segunda-feira, março 17, 2014

Outra Semana

Mais uma semana, depois dum fim de semana preenchido e cansativo. Nem que não fosse pelo retomar dos treinos, que me deixaram as pernas completamente doridas.
Para além disso, estive a trabalhar todo o sábado, num clima totalmente pacífico e positivo, sem a pressão nem o stress doutros tempos, tive duas reuniões de trabalho e ainda saímos para irmos comprar uns presentes ao El Corte Inglês, onde não íamos há muito.
Domingo, fui treinar no duro e para continuar, passámos por casa da minha irmã mais nova e fomos aos aniversários das manas C. As pessoas habituais, o clima normal e também uma pequena e muito breve reunião para alinhavarmos algumas ideias acerca da nossa parceria e do nosso futuro.
Como disse, a transformação passa também pela alteração do nosso quotidiano e pela diversificação da nossa actividade profissional. Gostava e espero que até ao final deste ano, consiga ter já alternativas e projectos concretizados no sentido de me autonomizar da prática clinica e conseguir abstrair-me mais desse aspecto. Ao fim de tantos e tantos anos sinto que é chegado o momento de abrandar.... o verão passado cheguei aos 200000 actos médicos praticados ao longo desta carreira, sendo um número enorme e calculado por defeito, pelo que será normal sentir já a necessidade de alguma mudança.
Aliás, sempre fui uma pessoa de transformações, desvios de linha e de mudanças... tenho, sinto essa grande necessidade de por vezes, inflectir na vida e nos meus caminhos, para manter a minha identidade e principalmente porque sempre fui uma pessoa de objectivos, de alterações e de me querer sentir vivo e alerta.
O facto de, muitas vezes, evocar a idade e dizer da minha "velhice" é um falso pretexto para não fazer nada e não sair desta aparente zona de conforto, em que nos fechámos para não pensarmos muito na realidade ou não termos que lidar com o que não queremos bem gostamos. Os meus quase cinquenta e sete anos não são, de forma alguma, motivo para encostar na berma e não procurar novas descobertas, novos caminhos que me permitam ser mais feliz e mais realizado. 
Repetindo o que tenho escrito, é fundamental a harmonia e o reencontro com a minha identidade e objecto interno, para que possa assim reflectir-se para o exterior, o meu bem estar e transformação.
Sei intuitivamente que preciso duma grande mudança, bem como dum clima pessoal e profissional estável e pacífico com compreensão, paz e afectos para que possa prosseguir nesta caminhada e tenha estímulo para a fazer.
No meu livro de casa de banho, tenho lido uns conceitos engraçados de como alcançar a harmonia e a tranquilidade interior. A profundidade da rosa, o lago tranquilo são disso exemplos. A primeira consiste em olhar todos os dias para uma rosa e ir ao seu âmago e essência, de modo a concentrarmo-nos no importante e conseguirmos ter pensamentos e energias positivas.
O segundo é para afastarmos pensamentos negativos e como as ideias vêm primeiro que a realidade, então que façamos esse exercício de pensar no que queremos ser e onde queremos estar para que, assim, consigamos reforçar a nossa mente e orientá-la da forma que queremos.
É evidente que neste Universo em que estamos inseridos, distraídos e muitas vezes desconectados, é preciso fazermos um esforço para nos recentrarmos no essencial e no que é verdadeiramente importante. E tudo o que possa contribuir para esse efeito é benéfico, útil e positivo.
Infelizmente que, nem sempre conseguimos, ser coerentes e racionais, devido aos muitos registos que teimam em manter-se, bem como ao facto da nossa análise nos tornar mais vulneráveis a determinados factos e mais exigentes em relação a outros. Um dos aspectos que mais tenho que trabalhar e analisar é o meu egocentrismo e a tendência para, muitas vezes, justificar factos ou acontecimentos apenas e tão só à minha imagem e não consoante a realidade ou as verdades das outras pessoas. E isso é essencial para um bom relacionamento geral e em particular com os que se Ama e Estima.

Sem comentários: