acções, havendo um (belíssimo) trabalho de integração, assimilação e aceitação do que somos e podemos ser!
Fica um SORRISO com a certeza de que hoje, sábado, será um dia especial e diferente com  integração plena de todos com todos, numa realidade mais saudável e afectiva.

sexta-feira, novembro 29, 2013

Melancolia

Mais um dia... ultimo dia da semana, mas com consultas amanhã, para acabar o mês como deve ser. Felizmente que, apesar das dificuldades que se vai tendo, a agenda está composto e cheia, havendo menos trabalhos de laboratório porque as pessoas se vão inibindo de os fazer.
A verdade é que, neste momento, o espírito não ajuda a desfrutar mais da vida e do quotidiano, mas como diz o meu analista, é normal que tenha momentos mais melancólicos por estar a mudar de registos e de padrões, com mais pensamento e menos acção imediata.
Esta (re)descoberta de tanto "material" retido nas emoções e nas memórias tem que fazer algum embate na forma de estar, bem como uma vivência afectiva com algumas incompreensões e alguma falta dum diálogo mais construtivo e menos agressivo no tom e na forma.
Provavelmente estarei a fazer projecções que não devo, mas que não consigo controlar e que não são talvez entendidas e percebidas da melhor forma... é confuso passar-se duma forma para outra sem motivos aparentes ou graves, com a sensação de que é permanente a falta de confiança apesar de tudo aquilo que, neste momento, (não) se faz.
Será a minha forma distorcida e egocêntrica de analisar e de ver ou será também a existência dum certo antagonismo e incapacidade de se ver os diferentes aspectos duma mesma realidade ?
Também a nível profissional existe essa mesma dificuldade em ver a realidade nos seus diversos prismas, pelo que, provavelmente, serei eu que não consigo analisar e perceber diferentes pontos de vista, se bem que haja certas coisas que sinta ter razão e noutras poder certamente haver outras sensibilidades e formas de ver a mesma situação.
O que efectivamente me entristece e magoa bastante é a forma e o tom das palavras e a maneira como elas são usadas e lançadas contra as pessoas; parece uma certa "guerrilha" verbal para a qual também devo contribuir mas que não me agrada nem satisfaz em nada.
A vida é tão curta e somos tão limitados neste imenso Universo que temos a obrigação de sermos felizes e de tudo fazermos para concretizarmos os nossos sonhos, vontades e desejos. Assim tenhamos o discernimento e a capacidade para o fazermos e conseguirmos essa felicidade, bem estar e alegria que procuramos e merecemos.
É pena haver tanta gente medíocre à nossa volta e com intenções de perturbar e atingir a nível profissional e pessoal, mas estamos a conseguir superar essas perturbações e enquadrá-las devidamente na categoria do patológico e doentio, pelo que não interessam mesmo nada.
Tenho feito uma espécie de viagem ao passado e recordado imensas coisas que, fazem parte do meu património e me marcam... o somatório de todas estas vivências, emoções, factos e projecções constituem o que sou, mas também espero que apontem os caminhos para onde quero ir e principalmente a forma como quero ser e estar neste dia a dia.
O SORRISO é fundamental para que sejamos felizes e consigamos transmitir o nosso bem estar a quem efectivamente interessa e faz parte da nossa vida.
PS : há pequenas coisas tão simples que nós deixam bem, como por exemplo, sair da nossa sessão e ir jantar com o meu filho mais velho, num ambiente descontraído, distendido e muitíssimo agradável.

quinta-feira, novembro 28, 2013

Dias

Há alturas em que parece que falamos uma língua estranha a todos os demais, uma vez que aparentemente ou nunca temos razão ou raramente entendem o que queremos dizer. Neste momento, há uma aparente má vontade permanente e constante acerca de tudo e de qualquer coisa, que não entendo nem percebo de maneira alguma.

O comportamento a ter é mesmo não fazer ondas, não compreender o que se passa e ignorar tudo o que não diga respeito aos meus assuntos e quotidiano pessoal e profissional.
Felizmente que ainda temos boas surpresas vindas, muitas vezes, donde menos se espera... ainda há pessoas bem formadas e atenciosas que acreditam em valores e em princípios. Ontem recebi uma mensagem bem simpática duma colega, com palavras simpáticas e um estender de mão que me agradou imenso e que vou concretizar.
Será que estamos mesmo a ficar completamente ultrapassados em conceitos, ideias e ética pessoal e profissional ? Ou será que neste mundo de hoje todos tentam ultrapassar todos sem qualquer problema de consciência ou seja do que for ?
Também é verdade que o momento que atravessamos poderá ser, para alguns, propício a este tipo de comportamentos, porque neste ambiente de crise e de escassez, haverá pessoas que tenderão a tudo fazer para "sobreviver" na medida em que se sente perfeitamente a diminuição do poder de compra, o evitar despesas supérfluas e tentar-se procurar e adquirir o mais económico, mesmo que não seja o melhor.
Com a Medicina Dentária passa-se exactamente isso e devido ao excesso de oferta existente, com muitos consultórios cheios de problemas a tendência é, infelizmente, tentar baixar mais do que o do lado e assim desvalorizar cada vez mais o mercado, até que seja insustentável a manutenção das clínicas e tratamentos em condições.
Mas mais grave do que isso, é a falta de valores éticos e morais das pessoas em geral, algo que ainda me custa bastante aceitar e perceber. Sei e cada vez percebo melhor que não tenho, nem nunca tive um feitio fácil, mas também sei que nunca consegui deliberadamente enganar ou fazer mal a colegas ou conhecidos. E acho que sempre tentei perceber ou fazer um esforço para perceber quem comigo se relaciona, mas talvez esteja a ver mal e sempre tenha errado com tudo e com todos.
A verdade é que provavelmente não me sinto bem onde estou nem pelo que faço, principalmente porque está tudo muitíssimo difícil e complicado, sem um rendimento palpável e sentido, o que me faz uma enorme confusão e amalgama de sentimentos.
Ainda por cima e pela primeira vez desde há muitos anos, não teremos férias na quadra natalícia, o que me deixa igualmente menos bem; de facto, era uma altura em que se descansava, desanuviava e relaxava, o que neste ano não vai acontecer por motivos vários, mas sobretudo por não se poder ter férias, uma vez que elas são equitativamente distribuídas por todas as pessoas e vão alternando os anos e as pessoas.
Sobretudo sinto-me cada vez mais isolado e deixado à minha sorte, mas também será exagero da minha parte uma vez que tenho, ainda, pessoas que me estimam mesmo e que me acompanham, acarinham e me dão aquele tipo de protecção que gosto e preciso.
Tenho e devo valorizar essas pessoas, ignorar outras que me podem magoar e corresponder na mesma medida ao que me dão e fazem, sem me magoar, mas também sem atingir ninguém nem provocar conflitos. Só que às vezes é bem difícil ignorar determinadas acções, factos ou palavras.
Hoje fica um SORRISO cansado e a precisar de ver praia, mar e sol.... descarregar estas energias na areia molhada e deixar para trás muito daquilo que carrego comigo e que preciso deixar de sentir. Sejamos FELIZES
 

