segunda-feira, março 31, 2014

Mais Do Mesmo

Mais do mesmo quer dizer isso mesmo. Outra semana, mais uma segunda-feira, inicio da semana, fim do mês e o mesmo cansaço e monotonia...
Fins de semana preenchidos, mudança da hora, levantar cedo, dormir pouco e ver o tempo a correr desenfreadamente sem o conseguir aproveitar na sua totalidade ou condição.
Trabalhar ao sábado altera completamente o fim de semana visto que não se aproveita para nada mais; se juntarmos a saída para jantar e ainda ficar com a minha Mãe no domingo então ficamos com quase nada e chegámos a segunda assim como estamos hoje. Agradado pelo sobressalto em que acordámos.... apetecia ficar a manhã toda na cama.
Tenho tido menos vontade de escrever ou comentar, talvez porque esteja mais ocupado comigo mesmo, na minha introspecção permanente e constante que vou fazendo... é evidente que com tudo o que me rodeia, com a velocidade em que vivemos e estamos neste mundo, bem como com as dificuldades que atravessamos, é natural que tenha menos apetência para escrever, bem como menor disposição para o fazer.
Primeiro porque uma das finalidades destes comentários seria para "pensar" em voz alta (neste caso, escrita ) de modo a conseguir ordenar ideias, emoções e sentimentos na medida em que contextualizando os factos, conseguia uma melhor percepção dos mesmos. Neste momento, consigo já ter um pensamento mais fluido que me permite de imediato interiorizar factos e emoções e aperceber-me da dimensão dos mesmos.
É uma enorme diferença no meu estar e ser, porque esta substituição da acção pelo pensamento é extremamente positiva e benéfica para mim e todos os que comigo convivem.
Em segundo lugar,  a falta de feedback acerca do que vou escrevendo também desmotiva um pouco, tendo saudades dalgumas polémicas aqui lançadas e que nunca mais existiram. Tinha bastantes leitores que foram desaparecendo como é normal, não só pela falta de tempo mas sobretudo pela mudança e repetição temática dos comentários.
Estes são cada vez mais analíticos e pessoais, com a constante preocupação de procurar o meu caminho e rumo, bem como saber como interagir da melhor forma com todos aqueles que me interessam. É também notória a transformação que vai havendo neste quotidiano, pelo que, naturalmente, o interesse vai sendo bastante menor. 
Em terceiro lugar, tenho tido o cuidado de evitar situações concretas envolvendo terceiros que poderiam ter acesso a este blogue com outras intenções ou propósitos, pelo que, mesmo esses, estarão desiludidos com os actuais comentários.
Que cada qual se preocupe em ser melhor, em construir o seu próprio mundo onde se possa inserir o melhor possível. Mesmo aqueles em que a bipolaridade faz parte da sua idiossincracia e patologia,e vem seguir o seu percurso e, sei, que aprenderão com a vida e os factos a corrigir-se e a emendar-se na medida em que, espero, chegarão à conclusão de que nada se alcança por via dupla ou alternância de humores.
É evidente que estou a pensar especificamente numa pessoa que apresenta esta patologia e que, fruto desses mesmos factos, conseguiu transformar algo que poderia ter um bom percurso e um excelente futuro em algo bastante problemático e complicado, mas como se costuma dizer cada qual faz a cama onde se dieta ou quer deitar. E neste caso o provérbio até pode ter mais do que um sentido, visto que essa mesma pessoa que refiro até teria vontade de frequentar outras camas e outras paragens.
Mas também estive em contacto recente com outra pessoa que, não atingindo este grau de doença declarada, conseguiu igualmente destruir muita coisa e partir para outro caminho que, espero neste caso, seja melhor e mais proveitoso. E falo nisso pelas muitas mensagens que recebi neste fim de semana que, apesar de terem um objectivo concreto, não deixaram de abordar outros assuntos.
Até compreendo certas atitudes e factos ocorridos, mas ainda não consigo perdoar determinados comportamentos e falhas que houve e que me obrigaram a sair da minha "educação" e que me colocaram numa posição bastante difícil e complicada. Mas o tempo encarregar-se-à de sarar feridas, de distanciar sentimentos e emoções e principalmente de fazer a conciliação entre as pessoas desde que se queira e se entenda que fazem mesmo parte da nossa história pessoal e profissional.
Neste momento,  procuro mesmo o meu caminho, fazendo um apanhado de tudo o que me acontece, do muito que leio e ainda dos meus sentimentos e factos da vida. Desse imenso conjunto, da muita experiência  acumulada e do papel fundamental da análise, vou construir, tenho a certeza, a minha "nova" identidade interna e o meu "novo" EGO, que, lenta e paulatinamente, se vai consolidando e transformando-se em algo mais consistente, realista e verdadeiro. Bem como com mais e melhor auto confiança.
Amanhã inicia-se nove mês e espero que consiga mesmo uns dias de ferias tranquilos e descansados onde quer que seja, mas sobretudo com um total e completo relaxamento e ausência de conflitos, problemas e ainda com a certeza de saber mais do meu futuro próximo.
Um grande SORRISO algo cansado, mas com muita esperança na vida e em todos aqueles que verdadeira e realmente me rodeiam e acompanham duma forma afectiva e sincera. Para todos esses, espero que continuem a partilhar a minha vida e a fazer parte das minhas emoções.

domingo, março 30, 2014

Crianças

Para além da minha família natural, tenho a sorte de ter ainda algumas sobrinhas adoptivas com quem também tenho uma relação fantástica.
Ainda ontem fomos jantar ao Lx Factory, ao Malaca Too, que se mudou da zona do cais do Sodré para este espaço e onde se continua a comer muito bem. E uma dessas meninas de apenas dois anos, em resposta a uma coisa que lhe estava a dizer, disse-me de dedo em riste " Deixa-me em Paz".... claro que foi uma gargalhada geral, se bem que devêssemos tido outra postura.
Mas a atitude foi tão espontânea e alegre que fomos incapazes de reprimir o riso e a boa disposição... são estes pequenos momentos que dão a cor e luz aos nossos dias e aquecem o tal nosso objecto interior.
Este restaurante onde fomos é de comida asiática e mantêm a qualidade que conhecíamos, porque efectivamente jantámos muitíssimo bem; o restaurante está integrado num espaço que deve ter sido uma tipografia, porque está cheio de máquinas que lhe dão um ar estranho mas ao mesmo tempo fazem uma separação dos espaços engraçada.
Para além disso, comunica com a enorme livraria existente neste espaço, que está muito bem concebida e onde as crianças se sentiram muitíssimo bem. Consegui resistir uma vez mais à (ex)tendência para pedir emprestado as coisas que não me pertencem.
Até pensei, internamente, que tinha perdido algo que me dava algum prazer e "ao falar" com o AA nesse momento, interrogava-o acerca do que tinha ganho em troca desta transformação. A resposta foi que "ganhei" espaço, paz e sobretudo recuperei uma visão do quotidiano mais tranquila e eficaz para a gestão da minha própria identidade, bem como no meu relacionamento externo.
A tríade acção, culpa e posterior remorso quebrou-se, precisamente pelo pensamento e alteração do processo interior que neste momento se baseia mais na análise, na introspecção e no conhecimento do muito que, dantes, estava no inconsciente ou no subconsciente e que provocava muitas ondas de choque à superfície e no meu comportamento.
Neste momento, no entendimento destes processos, na interligação dos factos e principalmente na enorme vontade de querer melhor qualidade de vida, mais felicidade e afectos na minha vida leva-me a ir mais além e a prosseguir esta enorme escalada que empreendi com a ajuda inestimável do meu analista.
Esta mudança de hora é um pouco complicada pela "falta" desta hora que temos a menos para dormir, mas amanhã já passou e seguimos em frente. Fui buscar a minha Mãe e agora vamos almoçar a casa da MZ/RA...
Um grande SORRISO neste domingo de chuva, cinzento e meio escuro, iluminado pelo nosso interior e aquecido pela nossa grande vontade de sermos mais FELIZES e nos sentirmos cada vez melhores connosco mesmo para podermos também estarmos melhores com os que nos rodeiam.
 

sábado, março 29, 2014

Sábado

Mais um fim de semana incompleto por estar a trabalhar este sábado. Sinto-me cansado e mesmo a precisar se me afastar e de reflectir seriamente em tudo o que tenho, o que poderei ter ou fazer ainda nesta ultima etapa da vida.
Tenho projectos, ideias e vontade de mudar, de encontrar outros caminhos e sobretudo de conseguir ser feliz e de fazer feliz quem Amo e estimo mesmo.
Não estou com muita vontade para escrever pelo que aqui fica o meu habitual SORRISO com uma certa preguiça mas também com a certeza de que, melhor ou pior, o nosso caminho será encontrado no sentido que queremos e procuramos.

sexta-feira, março 28, 2014

Transformacões

Mais uma etapa difícil e penosa nesta nossa caminhada pela vida e pelo mundo do trabalho.... é o dia mais difícil por ter que acordar bastante mais cedo e ainda porque normalmente as quintas feiras são sempre bastante pesadas e cansativas. E está não foi excepção, tanto mais que com o eterno protelar na resolução de pequenos nadas, tudo fica mais complicado e difícil de gerir.
Temos que, não só dar andamento à agenda, como tentar colmatar essas mesmas falhas que se vão mantendo. Na verdade os timings de decisão são lentos, demasiadamente lentos para o meu feitio, na medida em que se vai deixando passar o tempo e nada fica resolvido atempadamente.
Não sei se é mesmo uma atitude propositada ou se é mesmo assim, estando inclinado para esta segunda hipótese, uma vez que sempre assim foi. Com tanto tempo livre, podia haver um maior empenho e interesse na resolução destes nadas que surgem diariamente.
Sinto que faz parte duma certa imaturidade e falta de preparação para a vida, uma vez que se está sempre fechado no mesmo ambiente e quase que fora da realidade existente. Aliás a forma de se conseguir estar um dia inteiro confinado ao mesmo espaço, sem outros horizontes que não sejam apenas e tão só o mesmo tema e assunto, ultrapassa-me e nunca conseguiria fazer o mesmo, como nunca o fiz.
A capacidade de escutar ou pensar em múltiplas coisas em simultâneo sempre foi uma das minhas características; se por um lado é positivo e benéfico porque me permite ter a resiliência suficiente e necessária para resolver o que vai surgindo. Mas se por um lado é positivo porque me permite estar atento e dar vazão às coisas, por outro lado tem um aspecto bastante negativo que é o desgaste que isso provoca e me faz, bem como à minha envolvência.
Como me disse ontem a minha assistente actual parece que eu procuro "sarna para me coçar", ou seja,  preocupo-me demais com minudências que devia ignorar, bem como descarrego muitas vezes em cima de quem não devo e de quem não tem qualquer culpa.
São aspectos que estou a trabalhar e que, apesar de achar que não tenho evoluído, vou percebendo cada vez melhor. Os meus procedimentos passados, os meus bloqueios, as minhas agressões são fruto de toda uma primeira infância não devidamente resolvida que me fazia andar às voltas, me bloqueava e comandava meu modus operandi.
Ou seja, estou a transformar-me num ser pensante e assim a controlar-me melhor, bem como a conseguir estar bem comigo e com o Universo. Este círculo vicioso em que me encontrava, de agressão, culpa, remorso fazia com que caminhasse a passos largos para a minha implosão pessoal  ( e não só) com danos graves e permanentes na minha identidade.
Assim neste processo de transformação em que o raciocínio e pensamento comanda a acção e não o inverso, consigo encontrar mais calma, mais alegria e felicidade. Sinto apenas que, motivado pelos muitos anos de factos elegidos, será talvez difícil para quem me acompanha de mais perto, percepcionar estas diferenças e adequar-se a elas,
Assim como eu preciso de tempo e de espaço para entranhar as mudanças e perceber o que realmente se passa, é normal que também os outros precisam de tempo e até de distanciamento para compreenderem a diferente realidade.
Sigamos em frente e tentemos superar este presente, os seus condicionalismos e dificuldades, com o nosso SORRISO cheio de vontade de nós tornarmos cada vez melhores, mais luminosos e principalmente mais felizes.

quinta-feira, março 27, 2014

Irritado

Estou mesmo irritado.... sempre me fez confusão a indefinição e a falta de decisões rápidas, oportunas e no tempo certo. Ainda por cima tudo parece girar à volta do mesmo sem iniciativas próprias ou conhecimento dos timings.
Tudo parece levar o dobro do tempo e mesmo assim, nada parece avançar. Há falta de energia, de vontade e sobretudo de pensar positivo e duma forma que faça as coisas acontecer e funcionar. Como é que se pode querer ter rentabilidade e postergar todas as decisões para as calendas e esperar que, por milagre, as avarias se resolvam por si mesmas.
Faz-me uma impressão enorme porque, para além de quem se sabe, não há ninguém que abane este estado de coisas e diga que assim nada pode estar bem. Como se pode gerir assim algo que tem que estar sempre em condições para funcionar e para estar rentável.
São factos que perduram meses sem que se tome a iniciativo de resolver ou solucionar, visto que se "empurra com a barriga" ou para debaixo do tapete. Para mim, isto também é qualidade de serviço e funcionamento, porque será que é com doentes sentados na equipe que se vem arranjar o que já devia estar em condições há muito ?
Na verdade, a concepção de gestão e de administração é bastante diferente entre as pessoas, mas não se pode querer uma coisa e fazer a oposta, visto que tudo tem ou deve bater em conformidade e de acordo com o que é lógico e sensato.
E como disse ainda por cima há um abaixar de braços de pessoas que podiam fazer alguma pressão e força para modificar este funcionamento, na medida em que é, precisamente, em cima dessas mesmas pessoas que em ultima analise tudo recai.
Mas também é verdade que ninguém se preocupa, pelo que também eu deveria fazer o mesmo, mas não consigo por respeito aos meus pacientes e pelas pessoas que merecem ser tratadas da melhor forma. Pelo menos, num bom ambiente e com tudo a funcionar devidamente...
Como se não fossem suficientes as deficiências de funcionamento dentro do gabinete, também a peça que carrega o meu Ipad se avariou e não consigo potenciar o tablet, o que me deixa igualmente irritado ou talvez seja este o verdadeiro motivo deste estado de alma... quando algo se estraga ou avaria, gosto de ir logo arranjar ou comprar o necessário para o pleno funcionamento.
Comprova-se a diferença entre as pessoas como é natural; mas será assim tão difícil perceber as pessoas e quando é necessário dar uma dose extra de afecto e de carinho ? Começo também a ficar cansado desta insensibilidade e frieza constante, que se manifesta ao telefone, nas mensagens e afins. Porque não se consegue desculpar ou aceitar mais e melhor determinados comportamentos, em vez de se estreitar ou fechar logo a comunicação ?
Claro que a culpa deve ser minha e uma vez mais sou eu que não tenho razão no que sinto e no que preciso, mas sinceramente, estou fatigado, sem grandes energias e com pouca vontade de prosseguir por estes caminhos.
Também aqui há pequenos desentendimentos que poderiam ser colmatados duma forma muito mais simples, mas provavelmente a minha atitude pode também não ajudar... por outro lado, há gestos simpáticos como me cantar os parabéns com o bolo que hoje trouxe.
Evidentemente que nem sempre se pode estar em comunhão de espirito ou de disposição, mas talvez se todos nós fizéssemos um esforço poder-se-ia minorar bastante tudo. Mas toda a gente quer ter razão em simultâneo e não se desculpa nem se atende a nada.
Um SORRISO bastante cansado de tudo isto, tanto mais que é a confirmação de que por muito que eu fale e diga, o processo de decisão é bastante lento e complicado, enquanto que na minha vida pessoal nem sempre sou capaz de me fazer entender... e isso é culpa apenas minha e de mais ninguém 

quarta-feira, março 26, 2014

Contradições

Passou mais um aniversário... como continuo a ter algumas expectativas acerca deste dia, vou sentindo altos e baixos ao longo do mesmo.
Tive  surpresas, bem como omissões que me deixaram pensativo; muitas dezenas de mensagens via Facebook, inúmeros SMS, alguns dos quais me surpreenderam bastante e ainda muitos e muitos telefonemas.
Sabe bem ser lembrado por tantas pessoas, se bem que, mesmo assim, senti bastante as que não telefonaram ou comentaram.... é estranho que no meio de tantas felicitações, me sinta triste pela falta de três ou quatro pessoas que não o fizeram.
Também em relação a presentes e mesmo sabendo que sou bastante difícil nesse campo e que os tempos também não estão nada fáceis, a verdade é que houve emoções contraditórias com boas surpresas e outras menos positivas, visto que teria sido relativamente fácil fazer-me um pouco mais feliz com alguma insignificância.
Mas tirando tudo isso, trabalhei da parte da manhã até perto das 15.00, tendo depois ocupado o tempo numas compras, a lanchar num sítio de que gosto particularmente e depois, já em casa a dormitar e a acabar de ver um espectáculo fantástico que tinha gravado. O " Jesus Cristo Superstar na grande arena" em estilo rock.... fantástico, fabuloso e que me fez recordar bastante outros tempos.
Foi, por isso, um dia diferente.... tanto mais que com o Facebook muita gente se lembra de nós e nos cumprimenta, sendo que a maior parte são efectivamente pessoas que me são da família, amigos ou conhecidos porque não tenho muita gente que não conheça mesmo como "amigo".
Nestas alturas, tenho que sentir que o que tenho é excelente e que exigir mais é ganhar uma frustração desnecessária, visto que, felizmente, faço parte do quotidiano de muita gente, bem como também integro bastantes pessoas no meu dia a dia. Muitas fazem parte da minha realidade diária, enquanto que outras fazem mais parte do passado, doutros tempos e ocasiões mas quase todas com a sua importância e que me deram, em qualquer altura, algo que faz parte do meu património interior.
Não fiz qualquer celebração especial, a não ser jantar com os meus filhos, tendo tido a satisfação de os ter a ambos lá em casa, num relacionamento bastante positivo e agradável. Tiveram os seus momentos menos bons, mas agora estão unidos como são, fazendo uma frente comum para mim. Desejo mesmo que ambos resolvam rapidamente a vida e que se sintam realizados, estando preocupado com a apatia ou menor boa disposição do mais novo. Penso que não estará a atravessar uma das suas melhores fases, mas como é muito reservado e introspectivo não consigo saber exactamente o que se passa. Hei-de saber um dia, até porque penso que o poderia ajudar.
Sei que ele sabe que quando quiser, estou aqui para o ajudar e tentar arranjar soluções para os diversos problemas que vão surgindo. 
É curioso a diversidade das pessoas e como duas pessoas, fruto dos mesmos Pais, conseguem sem ser tão diferentes no seu feitio e formas de estar no mundo; bem como terem concepções da realidade bem diferentes e nalgumas coisas bem opostas. Felizmente que entre eles está tudo (quase) resolvido e que se aceitam um ao outro nas suas personalidades, o que considero bastante importante e me deixa muito contente.
E ao passar mais um aniversário, já estamos a caminho doutro ano e qualquer dia, entraremos numa nova década de vida, a pensar e desejar cada vez mais um maior descanso e tranquilidade na vida, só possível quando "arrumar" bem os meus filhos. A verdade é que me ando a sentir bastante cansado e até fisicamente em baixo.... anseio pelos dias de ferias em Abril para poder efectivamente descansar e relaxar.
Sei, neste momento, o que me está a perturbar e a incomodar porque a indefinição das coisas e do presente é algo que me deixa incomodado, bem como as dificuldades presentes de liquidez e da falta de desafogo a que estava habituado. Mas nada que não se supere e que não tenha solução porque, felizmente, tudo na vida se resolve com excepção do nosso nascimento e morte. Os limites da vida estão bem confirmados e assentes e nessas ocasiões somos (praticamente) iguais uns aos outros.... se bem que mesmo nestas alturas, as circunstancias possam ter alguns nuances, sendo o resultado sempre o mesmo.  
Ou seja, nascemos e morremos como todos os mortais, sendo uma incógnita aquilo que se segue, com várias teorias, mas sem ninguém para as confirmar. Para quem é crente nalguma religião ou acredita na vida para além da morte é bom sentir isso, mas quem, como eu, não tem crenças firmes nesse sentido continua tudo uma grande incógnita. Apenas acho que não tem grande sentido está tão grande universalidade para estarmos "vivos" apenas estes poucos anos, pelo que acredito que possa haver mais qualquer coisa, numa forma de energia pura ou outra forma qualquer.
O importante mesmo é, nesta vida, estarmos Felizes, procurarmos ter um SORRISO cheio de luz e confiança bem como conseguirmos que a Felicidade seja uma constante no nosso quotidiano.
PS: hoje trabalhei com uma nova assistente no SAMS e sem motivo aparente ela foi chorar para ao pé da coordenadora... fez-me lembrar outros tempos, mas desta vez sem qualquer motivo até porque como não a conhecia, fui respondendo a tudo o que ela me foi perguntando e pouco mais. Evidentemente não fui esfuziante mas também não fiz nada de nada. Tenho a certeza e fiquei até bastante confuso com a atitude uma vez que não havia nenhum motivo, a não ser estar de poucas palavras e seco como sou quando não conheço quem está a trabalhar comigo.
 


terça-feira, março 25, 2014

Aniversário(s)

Dia 25 de Março.... um dia igual a tantos outros, apenas com a diferença de fazer mais ano, nesta caminhada que é a nossa vida e percurso.
São 57 anos duma existência complexa - como todas - cheia de factos, acontecimentos, emoções e sentimentos. Tenho a sorte de ter a meu lado pessoas fantásticas, que me dão cor e luz, bem como felicidade.
Tenho também a sorte de me estar a redescobrir e a transformar-me em algo mais positivo e concreto, visto que nesta grande caminhada que é a nossa vida, atravessámos já muitas tormentas mas também muitas construímos muitas coisas e demos origem a muitas outras... 
A vida faz-se vivendo e saboreando cada dia que passa, desfrutando o melhor possível cada minuto e hora que temos, bem como aproveitando quem nos rodeia e envolve neste Universo imenso em que estamos mergulhados.
Este ano, resolvi trabalhar parte do dia e, conjuntamente com os (muitos) telefonemS, emails, mensagens de Facebook e de telemóvel, são na verdade muitas as pessoas que estão comigo, que conheço e que tenho a sorte de me acompanharem.
Umas mais próximas, outras mais distantes e muitas de passagem, mas todas com laços comuns e em determinados momentos mais próximos; quase todos com memórias comuns, histórias de vida e ainda a contribuição para um melhor conhecimento da vida e das pessoas.
Cada um tem a sua quota parte de responsabilidade neste Universo, ao contribuir para que cada um de nós evolua e cresça mais e melhor, porque cada pessoa tem, em si mesmo, um enorme potencial de  sabedoria e de conhecimento.
Um dos livros que estou a ler "O conto do Passaro de Corda" de Murakami, é uma metáfora imensa acerca da vida, dos nossos trajectos e curiosamente, tem expressões e palavras que até poderiam ter sido escritas por mim, se para tal tivesse a arte e o engenho,
As personagens falam imenso do Ego, na sua busca e na procura da nossa própria identidade.... é bem verdade que todos os que têm disso consciência, procuram a sua própria rota, o seu caminho de vida e principalmente
todos se querem conhecer mais e melhor. Com esse conhecimento interior podemos projectar mais para o exterior o nosso estar e contribuir também para que outros possam crescer e descobrirem os seus caminhos.
Tudo está inter-relacionado e todos estamos ligados por um fio invisível que nos prende a algo comum a toda a humanidade e que nos faz seguir determinados caminhos e fazer escolhas que, sendo aparentemente aleatórias, estão ou são predeterminadas algures nesse Universo.
Que sejamos capazes de, com um grande SORRISO, sermos felizes e não só contribuirmos para que todos o sejam, como também e principalmente tenhamos a capacidade de nós encontrarmos e à nossa felicidade.

segunda-feira, março 24, 2014

Análise

Das conversas tidas à mesa de almoço ou jantar com uma boa companhia, boa comida e ainda um copo de bom vinho, surgem verdades, conclusões ou apenas análises consistentes em que muitas vezes nem tínhamos consciência ela, mas que circulavam pelas muitas gavetas que temos encerradas e que, neste momento, se vão abrindo lentamente.
Ontem apercebi-nem da minha intuição e percepção das coisas e factos que me rodeiam e que, simplesmente, sei que assim é. Também tive a consciência da dificuldade do trabalho analítico e da necessidade de ser feito por pessoas experientes e  duma forma lenta e gradual, visto que temos que estar devidamente preparados para o que vai surgindo e o que vamos descobrindo.
O conceito de complexo de Édipo e Electra, algo vago e sabido na teoria, fez-me ontem todo o sentido perante uma evidência de comportamentos e de factos;  a complexidade da mente humana, as interligações feitas e a falta de consciência desses mesmos factos e motivos para que se aja duma forma e não doutra, fascina-me e encanta-me mesmo.
Tudo a propósito de relações familiares, pais e filhos e as muitas interacções existentes, umas conscientes, mas muitas sem sabermos os motivos ou as suas causas e motivos. E é curiosa a reacção das pessoas ao que não entendem e ao que não está á superfície... negam, dão milhentas explicações e  sobretudo não querem mesmo compreender, na medida em que não está de forma alguma no seu horizonte consciente.
Mas a verdade é que se conseguíssemos estar num patamar ou nível de consciência mais profundo e bastante abaixo desta superficialidade onde a maioria das pessoas se encontram, talvez o nosso presente e ambiente fosse diferente, menos agressivo e melhor. A realidade é que a interpretação das atitudes, as motivações, causas e efeitos exigem um constante alerta e introspecção, baseada também numa ajuda externa e especializada, uma vez que não temos a capacidade de decifrarmos tudo aquilo que caracterizado o chamado o nosso objecto interno, bem como as suas interacções com o exterior.
Hoje tive uma noite preenchida de sonhos confusos, interligados e relacionados em grande parte com uma notícia ouvida ontem no telejornal acerca da performance da Ellen DeGeneres, uma norte americana com um talk show cheio de sucesso e com a coragem de expor a sua vida pessoal e intima.
Não consigo descrever exactamente o que se passou, mas sei que acordei várias vezes e retomei este mesmo sonho sempre, que me deixou cansado e com um enorme peso na cabeça. Até tenho a impressão de ter febre.... claro que a vontade de trabalhar é diminuta.
Tenho que perceber o motivo pelo qual as segundas feiras me são tão penosas, sobretudo nas que se seguem a fins de semana fora ou particularmente bem preenchidos. Sinto que preciso de. Ais um dia para recuperar e me sentir em forma o que não é possível.
Um grande SORRISO neste dia chuvoso e cinzento, a condizer com o meu estado de espírito, nesta véspera de mais um aniversário.... que vai ser simples e quanto mais, desapercebido, melhor.



