quarta-feira, abril 30, 2014

Ferias

Aqui estamos de ferias, a carregar baterias e SORRISOS... a preguiçar e a reflectir na vida, nas pessoas e nas mudanças que adorávamos que houvesse para que a PAZ e a tranquilidade fossem uma constante das nossas vidas.

terça-feira, abril 29, 2014

Berlengas

 A caminho das Berlengas... ilhas de que ouvimos falar há muito, sobretudo pelos grandes enjoos e mau estar sentidos na viagem de ida para a ilha. Esperemos que não seja assim...
Estaremos lá cerca de  duas horas e meia, tempo suficiente para visitarmos toda a ilha, que pouco tem. Um Farol, um antigo forte, as casas dos pescadores e beleza natural, como as grutas que agora não se visitam e a ilha propriamente dita.
Ontem chegámos ao nosso hotel, na Nazaré.. localização bastante boa, quarto agradável e com um vista soberba da marina, d a vila e sobretudo do mar extenso e lindo. Estivemos na piscina interior, a descansar e a relaxar, mas também numa água quentinha e boa.
Jantámos na vila, num restaurante onde já tínhamos estado... tenho uns quantos para ir, mas tinha esquecido o livro de "boa mesa" no hotel.
Hoje, depois do pequeno almoço, partida para Peniche para apanharmos o barco em direcção às ilhas. Depois da visita, almoço nesta vila piscatória e certamente um pequeno tour para então irmos à nossa sesta habitual. Já sei onde vamos jantar hoje por ontem ter visto um dos restaurantes mencionados no tal livro.
Amanhã iremos a Alcobaça e almoçar num restaurante que gostamos muito, o António Padeiro, duma cozinha esplêndida. Os nossos passeios incluem sempre uma (grande) vertente gastronómica.
Quanto ao espírito, estamos a tentar esvaziar as emoções a a desfrutar do momento, mas como é um processo que deve ser feito a dois, nem sempre é tão fácil assim. Tanto mais que resolvi telefonar para o consultório e infelizmente há sempre uns senãos que não entendo muito bem... mas adiante porque temos que aproveitar e fazermos o nosso  melhor para o conseguirmos.
Estes dias são excelentes para descansarmos mesmo sem preocupações nem horas ou compromissos a não ser precisamente a fazermos o que queremos e temos vontade. Para além duma limpeza mental e física.
Mas é ainda nestas alturas que sinto necessitar de mais análise e de maior compreensão acerca de pequenos nadas e de factos ou emoções que não consigo controlar como gostaria. Ainda há pequenas irritações, imposições desnecessárias e algumas incompreensões, mas também é verdade que deve haver um esforço de parte a parte.
Fica para já o meu habitual SORRISO, cheio de energia positiva e entusiasmo por finalmente irmos visitar estas ilhas de que ouço falar desde sempre e que há muito quero visitar. E cá estamos porque o homem sonha e a obra faz-se com a ajuda de Deus (adaptação livre do poema)

segunda-feira, abril 28, 2014

Outra etapa

Depois destes dias maravilhosos em casa da família B. onde fomos recebidos e tratados duma forma principesca, partimos para outra etapa das nossas ferias, até à Nazazré sempre com um SORRISO tranquilo e pacífico.