quarta-feira, novembro 27, 2013

Crazy People

Ontem foi um dia completo e engraçado no consultório, se bem que os constantes maus humores já sejam cansativos e consigam provocar alguma mossa no nosso espírito. Para além disso, continua a perseguição mesquinha e estúpida dum passado recente.
Há pessoas doentes e completamente alteradas psiquicamente que necessitam de tratamento urgente e mesmo de internamento, em vez de andarem a tentar estragar a vida dos outros e de quem tem a consciência tranquila e sossegada.
Se pudesse, voltava a Maio de 2011 e recusava qualquer mudança porque, infelizmente, constatei tarde demais o calibre das pessoas e a sua falta de qualidade. É triste que as pessoas percam tanto tempo a criar problemas, porque provavelmente devem ter pouco ou nada para fazer e então, pela sua mediocridade e falta de carácter, resolvem pôr-se a divagar.
E quando se juntam dois loucos e efectivos doentes mentais, então é o ideal para essas mesmas pessoas confabularem juntas e fazerem o seu trajecto de loucos em conjunto. Começo a estar farto de tudo isto, mas infelizmente não se pode fazer nada e legalmente ninguém consegue nada, porque neste País mais vale ser vigarista e louco do que honesto e são de espírito.
Também a verdade é que me sinto cada vez mais solitário e sem apoio no consultório, porque ninguém está disponível para nada e para fazer seja o que for; é uma constante luta para se conseguir alguma coisa que ultrapasse determinados limites e por vezes sinto que me fazem um favor nas mais pequenas coisas.
Mas quando precisam sabem onde bater à porta e pedir o que necessitam e é isso que me entristece imenso... podíamos todos estar muito bem e coabitarmos pacificamente, mas tem que haver sempre dilemas ou "trilemas" nos pequenas nadas do quotidiano.
Porque será que muitas pessoas gostam de complicar e de perturbar o dia a dia, com coisas sem qualquer importância ou interesse de maior, apenas e só pela vontade chatear e aborrecer?
Algumas é mesmo por doença mental e grande perturbação que não conseguem ultrapassar; uma vez que não têm consciência do que sofrem, são também incapazes de alterar comportamentos e acções que se manifestam sempre contra as outras pessoas porque acham que são sempre os outros que erram e que procedem mal.
Estamos rodeados de muita gente e felizmente na sua maioria pessoas capazes, positivas e interessantes, mas também de pessoas invejosas e maldosas, que parecem estar neste Universo apenas e tão só para atropelar tudo e todos.
Como estou noutra fase e noutro nível, vou conseguindo gerir o que me rodeia duma forma pacífica e tranquilizadora para mim próprio, não deixando, contudo de me sentir triste pelo que certas pessoas de quem gosto me fazem por vezes. Às outras mal intencionadas e loucas apenas lamento e tenho pena, porque são e serão sempre uns infelizes e pobres de espírito. Normalmente descarregam a sua pobreza de espírito nos seus subordinados e  naqueles que não podem reagir e sendo tão difícil fazer prova de atitudes, assédios ou provocações uma vez que é palavra contra palavra, continuam a ficar impunes. Mas como existe justiça, ela prevalecerá e será feita.... um dia assim será.
Ontem estivemos nos anos duma sobrinha neta - já com 12 anos - e ainda fomos ver outro sobrinho neto ao hospital por ter dado entrada com uma intensa dor de cabeça, que veio a revelar-se ser uma meningite. Ontem à noite fizeram analises e TAC, nunca tendo visto este meio auxiliar de diagnóstico ser utilizado para se fazer o diagnóstico de meningite, mas pelos vistos actualmente e talvez pelos seguros, faz-se todo o tipo de exames... sempre aprendi que a punção lombar é o meio diagnóstico nestas situações, que não se farão casuísticamente mas apenas e tão só quando absolutamente necessário.
Felizmente que é uma meningite vital e mais benigna, que vai obrigar a repouso e a tranquilidade uma vez que foi detectada muito a tempo e ser viral. Já passou o susto e estamos todos mais descansados...
Apesar da preocupação, o jantar correu muito bem e este actual espírito de família é fantástico e promissor, porque cada vez mais sinto que as nossas raízes e afectos estão intimamente ligados à família e a quem é do nosso sangue.
Um grande SORRISO neste dia em que vai acontecendo tanta e tanta coisa em simultâneo, mas temos que ter a consciência tranquila e pacificada como temos, acreditando na justiça do Universo e em que tudo o que é feito, tem o seu efeito e reacção.

terça-feira, novembro 26, 2013

Consultório

Comecei o dia na oficina, a recuperar o meu carro que, felizmente, não sofreu qualquer avaria grave ou duradoura. Ainda vou tendo alguma sorte nestas coisas, na medida em que "apenas" tiveram que esvaziar o depósito e limpar o motor sem substituição de qualquer peça .
Também tenho a felicidade de ter pessoas que se preocupam comigo e que, não só me emprestaram ontem o carro, como me foram hoje buscar e "tomar" conta de mim. A minha empregada doméstica é impecável e fantástica nestes pequenos/grandes gestos que representam bastante para mim.
A tal minha faceta materna prende-se muito a estes pormenores e dá-lhes uma enorme importância, talvez pelos registos existentes e por ser uma maneira de valorizar e de não precisar de me vitimizar. Mas isso é outra questão e outras análises para mais tarde fazer.
Na clínica tive uma manhã muito simpática, com a minha ex-mulher e um bom trabalho de moldagem, a minha cunhada e irmão, recém chegados do Peru e com quem cada vez mais vou tendo um relacionamento estreito e chegado.
Consultei ainda mais dois dos meus doentes mais antigos e com quem tenho uma relação de estima e ainda um dos melhores amigos do meu filho que tem necessidade de usar uma goteira de disclosão.
Foi uma manhã calma e compensadora, mas sobretudo relaxada, como espero que seja a tarde e os dias subsequentes. O clima nem sempre é dos melhores e continua a haver ( e sinto que haverá sempre) um ambiente meio gélido e desconfortável com quem se sabe, mas na verdade a maneira de estar e de ser não tem mesmo nada de comum. Coexistimos, mas não ligamos mesmo....
No fim do dia, teremos um jantar de aniversário duma sobrinha neta que nos convida sempre e assim terminaremos o dia da melhor forma possível, na certeza de que, cada vez mais, gosto da minha família e de estar com eles sempre que possível.
Vou reiniciar o dia, com um enorme SORRISO tranquilo, satisfeito, luminosos e com muita energia positiva e eficaz.

segunda-feira, novembro 25, 2013

Contratempos

Há alturas em que tudo parece funcionar ao contrario, com pequenos percalços que nós condicionam e aborrecem. No outro dia, foi a troca de combustível tendo colocado gasoso em vez de gasolina, estando agora à espera do veredicto da oficina.
Hoje deixaram-me trancado em casa, porque por distracção bloquearam a fechadura, sendo impossível de abrir por dentro. Resultado, teve que lá ir a minha empregada "salvar-me" para poder sair, tanto mais que também ela já me tinha emprestado o carro para eu poder vir trabalhar.
Felizmente que tudo se resolveu e aqui estou, sem qualquer vontade ou apetência para grandes feitos ou novidades, mas apenas e tão só para queimar o tempo que aqui tenho que estar. Ainda por cima hoje retiraram-me um ordenado bruto apenas em impostos e na semana de baixa que tive o mês passado.
Cada vez é maior a dificuldade em entender e compreender determinadas atitudes e personalidades que, pela sua frieza e insensibilidade, se tornam pesadas e cansativas, com um mau ambiente sempre latente e permanente.
Podia haver um reconhecimento mútuo de que, nas diferenças, poderia haver um sinergismo de actuação mas o isolamento e o individualismo é algo que é inerente a algumas pessoas e nada há a fazer.... temos pena, mas é mesmo a realidade que temos neste presente em que a união e a interacção poderia fazer toda a diferença.
Ontem oferecemos um almoço para festejar os 92 anos da minha Mãe, com os netos e bisnetos possíveis, tendo sido bastante agradável e simpático. É evidente que a minha Mãe gostou bastante, emocionou-se e esteve bem rodeada da família mais chegada. O meu irmão e cunhada não chegaram a tempo do seu (longo) passeio, o que também impossibilitou que o almoço fosse alargado a mais pessoas e no local inicialmente previsto.
Esta é a semana dos seis dias, porque vou trabalhar sábado e nesse mesmo dia, teremos um jantar significativo em casa que, esperemos, corra o melhor possível e que sirva para um cimentar de realidades e de factos incontornáveis.
Segunda-feira é sempre um dia menos bom, tanto mais que não conseguimos ter um fim de semana tranquilo e descansado, em que possamos ir até Sesimbra ou simplesmente ficarmos a "hibernar" em casa. Temos sempre afazeres, programas e eventos que nos ocupam praticamente os fins de semana na totalidade, deixando-nos pouco tempo para descansar e relaxar. Também precisamos de tempo para nós mesmos e apara estarmos em sintonia, o que não me parece existir da outra parte.
Provavelmente estarei a ver mosquitos na outra banda, mas gostava doutra intimidade, de mais afectos, de mais diálogo e entendimento e não apenas a  tranquilidade existente, sem grande proactividade. Será que é apenas e tão só a rotina e banalidade instalada ou existem outros motivos que a razão ou o coração desconhecem ??
Fica o habitual SORRISO com a vontade de tentarmos ser tão felizes quanto o conseguirmos e ainda de seguirmos em frente, não obstante aquela permanente carga negativa que temos à nossa volta e contra a qual pouco ou nada podemos fazer.
PS: uma boa notícia foi-me dada agora com a recuperação sem danos do meu carro, que ficará operacional ainda hoje. Nem tudo pode ser negativo....