domingo, março 23, 2014

Alentejo

Em Porto Covo, a passar este fim de semana, num carregamento de energia e de "intimidade" familiar de que gosto cada vez mais.
São estes momentos e ambientes que, fazendo a diferença, nós aquecem a alma e nos fazem ter um SORRISO luminoso e cheio de cor, esquecendo e deixando para muito do que temos que resolver.

sábado, março 22, 2014

Familia

A caminho do Alentejo para estar em família e com um grande SORRISO descansar, recuperar energias e quem sabe, iniciar um novo percurso da minha vida... assim seja, com muita vontade, espirito de iniciativa e força.

sexta-feira, março 21, 2014

Confrontos

É coincidência ter abordado a questão das projecções narcisistas e dos comportamentos compulsivos e agressivos e ser confrontado depois com esse tipo de atitudes por parte de outros.
Durante o jantar, estive quase sempre debaixo de fogo, com "ataques" constantes e reveladores, talvez, da insegurança da pessoa com quem estava. Ou talvez pela dificuldade de se compreender como estou hoje e sou na realidade.
Revi que fazer um certo esforço para aceitar e sobretudo tentar perceber as motivações para este comportamento, tendo em vista não me exaltar e não "estragar" o momento como tive, por vezes, vontade.
Continuam a haver determinados comportamentos que tenho imensa dificuldade em perceber e aceitar, principalmente agressões desnecessárias e extemporâneas que, mesmo podendo ter algum fundo de verdade, perdem a sua razão com essa mesma atitude.
Vou sentindo que tudo o passado recente deixou marcas mais profundas do que eu pensava e que, ainda hoje, elas se manifestam nestes comportamentos totalmente inesperados para mim; será que alguma vez as coisas ficarão como antes, sem este espírito negativo ou duma certa "vingança" pelo que fiz e aconteceu.
Tendo abordado também ontem o estado em que estava quando iniciei esta terapia, com a plena consciência de que estava no limite da destruição pessoal e familiar, envolvido numa teia de mentiras, confrontos e agressões que para pareciam não ter fim, sinto que, tendo ultrapassado essa fase, ainda estamos vestígios dela nos comportamentos doutras pessoas que não conseguem esquecer ( ou perdoar totalmente?)
Na frente profissional, mantém-se a mesma situação sem grandes evoluções, visto que não há qualquer vontade em ver seja o que for e em pensar diferente, mesmo com evidências e constatações da realidade que nada têm a ver com o passado recente. Aliás estou a escrever um texto a tentar demonstrar isso mesmo e apenas a teimosia e irredutibilidade  das pessoas poderão não deixar que seja diferente o caminho do Futuro.
Este imobilismo e esta falta de contacto com a realidade deixa-me primeiro espantado e depois alarmado pela incapacidade de avaliação das situações e de não se ser capaz de parar, pensar e agir de acordo com os interesses gerais e até particulares. Mas há pessoas que apenas aprendem quando é tarde de mais e podendo ser muito inteligentes, não serem capazes de agir em conformidade.
Aliás, a genialidade em certos aspectos pode estar, e há vários exemplos disso, associada a uma completa falta de bom senso e de saber lidar com a realidade duma forma adequada e eficaz. Aqui não há qualquer genialidade, mas apenas e tão só uma visão bastante estreita e limitada das coisas.
Também aqui a curiosidade reside no facto da análise ser feita em função daquilo que se é e não do que está mesmo em cima da mesa. Calculo, ou melhor, até sei da dificuldade sentida por muitos em fazer a separação das águas, uma vez que tendemos muitas vezes a ver factos e acontecimentos apenas e tão só pelo nosso prisma.... e não nós conseguimos colocar no outro lado ou na posição da outra pessoa.
Mas é sexta-feira, ultimo dia útil de trabalho. Recebemos hoje para jantar um sobrinho que, felizmente, voltou ao meu contacto, para grande satisfação minha e amanhã seguimos para o Alentejo para desfrutarmos uma vez mais do acolhimento, amizade e simpatia da família chegada.
Um grande SORRISO com muita energia positiva e a certeza de que a vida nos ensina bastante, desde que estejamos atentos e em condições de a entendermos bem como o desejo de que este período seja cada vez mais a consolidação da mudança e da transformação, quer interior fundamental para mim, quer exterior , igualmente importante para ajudar o objecto interno.

quinta-feira, março 20, 2014

Tranquilidade

A nossa mente, consciente versus inconsciente é duma força incrível e dumas possibilidades (quase) infinitas.... devidamente orientados e com uma análise correcta conseguimos ir chegando aos mais recônditos espaços e ir descobrindo muita coisa que nos perturba e altera a nossa forma de estar.
É verdade que as minhas "descobertas", progressivas e graduais, me têm feito perceber muitas coisas, cujo sentido me passava ao largo mas que me perturbava imensamente. Até no relacionamento com os meus filhos tem havido diferenças, apesar de eu sentir que, da parte deles e mais do mais velho, ainda não há a compreensão total daquilo que eu sou neste momento.
Sempre tive uma postura tradicional, clássica e algo rígida que se tem vindo a transformar não só pela vida em si, mas ainda pela aceitação daquilo que sou e quero e nestes últimos meses pela terapia e compreensão dos factos, das emoções e sentimentos.
Há muito que não falo na máxima aprendida do Less is More, apesar de ser uma constante no meu sentir... conseguir valorizar o que tenho, o que consegui e ainda compreender mais a realidade das pessoas e da vida, está integrado nesse simples conceito que da outra cor e luminosidade aos factos, aos acontecimentos e emoções.
Tudo aquilo que estava a sentir e já referido, parecia mesmo suspenso ou encravado algures, sem ser devidamente digerido ou arrumado numa das minhas muitas  gavetas, das quais algumas estão a ser abertas e limpas, outras já devidamente arrumadas e muitas outras ainda bem fechadas e à espera da sua vez. 
Este é um processo demorado, caro e gradual, necessitando sobretudo de disponibilidade temporal e financeira porque, mesmo quando a vontade não é muita, as sessões trazem (quase) sempre algo de novo. Quando isso não acontece há uma espécie de frustração.
Não tenho abordado a situação política, social e económica deste nosso País, mas a verdade é que, infelizmente, continuamos sem líderes capazes, sem projectos de vida adequados e com pouca, muito pouca visão do futuro. Pior, o futuro continua negro e escuro, com a precisão das actuais condições por mais 20 anos. Vou acabar a minha vida mergulhado em crise, como sempre a vivi, porque desde que me lembro que atravessamos crises sucessivas e períodos bem conturbados.
Desta vez, começa a afectar-me bastante e até ao verão terei que rever uma série de itens para conseguir estruturar melhor a minha velhice e estirada do activo. Penso que, apesar de tudo, este ano de 2014 vai ser decisivo para a definição desse mesmo futuro pelos muitos projectos existentes, dos quais algum há- de ter pernas para andar e se concretizar.
Os caminhos da mente são infinitos e insondáveis, competindo-nos aproveitar ao máximo o que temos, o que nos é proporcionado e saber escolher, com um SORRISO cheio, a melhor rota e percurso para se alcançar a Felicidade que queremos e buscamos.

