sexta-feira, novembro 08, 2013

Filhos

Filhos.... ontem ao fim do dia, houve uma conversa engraçada acerca de filhos e da forma como os tratamos, castigamos e amamos. 
Apesar de todos os Pais acharem que fazem o seu melhor, o que constatei é uma certa falta de compreensão e de entendimento existente em relação às motivações dos filhos, à sua natural evolução e principalmente não se conseguir acompanhar estes tempos, as suas solicitações e ritmo de vida.
Estive a ouvir diferentes versões de educação e aleatoriamente fiquei com a ideia de que as Mães usam mais a força física do que os Pais, talvez por serem as Mães quem está mais tempo com os filhos, mais sobrecarregada com outras tarefas e talvez ainda menos e
disponibilidade diária apesar de maior carga afectiva.
É evidente que a amostragem era ínfima, pois estávamos cinco pessoas, com diferentes sensibilidades, realidades e vidas distintas mas que, perante estímulos semelhantes, reagem de formas muito díspares, havendo uma maior utilização do castigo físico por parte das Mães, enquanto que os Pais presentes apelam mais ao diálogos e entendimento.
Relacionemos este aspecto com o Amor que temos e damos aos filhos e às pessoas. Em primeiro lugar, ontem ouvi uma definição de Amor muito peculiar. Amor seria Verdade, ou seja, uma relação amorosa será uma relação de verdade entre as pessoas, para além de todos os outros aspectos que todos nós entendemos como Amor.
Mas na sua génese estará a Verdade, o que implica um enorme respeito por nós próprios, pelo/a nosso/a companheiro/a, pelos filhos e demais familiares. Baseando o Amor, nesta entrega verdadeira das pessoas, tudo seria mais fácil e linear, na medida em que, sendo verdadeiros e sinceros, não haveria subterfúgios, mentiras ou omissões pelo que as relações seriam muito mais gratificantes.
Mas será que as relações existentes partem deste pressuposto de Amor igual a Verdade ou, pelo contrario, é uma utopia pensar-se assim. Não conheço muitos casais ou uniões que tenham a verdade como principio de vida e de união, o que não quer dizer que se baseiem em mentiras ou omissões, mas apenas que, no normal desenrolar do nosso quotidiano, nem sempre é possível esta forma de relacionamento.
Pelo menos, da minha formação pessoal e de vida familiar e afectiva não consta este registo de verticalidade, verdade e abertura total na medida em que sempre estive envolvido em duplicidades, omissões e factos mal esclarecidos. Começando pela história dos meus pais, do passado de ambos, dos poucos ou nenhuns esclarecimentos que me eram dados acerca dos diversos aspectos da vida, nada aponta para, em adulto, poder ter relações saudáveis ou baseadas nessa tal verdade. Por medo ou por desconhecimento de que poderia haver outras formas de relacionamento.
Há uns tempos a esta parte que começo a perceber o valor duma relação sólida, baseada numa verdade permanente e em afectos sinceros, porque apenas com afectos conseguimos prosseguir nesta vida.
Sinto estar tudo inter-relacionado na nossa vida, desde as Amizades, os afectos, o Amor e as nossas diversas dependências porque a forma como estamos e somos vai condicionar tudo o que nos envolve, bem como as pessoas que connosco lidam também contribuem para o nosso conhecimento e crescimento.
Comecei este comentário com o tema dos filhos e por associações sucessivas acabei em Amor e Afectos que são a base principal das nossas vidas. Se a nossa capacidade de dar e receber Afectos for real e verdadeira, então as nossas experiências e vivências serão bastante mais positivas e  gratificantes, por serem mais reais e sentidas.
Os meus filhos são a minha motivação de vida e o meu motor de arranque, se bem que cada vez mais sinta ou pense que, tendo-lhes dado (quase) todas as ferramentas necessárias para terem sucesso e se fazerem à vida, compete-lhes agora seguir em frente e organizarem o seu presente e futuro; espero que o consigam e de preferência realizando todos os seus sonhos e ambições.
Um enorme SORRISO para este fim de semana que se aproxima e durante o qual iniciarei as compras de Natal, visto que estamos já nessa época. Com pouca vontade e poucos recursos, fazendo-se o que se pode....

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