domingo, novembro 24, 2013

Sol e Frio

Está um daqueles dias de que gosto... tempo limpo, com sol e com temperaturas baixas! É assim que gosto do tempo porque podemos vestir roupas quentinhas e não apanharmos chuva nem nos molharmos, que é o que menos gosto. Adoro chuva mas é para estar em casa à lareira e no quentinho.
Como já disse, ontem foi um dia cheio de "passeio", tendo estado quase todo o dia fora de casa em actividades diversas. Uma vez chegado a casa, foi pôr o pijama e estar a ler o "meu" Expresso e a ver algumas séries gravadas.
Há pequenos nadas que nos enchem de alegria e que nos fazem ver que somos importantes para alguém. Hoje foi dia de "barbeiro" e sabendo como eu sou friorento, encontrei a casa de banho aquecida e a uma temperatura excelente para que me pudessem cortar o cabelo sem ter frio.
São estes pequenos gestos que, fazendo toda a diferença, nos fazem sentir Amados, estimados e acarinhados, algo que todos nós precisamos... é tão simples ter estes pequenos ( grandiosos) nadas que nos deixam com um SORRISO para o resto do dia.
A intimidade das pessoas é feita do somatório dos momentos do quotidiano, que não se esgotam apenas no estar; é muito mais do que isso e principalmente são afectos e formas de o demonstrar. Aquele pequeno gesto faz toda a diferença e sinceramente, foi um momento de felicidade muito grande.
Também a propósito de momentos e afectos entre casais, estive a falar com uma das minhas irmãs e a dar-lhe o mesmo conselho que já me deram, ou seja, arranjar e disponibilizar tempo para dar mais volume e estrutura à relação e consolidar para o presente, mas principalmente para o futuro, essa mesma relação.
Temos que ter presente que, os filhos passam e nós permanecemos com quem estamos e com quem consigamos estabelecer as pontes devidas e necessárias para que, nessa altura, não sejamos estranhos nessa mesma relação.
Isto é, durante a nossa vida podemos ter um ou vários relacionamentos estáveis e funcionais, sendo o importante a sua plena realização e interiorização, para que em cada momento, possamos desfrutar e aproveitar plenamente essa mesma relação e a pessoa com quem estamos. Em cada altura e etapa da nossa vida, devemos e temos a obrigação de sermos FELIZES e de estarmos bem connosco e com quem (con)vivemos para que, chegados ao fim do nosso tempo, possamos olhar para o passado e sentirmo-nos satisfeitos e sobretudo realizados.
Todos nós devíamos ter a capacidade de podermos analisar o que somos e como estamos, para que, ao longo da nossa vida, possamos melhorar e alterar tudo aquilo que não é o mais correcto e assim atingirmos o objectivo primordial de todos os seres humanos: a FELICIDADE.
Infelizmente vivemos num mundo cada vez mais individualista e no qual as pessoas pouco ou nenhum tempo dedicam a pensar nos outros e nos problemas que nos circundam, na medida em que são demasiadamente egocêntricas e muita coisa contribui para que assim seja. Actualmente as pessoas são "treinadas" para este mesmo individualismo e concorrência entre todos porque se tem a noção errada que, apenas "atropelando" o nosso próximo, conseguimos ser melhores e singrar na vida.
A solidariedade, o companheirismo, a interajuda são conceitos em vias de extinção neste nosso mundo altamente competitivo e sem grandes valores éticos ou morais, em que (quase) tudo vale para atingir os objectivos que se pretende e que se quer, mesmo que isso signifique destruir ou menosprezar quem está ao nosso lado. Aliás às vezes parece mesmo ser obrigatório esta atitude para vencer na vida, o que para mim, é algo de inconcebível e demolidor para a vivência que gostaria de encontrar até ao fim dos meus dias.
Hoje são 92 anos, aqueles que a minha Mãe cumpre, tendo direito a um almoço de família, com os filhos que cá estão, bem como com (quase) todos os netos, porque é cada vez mais difícil reunir todos no mesmo espaço e na mesma altura. Que continue nesta forma em que está e a dar-nos o prazer da sua companhia...
Um enorme SORRISO cheio duma especial alegria pelo tal pequeno gesto que foi dum imenso significado e representa o Amor e Estima que deve estar sempre presente em qualquer relação. Sejamos FELIZES em cada segundo que estamos neste Universo.
 
 


sábado, novembro 23, 2013

Lazer

Hoje foi um dia inteiro de rua, de passeio e muitíssimo variado. Saí de casa pelas 10.00 para uma consulta de nutrição.

Fiz teste de intolerância alimentar e consulta dietética com um nutricionista novo e super simpático, que me estabeleceu um plano e metas a atingir.
Seguiu-se uma ida ao Allegro e a uma loja da PT/Meo para cancelar este serviço de casa dos meu filho e ainda uma ida ao supermercado para comprar alguns dos bens essenciais ao inicio da minha dieta que começara na segunda-feira sem falta, visto que amanhã temos o almoço da minha Mãe.
Continuamos para Lisboa, e directamente ao Chiado... comprei umas camisas ao Pedro, que precisa de roupa e fomos para almoçar à pizzaria Lisboa (http://www.pizzarialisboa.pt/pt/), do Avillez e onde queria ir há muito e muito tempo. E justificadamente, porque as pizzas são divinais e o espaço bastante agradável.
O dia continuou no Corte Inglês, onde continuei a saga das compras natalícias, tendo praticamente acabado com tudo, porque já no supermercado tinha feito algumas aquisições que se justificaram e que queria fazer. Faltam-me apenas uns quantos presentes e principalmente do meu filho mais novo.
Estava imensa gente e sente-se já o espírito natalício, pelo que demorámos imenso tempo em tudo o que tínhamos para ver e comprar.
Finalmente por volta da 18.00 e muito chegámos a casa para não mais se sair com um enorme SORRISO de missão cumprida e de termos encontrado alguma FELICIDADE na procura e compra de presentes para as pessoas que estimamos e AMAMOS. 
 

sexta-feira, novembro 22, 2013

Sexta-feira

Mais uma sexta-feira.... felizmente que estamos quase em fim de semana, sem obrigações sociais sem ser o almoço de aniversário da minha Mãe, no domingo. Comemora 92 anos de vida...
A propósito de Mãe é cada vez mais evidente a enorme influência que teve na minha vida, na minha formação e nalgumas das minhas disfunções. Curiosamente pensava que o foco dos meus "problemas" seria o meu Pai e afinal estou a descobrir que o busílis da questão é precisamente a parte materna. 
Ontem a minha sessão foi particularmente acutilante e agreste, pelo encandeamento das associações e pelo que me foi dito. Devo confessar que terá sido uma das primeiras vezes em que fiquei mesmo surpreendido e até chocado, pelo que se falou, bem como da exposição nua e crua de mais uma (importante) camada da minha pessoa.
Se estou neste processo, tenho ou devo acreditar no encadeamento que é dado e ter confiança no terapeuta, porque só assim vale a pena e dará resultado; mas até por um mecanismo de defesa pessoal, pergunto-me se não haverá um excesso de Freud nestas interpretações e um exagero na análise.
A resposta depende de se querer ou não encarar de frente o que somos e fomos, bem como o que pretendemos ser no futuro. Se até agora temos aceite as nossas descobertas, então certamente que também teremos que concordar com esta faceta e com esta nova descoberta. Até porque faz todo o sentido e tem toda a lógica do mundo....
Neste momento até há muita coisa que faz mais sentido e entendimento, na medida em que há um padrão e um comportamento estereotipado e gravado nos meus registos de infância. Que até podem condicionar vivências pessoais e a escolha das pessoas com quem lido e interajo. Isto é, vou buscar identidades e personalidades que estejam em conformidade com padrões conhecidos e que sempre fizeram parte da minha vida, para me dar confiança ou pelo menos eu saber como lidar... quando esse padrão não existe, há conflitualidade e uma enorme problemática, como acontece com determinadas pessoas que existem no meu quotidiano por imposição e não propriamente por escolha.
O trabalho psicanalítico individual é bastante mais intenso do que o trabalho em grupo pela maior  intensidade do processo e maior exposição, visto que a atenção do terapeuta está exclusivamente focado numa pessoa e não em várias, se bem que o processo em grupo possa ter outras vantagens e compensações. 
Na frente profissional tudo na mesma, com um ambiente mais ou menos estável, mas sobretudo com um maior afastamento da minha parte e uma completa anulação em relação à gestão quotidiana do consultório por não querer conflitos de qualquer espécie e para minha tranquilidade e descanso mental. Mesmo que não esteja de acordo ou me pareça poder haver outras formas de actuação, não tenciono dizer nem extrapolar em nada as minhas funções, também não contando com o apoio de ninguém e funcionando isoladamente no meu gabinete, como nunca o tinha feito. Mas se algo encho aprendido, é a adaptar-me mais e melhor às circunstâncias e não pretender ser o salvador da pátria. Aliás se fechei o meu espaço e parti para outra fase, foi precisamente para acabar com o stress da gestão diária dum consultório e todos os problemas daí inerentes. 
É evidente que poderia estar noutro ambiente, mas não se pode querer tudo; tenho um bom espaço, uma boa localização, as minhas assistentes e os meus doentes, bem como a minha total independência. No reverso poderei ter aspectos negativos e conceitos diferentes mas se cada qual se mantiver no seu caminho, sem colisões ou afrontamentos tudo correrá como possível.
Sinto saudades duma maior interligação profissional e de dividir opiniões e doentes, bem como um clima de maior distensão e alegria, mas sendo o que temos, valorizemos o positivo e esqueçamos o menos bom, aplicando também aqui a nossa máxima Less is More.
Um comentário ao que ouvi na rádio está na manhã de declarações de Mário Soares. Acho que o senhor ultrapassou todos os limites e como ex primeiro ministro e ex presidente é inconcebível a forma e o desrespeito com que fala das instituições nacionais. Uma coisa é não estar de acordo, o que é legítimo e normal e outra, totalmente diferente, é estar sempre a fomentar desacordos, a incitar à violência e denegrir as pessoas. Deve ser o peso da idade ou as sequelas do estado comatoso em que esteve... esquece-se das mordomias que tem à conta do estado, bem como os subsídios à sua fundação que apenas serve a família Soares. 
Um SORRISO com a vontade de que a coerência e a realização de todos nós seja uma verdade que procuremos alcançar todos os dias da nossa vida. Façam o favor de ser FELIZES....