quarta-feira, março 19, 2014

Pai

Dia do Pai... ontem o tema da sessão foi, como não podia deixar, de ser a figura paterna, a sua realidade e o imaginário.
Estes dias de memórias e de recordações do ocorrido há seis anos, têm sido particularmente difíceis, pelo constante desenrolar desses mesmos dias e dos acontecimentos a eles associados. Ontem na minha sessão que me aliviou bastante, senti que houve uma explicação lógica e correcta para esta intensidade de sentimentos.
Entre a realidade dum Pai ausente, frio e distante, está o imaginário do Pai que gostaria de te tido, afectuoso, atento e cúmplice... não tendo a pessoa presente, realizo essa "fantasia" que nunca existiu e ele, meu Pai, fica e estará em suspensão até que eu entranhe a realidade e a compreenda integralmente.
Ou seja, o Pai que tive foi o que houve e que me foi dado, na sua maneira de ser e de estar no mundo, com a minha absoluta necessidade de o alcançar, de procurar as "migalhas" do seu afecto por diversas formas. Foi marcante essa ausência e tanto é assim que tento por todos os meios ser diferente para os meus próprios filhos.
Tenho a constante preocupação, até em excesso, de lhes dizer que os adoro e que são o motor da minha vida, mas também sinto que estou preso a esta ilusão que, ano após ano, parece consolidar-se cada vez mais sem qualquer contacto com a realidade que tive.
Foi-me dito, e bem, que eu sou aquilo que sou, com as minhas qualidades e defeitos, independentemente do meu Pai e de modo algum tenho que imaginar diferente ou sequer idealizar algo que nunca houve. Isto é, eu tenho a minha identidade e a minha forma de estar que, evidentemente foi bastante condicionada pelos meus País, duma forma ou doutra mas que não pode ser alterada por muito que eu quisesse.
Constatei também que em relação aos meus País, estou conscientemente em paz com a minha Mãe e com o seu desaparecimento um dia destes e ainda não consegui efectuar de vez o luto pelo meu Pai, porque procuro e desejo ter uma imagem diferente dele e da sua relação comigo.
Faz todo o sentido e tem toda a lógica, visto que só poderei pôr um ponto final nesta conflitualidade quando aceitar mesmo a realidade e não a confabulação pretendida. Tenho que entranhar que era assim , que tinha o mínimo possível e que à maneira dele, me dava o que podia e compensava a falta de afectos por objectos externos variados. E devo-lhe bastante nesse campo, desde tudo o que tive materialmente, como todas as viagens feitas e apreciadas.
Que nunca eram feitas com ele, visto que ele estava sempre em reuniões e nas poucas vezes em que íamos só de ferias - e foram muito poucas - eram dias de alguns problemas pela falta de intimidade entre nós. Normalmente essas viagens de lazer eram feitas com a minha irmã P. e a Mãe dela.
Por isso, entendo que as imagens desse dia consigam perdurar com esta clareza tanto mais que, como dizia ontem o AA, a ultima semana de vida foi aquela em que o senti mais perto de mim  e em que foi também o "coitadinho"... é, portanto, tempo de "embalar a trouxa e partir" como diz uma canção muito conhecida.
Sigamos em frente, na certeza de ter a minha própria identidade e de não poder idealizar objectos externos que não existem, nem nunca existiram a não ser nos meus desejos e sonhos. Por isso, comigo e neste caso também com os meus filhos - que já me telefonaram neste dia do Pai - vou entranhar a realidade que tive e deixar de sonhar com o que poderia ter sido, visto que é um capítulo que vou encerar de vez e ficar com as memórias possíveis do real e do acontecido.
Um enorme SORRISO com a vontade de continuar neste caminho e ainda desejar a todos os País deste Universo, um feliz dia na companhia dos filhos, desejando para estes tudo aquilo que eles merecem. Bem como que saibamos, nós, os País, ser os conselheiros, os apoiantes e aqueles que estão sempre ao lado dos filhos com muito Amor, Carinho e um grande e luminoso SORRISO.

terça-feira, março 18, 2014

Emoções


Recordações do passado vão-me assaltando e deixando um rasto de tristeza, emoções e sentimentos desencontrados. São muitas coisas dentro do mesmo, desta sensação de abandono e de solidão, que precisa de ser preenchida, percebida e entranhada.
Aliado ao facto de estar a reviver hoje o dia passado há seis anos, há também acontecimentos que não consigo entender, de atitudes de pessoas, de completa falta de contacto e até, quanto a mim, de ausência duma ética apenas abordada em relação aos outros.
É curioso como algo passado já há algum tempo pode ter ainda esta força emotiva e de conseguir ainda deixar-me estruturalmente abalado e negativo. Tenho que aplicar a técnica do lago profundo para espantar os pensamentos e emoções negativas e concentrar-me apenas nas coisas positivas, bem como conseguir transferir-me para uma dimensão e um estar diferentes.
Também há comportamentos de pessoas muito próximas que me deixam confuso, triste e afectivamente instável porque não compreendo as motivações ou origens para essas atitudes e não consigo de todo integrá-las e sobretudo aceitá-las duma forma natural e sem sentir até enorme buraco vazio e em suspensão.
De facto, preciso mesmo de me conhecer mais e melhor, de ter maior confiança e de me aceitar como sou e estou neste caminho que tenho e devo percorrer. No processo demorado e complexo da análise a verdade é que estão a emergir muitos sentimentos, muitas recordações e emoções que vou processando e entendo duma forma mais real e verdadeira.
Vamos ficar por aqui, tentando manter um SORRISO positivo, com energias sentidas e pensar na tal profundidade do lago, onde deixamos os pensamentos negativos e nós concentramos em boas energias e em todo o Universo

segunda-feira, março 17, 2014

Outra Semana

Mais uma semana, depois dum fim de semana preenchido e cansativo. Nem que não fosse pelo retomar dos treinos, que me deixaram as pernas completamente doridas.
Para além disso, estive a trabalhar todo o sábado, num clima totalmente pacífico e positivo, sem a pressão nem o stress doutros tempos, tive duas reuniões de trabalho e ainda saímos para irmos comprar uns presentes ao El Corte Inglês, onde não íamos há muito.
Domingo, fui treinar no duro e para continuar, passámos por casa da minha irmã mais nova e fomos aos aniversários das manas C. As pessoas habituais, o clima normal e também uma pequena e muito breve reunião para alinhavarmos algumas ideias acerca da nossa parceria e do nosso futuro.
Como disse, a transformação passa também pela alteração do nosso quotidiano e pela diversificação da nossa actividade profissional. Gostava e espero que até ao final deste ano, consiga ter já alternativas e projectos concretizados no sentido de me autonomizar da prática clinica e conseguir abstrair-me mais desse aspecto. Ao fim de tantos e tantos anos sinto que é chegado o momento de abrandar.... o verão passado cheguei aos 200000 actos médicos praticados ao longo desta carreira, sendo um número enorme e calculado por defeito, pelo que será normal sentir já a necessidade de alguma mudança.
Aliás, sempre fui uma pessoa de transformações, desvios de linha e de mudanças... tenho, sinto essa grande necessidade de por vezes, inflectir na vida e nos meus caminhos, para manter a minha identidade e principalmente porque sempre fui uma pessoa de objectivos, de alterações e de me querer sentir vivo e alerta.
O facto de, muitas vezes, evocar a idade e dizer da minha "velhice" é um falso pretexto para não fazer nada e não sair desta aparente zona de conforto, em que nos fechámos para não pensarmos muito na realidade ou não termos que lidar com o que não queremos bem gostamos. Os meus quase cinquenta e sete anos não são, de forma alguma, motivo para encostar na berma e não procurar novas descobertas, novos caminhos que me permitam ser mais feliz e mais realizado. 
Repetindo o que tenho escrito, é fundamental a harmonia e o reencontro com a minha identidade e objecto interno, para que possa assim reflectir-se para o exterior, o meu bem estar e transformação.
Sei intuitivamente que preciso duma grande mudança, bem como dum clima pessoal e profissional estável e pacífico com compreensão, paz e afectos para que possa prosseguir nesta caminhada e tenha estímulo para a fazer.
No meu livro de casa de banho, tenho lido uns conceitos engraçados de como alcançar a harmonia e a tranquilidade interior. A profundidade da rosa, o lago tranquilo são disso exemplos. A primeira consiste em olhar todos os dias para uma rosa e ir ao seu âmago e essência, de modo a concentrarmo-nos no importante e conseguirmos ter pensamentos e energias positivas.
O segundo é para afastarmos pensamentos negativos e como as ideias vêm primeiro que a realidade, então que façamos esse exercício de pensar no que queremos ser e onde queremos estar para que, assim, consigamos reforçar a nossa mente e orientá-la da forma que queremos.
É evidente que neste Universo em que estamos inseridos, distraídos e muitas vezes desconectados, é preciso fazermos um esforço para nos recentrarmos no essencial e no que é verdadeiramente importante. E tudo o que possa contribuir para esse efeito é benéfico, útil e positivo.
Infelizmente que, nem sempre conseguimos, ser coerentes e racionais, devido aos muitos registos que teimam em manter-se, bem como ao facto da nossa análise nos tornar mais vulneráveis a determinados factos e mais exigentes em relação a outros. Um dos aspectos que mais tenho que trabalhar e analisar é o meu egocentrismo e a tendência para, muitas vezes, justificar factos ou acontecimentos apenas e tão só à minha imagem e não consoante a realidade ou as verdades das outras pessoas. E isso é essencial para um bom relacionamento geral e em particular com os que se Ama e Estima.