domingo, abril 27, 2014

Paz e Boa Disposição

Domingo, ultimo dia desta primeira etapa das ferias. Ontem andámos por Gaia, fomos à Serra do Pilar e a ideia era irmos sair à noite, para vermos o Porto by night, mas fiquei em casa por falta der vontade.
Hoje passeamos por Espinho e pela Granja, onde a Nossa ultima rainha, a Dona Amélia passava as ferias, bem como os escritores Camilo Castelo Branco e o Eca de Queirós. São zonas de praia, com um passadiço enorme, de cerca de 15 quilômetros, que ligam todas as praias e todas estas vilas e cidades.
Agora esperamos pelo almoço que se vai prolongar pela tarde... ontem comemos uma raia deliciosa e hoje vamos comer bacalhau na brasa. E mais importante vamos certamente estar de novo na conversa e, como ontem dizia a G., é assim que, também, se consegue transmitir as histórias familiares, as tradições  e se consegue mesmo descobrir as pessoas.
Estava a analisar o comportamento actual, tendo chegado à conclusão de que neste momento, estou bastante mais calmo e tranquilo, conseguindo adaptar-me aos momentos e mais importante do que isso a sentir-me bem e feliz. Melhor dizendo, a aproveitar as pessoas, a conversa e a sentir-me completamenteintegrado.
Há uns meses largos seria impensável estar tanto tempo à mesa, a ouvir e intervir activamente nas conversas, por me sentir fechado, deslocado e desinteressado. Agora gosto, participo e nem dou pelo passar do tempo... aqui come-se tarde, fica-se à mesas umas quantas horas e quando damos por nós já quase que o dia acabou!
É curioso que toda a família B. -incluindo as duas filhas - participa activamente nestas refeições o que não deixa de ser comparativamente diferente do que acontece em Lisboa, em que normalmente os adultos ficam na conversa e os mais novos vão para os seus programas. E esse aspecto não só é diferente como refrescante dado dar perspectivas diversas e de pessoas mais novas.
Nestas altura reparo nas minhas diferenças e constato também que já tenho um conhecimento bastante vasto e diversificado do mundo, das culturas e das muitas história que vamos acumulando ao longo dos anos. E sinto que readquiri o gosto por conversar, trocar opiniões e principalmente sentir-me bem. Isso é o mais importante
Amanhã partimos para outra etapa destas ferias; Nazaré será o nosso destino e espero que esteja este tempo para podermos ir para piscina interior ou quem sabe até para a exterior, bem como irmos visitar as Berlengas... Acabaremos depois em Sesimbra!
Estou tranquilo e calmo como há muito não estava, mantendo o meu SORRISO cheio de energias positivas e de muita, mas muita PAZ interior. 

sábado, abril 26, 2014

Ainda em Arcozelo

Iniciamos ontem as nossas ferias, a caminho do Porto/Arcozelo para passarmos este fim de semana prolongado em casa de familiares ( da parte duma das minhas cunhadas).
À boa maneira nortenha, fomos muitíssimo bem recebidos começando logo por um excelente cozido à portuguesa que me encheu o dia todo. Saímos da mesa bem tarde, fomos dar uma volta pelos arredores, chegando à praia que fica a 5 minutos da casa. É viver na cidade com as vantagens de ter a praia ao lado.
Tomamos o chá e conversámos mais um pouco até que o cansaço me venceu e me fui deitar... ainda por cima não tinha feito a sesta!
Fiquei a saber bastante acerca de histórias passadas de famílias, de relações interpessoais e ainda espantadíssimo pelas ligações tão antigas com o meu Pai e a "nossa" Keller Marítima, agência de navegação que tão bem conheci... ouvi histórias diferentes, outras facetas dos mesmos momentos que acompanhei de perto e até compreendi determinados aspectos deste passado recente que desconhecia.
É mesmo verdade que na vida, todos nós encontramos mais cedo ou mais tarde visto vivermos mesmo numa aldeia global e ser evidente que apenas necessitamos de " escavar" um pouco para descobrirmos todos as ligações.... confesso que estava um pouco receoso deste convívio por desconhecimento do espaço e até das pessoas, mas uma vez mais está a revelar-se uma agradável surpresa e uma estadia bem simpática.
Recordei com saudade o meu Pai e muitas outras pessoas que fizeram parte do meu mundo durante muito tempo e soube do encadeamento de histórias, admissões e afins que me agradaram bastante. Sobretudo saber do valor que era dado e reconhecido ao meu Pai pela maioria das pessoas que o conheceram e com ele privaram.
Muitas vezes as raízes de determinados comportamentos estão longe do nosso conhecimento e apenas cruzando versões de diferentes pessoas conseguimos ter o quadro completo de certas épocas e factos, cujas repercussões perduram ao longo dos anos.
Fomos dar uma volta pela cidade do Porto, revendo muitas das zonas antigas da cidade e relembrando-me doutros tempos. A cidade está muito diferente, bastante recuperada e com zonas até muito bem conseguidas. Na volta viemos pela orla marítima, Matosinhos, castelo do queijo, foz, etc sempre junto ao mar, estando sobretudo a zona de Vila Nova de Gaia irreconhecível pela obra feita. Pode-se ter gasto o que não havia, mas a zona ficou totalmente transformada e quero lá ir passear um pouco mais logo.
A companhia tem sido impecável e sentimo-nos em casa e completamente à vontade, transformando este fim de semana em algo extremamente agradável e relaxante. É vim estar-se assim....
Fica o meu SORRISO enquanto se espera que o almoço fique pronto; como ontem falei que adorava raia e que era raro comer, foram comprar para ser hoje o repasto. São estes pequenos gestos que fazem a diferença e caracterizam positivamente as pessoas .

sexta-feira, abril 25, 2014

Férias

Finalmente de partida para este período de férias de que bem precisamos.... serão divididas em três etapas cada qual com as suas próprias características. Principalmente vamos descansar, relaxar, centrarmo-nos no que é realmente importante e viver o momento.
Com essa vontade, aqui fica com o meu habitual SORRISO, este primeiro comentário destas férias tão desejadas. Que correspondam ao que se espera e quer!

quinta-feira, abril 24, 2014

Tranquilo

Sinto-me hoje extremamente pacífico, relaxado e bem disposto, com uma manhã a correr muitíssimo bem e trabalhos que me deram prazer a fazer. Quando os pacientes são do nosso agrado e conseguimos ter uma grande empatia por eles, como foi o caso da manhã, tudo fica mais fácil e agradável.
Também o facto de estar a entrar de ferias, de ter pela frente uma série de dias de descanso e descontracção também ajuda bastante a este estado de espírito. Mas verdadeiramente o que o que sinto é uma grande paz interior, fruto da minha ultima sessão em que "descarreguei" muito do que me oprimia e desorientava. 
Cheguei a um ponto interessante em que começamos a percepcionar o muito que temos para trabalhar e resolver, mas como se costuma dizer, fez-se mais luz ao fundo do túnel. Gosto de assim estar neste clima interior, em que não sinto qualquer  sentimento negativo, em que a acção é comandada pelo pensamento e assim não existem acções irreflectidas. 
Não deixa de ser um pouco como o processo dos tratamentos das várias dependências em que se contam os dias e os meses em que não se cometem os ilícitos; também eu posso ter vontade de reincidir e de retomar velhos hábitos, mas consigo, neste momento, travar esses impulsos e obsessões.
Por perceber o que está subjacente a esses comportamentos, por não querer voltar a esses mesmos hábitos e ainda porque já não vivo nesse registo de culpa/ remorso, estou bastante melhor desta forma, tanto para mim mesmo como ainda para quem me rodeia e comigo vive.
Tenho agora mais noção do sofrimento e da dor provocada pelas minhas acções e atitudes, bem como da sorte que tive/tenho pelas oportunidades que me foram sendo sucessivamente dadas, visto que na altura e sem o saber conscientemente estava a provocar e a tentar que os limites fossem atingidos para ser abandonado.
E assim poder-me refugiar nesse sentimento de abandono e traição que era/é um padrão existente na minha identidade e reflexo de vivências diversas deturpadas e desviadoras duma formação dita normal. 
O que não deixa de ser curioso é esta análise constante, esta minha compreensão e entendimento de factos, emoções e sensações existentes que me deixavam, muitas vezes, à beira dum ataque de nervos e que actualmente são perfeitamente integrados e estão bem entranhados. Gosto de me sentir assim, de me relacionar desta forma com quem me rodeia e saber que estou num caminho de verdade, pacificação e tranquilidade.
É excelente estar assim e sobretudo perceber cada vez melhor esta forma de estar e de agir perante mim e os outros. Estou mesmo a entranhar que, primeiro, precisamos mesmo de estarmos bem connosco porque a partir do nosso interior, conseguimos não só transmitirmos uma imagem nossa positiva, como projectar nos outros essa mesma calma. 
Ao não dependermos dos outros para estarmos bem, demos um passo gigantesco na nossa forma de estar porque vamos aprendendo que o importante e o real temos mesmo que ser nós próprios e a nossa auto imagem. Depois disso o relacionamento com os outros é tão bem mais fácil....
Ao descobrir as minhas próprias zangas e os seus motivos parece-me que cresci e integrei uma série de peças que estavam soltas e desirmanadas. Agora estão sólidas, integradas e sobretudo perceptíveis ao meu conhecimento e entendimento.
Tenho alguma dificuldade em expressar-me melhor ou doutra forma, mas quem faça análise ou qualquer outro tipo de terapia certamente que me compreenderá visto que é um processo evolutivo que estou a ter e com resultados que até a mim me surpreendem. Sobretudo pelas grandes diferenças que sinto e que pessoas que me interessam notam e comentam comigo.
A vida tem muitas voltas para dar e, em grande medida, somos nós que temos que a fazer, lutar por ela e ter objectivos. Acredito que, se nos concentrarmos nesses mesmos objectivos, conseguiremos mesmo chegar até eles, visto que a nossa mente tem potencialidades e forças imensas e bastante mal utilizadas pelas maioria das pessoas.
Hoje aqui fica o meu SORRISO tranquilo, pacificador e sobretudo bastante quente e luminosos, reflexo do meu estado interno e da minha satisfação e felicidade sentidas.

quarta-feira, abril 23, 2014

(De Novo) Cansado

Hoje acordei outra vez bastante cansado, com uma enorme dificuldade em levantar-me e prosseguir a minha rotina. Penso que estará relacionado e muito com a análise visto que, normalmente, fico assim quando a ando a fazer e mais ainda no dia a seguir.
Mexer nos circuitos neuronais e duma forma tão intensa como ontem, deve mesmo cansar e precisar dum certo tempo de carência para entranhar o que aconteceu... na verdade sinto que abri uma daquelas gavetas que estava bem fechada e escondida, estando neste momento a ser limpa e finalmente a começar a ser arrumada.
Foram/são descobertas duma grande intensidade, em que se misturam muitos e variados sentimentos, emoções e sensações, sentindo-me não só cansado mas também tranquilo e a saber que estou no caminho certo.
É evidente que a consciencialização destes padrões repetitivos e obsessivos, aliados aos muitos sentimentos contraditórios, deixam o seu rasto e a sua parte de destruição do existente e a substituição por outros padrões e outros rituais. Pelos vistos, tenho sempre esta necessidade para me sentir mais seguro e não me sentir "isolado" em mim mesmo. Isto é e explicando por outras palavras: o medo ou receio de nada encontrar dentro de mim e assim sentir o enorme vazio que julgo ter, é substituído por estes rituais e compulsões que, enganadoramente, me preenchem os tais espaços vazios. 
Nada mais errado e sem sentido, visto que não só tenho muita coisa dentro de mim, como tenho, devo aprender a viver com o que tenho e sou neste momento. Como ontem dizia o AA e citando um ensinamento budista "temos tudo para sermos felizes e fazermos os outros também felizes" . Se nos focarmos no que temos, no que nos rodeia e está ao nosso alcance, seria bem mais fácil atingir este estado de felicidade, mas será que é isso a única coisa que importa ou igualmente válido será também o nosso reencontro interior e sabermos exactamente quem somos e para onde podemos ir.
A conversa da felicidade é muito bonita, tendo a sua dose de utopia e de irrealidade, visto que sinto que, para além disso, ou ao mesmo nível deste sentimento, tem que haver um conhecimento imenso da nossa identidade e do nosso EU.... só assim conhecedores dessa verdade, poderemos tentar mesmo ser felizes e então termos tudo para isso.
No fundo é o que a maioria das religiões faz.... seja através dum Ente Superior, de Deus, de Buda ou outra divindade e sem menosprezar nenhuma nem querer fazer comparações, seja através da própria pessoa com as meditações, retiros, iogas ou outras técnicas ou atitudes a finalidade de todas elas é alcançar-se um estado d bem estar e de felicidade. Numas conseguimos na nossa vida terrena, noutras numa outra vida ou pós morte... para mim, é bem mais natural que seja nesta vida e neste campo, porque assim seria melhor para todos e a Humanidade certamente que ficaria bastante melhor e num caminho  mais positivo e benéfico.
Qual é mesmo a nossa finalidade, quais são os nossos objectivos e em que estádio estamos mesmo neste percurso ? Será que estamos isolados e sozinhos tentamos evoluir nesse sentido ou sem o sabermos estamos englobados num "projecto" global que caminha no mesmo sentido ? Será que a psicanálise é um dos veículos para atingir o nosso conhecimento interior ou apenas e tão só uma maneira de nos tranquilizarmos e de nos transformarmos em pessoas diferentes, mais sólidas mas não necessariamente mais felizes ?
Neste momento apenas sei, sinto que estou a criar novas raízes, a construir novos caminhos a caminho duma maior pacificação interna e dum conhecimento que preciso mesmo, para além de estar a aprender que o pensamento comanda a vida e não as acções impensadas ou irreflectidas.
Essas servem apenas, no meu caso, para esconder aquilo que não consigo encarar de frente e que tapo com essas mesmas acções, seguidas do tal sentimento de culpa e de remorso que me enchiam o meu vazio passado. Agora, não me sinto vazio e não tenho tanta necessidade de fazer ou cometer esses mesmos actos extremos porque já consigo pensar, reflectir e perceber muitas das minhas motivações, muitas das minhas falhas mas também muitos dos meus trunfos. Somos um somatório de tudo isso e devemos valorizar sempre o que temos de mais positivo.
Sejamos capazes de, com um grande SORRISO, continuar nesta caminhada, feita de avanços, recuos e paragens mas sempre em frente na descoberta da nossa real identidade e forma de estar aqui e agora.

terça-feira, abril 22, 2014

Pessoas

Há pessoas que demonstram aquilo que efectivamente são pelas suas atitudes e principalmente pelos pequenos nadas que se pode ou não fazer.
Pela negativa, há o individualismo, a soberba de se ter sempre razão, o não contar com as outras pessoas e não reconhecer os seus erros é não só bastante perigoso como também o convívio profissional e pessoal com esse tipo de pessoas é bastante desagradável e vereadora duma tensão permanente se não conseguirmos criar as barreiras necessárias.
Pela positiva, é mesmo o oposto... lembrar-se das outras pessoas nos pequenos gestos do dia a dia, trazer uma flor, dizer uma palavra certa no momento adequado, tentar compreender o nosso próximo traz- nos uma enorme calma e positividade na nossa vida.
Faz uma diferença enorme ser duma forma ou outra, havendo evidentemente muitas formas intermédias de se estar neste quotidiano, mas se conseguirmos ser positivos, pró-activos e generosos certamente que até para nós tudo correrá melhor e mais facilmente.
Nunca consegui, apesar do meu aparente mau feitio, ignorar quem me rodeia e se estimo ou Amo, ainda mais me esforço para ajudar, aconselhar e tentar resolver o que me for possível, porque é assim que sou e quero continuar a ser.
A nossa próxima semana que estava programada duma certa maneira, sofreu uma considerável alteração, porque vamos começar por irmos ao Porto, estar uns dias, seguimos depois para perto de Aveiro, da Nazaré ou Montargil ( para escolher ) e acabamos então em Sesimbra para descansarmos mesmo e estarmos naquela tranquilidade que tanto gostamos.
Como de costume fiz uma série de reservas que irei desmarcar hoje ou amanhã quando finalmente resolvermos efectivamente o local para onde vamos tendo eu feito já a minha escolha pessoal, mas decidiremos em conjunto e duma forma democrática.
Quero ficar num espaço agradável, que nos permita estar tranquilamente numa piscina ( por isso escolhi apenas hotéis com piscinas interiores ), com Wi-Fi por ser uma condição actualmente indispensável e numa zona que não conheçamos muito bem para podermos explorar um pouco a zona. Posto isto interessa também a relação qualidade preço visto que nos tempos que correm tem bastante importância.
Hoje "reinicia-se" a análise em novas instalações e, para mim, já num clima de pré-mudança o que me deixa algo desconfortável e apreensivo, visto que representa uma grande mudança e uma abordagem bastante diferente que vamos igualmente experimentar dentro de algumas semanas.
Cheguei à conclusão que me senti fundamentalmente zangado comigo e com os meus medos e irracionalidades, este permanente receio do abandono, das traições e de não ser devidamente apoiado por quem quero e gosto. É evidente que tudo isto faz parte do meu passado e infância que se caracterizou em grande parte por estes sentimentos de rejeição e de tristeza.
Se aliarmos a estes factos, a duplicidade que muitas vezes sentia e era obrigado a adoptar, então temos um quadro que caracterizo de border line, que tem que ser trabalhado e transformado. Muitas vezes me interrogo como consegui "escapar" a esta carga tão pesada e carregada de sofrimento, bem como consegui alcançar um estatuto e uma vida que é, neste momento, francamente positivo.
O nosso dia a dia é uma constante mutação de planos, às vezes por motivos próprios e outras vezes por motivos alheios como é o caso hoje em que o filho da minha assistente se parece ter magoado e ela teve que ir ver o que se passava. São contingências da vida e deste quotidiano em que estamos inseridos. 
Temos, melhor, devemos levar tudo isto numa onda positiva e fluída sem empolarmos factos ou acontecimentos perfeitamente inócuos e sem grande valor intrínseco e condicionante. Devemos sim valorizar o que verdadeiramente interessa e é importante na nossa vida, na certeza de que apenas assim conseguiremos crescer e sobretudo amadurecer.
Um grande SORRISO neste dia de semana, normal e sem nenhuma estória importante, mas apenas um continuar da nossa vida e quotidiano.... sejamos capazes de, neste momento, entranhar tudo aquilo que temos e sabermos aprecia realmente o que importa e valoriza o nosso Ser, nem como os dos que amamos e estimamos.

segunda-feira, abril 21, 2014

A Trabalhar

Depois dum excelente e tranquilo fim de semana, eis-nos de volta ao trabalho. Primeiro em Lisboa e de seguida no consultório, hoje numa calma enorme por só estarmos nós a trabalhar. Serão quatro dias de trabalho, seguidos de dez dias de sossego e de mais ferias.
Ou seja, estes dias são uma espécie de interregno e de contacto com o quotidiano, para que possamos apreciar ainda mais os dias de descanso que vamos ter. Começaremos pelo Porto, seguir-se-á uma estadia algures pelo Portugal desconhecido e depois descanso absoluto em Sesimbra para terminar as ferias.
Serão dez dias de ausência da nossa rotina e, espero, de tranquilidade bem como de reflexão aprofundada destes últimos tempos e ainda de compreender e entranhar o que tem acontecido nestes últimos tempos.
Constatei nestes dias de fim de semana prolongado que, muitas atitudes e tom mais agressivos, se devem também a um cansaço existente e a falta de descanso e de sono, que pela sua constância levam a um certo estado de cansaço "cronico" e permanente, com aquelas manifestações. Concretamente este descanso, este repor de energias com as horas de são necessárias, fizeram maravilhas e transformaram estes dias em momentos ainda melhores e pacificadores.
Amanhã terei a minha "primeira" sessão analítica noutro ambiente e noutro espaço, bem como noutras condições que ainda não interiorizei completamente, tendo muitas coisas para dizer e reflectir em voz alta. São muitas sensações desencontradas e estranhas que vou tendo, bem como uma enorme incerteza acerca do futuro desta mesma análise nestes e nos futuros moldes. Veremos como será a reacção e a nossa capacidade de adaptação.
Nesta segunda-feira entre ferias, a vontade não é, realmente, muita mas temos e devemos fazer o nosso melhor e prosseguir esta caminhada em que nós encontramos na certeza de que, como sempre, somos nós que temos a chave do nosso presente que será tanto melhor quanto mais compreensível for e mais SORRISOS tiver.
Seremos capazes de aproveitar o que temos e fazermos mesmo da vida, nossa e de quem estimamos e amamos, um SORRISO constante com uma permanente felicidade?