quinta-feira, novembro 21, 2013

Ambientes

Será que existem mesmo transmissão de energias negativas e positivas que condicionam a disposição das pessoas e provocam mesmo alteram de ambientes... ??? Ou será que nos deixamos influenciar por  factos, emoções ou algum tipo de nuvem circulante que a todos abrange????
O que é verdade é que há pessoas com maior sensibilidade e maior receptividade a determinadas energias e que conseguem captar essas ondas que nós circundam; chama-se percepção extra sensorial (PES) e poderá ser a explicação para muitas coisas que ocorrem em todos nós e que tolhem acções, movimentos e mesmo nós inibem em determinados momentos.
Assisti a cursos acerca do tema e penso também ter  essa percepção, que pode ser trabalhada e apurada. Neste consultório há ainda outra pessoa que considero ter um alto nível de PES e que fica altamente receptiva ao ambiente envolvente. Quer duma forma positiva, quer principalmente duma forma negativa como aconteceu hoje.
Há um ambiente estranho neste consultório, com uma grande carga em cima das pessoas, provocada por maneiras de estar e de ser muito estranhas e difíceis de entender. Por vezes, parece um balão que se vai enchendo e que, antes de rebentar, atinge o seu auge.
Também aqui sente-se um clima dum certo confronto e mesmo de antagonismo entre as pessoas, havendo manifestamente uma primeira e uma segunda liga, ou seja pessoas com mais ou menos direitos e deveres.
Pessoalmente também sinto o peso deste ambiente e, neste momento, não penso que esteja a contribuir para esta mesma carga negativa existente, porque tento fazer o que sei e o que posso, sem provocar problemas mas também sem contar com ninguém.
Nunca me senti tão isolado, nem tal sozinho num ambiente profissional, mas enquanto puder e aguentar vou seguindo neste caminho, até que possa finalmente retirar-me e refugiar-me em ambientes mais quentes e solidários.
Vivemos um mundo de mentiras e também dum enorme individualismo e egoísmo, que provoca desentendimentos, mal entendidos e sobretudo um mau ambiente entre as pessoas, na medida em  não há conjugação de esforços, nem uma sinergia entre todos que tornariam certos ambientes, determinadas tarefas e muitos quotidianos bastante diferentes , mais leves e estruturantes.
Sinto-me bastante cansado e talvez psicologicamente em baixo, por motivos diversos e talvez em primeiro lugar pela remexer de determinados níveis do sub ou do inconsciente, bem como pela falta dum estímulo eficaz e positivo em termos profissionais e até pessoais.
Que finalidade tem a vida ou o quotidiano se não houver uma aplicação e um propósito para cumprirmos e termos maior satisfação no que se faz. Apenas se ouve falar em dificuldades, sente-se essa mesma crise  e até parece estarmos envoltos numa nuvem de pessimismo generalizado, já com uma falta de condições mínimos para muitos que, envergonhadamente, se escondem....
Como lido com muita gente e com muita informação, vou tendo diferentes feedbacks da situação e é unânime não só a descrença neste presente que temos, bem como numa evolução positiva ou no nosso tempo útil de vida.
Falta o desígnio, a capacidade de seguirmos todos o mesmo rumo numa aproximação nacional e patriótica, nem que fosse estarmos unidos num SORRISO solidário de todos por todos. Será pedir muito ???


Mentiras

Há situações e factos que me deixam bastante indignado e ainda mais quando são pessoas conhecidas de quem já tenho uma má impressão, confirmando assim que posso confiar nas minhas primeiras impressões.

Certas pessoas pensam ou acham que podem fazer o que querem e como querem e ainda fazer os outros de parvos, mas como diz o povo, mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo. É que as próprias pessoas se encarregam de nos dar as munições para as podermos desmascarar porque nem inteligência têm para encobrir os erros e as mentiras.~
Vivemos mesmo num mundo muito estranho em que (quase) ninguém respeita as pessoas, em que impunemente se engana o próxima e ainda por cima se fica a pensar que se é o máximo e o melhor. É certo que há muitas pessoas que passam a vida a enganar, mas li algures que: enganar poucos durante muito tempo é possível, enganar muitos durante pouco tempo também o é, mas enganar muitos durante muito tempo é impossível. Ou seja, quem vive nestes esquemas e mentiras, mais cedo ou mais tarde é apanhado porque é impossível manter este comportamento escondido durante muito tempo.
Conheço vários destes tipos de personalidade, uns por nítida doença psiquiátrica que não conseguem distinguir a realidade da ilusão e acham-se os maiores, enquanto que não passam de medíocres e de frustrados; outros são mesmo assim de formação e de carácter, não sabendo estar no mundo sem ser a enganar, mentir e omitir.
O problema é que, quem é mais honesto e sério, acaba (quase) sempre por perceber e escrutinar este tipo de pessoas, porque se me engano às vezes, muitas outras consigo acertar quase logo à primeira. Há quem consiga disfarçar e fingir durante algum tempo, mas mais cedo ou mais tarde, a evidência da falta de carácter e de nível vem sempre ao de cima e então a verdadeira forma de estar no mundo e na sociedade vem à superfície.
Também é um facto que se acaba sempre por "pagar" por esse tipo de comportamento, porque pode não haver uma grande justiça legal e de tribunal, mas acredito que a justiça humana e real existe e que cumpre a sua missão, punindo quem deve e penalizando esses mesmos comportamentos.
Tenho pensado bastante em algumas coisas erradas que fiz ao longo da vida e reflectido que, neste momento, já não o faria por ser incapaz de praticar determinados actos lesivos e dolorosos para as pessoas. Lembro-me, por exemplo, de algo extremamente cruel e sádico que o nosso grupo da faculdade fez a uma colega de que não gostávamos muito. Um dia, combinámos todos que não lhe dirigíamos a palavra nem lhe respondíamos a nada e assim fizemos, com o consequente sofrimento para essa mesma colega.
Que finalidade tínhamos para além de mostrarmos a nossa imaturidade, frieza e insensibilidade ? Deve ser devastador para alguém este tipo de atitudes sem qualquer explicação e entendimento racional, mas a envolvência grupal e o comportamento em conjunto pode ter destes desvios gravíssimos. Sinto-me bastante arrependido e, como digo, não seria capaz de o fazer agora ou no futuro.
Ainda não estou completamente "recuperado" da minha neura de segunda, mas estou a caminho de ficar bastante melhor e mais bem disposto, se bem que a actual conjuntura não seja a melhor, nem tão pouco o ambiente onde me encontro ajude muito a esse facto. É verdade que as pessoas são bem complexas ( e eu incluído), mas também é certo que se complica demais o que nos rodeia, pelas mentiras, falsidades ou omissões que se vai fazendo e encontrando por aí.
Se todos conseguissem ser mais verdadeiros, menos "chicos espertos" e se tentassem realmente uma interligação entre todos duma forma séria, empenhada e realmente honesta, certamente que tudo seria bem mais fácil e satisfatório, com menos problemas, menos quezílias e sobretudo melhor ambiente.
Há pessoas que, olhando apenas e só para o seu umbigo, se esquecem de ser sociais e integrar-se numa sociedade em que se todos conseguissem dar a volta, seria bem melhor e mais justa, mas infelizmente cada vez mais este individualismo predomina e faz o seu caminho... é pena, mas é assim que muita gente acha que pode sobreviver.
Nesta quinta-feira, quase em modo de fim de semana, fica o meu SORRISO com muita energia e a vontade de que as pessoas consigam ser mais verdadeiras, mais francas e sobretudo mais HUMANAS.
 