domingo, março 16, 2014

Domingo

Mais um domingo de sol e calor... levantei-me relativamente cedo, estive a escrever e a ver umas coisas no computador e segui para o ginásio, onde tive um treino forte mas compensador.
Hoje é dia de recordações fortes e emotivas por ser o dia para sempre associado ao falecimento do meu pai e a toda a saudade ainda existente, bem como a tristeza de não ter tido a oportunidade de esclarecer as muitas questões que ficaram em aberto.
Mas é a vida e devemos seguir em frente, na certeza de que onde quer que ele esteja, espero que se sinta feliz pelo entendimento que os seus quatro filhos têm na actualidade e que foi algo, que na sua presença, nunca foi plenamente conseguida.
Vamos á festa de aniversário das manas C, que fizeram anos nos dias 11 e 12, com a diferença de 2 anos entre elas e assim rever os amigos e a família C. com quem estivemos uma semana na neve há bem pouco tempo. Já parece ter sido noutro campeonato.
Sinto-me de novo mais vivo, cheio de ideias e com a certeza de estar na rota certa para descobrir novos "mundos" e novos caminhos na minha vida, com a finalidade de ser cada vez mais feliz e sobretudo estar bem comigo próprio e com o meu objecto interno.
Só estando bem comigo e conseguindo viver "sozinho" no meu mundo sem me assustar com o eventual silencio interno, poderei comunicar mais e melhor com o exterior e com todas as pessoas que me rodeiam, visto que apenas com equilíbrio e paz interior se consegue transmitir algo de positivo e luminoso para os outros.
Um grande SORRISO, cheio de saudade mas também cheio de vitalidade, ideias novas e muito entusiasmos nesta possível nova etapa da minha vida.
Os meus queridos filhos no Brasil há já alguns anos.... também parece ter sido noutro tempo e noutra vida
 

Seis Anos

Seis anos de saudade.... são precisamente 2190 dias de ausência do meu Pai. Faleceu no Hospital Amadora Sintra, após uma semana intensa duma grande deterioração. Esperou para ver os seus quatro filhos e poder ir em paz.
Recebi a notícia em casa, domingo a seguir ao jantar e, embora esperada, não deixou de me abalar profunda e intimamente. Tanto mais que tanto coisa tinha sido deixada por dizer.
Mas felizmente que, no seu legado, nos deixou a ligação afectiva e real entre os irmãos e uma vez mais a noção de família e de união, que sempre prezou e quis.
Onde quer que esteja, é com muita saudade que o recordo, sempre com um SORRISO e neste momento, entendendo-o cada vez melhor.
Pode não ter sido o melhor, mas foi quem me transmitiu valores, educação e princípios que tenho e de que me orgulho, para além de ter sido uma pessoa intrinsecamente boa e intensa na sua vida.
Bem Hajas, meu Pai, que descanses e perdures na memória dos teus filhos e de todos os que te Amaram... sempre com um enorme SORRISO.

Família

Às vezes é-se injustamente acusado de egocentrismo ou de egoísta por atitudes que nada têm a ver com isso, mas apenas e tão só com a necessidade de ser também considerado e tido em conta. Penso que, com vontade e entendimento, se pode tentar conciliar tudo mas também é verdade que a minha "obsessão" por me sentir protegido e acarinhado talvez me leve a ver as coisas duma forma não muito justa ou mais acertada.
Há valores e princípios de sangue que são fundamentais e duma importância capital para muitos e também para mim, mas a nossa vida intima e afectiva tem igualmente que ser resguardada e protegida por ambas as partes, para que não haja desentendimentos e incompreensões. Talvez explicar melhor e duma forma mais afectiva as relações... sei e sinto que a razão na me assiste na totalidade como acontece quase sempre, mas também sei que há maneiras e maneiras de se fazer as coisas e talvez a conexão interna entre pessoas que se Amam possa ou deva ser diferente. Para que ninguém fique ferido ou magoado, 
O facto é que estas "mexidas" no meu objecto interno são intensas e complicadas de gerir e de entender, mas uma vez mais há muita coisa que está a encaixar nos seus lugares e a fazer todo o sentido. E isso é o principal neste momento em que só meus objectivos são transformação, mudanças positivas, encontrar o meu caminho e ainda ser e sentir-me FELIZ.
Levei mais de cinquenta anos para iniciar o meu conhecimento profundo e íntimo e provavelmente irei levar uns anos a integrar tudo isto, a perceber e a entranhar a minha realidade interna/externa, mas sei e principalmente sinto que estou no bom caminho e finalmente a sentir uma transformação evidente e real.
Preciso e confirma-se que tenho que ter projectos, planos e ideias para ocupar o espaço deixado vazio pelos devaneios, sentimentos de culpa e de remorsos, bem como as acções não pensadas, porque ao assim conseguirei seguir em frente da forma que quero e como desejo.
É fundamental para mim não me acomodar, nem me deixar perder em minudências e acções inconsequentes, mas sim andar em frente, dar realidade aos projectos e ideias e sentir-me vivo, realizado e conscientemente melhor. Preciso do apoio de quem Amo e estimo e talvez por isso dama por vezes a determinadas situações duma forma menos positiva.
Mas também espero ter da outra parte, uma compreensão maior para o momento presente e para as necessidades de cada um, que são importantes e podem e devem reforçar os laços ente as pessoas e não o contrario. Todos temos o nosso lugar na vida e no Universo, mas há pessoas igualmente importantes na nossa vida, por quem nós devemos distribuir e dividir.
Este  sábado está a ser extremamente pacífico, com trabalho, boa disposição e sobretudo sem qualquer tensão ou conflitualidade, o que faz toda a diferença. Para todos há um único caminho para nos levar a bom porto e essa é uma grande e positiva diferença com o passado recente. Apercebo-me agora da tensão permanente existente e do mau ambiente criado.
Fica um SORRISO cheio de luz, cor e som com a muita vontade de prosseguir caminhos e trilhos diferentes e melhores.

sexta-feira, março 14, 2014

Em Suspensão

Sexta-feira.... teoricamente o ultimo dia útil de trabalho, mas na realidade apenas a continuação da semana visto que trabalho amanha, sábado, todo o dia. Felizmente que assim é e que posso dizer que, apesar da diminuição evidente das consultas, mantenho um ritmo constante e permanente.
Ontem tive uma sessão muito interessante em que houve diversos aspectos que se integraram uns nós outros e fizeram todo o sentido. O AA usou uma metáfora em que comparou esta sensação de andarmos sempre às voltas aparentemente nos mesmos aspectos, com as voltas que um cão dá até encontrar a sua posição de conforto.
Ou seja, é preciso mesmo entranhar os factos, as emoções e os sentimentos para que encontremos uma zona de conforto e possamos seguir para outro caminho.
Também referiu o condicionalismo de certas pessoas que se encontram suspensas em vez de estarem em algum caminho; isto é, há pessoas e evidentemente que sou uma delas, que não encontraram o seu caminho, interromperam o seu crescimento e maturidade algures pela vida e pelas circunstâncias da mesma.
Permaneceram imaturos, presos no casulo da infância ou dos seus traumas e assim não conseguiram evoluir pessoal e afectivamente pelos seus medos, receios e contradições internas.
Essa imaturidade pode manifestar-se de diversas formas, desde agressões psicológicas, fugas para a frente, acção sem pensamento e refúgio num permanente sentimento de culpa e de remorso. Como uma espécie de ciclo vicioso ou labirinto em que nós vamos "afundando" e permanecendo no seu interior sem conseguirmos sair desse mesmo local, onde nos fixámos.
Precisa-se dum estímulo externo ou dum abalo interior para se conseguir sair dessa espécie de letargia em que tantos de nós andamos... necessitamos de ser baralhados ( shuffle) para algo mexer como nosso objecto interno. E esse abanão pode ser por um objecto externo como uma pessoa, um facto ou algo diferente ou então do nosso próprio interior pode haver um dispositivo que é accionado e faz a diferença, obrigando-nos a pensar e a escolher um caminho.
E neste passo a passo, vamos redescobrindo coisas novas, emoções vividas e principalmente conseguimos ter momentos ( mais ou menos duradouros) de felicidade, em que a vida nos faz ter um grande SORRISO e em que gostamos de cá estar.
A angústia e inquietude que sentia, ficaram mais estabilizadas e menos evidentes porque, efectivamente, percebi mais factos, entranhei evidências e compreendi determinadas atitudes e factos da minha vida. E essa compreensão e integração da minha identidade e do meu EGO faz toda a diferença no meu estar e forma de viver a vida.
Estou cheio de ideias, de mudanças e de transformações, tendo em vista dar outros sentidos à vida e conseguir realizar-me mais e ser mais Feliz.... há projectos e há planos que queria concretizar até ao fim deste ano, na certeza de que quero que o ano de 2015 seja já diferente e com caminhos alternativos. 
Pode ser que consiga estabelecer equilíbrios entre as minhas necessidades e a minha realização pessoal e profissional, com uma dispersão por outros campos que me satisfaçam e me dêem o que necessito. Ontem abordámos algumas áreas em que, eventualmente, me poderia sentir melhor e é nesse caminho que aposto.
Arranjar algo que me proporcione rendimento, manter alguns dias de actividade profissional nesta minha área e em simultâneo dedicar-me a outras actividades aperceber-me bastante bem e de acordo com o que preciso e há muito desejo. Preciso apenas de perder o receio que tenho e construir alternativas válidas e consistentes.
Com o apoio das pessoas certas e o empenho concreto, sinto que este ano me vai trazer o início de todas as transformações. Entenda-se que em primeiro lugar e essencialmente o que tenho que procurar, é a minha identidade e objecto interno para que, ao estarem comigo mesmo, projecte essa realidade para o exterior.
Mais uma etapa nesta análise que me fez abrir uma série de portas e de gavetas que estariam fechadas a sete chaves e que, agora, com um luminoso SORRISO viram a luz do dia e a oportunidade de serem integradas, percebidas e devidamente analisadas. 
Hoje sinto uma energia diferente, um estímulo mais concreto e uma luz a piscar algures que reforça o meu estar e me faz gostar deste dia a dia e de me sentir em PAZ e bastante mais calmo.