domingo, abril 20, 2014

Factos de Vida

Para além do seu aspecto lúdico, o Facebook também nos pode trazer alguns pensamentos mais profundos, anseios e desejos dos nossos amigos e conhecidos. Para uns funciona como uma autêntica feira de vaidades e de propaganda, mas para outros é apenas e tão só um meio de "falar" com muitas pessoas e sabermos algumas novidades.
Evidentemente que já não consigo passar sem esta ferramenta e sem constantemente estar a actualizar porque me permite estar ligado ao mundo... é claro que viver para o FB ou fazer dele um objectivo de vida é doentio e preocupante mas a verdade é que revolucionou e nem sempre para melhor a vida de todos nós. 
Os planos que tínhamos para a próxima semana ficam um pouco alterados com um email recebido há pouco, reforçando um convite para irmos ao Porto passar o fim de semana, o que deveremos fazer. Talvez a ida a Montargil fique adiada por mais uns tempos , apesar da imensa vontade em conhecer e apreciar a zona. Vamos ver bem o que faremos.
Páscoa molhada, de céu cinzento, aguaceiros e temperaturas mais baixas... tempo de ficarmos em casa, a escrever, ler, falar e "enjoying" o momento. Apreciar o que nos é dado e proporcionado duma forma pacífica e tranquila, é algo que se vai aprendendo e desfrutando. A verdade é que à medida que vamos crescendo, amadurecendo e tendo um maior conhecimento do nosso EU, também vamos apreciando mais os pequenos nadas da vida e a imprevisibilidade da vida, com os seus factos aleatórios e felizmente nem sempre esperados.
Isto é, podemos comandar parte da nossa vida e fazermos dela algo do que queremos, mas grande parte dessa mesma vida é imprevisível ou pelo menos não conhecido se bem que tenha grande importância, mesmo fundamental, a nossa postura interior e a sua projecção para o exterior. 
Acredito que ao estarmos bem connosco e nós sentirmos bem, certamente que o que nos rodeia estará igualmente bem e desanuviado; se juntarmos uma linha de verdade e de rectidão no nosso comportamento então teremos todos os ingredientes para nós sentirmos felizes e podermos fazer os outros também felizes.
Todos estes conceitos e "novas" formas de vida são relativamente novos para mim, visto que exigem um grande conhecimento interior e uma aceitação do que somos e do que queremos. Bem como conseguirmos em primeiro lugar vivermos connosco próprios, no nosso mundo e com a nossa identidade.
Quando tínhamos tanto ruído de fundo a perturbar o nosso ID e/ou EGO, precisamos de fazer um grande trabalho introspectivo e analítico para nós percebermos e apagar esses mesmos ruídos, de modo a permitir que haja música e uma harmonia interior que nos faça ver e sentir os factos, emoções e sensações duma forma mais simples, mas mais intensa e ainda duma forma mais feliz.
No fundo todos nós queremos ser felizes, mas muitos nem têm ideia do emaranhado em que se encontram e em que se vão afundando no dia a dia... apenas com a mente limpa, com as tais gavetas cerebrais esvaziadas e devidamente arrumadas é que conseguimos atingir um determinado nível de conhecimento que nos permita alcançar esse mesmo estado positivo e de felicidade.
Tem que haver uma evolução pessoal e colectiva para que apreendamos o que é mesmo importante e separar o supérfluo da vida e do quotidiano, visto que ao enredarmo-nos em questiúnculas e não assuntos vamos gastando energias, tempo e vontade que seriam mais bem aproveitadas nesta busca do que realmente queremos.
E será que sabemos mesmo o que procuramos e queremos ou andamos ao sabor da corrente e do que nos é dado? Neste momento, sinto que temos a obrigação de lutar pelo que queremos e de alterar o que tem que ser alterado dentro de nós e no nosso exterior para que encontremos os nossos objectivos e consigamos realizar-nos o melhor possível.
Concluindo o que tenho dito desde há algum tempo, devemos fazer por evoluir no sentido de percebemos o que fazemos neste mundo e quais as nossas finalidades e prioridades para que possamos chegar ao fim das nossas vidas, olhar para esses dias e podermos ficar de consciência tranquila e em paz.
Não ter sentimentos de culpa, de remorsos pelo que se faz ou deixa de fazer, de não nós sentirmos sós ou abandonados nem traídos exige um longo caminho e a criação das tais novas auto estradas de que fala Damásio e em que vou acreditando cada vez mais nesta minha caminhada pela minha identidade....
O conhecimento dos meus medos e receios, das minhas limitações, frustrações e projecções é um elemento fundamental para a transformação que quero ter, bem como o meio o para alcançar esse mesmo fim que pretendo. Assim sejamos capazes de entranhar todos estes novos conhecimentos e que eles contribuam para o nosso "novo" estar na vida e no mundo.
Um Grande SORRISO neste domingo de Páscoa, em que os crentes acreditam na ressuscitação de Jesus. Um especial voto para todos que Amo. 