quarta-feira, novembro 20, 2013

Reflexões

Ontem percebi a interligação de tudo o que nos acontece, bem como as técnicas usadas para se obterem determinados resultados. Ou pelo menos, assim me foi dito!
Na semana passada senti um certo desconforto pelo aparente pouco apoio que me foi dado  pelo meu analista e dai a ter ficado "desprotegido e desamparado" foi um pequeno passo, que, segundo o AA, se manifestou no principio desta semana com a tal neura e indisposição "mental".
Felizmente que nada tem a ver com bipolaridades, que são já patologias psíquicas e de que tenho exemplos bem claros e evidentes, mas sim com a minha temática de fundo e existencialista.
Os fenómenos de culpa e de rejeição são bastante dolorosos para mim e difíceis de suportar e, nestas alturas, tento agredir e agir antes de pensar; felizmente que neste momento, já consigo pôr o pensamento em primeiro lugar e não agir impulsivamente como acontecia num passado recente, com todas as consequências sabidas e sentidas.
Ao racionalizar mais os factos e lidar melhor com as emoções e frustrações, evito determinados comportamentos lesivos e dolorosos que complicam a vida e o meu relacionamento. É verdade que ainda há impulsos a vencer e atitudes racionais pensadas e analisadas, na medida em que ainda estamos no inicio de muita coisa.
Sinto que  estou a alcançar outro patamar de conhecimento ou de descoberta, neste processo analítico em que estou. Como dizia a FL temos uma série de camadas e de protecções que nos envolvem e estas terapias vão-nos "descascando" essas mesmas camadas, deixando a descoberto feridas, emoções ou factos desconhecidos do nosso consciente, mas que estão gravados nas nossas memórias e objectos internos.
O nosso trabalho é destapar esses invólucros e preenche-los duma forma positiva e satisfatória, para que esta reconstrução seja positiva e nos dê o equilíbrio necessário para nos mantermos da melhor forma.
Será que vale a pena este esforço e este empenho para nos conhecermos melhor e assim conseguirmos ser mais felizes e eficazes na nossa vida ? Ou será preferível mantermo-nos  na ignorância e sermos como a grande maioria das pessoas, sem estas preocupações existencialistas.
O meu pensamento é que, quando existe sintomatologia, se tem que intervir e tentar esclarecer  o nosso inconsciente e melhorar a vida de todos. Viver permanentemente em sofrimento ou em negação, será adequado para pessoas com patologias psicóticas ou que não tenham a realidade do que têm, mas todos os outros que estão noutro patamar ou num certo border line, podem e devem tentar alterar esses mesmos padrões e comportamentos desajustados.
É evidente que a vida actual é propicia a depressões, alterações humorais e a problemas vários porque as dificuldades que enfrentamos são imensas e, muitas vezes, a nossa força anímica vai-nos faltando e dispersando por outros caminhos. Já não temos vinte anos, o entusiasmo de então nem a ingenuidade desses mesmos vinte anos e por isso, poderemos sentir-nos mais negativos ou pouco entusiasmados perante o nosso quotidiano.
Existe também o problema da sociedade em geral que, fruto das circunstâncias, parece por vezes uma selva ou um circo, conforme a gravidade das situações. Uma selva porque neste momento cada qual tenta, individualmente, ter a sua segurança mesmo que isso signifique o atropelo dos demais e um circo quando parece que a fantasia e o humor negro tomou conta da realidade. 
Tudo depende do ponto de vista de cada qual esta visão do quotidiano, mas a certeza que tenho é que muita coisa terá que mudar e rapidamente neste Universo para que consigamos ultrapassar esta grave perda de valores humanos e éticos e assim conseguirmos uma realidade melhor, mais justa e sobretudo uma maior valorização de cada indivíduo e da sociedade em geral.
Sigamos em frente, concentremo-nos no essencial, tentemos ser melhores em cada dia que passa e com o nosso SORRISO forte e empenhado sermos pessoas diferentes! mais integradas e FELIZES.

terça-feira, novembro 19, 2013

Mais Dias

Mais um dia de trabalho.... detesto estar a chegar à clinica e o primeiro doente da manhã desmarcar em cima da hora e querer logo consulta nos dias a seguir. Nestes casos, a consulta fica adiada para algumas semanas depois para se perceber que, felizmente, temos consultas suficientes.
Estou numa fase estranha, sem vontade de aqui estar e também sem querer ir para nenhures, mas a verdade é que não me sinto nada tranquilo nem bem disposto. Não sei o que me apetece nem o que quero e será isso que vou tentar hoje falar na minha sessão, visto que já não tinha esta alternância de humores há algum tempo.
Que se estará a passar no meu interior para me sentir apreensivo ? Uma das razões directas é o peso deste presente e os encargos que actualmente tenho que, cada vez mais, são difíceis de manter e me pesam bastante.
Não sei que mais se poderei fazer para alterar este estado de coisas, sem ser pressionar quem posso para se independentizar o mais depressa possível e seguir com os projectos e realizações da vida.
Sinto que esse aspecto me descompensa bastante, na medida em que não estava muito habituado a fazer contas, nem a estar limitado a determinadas fronteiras, apesar de também ser verdade não ser isso o mais importante, mas sim a procura da felicidade e o (re)encontro  das pessoas que Amo e Estimo.
Nesse aspecto tenho a sorte (ou farei por isso??) de estar num bom caminho, com a minha própria análise e entendimento das muitas coisas que tenho para resolver e que, lentamente, se vão encaixando umas nas outras, fazendo sentido e permitindo que me sinta mais leve e menos vazio. Se bem que esta espécie de vazio espreite sempre que estou com as energias mais negativas e tente fazer um regresso a outros registos.
Felizmente que, neste momento, o pensamento intervém primeiro que a acção e assim os erros são evitados, bem como as tentações. Também devo salientar a falta de vontade de me desviar do meu caminho, por atalhos ou vias que não têm qualquer interesse, pelo que, assim sendo, seguimos neste rumo que pretendemos.
Temos que tentar não valorizar determinados aspectos da vida e pensar que vamos conseguir, como sempre o fizemos, seguir em frente com determinação e vontade de vencer este presente e esta realidade que nos parece tão adversa mas que contêm sempre em si mesmo muita coisa positiva e que vale a pena.
Nesta encruzilhada da vida e neste País onde estamos, sente-se uma grande falta de animo e de entusiasmos das pessoas porque parece que nos limitamos a viver este presente, sem horizontes mais vastos e luminosos; parece que estamos encerrados numa sala de quatro paredes, sem janelas ou qualquer luminosidade que nos aqueça e entusiasme, porque não temos objectivos ou exemplos que positivem este mesmo presente.
Será que conseguiremos alguma vez sair desta realidade cinzenta e estranha em que vivemos e termos novamente dias positivos, bem vividos e sobretudo com finalidades e rumos definidos e concretos. Queremos ser felizes e conseguir que, cada dia, seja melhor que o anterior para todos os que aqui estamos.
Um grande SORRISO com a certeza de que temos que ser nós próprios a comandar a vida e a fazer com a felicidade exista em casa minuto dessa mesma vida.




segunda-feira, novembro 18, 2013

Neura

Nova semana de trabalho, após um fim de semana cheio de mudanças, alterações e new look para a nossa casa, que ficou o máximo...
Por vezes, consegue-se fazer uma transformação do visual dando apenas outra disposição ao que já existe, ficando como se tivéssemos comprado imensa coisa e feito uma renovação completa.
Começo a ficar seriamente apreensivo com o evoluir da situação, na medida em que cada vez mais, vivemos com o que fazemos, sem margem para grandes imprevistos ou supérfluos. Tenho que gerir melhor tudo o que faço e sobretudo tentar pressionar quem de mim depende a fazer-se à vida e quanto mais depressa melhor...
Não estou propriamente nos meus dias e pouco ou nenhuma vontade tenho de coisa alguma, tanto mais que por aqui não há muito que fazer, nem rastreios, nem consultas. O facto de haver consultas ao sábado é mesmo capaz de diminuir o número de pessoas durante a semana, como acontece no consultório, em que os sábados estão sempre preenchidos e determinados horários da semana têm-se dificuldade em preencher. 
Melhores dias virão; devemos encarar com optimismo a nossa realidade e tentar não entrarmos em queda por circunstâncias momentaneamente adversas.
O SORRISO possível nesta segunda-feira, inicio duma semana que se espera positiva e com muita energia.
PS: hoje estou numa dessas disposições meia estranhas, porque nem é bem disposto, nem neura, mas antes pelo contrario. Vou desanuviar até ao Corte Inglês... almoçar e ver as vistas de Natal

domingo, novembro 17, 2013

(Outro) Domingo

Outro domingo, com um sol enevoado mas felizmente também com frio. Gosto deste tempo, na medida em que é bem mais fácil protegermo-nos do frio do que do muito calor. Para além de que já é altura de começarmos a vestir a nossa roupa de inverno e algumas coisas que se comprou em saldos e que ainda não tive ocasião de vestir. Vaidades !!
Hoje, dia de descanso, lembrar um sonho que tive, em que estava situado em New York, cidade que adoro e onde gostaria de voltar em breve, uma vez que a ultima vez que lá estive foi em 1997 ou 98, num congresso.
Amo essa cidade, onde já estive umas três vezes e sempre com vontade de voltar e quem sabe, de aí viver alguns tempos. Sobretudo agora que estou a ver com maior interesse a série " Sexo e Cidade", constato que é mesmo uma cidade que nunca dorme e que está sempre em actividade e bem viva.
Há locais, cidades ou zonas que significam imenso para mim, nomeadamente, New York, Barcelona e zonas circundantes e a zona norte da Escócia, onde tenciono voltar em breve.
Cada um destes locais tem um encanto próprio e espero poder passar algum tempo de qualidade quando me reformar e se tiver possibilidades. Sobretudo a costa de Barcelona, desde Sitges até Cadaqués, deixa-me encantado, não só pela beleza natural mas também pela gastronomia e simpatia das pessoas.
Tenho o desejo de poder passar a minha reforma a passear ou a permanecer noutros locais, que não onde passei grande parte da vida pessoal e profissional, mas para isso é preciso ter capacidade económica e ainda estar em boas condições físicas; espero que assim seja e que o consigamos realizar.
Adoro viajar, conhecer novos locais, novas gentes e costumes, aliado se possível a uma excursão pelas diferentes gastronomias, uma vez que é obrigatória a pesquisa de restaurantes e afins típicos das regiões por onde passamos.
Estive na Escócia há uns quinze anos, por ocasião dum congresso em Edimburgo, tendo então aproveitado para fazer um tour pela região. Esse mesmo périplo, que nos levou ao Loch Ness, a Inverness e a outros sítios fantásticos despertou-me para voltar com mais tempo e noutra ocasião, mas vamos escolhendo outros países e deixando este para outros tempos.
Agora, como temos uns "amigos" que emigraram para Edimburgo será, talvez, mais fácil irmos passear pela região. Temos este destino programado, bem como a Croácia pelo que no próximo ano, um destes destinos será o nosso, assim haja hipóteses de o fazermos.
A vida merece ser bem vivida e sobretudo ter objectivos definidos e possíveis de serem alcançados, nomeadamente, temos a obrigação de sermos Felizes e de ajudar os outros a também o poderem ser. Além de que devemos fomentar o bem-estar colectivo, a tranquilidade dos nossos amigos e família, bem como dar o nosso melhor na nossa vertente profissional.
Talvez seja esta vertente que me canse mais, na medida em que são já demasiados anos de trabalho com milhares de actos médicos ( calculei para cima de 200.000 actos médicos) e sentir a necessidade de mudar de rumo e de intensidade, mas, infelizmente a vida ainda não o permite. Melhor dizendo, as condições actuais deste (pobre) País não nos deixam ter grandes escolhas de vida, tendo que trabalhar e continuar a trabalhar durante muitos e bons anos.
Há cerca de dez anos pensava estar já numa situação de pré-reforma e agora espero que daqui a mais dez anos consiga reformar-me eficaz e dignamente. Esperemos que a consigamos superar esta crise permanente em que vivemos e que ainda tenha direito a alguma reforma que me permite ter bons projectos de vida e realizar alguns dos meus sonhos de vida e de reforma.
Hoje, domingo, em que a minha Mãe está a almoçar connosco - daqui a uma semana fará 92 anos - fica o meu SORRISO com o empenho firme e sincero de ser Feliz e de continuar neste meu percurso de vida.



 
 


sábado, novembro 16, 2013

Mudanças

Há muitas alterações, mudanças e arrumações que podemos fazer na vida, desde reestruturações internas com ou sem ajuda especializada, uma mudança de visual parcial ou completo ou apenas uma alteração da disposição dos objectos caseiros que nós acompanham ao longo do nosso quotidiano.
Hoje é dia de "reocupar" a nossa casa, depois das reparações e das pinturas que foram feitas e que dão já um aspecto diferente e quase novo ao nosso espaço. 
Estive a reorganizar a biblioteca, com a separação e agrupamento dos muitos e muitos livros que temos, escolhendo os que mais gosto para a estante da sala, bem como fotografias, álbuns e dossiers que espelham a nossa vida recente e passada.
A propósito de livros, há livros que são intemporais, como "O Perfume", de Patrick Suskind , "1994" de G. Orwell ou "O Memorial do Convento" um dos primeiros livros de Saramago, senão o primeiro e o único que consegui ler e adorar, classificando-o como permanente. Também "diz-me como te chamas" de Júlia Navarro ou " O Código da Vinci" pela novidade que representou na altura são outros dos meus livros preferidos.
Referir ainda as muitas biografias romanceadas de figuras portuguesas e estrangeiras de que destaco talvez a "D. Amélia, rainha de Portugal" ou "D. João I de Portugal" da Isabel Stillwell, que se lêem muito bem e que nós dão uma boa perspectiva do mundo que fomos e que somos.
Acabei de ler há pouco o "Senhor cinco por cento", biografia de Calouste Culbenkian, que nos projecta através do fins do século XIX e princípios do século XX, com a história da prospecção e comercialização industrial do petróleo, as guerras havidas e os grandes interesses económicos da altura, que perduram e que, muitas, foram criadas por este arménio, que se veio refugiar no nosso País e que, graças ao talento e engenho de muitos e em particular do Dr. Azevedo Perdigão ( que conheci ), se estabeleceu em Portugal e nos legou a fundação com o seu nome.
No tempo da outra senhora, está fundação era praticamente a única instituição com uma verdadeira grandeza e interesse pela cultura nas suas mais diversas formas. Para além do museu, era na Gulbenkian que havia o melhor ballet, os melhores concertos e os melhores músicos ou cantores, sendo obrigatório ter o bilhete da temporada.
Felizmente que o nosso panorama cultural se tem modificado e, mesmo não podendo ser comparado ainda às grandes cidades culturais, como New York, Paris ou Sidney, felizmente que já vamos tendo uma oferta variada e ampla, sobretudo desde a abertura do Centro Cultural de Belém. Obra polémica e muito discutida na altura da sua construção, pelo situação e estilo, mas que resultou plenamente e que tem cumprido eficazmente o seu papel. Mesmo com o actual museu Joe Berardo...
Gosto ainda particularmente de livros policiais, com destaque para os de Daniel Silva e da Camila Läckberg, uma escritora sueca, cujos livros têm tido imenso sucesso, mas como obedecem ao mesmo esquema narrativo, acabam por ser muito similares entre si. Já os do Daniel Silva, tendo como personagem central o restaurador e espião Gabriel Allon, conseguem retratar a situação de Israel e o seu enquadramento, sendo, para mim, duma fácil leitura.
De comentar ainda os muitos livros de José Rodrigues dos Santos que, duma forma continua, vão saindo e também obedecendo a padrões semelhantes e a uma escrita pouco elaborada e até repetitiva. Talvez por isso, o livro que mais goste deste escritor seja "A Filha do Capitão", o seu primeiro romance e o que, para mim, está mais bem escrito.
Para acabar com os livros, uma das maiores surpresas que tive foi com o José Luís Peixoto, na medida em que a figura do escritor em nada abonava a favor da sua escrita e foi, sem dúvida, aquele que li nos últimos tempos, que melhor trabalha as palavras e o seu contexto. Gosto de ler em bom português, pela ortografia diga antiga, com um texto escorreito e bem elaborado. O jogo que ele consegue fazer com as palavras cativou-me e ficar com grande admiração pela sua escrita.
Também vamos mudar a disposição de alguns dos muitos quadros que temos e assim contribuir para a tal alteração visual que é necessária fazer para que, em conjunto com a nossa mudança interior, sintamos que o que nos rodeia ficou igualmente diferente e mais concordante com as nossas sensações actuais. Vou tentar integrar um espelho que herdei de casa do meu Pai e assim ter uma presença mais física e permanente dele, colmatando as muitas saudades que tenho de estar e sobretudo de conversar com ele, com mais maturidade e sabendo o que sei hoje.
No intervalo destas intervenções, trabalha-se no consultório neste dia de sábado que é, normalmente, muito calmo e compensador pela sua tranquilidade e menores solicitações, tendo a oportunidade de rever pacientes que já não via há algum tempo e com quem tenho relações de Amizade e aproximação bastante grandes e gratificantes.
Para terminar, vou hoje ao fim do dia, tentar mudar um pouco a minha imagem corporal com a alguns tratamentos ditos estéticos para recuperar alguma elegância, o que será difícil mas sobretudo parâmetro sentir melhor e mais leve. Apenas por isso acho que vale a pena, tanto mais que vou fazer um teste de intolerância alimentar que já devia ter feito... acho que tenho uma certa intolerância a determinados produtos alimentares que vão ser agora determinados.
E neste tempo frio, que adoro, aqui fica o meu SORRISO quente e acolhedor, com muita vontade de prosseguir neste caminho da Felicidade e de nos reencontrarmos e centrarmos no que é realmente importante.


sexta-feira, novembro 15, 2013

Autoridade

Este é o comentário numero 2100... ou seja, escrevemos 2100 posts, o que representa mais de cinco anos e meio de existência, na medida em que há dias que até escrevo mais do que uma vez, se bem que, ultimamente, seja apenas um e apenas esse.