quinta-feira, março 13, 2014

The Same

Quinta-feira deste mês de Março... continuamos na nossa rotina, na nossa vida, alegrias e desventuras.. procuramos mudança, queremos transformações e apenas vemos o mesmo, a mesma rotina, os mesmos caminhos sem conseguirmos efectivar o que procuramos.
Vou, rapidamente, começar a movimentar a serio nestas mudanças, encontrar espaços, falar com as pessoas e seguir em frente, porque se conseguir desviar a minha actividade para outros campos, poderei diminuir a carga horária profissional actual, trabalhar menos no consultório e desfrutar mais dessa mesma actividade, se for em complemento com outras.
A verdade é que, apesar dos indicadores económicos serem aparentemente positivos, ainda não chegou aos bolsos das pessoas mais disponibilidade financeira, para poderem consumir e gastar. 
Por isso, tudo tem que ser devidamente equacionado e visto duma perspectiva real e de estudo de mercado, para que sejam projectos viáveis e realistas. Penso que as ideias existentes podem ser viáveis desde que, com os pés bem assentes na terra, realizemos sem grandes custos o que queremos. 
Se partirmos duma base mínima, da possibilidade de irmos crescendo e realisticamente construirmos um projecto válido e consistente, sinto que poderá ser um futuro aceitável e credível. Espero mesmo que sim é que consigamos até ao fim deste ano termos já um trajecto e um caminho delineado. 
Poderá ser o início dum novo caminho e de novos trilhos que estará de acordo com a transformação que desejo, quero e principalmente preciso, visto que estou cansado da minha actividade profissional e com imensa vontade de diminuir essa mesmo actividade, rentabilizá-la doutra forma com colegas a trabalhar e complementarizando com outras fontes de rendimento e ocupação.
Com estas ideias e projectos, fica o meu SORRISO cheio de energia, entusiasmo e vontade de sair deste (aparente) marasmo. Aparentemente à superfície está tudo na mesma, mas acho que nos labirintos da minha mente muita coisa se move e transforma. 

quarta-feira, março 12, 2014

Rotinas

A rotina habitual da semana... trabalho, casa, análise, ginásio e muitos pensamentos desencontrados com pouco substrato, alguma irrealidade e mesmo sensações etéreas e sem grande significado.
Também o reinício da minha análise não foi propriamente o que esperava, visto que preciso andar mais depressa, tomar outros caminhos e principalmente solidificar os progressos havidos, em simultâneo com um conhecimento mais profundo da minha identidade. 
Mas o que sinto é que andamos sempre à volta do mesmo, sem progredirmos grande coisa ou aparentemente não consigo encontrar outros caminhos, por me sentir bloqueado. Ontem falei de labirintos e hoje de bloqueio porque é nesse registo que me sinto.... parece que nada de novo vem à superfície e que ainda não há uma consistência firme nos progressos tidos.
Há pequenos sinais positivos que me animam e fazem pensar que será este o caminho, mas  também há outras forças que não entendo nem percebo devidamente. Continuo a centrar muita coisa em mim mesmo, sem diferenciar muitas vezes aquilo que é intrinsecamente da minha identidade do que me é externo; ou seja, vou procurar objectos externos para colmatar as minhas frustrações e ilusões, sem conseguir ainda a transformação desses mesmos objectos duma forma positiva e consistente.
Apetece-me sair deste ciclo, formatar a realidade, bem como saber o que vou mesmo fazer a todos os níveis e principalmente profissional. Tenho que começar a pensar em retirar-me mais é em arranjar fontes alternativas de rendimento para poder, eventualmente, dedicar-me a outras actividades que me possam preencher mais e melhor.
Tentemos com um enorme SORRISO alcançar esses caminhos, fazer uma transformação das rotas e prioridades e conseguir seguir em gente com muita energia e força positiva.

terça-feira, março 11, 2014

Angustias

Reinício de época de trabalho... com alguma angústia, muita apreensão e principalmente pouca vontade de estar neste clima frio e sem qualquer apego ou entusiasmo. Mas tem que ser e o que tem que ser, tem mesmo muita força.
Sinto que vai ser uma etapa complicada, tanto mais que, apesar da boa vontade e empenho, a verdade é que a capacidade de trabalho e de concretização das tarefas essenciais não é a mesma e assim vamos andar sempre atrasados e a contra relógio.
Mas o que importa mesmo é conseguir criar, de novo, um clima positivo, de cooperação e entendimento uma vez que, afastada uma das principais causas da conflitualidade, talvez seja possível um percurso conjunto e eficaz.
A verdade é que me sinto isolado, sozinho e algo perdido neste mundo enorme, bem como algo desactualizado e com necessidade de enveredar por outros caminhos e trilhos... está na altura duma mudança e duma grande volta na minha vida profissional, de modo a estabilizar e a conseguir criar as raízes e ancoras necessárias para a minha velhice. Se o vou conseguir ou não, logo se verá e se perceberá.
Também o facto de estar a ouvir menos bem, isola-me bastante do mundo exterior e até me faz confusão, pelo que terei que ir resolver rapidamente esta questão para me integrar melhor e sentir-me mais participativo.
Esta angústia existencialista relaciona-se com factos concretos, realidades existentes, bem como um certo mal estar profundo, de rumos indefinidos e do desconhecimento de trajectórias futuras. Ou seja, consigo identificar algumas causas, mas não tenho a capacidade para dar a volta e estabilizar completamente. 
A vida passa demasiadamente depressa e muito inconstante para que, consciente e responsavelmente, possa entender o que preciso e o que quero mesmo. Tenho necessidade de "fugir", de me refugiar algures, para ter tempo de pensar e de me reencontrar neste labirinto em que sinto estar.
É mesmo essa imagem labiríntica que me surge neste momento, pela encruzilhada dos caminhos possíveis, sem saber ao certo qual o caminho a tomar para sair deste mesmo labirinto, pelo que esta decisão também contribui e bastante para a tal angústia.
Para além de mim próprio, preocupam-me os meus filhos, visto que ambos estão no seu inicio e as perspectivas não são famosas nem brilhantes; espero que se consiga, neste campo, uma estabilidade e um principio de algo bastante positivo e de realização pessoal e profissional.
A manhã vai passando e temos ainda uma longa tarde de trabalho, de muitas consultas e a continuação desta enorme lassidão e preguiça mental.... continuo a sentir uma premente necessidade de ferias, de me afastar de tudo e de todos para reflectir seriamente e com um grande SORRISO na minha vida, em projectos futuros e em realizações viáveis.

segunda-feira, março 10, 2014

De Regresso ( Ressacado de Sentimentos)

