segunda-feira, novembro 11, 2013

Verdade

Nova semana... uma vez mais foi um domingo de "trabalho" a preparar a casa para as obras que se iniciam hoje, na reparação de pequenas infiltrações existentes. Aproveitamos para pintar o resto da sala, limpar tapetes e alterar a disposição dos quadros e da decoração.
Por isso, temos a casa toda vendada e tapada com plásticos e durante a semana vamos vivendo assim para que fiquemos com um espaço renovado e mais bonito.
Será possível haver mensagens subliminares nas minhas sessões analíticas que me deixam a pensar e sobretudo a consciencializar e a alterar determinados procedimentos ? A verdade é que fico a pensar no que é dito e falado e a adequar o meu pensamento e acção ao que se vai destapando. Uma grande diferença que sinto em relação a anteriores terapias é que não fica nenhum "vazio" por preencher, o que me provocava bastante desconforto e complexidade.
A Verdade como lema de vida e de acção é algo que me agrada e me preenche porque é bem mais fácil viver assim; também como "quem não deve, não teme", não ficamos enrolados em mentiras ou meias verdades, que pelo trabalho que dão a manter, tornam-se cansativas e sobretudo prejudiciais para relações sãs e intensas.
Ontem tive a noção de que reconquistar a confiança é bem mais difícil do que a perder, porque o que se perde em segundo pode levar muitos meses a recuperar. A razão para este facto é que a fuga da verdade e este esconder permanente tem que ser alterado e provar-se esta mesma mudança para que se torne credível e real.
Isto é, a confiança e interligação entre as pessoas e sobretudo com quem se Ama, deve ser mesmo baseada e alicerçada na Verdade e na transparência dos actos, dos sentimentos e ainda na entrega incondicional. Parece-me que é um processo que se vai aprendendo e assimilando, tanto mais que sentindo os resultados e as evidências, ser-me-à bem mais fácil prosseguir neste caminho e nesta senda. 
A procura da felicidade e do bem estar implica mudanças e estas serão tanto mais fáceis, quanto mais resultados houver e melhores condições de vida, evitando igualmente a dor e o sofrimento que tantas vezes acompanham as (más) opções que todos nós vamos fazendo em cada minuto das nossas vidas.
O tema político dos últimos dias tem sido a problemática do segundo resgate versus programa cautelar e a eterna luta partidária e de personalidades, esquecendo o fundamental que é a vida real dos portugueses.
Se estes "políticos" que, infelizmente, temos conseguissem ser mais verdadeiros e reais, falassem às pessoas e dessem o exemplo certamente que tudo seria mais fácil, mas apenas querem e pretendem regalias e mordomias. Pelos vistos, ser presidente da república, primeiro ministro ou ministro de qualquer coisa deve da recompensas de tal maneira satisfatórias que todos querem esses mesmos lugares, não para servir uma causa ou País mas antes para proveito próprio. Talvez exclua os presidentes da república deste lote, mas também a verdade é que, neste sistema em que estamos, ele pouco ou nada pode fazer, porque a dissolução da Assembleia não pode estar sempre a ser utilizada, pela sua banalização e desgaste. 
É triste ver esta nação que tanto deu ao Mundo, que tantos heróis e estadistas teve, estar agora nesta trajectória e caminho, fruto de ambições pessoais e de falta de visão e de objectivos claros e precisos. Nestes cem anos do nascimento de Álvaro Cunhal, relembro que e apesar de nunca ter votado nele, ele era uma pessoa de valores e ideias, lutando por elas e tudo empenhando em prol do bem comum em que acreditava. Na nossa história recente , tivemos outros com tanta ou mais envergadura, como Sá Carneiro, prematuramente desaparecido e que talvez tivesse feito toda a diferença, Mário Soares e outros (poucos) que pelo seu exemplo e coragem, deram bastante a Portugal e o condicionaram fortemente. 
Sempre fomos um povo que viveu por conta de alguma coisa, desde os descobrimentos até à integração europeia, passando pela infelicidade de não termos tido um plano Marshall no nosso país pela miopia de Salazar. Esta dependência que sempre tivemos, bem como a ideia de que apenas o que vinha de fora era bom, fez-nos desinvestir em nós próprios e nas nossas capacidades, com os resultados que agora se vêem.
E é lamentável que não haja um desígnio nacional, nem ninguém com a estatura moral para o fazer, na medida em que o "bloco central" de interesses que nos governa há muito, não permite as alterações e a ruptura desejável.
Um grande SORRISO para esta semana! na certeza de que temos e devemos procurar sempre na Verdade, o nosso caminho e o nosso rumo de vida.


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