Autoridade... será autoridade, sinonimo de poder, de força e ainda de figura paterna, com toda a sua carga positiva e negativa?
Apesar da mudança do paradigma actual desta mesma figura paterna, que tem vindo a perder a enorme carga negativa que tinha, a verdade é que para a minha geração o Pai era visto como a autoridade e o poder supremo.
Evidentemente que o papel do Pai tem vindo a mudar ao longo dos tempos e aquele Pai distante, austero e severo representado pelo meu Avô ( Pai da minha Mãe) deve já ter desaparecido e muitas vezes atingiu-se o ponto oposto, em que precisamente o Pai passou a significar permissividade, desleixo e falta de autoridade e ainda de educação.
Disse-me, há muito, a psicóloga dos meus filhos que ser Pai não é ser amigo, na medida em que o primeiro implica autoridade q.b., força, apoio e aconselhamento, enquanto que amizade envolve muitas outras coisas e uma maior cumplicidade que não se conjuga com a figura paterna.
Como costumo dizer em algumas ocasiões mais solenes ou quando tenho que "discursar", ninguém nos ensina a ser País; com graça um dos meus filhos respondeu-me que também não há instruções para se ser filho. Ou seja, é este equilíbrio entre dois seres que temos de conseguir, para que a formação moral, ética e cívica dos que são nossa responsabilidade directa, seja aquilo que gostaríamos e pretendemos.
A omissão deste mesmo papel pode ter efeitos nocivos na estruturação da identidade do indivíduo, porque deixa de haver referências e exemplos para serem seguidos. 
Estava a rever os conceitos de "complexo de Édipo e de Electra" muito importantes para a teoria psicanalítica e para o seu fundador, Freud, em que a interligação da criança com o seio materno, a sua relação com a figura materna e paterna e as complexidades destas interligações, determinam a formação do indivíduo e a sua conduta como adolescente e adulto.
Efectivamente, somos "construídos" desde a nossa concepção, havendo até teorias de que um dos momentos chaves da nossa personalidade é precisamente o momento da fecundação, bem como a aceitação desse facto pelos País e ainda o desenvolvimento da gestação e o nascimento. Há quem faça regressões a essa etapa da vida e, com a consciencialização dos problemas existentes, consiga fazer a limpeza dos mesmos e atingir um patamar diferenciado do seu EU.
É sabido que a nossa identidade se forma desde que nascemos e que a nossa Mãe tem um papel predominante, assim como as suas relações, amores ou disfunções vão condicionar todo o percurso desse novo ser. Por isso filhos dos mesmos Pais têm estruturas diferentes, personalidades distintas e comportamentos por vezes até opostos, porque se encontram com os Pais em diferentes alturas e etapas da vida, com o seu próprio processo de amadurecimento e formas de ver a vida.
Com tudo isto, quis expressar a dificuldade que sinto, muitas vezes, perante figuras que representam ou têm autoridade, na medida em que sendo uma pessoa que gosta (e tem!!) de liderar e de mandar, entro em conflito comigo mesmo se não me consigo impor e controlar.
Aliás, o que tenho que trabalhar bastante neste momento é essa tendência de querer ter um controle absoluto e total das pessoas e dos diferentes espaços onde me movo, não deixando às vezes espaço suficiente para os outros poderem igualmente terem a sua intervenção.
Felizmente e no seguimento duma conversa tida agora mesmo com uma colega que me perguntava o(s) motivo(s) da minha diferente maneira de estar e de escrever no facebook, vamos tendo a necessidade de nós conhecermos cada vez melhor e de encontrarmos o nosso centro e  a nossa própria identidade, bem definida e estruturada. Esse conhecimento pode e contribui grandemente para conseguirmos ser felizes.
E como vamos tendo cada vez mais momentos felizes, posso deixar aqui o meu SORRISO mais forte, mais luminosos e principalmente mais alegre.

quinta-feira, novembro 14, 2013

Bons Momentos

Casa em rebuliço! Pequenas reparações que obrigam a grandes alterações da nossa rotina, porque temos tudo embrulhado em plásticos e embalado. Felizmente que hoje fica tudo despachado e que se pode começar a arrumar o muito que já temos e ficarmos de novo com a nossa casa acolhedora e simpática.
Vamos aproveitar para dar uma volta nos quadros, bem como outras alterações de menor dimensão, mas que gostamos de fazer de vez em quando.
Penso que estará em sintonia com o momento que atravessamos de maior confiança, maior verdade e consequentemente maior bem estar interior e exterior. Em mim, está tudo intimamente relacionado, porque quando me sinto bem, motivado e num determinado patamar de confiança e de felicidade, fico bastante mais predisposto para estas alterações e mudanças, na medida em que acompanham este estado em que me sinto.
Ontem na minha habitual conversa telefónica com a minha maninha, que mantemos quase todos os dias, estando às vezes quase uma hora a falar, verbalizei este mesmo bom momento em que sinto estar, com mais força e determinação.
Mesmo numa relação em que sentia uma divergência constante e um afastamento progressivo, apesar de todo o Amor existente, estamos neste momento, noutra fase e noutra onda; numa onda de intimidade, aproximação e sobretudo maior verdade neste mesmo relacionamento.
Sinto que esta alteração das minhas percepções e esta gestão equilibrada das emoções, aliado ao pensar antes de agir, está a ser extremamente positiva e satisfatória, esperando que este caminho agora iniciado, continue a dar estes resultados que me ajudam a encontrar melhor a felicidade que quero.
Entretanto há pequenos nadas que nós vão dando muita alegria como um dos meus pacientes da manhã ter dito" quem é que pode deixar de gostar deste homem?" referindo-se evidentemente a mim. É um paciente meio difícil que hoje ficou imensamente contente pelo trabalho realizado e cuja manifestação foi precisamente essa frase. São estes reconhecimentos que fazem valer a pena a vida que abraçamos e que escolhemos.
Agora preparamo-nos para uma tarde de trabalho, que promete ser completa mas ao mesmo tempo satisfatória, na medida em que vamos resolver várias situações de pacientes que estão comigo há muito!
Felizmente que nos conseguimos manter nesta actividade e desta forma satisfatória, havendo tanta " desgraça " por aí. Ontem soube do encerramento da clínica do dr Cautela, que existe desde sempre e que, tendo sido comprada por um grupo, está enterrada em dívidas e feito lay-off. Ou seja, desde sempre ouvi falar nesta clínica e agora simplesmente encerrou, com o desemprego de quarenta e muitas assistentes e o desespero de muitos colegas. A nossa Ordem nada faz, como de costume.
Ficamos por aqui com a certeza de que hoje temos um SORRISO diferente, mais interiorizado e pleno de energia positiva.

quarta-feira, novembro 13, 2013

Felicidade

Mais um dia.... meio da semana, depois duma terça-feira a transbordar de consultas; tudo se fez e mais um dia terminou com uma sessão bem proveitosa e plena de resultados.
Tenho que tomar atenção a alguns detalhes do funcionamento e gestão da agenda, bem como manter o poder de decisão nas minhas coisas, para que não haja, de novo, quaisquer problemas e sobretudo para que não se extravasem competências.
As obras em casa continuam e esta semana estamos a viver embrulhados em plásticos e duma forma mais tosca, mas se tudo correr como previsto, na sexta-feira estará tudo terminado e este assunto encerrado.
Aproveita-se para alterar umas quantas coisas, sobretudo a disposição dos quadros e outros pequenos arranjos, como alterar a cor do corredor e eventualmente pintar-se os armários que lá estão.
De vez em quando é preciso mudar, dar novo ambiente ao local onde estamos e tentar que tudo fique ainda melhor e mais acolhedor e carinhoso. Gosto do ambiente da minha casa, principalmente por ser uma casa com movimento, com ternura e Amor. Estes sentimentos manifestam-se no dia a dia e ainda quando recebemos as pessoas de quem gostamos, saindo estas bem dispostas e contentes.
Tenho insistido bastante nesta temática da Felicidade; a verdade é que todos nós merecemos ser felizes e tudo devemos fazer para o sermos, na medida em que quase que temos essa obrigação. Há pessoas que, encerradas nos seus mundos, egoísmos e formas de estar não conseguem transmitir sentimentos positivos e permanecem obscuras olhando apenas para si próprias, sem darem conta do mundo exterior.
Começo a lamentar muitas pessoas que conheço e que por mim passaram que não conseguem ter a capacidade de mudança e de entendimento deste Universo em que estamos, no qual a interacção pessoal é tão importante e também tão esquecido.
As relações humanas são muitíssimo importantes e básicas para o nosso equilíbrio interno e , infelizmente, são esquecidas e secundarizadas em nome de outros interesses mais comezinhos e desinteressantes.
Que poderá haver de mais importante do que a atenção ao nosso semelhante e a quem convive connosco e poder haver uma troca de bem estar e de felicidade? Se calhar se nos preocupássemos mais com a parte espiritual das pessoas e menos com a parte física ou "interesseira", provavelmente teríamos melhore ambiente, mais descontracção e melhores resultados.
Há muitas pessoas que vivem encerradas em si próprias e no seu mundo pessoal, esquecendo ou não querendo ver outros pontos de vista, outras interacções possíveis ou ainda outras maneiras de agir. Que podem ser diferentes e divergirem do que pensamos, mas que podem ter aspectos positivos e estar igualmente certas. 
Devemos ter o espírito e a sensatez para conseguirmos ter a nossa mente aberta e receptiva ao que nos rodeia e envolve, na certeza de que todos temos a aprender com todos e que apenas desta ligação existente entre todos, poderemos dar saltos qualitativos importantes e significativos para nós próprios e também para o Universo em geral.
É pois um tema recorrente e permanente que gostaria que todos tivesse presente na sua vida diária e nas suas relações, porque com este espírito de abertura, a vontade de compreensão e a humildade de aprender, estaremos aptos a sermos FELIZES.
Com este pensamento, deixo o meu SORRISO cheio de cor e luz, com imensa energia positiva e sobretudo muita FELICIDADE.

terça-feira, novembro 12, 2013

Estado da Medicina Dentária

Antes do tema de hoje, devo dizer que tenho constatado e reparado que vai havendo erros ortográficos e de algumas palavras nos meus escritos, fruto da minha forma de escrever e sobretudo da maneira de pensar. Peço (aos poucos que me acompanham ainda) que me chamem a atenção para quando esses mesmos erros deturparem o significado do texto ou forem graves. Apenas um exemplo, escrevi operandus em vez de operandi, bem como áreas em vez de ares e assim sucessivamente.... As minhas desculpas!!!

Mais um dia de trabalho continuado e com um início um pouco stressado, por algumas marcações mal agendadas, o que provoca uma sobrecarga matinal desnecessária.
Há um ambiente estranho neste consultório, com uma permanente e persistente má vontade e falta de entendimento da realidade e do que se pretende. Neste momento, apenas quero fazer o meu trabalho, ver os meus doentes e pouco mais porque não vale a pena estar a aborrecer-me ou a criar atritos sem qualquer necessidade. Sigamos em frente e apliquemo-nos noutros objectivos que nos preencham e nos dêem alegria.
Há determinados aspectos organizacionais que me ultrapassam pela facilidade na sua resolução, desde que haja boa vontade e sobretudo bom senso e vontade para o fazer. Num consultório há um lugar extremamente importante para fazer a triagem e o encaminhamento dos doentes que é, precisamente, a recepção. É o primeiro contacto com a clínica, é quem deve fazer o acompanhamento das situações e ainda servir de resguardo ao medico. Pelo menos é esse o meu entendimento, que sei não ser compartilhado por muitos outros colegas.
Gostava de saber exactamente qual ou quais as funções duma assistente ou duma recepcionista para me organizar, visto que, por exemplo, quando me iniciei nestas lides o papel da assistente era muito maior, porque podia fazer moldes, colar coroas, etc e agora está impedida de o fazer, como me foi dito por parecer da OMD. Por isso, que lhes compete??
Tem havido uma grande discussão nos fóruns de Medicina Dentária acerca de presença do Nilton, um humorista, na sessão de abertura do congresso da OMD. É o maior congresso organizado em Portugal, tem um programa científico muito completo mas há muitos colegas que não concordam com a presença do humor na sessão solene de abertura, uma vez que, para eles, desvirtua o sentido dessa mesma sessão. Se calhar até têm razão, mas o estado da nossa profissão atingiu uma tal situação que, talvez, até seja bom brincar com humor para se poder chamar a atenção de todos.
Os mais antigos e instalados, como eu, já pouco podem ou querem fazer e os mais novos e recém-formados pouco ou nada podem fazer por falta de meios e de intervenção. Li algures que daqui a uns (poucos) anos seremos perto de 15000 dentistas, o que dará um rádio de perto de 670 doentes por medico, o que é manifestamente insuficiente para manter aberta grande parte das clínicas dentárias.
Há muitos anos, em 1989/90, manifestámo-nos contra a abertura da faculdade privada em Lisboa e desde essa altura penso que já abriram mais 4 escolas privadas de medicina dentária, porque é algo lucrativo e sem qualquer controle. Será que os actuais alunos não percebem que estão a estudar e a pagar directamente para o desemprego ou para trabalharem sem condições de qualquer espécie?
Tenho muita pena de todos estes novos médicos que, frustrados nos seus sonhos e ambições, se vêem forçados a emigrar ou a continuarem dependentes dos pais, porque neste momento penso que serão atitudes suicidárias, a abertura de novas clínicas dentárias.
Felizmente que estou na curva descendente da carreira e a preparar cada vez com mais vontade a minha retirada de cena, com um grande SORRISO e muita energia positiva para esse mesmo futuro em que me irei ocupar doutros assuntos e doutras realidades.

segunda-feira, novembro 11, 2013

Verdade

Nova semana... uma vez mais foi um domingo de "trabalho" a preparar a casa para as obras que se iniciam hoje, na reparação de pequenas infiltrações existentes. Aproveitamos para pintar o resto da sala, limpar tapetes e alterar a disposição dos quadros e da decoração.
Por isso, temos a casa toda vendada e tapada com plásticos e durante a semana vamos vivendo assim para que fiquemos com um espaço renovado e mais bonito.
Será possível haver mensagens subliminares nas minhas sessões analíticas que me deixam a pensar e sobretudo a consciencializar e a alterar determinados procedimentos ? A verdade é que fico a pensar no que é dito e falado e a adequar o meu pensamento e acção ao que se vai destapando. Uma grande diferença que sinto em relação a anteriores terapias é que não fica nenhum "vazio" por preencher, o que me provocava bastante desconforto e complexidade.
A Verdade como lema de vida e de acção é algo que me agrada e me preenche porque é bem mais fácil viver assim; também como "quem não deve, não teme", não ficamos enrolados em mentiras ou meias verdades, que pelo trabalho que dão a manter, tornam-se cansativas e sobretudo prejudiciais para relações sãs e intensas.
Ontem tive a noção de que reconquistar a confiança é bem mais difícil do que a perder, porque o que se perde em segundo pode levar muitos meses a recuperar. A razão para este facto é que a fuga da verdade e este esconder permanente tem que ser alterado e provar-se esta mesma mudança para que se torne credível e real.
Isto é, a confiança e interligação entre as pessoas e sobretudo com quem se Ama, deve ser mesmo baseada e alicerçada na Verdade e na transparência dos actos, dos sentimentos e ainda na entrega incondicional. Parece-me que é um processo que se vai aprendendo e assimilando, tanto mais que sentindo os resultados e as evidências, ser-me-à bem mais fácil prosseguir neste caminho e nesta senda. 
A procura da felicidade e do bem estar implica mudanças e estas serão tanto mais fáceis, quanto mais resultados houver e melhores condições de vida, evitando igualmente a dor e o sofrimento que tantas vezes acompanham as (más) opções que todos nós vamos fazendo em cada minuto das nossas vidas.
O tema político dos últimos dias tem sido a problemática do segundo resgate versus programa cautelar e a eterna luta partidária e de personalidades, esquecendo o fundamental que é a vida real dos portugueses.
Se estes "políticos" que, infelizmente, temos conseguissem ser mais verdadeiros e reais, falassem às pessoas e dessem o exemplo certamente que tudo seria mais fácil, mas apenas querem e pretendem regalias e mordomias. Pelos vistos, ser presidente da república, primeiro ministro ou ministro de qualquer coisa deve da recompensas de tal maneira satisfatórias que todos querem esses mesmos lugares, não para servir uma causa ou País mas antes para proveito próprio. Talvez exclua os presidentes da república deste lote, mas também a verdade é que, neste sistema em que estamos, ele pouco ou nada pode fazer, porque a dissolução da Assembleia não pode estar sempre a ser utilizada, pela sua banalização e desgaste. 
É triste ver esta nação que tanto deu ao Mundo, que tantos heróis e estadistas teve, estar agora nesta trajectória e caminho, fruto de ambições pessoais e de falta de visão e de objectivos claros e precisos. Nestes cem anos do nascimento de Álvaro Cunhal, relembro que e apesar de nunca ter votado nele, ele era uma pessoa de valores e ideias, lutando por elas e tudo empenhando em prol do bem comum em que acreditava. Na nossa história recente , tivemos outros com tanta ou mais envergadura, como Sá Carneiro, prematuramente desaparecido e que talvez tivesse feito toda a diferença, Mário Soares e outros (poucos) que pelo seu exemplo e coragem, deram bastante a Portugal e o condicionaram fortemente. 
Sempre fomos um povo que viveu por conta de alguma coisa, desde os descobrimentos até à integração europeia, passando pela infelicidade de não termos tido um plano Marshall no nosso país pela miopia de Salazar. Esta dependência que sempre tivemos, bem como a ideia de que apenas o que vinha de fora era bom, fez-nos desinvestir em nós próprios e nas nossas capacidades, com os resultados que agora se vêem.
E é lamentável que não haja um desígnio nacional, nem ninguém com a estatura moral para o fazer, na medida em que o "bloco central" de interesses que nos governa há muito, não permite as alterações e a ruptura desejável.
Um grande SORRISO para esta semana! na certeza de que temos e devemos procurar sempre na Verdade, o nosso caminho e o nosso rumo de vida.