Em Lisboa, de regresso ao trabalho e à rotina habitual, com uma enorme neura e pouca vontade de trabalhar.
Sinto-me a pairar, sem ter os pés assentes na terra e ligeiramente desnorteado depois desta semana intensa e bem preenchida.
Mais do que uma simples semana na neve e da prática do meu desporto preferido, foi essencialmente um retomar dum convívio familiar extremamente gratificante e essencial para mim.
Nesta fase da minha vida, estou cada vez mais sensível à família, aos pequenos gestos de carinho e de atenção, bem como me sinto extremamente bem neste meio que assume um papel fundamental para o meu equilíbrio interno e profundo.
Houve alguns percalços que ensombraram um pouco estes dias, nomeadamente certas atitudes e comportamentos que não me agradaram e que não percebi por achar que estava tudo de acordo com o que foi dito e prometido. Também houve uma certa desilusão com outro elemento da família, mas que, certamente, não se irá repercutir no relacionamento futuro.
Em contrapartida, tive várias e boas surpresas positivas com outras pessoas o que me deixou bastante contente e feliz.
Enfim, é destes equilíbrios que vamos buscar o nosso bem estar e homeostasia de que necessitamos para vivermos connosco próprios e na busca da nossa felicidade. Entramos na nossa rotina, procuramos objectivos e as melhores maneiras de estar neste mundo complicado e, por vezes, bastante complicado e difícil. 
Sinto necessidade da minha análise, se bem que também pense que devamos "subir" para outro nível de introspecção e de transformação, o que vou falar e tentar que assim seja. As mudanças são já visíveis para mim, apesar de ainda puderem não o ser para quem me rodeia, visto que as pessoas ficam, ou podem ficar, presas a determinados estereótipos e arquétipos que podem já não corresponder à realidade.
Como disse, hoje não me sinto nada estruturado, nem em paz comigo mesmo, tanto mais que ontem tive duas ocorrências que me perturbaram bastante. A primeira foi um ataque de mau génio, incompreensível para mim e que me deixou muito negativo. Apesar das desculpas, não me senti nada confortável e antes pelo contrario, acho que são atitudes que podem destruir um bom clima e ambiente. Para além de que não havia mesmo necessidade dessa explosão.... 
A outra foi um comentário da minha maninha P. ,  acerca de ditos e mentiras da Mãe dela, que me incomodaram bastante visto que apesar do AVC e da mudança de atitude para com algumas pessoas, sinto que, na sua essência, ela ( Mãe) mantém a sua personalidade deturpada e cheia de confabulações. Tenho receio que com estas afirmações e mentiras, consiga provocar de novo um afastamento entre as pessoas, que não quero de todo.
Preciso e quero Paz, Amor e muito Carinho visto que estou extremamente sensível... um dos momentos de que gostei mesmo nestes dias de ferias, foi um abraço muito carinhoso e sentido que a minha cunhada me deu com o pretexto duma fotografia. Senti que ela estava feliz e contente com a minha presença e o nosso relacionamento, o que também sinto e correspondo. E tão mais importante porque durante anos estivemos praticamente de costas voltadas...
A verdade é que não me sinto nada bem comigo e com o mundo, visto que, como já disse, me sinto desorientado, estranho e sobretudo sem qualquer força anímica para enfrentar o consultório, aquelas pessoas e aquele ambiente pelo que, com um grande SORRISO espero  ficar melhore, mais bem disposto e capaz de enfrentar tudo e todos duma forma mais positivo, capaz e principalmente que consiga prosseguir esta minha caminhada de identificação e de transformação. Quero ter a FELICIDADE de ser feliz e de me encontrar na minha plenitude e totalidade.

domingo, março 09, 2014

Em Casa

Após uma "longa" viagem, de Baqueira directos a Carnaxide, chegámos bem. cansados e com vontade de voltarmos à nossa vida e à nossa rotina. Aqui ficam algumas fotos destas férias que foram, para além dum tempo de ski e de recordar outros tempos, um enorme e agradável convívio familiar e de amizade.
Efectivamente foi um grupo enorme e recordou-me os outros tempos em que íamos para Sierra Nevada, onde sempre tivemos um apartamento e passávamos longas temporadas, também em família e na companhia de amigos.
Estas férias tiveram um sabor especial, visto que há mais de 20 anos que não estava com o meu irmão e família na neve e neste especial convívio. divertimo-nos imenso e mesmo com os dias de tempestade em que não pudemos fazer ski, foi igualmente agradável.
Também a companhia no nosso apartamento foi extremamente simpático, visto que à família C., nos une já uma grande e verdadeira Amizade que nos proporciona uns dias bem agradáveis. Normalmente estamos muito bem integrados e os programas sugeridos correm normal e agradavelmente.
Como disse, este ano foi a componente familiar que predominou, com a integração plena dos nossos amigos, com um jantar esplêndido no nosso apartamento e alguns jantares em conjunto. Come-se muitíssimo bem nesta estância e ainda para mais, com os conhecimentos gastronómicos do meu irmão fomos a restaurantes e a bares fenomenais. Adorei o jantar no "El Niu", cuja ementa é fantástica, para além dum almoço mais restrito com o meu irmão e cunhada, onde comi um mil folhas de rabo de boi que estava simplesmente divino.
Baqueira é também conhecida como os três vales dos Pirenéus, sendo formada precisamente por três regiões por onde andámos a skiar: Baqueira propriamente dita e onde era também o nosso apartamento e a estância propriamente dita, Beret e Bonágua, que percorremos sempre em velocidade. 
O passeio a Beret é imenso, cansativo e longo mas que vale a pena fazer pela beleza e extensão.... são imensas pistas, múltiplos meios mecânicos para lá chegar mas cuja vista compensa bem como a enorme liberdade que sentimos nestas paragens e nesta prática desportiva. O ski é algo que adoro pela sua leveza, pelo esquecimento de toda a realidade existente e por conseguir abstrair-me de todos os problemas e factos.
Tem uma paisagem linda, cheia de montanhas e de árvores o que faz uma vista fenomenal... tendo feito sempre ski neste imenso grupo consegui desfrutar ainda mais e sempre a recordar os tempos idos ( de 1983 até finais de 1990) e com uma grande lembrança da minha irmã mais nova com quem este desporto está intimamente ligado.
Gostei particularmente de estar com o meu irmão C. e a minha cunhada, com quem vou tendo cada vez uma maior ligação e afinidade; efectivamente estamos a dar-nos muitíssimo bem e esta relação é-me particularmente agradável, dado os (maus) antecedentes existentes. Felizmente que conseguimos consolidar a nossa Amizade e afectividade que muito me agrada.
Também poder estar com os meus sobrinhos netos e ver que eles se sentem muito bem comigo e que gostam de estar na minha companhia, enche-me de alegria e de felicidade, pelo retomar deste espírito familiar que me é, cada vez mais, importante e gratificante.
Foram dias e dias sem pensar em (quase) nada, a não ser pequenas e fugazes lembranças de situações a resolver mas que não fizeram grande mossa no meu estar. Achei curioso haver alguns (bastantes) alterações de comportamento e ter-me lembrado bastante do meu analista por pequenas/grandes diferenças de atitudes. Ri-me bastante para mim e constatei essas mesmas diferenças em muitas ocasiões.
Em resumo, posso dizer que aliando a elegância e beleza da estância, o conforto do nosso apartamento, a companhia dos nossos amigos e a nossa capacidade de fazermos e adorarmos o ski, foi, sobretudo, esta grande ligação e confraternização familiar que marcaram estes dias e que fizeram a diferença. Queremos e desejamos voltar com eles e estar uma vez mais neste clima familiar e de muita amizade e Amor.
Senti que o meu irmão gostou particularmente da minha companhia, pela boa disposição, pelas muitas estórias de que se lembrou e sobretudo pelo carinho que nos dispensou, que fez também toda a diferença. A minha cunhada, que não faz ski neste momento, deixou também sobressair o seu agrado e satisfação, que permitiu criar laços ainda mais fortes e gratificantes.
Ter estado com o meu filho mais novo foi também muito bom, mas o nosso convívio foi um pouco tenso sem que eu tenha percebido exactamente o motivo... será que ainda foi a questão da divisão do apartamento ou haveria outros motivos que desconheço. Mas independentemente disso, verifiquei a paixão que ele tem pelo ski e a interligação á família e aos primos. Temos que repetir e levar também o meu filho mais velho, que ficou bem triste por não poder ir.
Amanhã recomeça a nossa vida, na esperança de que tudo se conjugue e recomponha na minha vida profissional e que consiga, efectiva e realmente, seguir este caminho e esta rota escolhida, na certeza de que a vida deve e tem que ser sentida, gozada e que o nosso grande objectivo é mesmo ser feliz.
Sendo esta felicidade um dos grandes objectivos da nossa vida, os nossos SORRISOS ajudam e muito a alcançar esse estado de espirito e ainda mais se conseguirmos que este SORRISO alcance as outras pessoas e as faça igualmente sentir Felicidade e Alegria.
 
 
Uma vista de Beret
 
À saída da cafetaria principal
 
Em Bonágua
 
Vista da tempestade do nosso apartamento
 
Tempestade vista de "casa"

 

sábado, março 08, 2014

Ultimo Dia

Pela primeira vez desde há muito tempo que não escrevo qualquer comentário um dia, mas têm sido dias muito cheios e completos.
Ontem mais um dia fantástico, com bom tempo e sol... fizemos boas pistas de manhã e à tarde ficámos tranquilamente com os meus sobrinhos netos A. e V., para além dos habituais, a fazer as pistas mais fáceis do complexo.
Descemos à hora habitual e depois dum banho revigorante, seguimos para Artiés onde estivemos de tapas... excelentes, com imensa variedade e duma grande qualidade. Fizemos ainda umas compras numa loja gourmet, demos uma volta por Viella e viemos para o apartamento.
Hoje foi o dia em que dormi pior com um sonho muito complicado e estranho visto que já vem doutros dias... penso que é um desafio e uma competição, com muitos figurantes e muitos enredos, não tendo neste momento uma percepção desse mesmo sonho, que sei durar já muitas noites.
Deve ser da altitude e de me deitar com a "barriga" cheia de comida e também do vinho que tenho bebido, mas pode ser apenas da cama e do calor dentro de casa.
Um grande SORRISO com muita vontade de voltar a Baqueira e a certeza de que venho com mais energias e muita força positiva.