sábado, abril 19, 2014

Páscoa

Nesta Paz Pascal, rodeado duma boa energia e da tranquilidade da natureza, consigo descobrir uma certa felicidade interna, muitas vezes ausente de mim por desconhecer ser possível ser feliz e estarem comigo próprio com "tão pouco".., é a aplicação de ficarmos bem com o que temos, aproveitando ao máximo em vez de pretendermos ter o impossível.
Aliando este principio ( Less is More) ao entendimento de tudo ou nada, conseguimos estar nesta paz interior que nos é tão gratificante e positiva. Sinto que já consigo estar no meio dos acontecimentos ou sensações e não apenas nos seus extremos, o que me ajuda imenso na minha actual forma de estar.
O entendimento dos factos simples e concretos da nossa vida e identidade interior facilitam, e muito, a nossa vivência e interligação com os outros, pela maior tolerância e aceitação da realidade de cada qual. Se não projetarmos nos outros aquilo que queremos ou somos, é muito mais fácil perceber e sobretudo entranhar todos os objectos externos que nós chegam a cada segundo.
Estou aqui sentado, nesta enorme varanda, defronte duma paisagem bucólica a ouvir os pássaros no seu cantar, com a sensação de estar bem comigo e com quem aqui está, porque são momentos tão pacíficos e tranquilos que nos aquecem a alma e enriquecem a nossa identidade, ocupando um importante espaço numa das muitas gavetas cerebrais que temos.
Vou vendo as publicações do AA no Facebook e os sentimentos contraditórios mantém-se, estando agora menos zangado do que há uns dias; de qualquer forma este acompanhar desse projecto ajuda-me a tomar maior consciência do que vai efectivamente acontecer e a ultrapassar muito das minhas reacções iniciais. 
Fiquei extremamente zangado, não só com ele mas também com os que me rodeiam no dia a dia, tendo chegado à conclusão que afinal a zanga é comigo mesmo, pelas minhas frustrações, sublimações e recalcamentos. Ou seja, projecta-se nos outros as nossas vivências, os nossos medos e maiores receios, tendo este abalo sido útil para me aperceber dos padrões repetitivos em que me movo/ movia.... a sensação de perda e de abandono foi brutal e avassaladora, o sentimento de traição esmagador e ainda a manutenção do segredo e do silêncio incompreensível numa primeira fase.
São padrões de vida que sempre me acompanharam.. o abandono de afectos e de Amor, a vitimização permanente como forma de estar e de ser, o esconder a realidade e manter a cabeça dentro da areia são características dos meus Pais e família que me marcaram fortemente.
Esta nova situação do meu analista fez vir à superfície todas essas conexões e ainda outras de que me vou apercebendo com o passar dos dias. A primeira reacção foi violenta e muito forte, com a vontade de abandonar de imediato a análise e nunca mais voltar, tal o impacto sentido da tal "traição e abandono" ...
Esta ligação de intimidade criada é estranhíssima e ainda não a sei definir como queria, mas o que sei é que existe uma enorme ligação e dependência da minha parte, estando assustado com o futuro desta mesma relação analítica. Já pensei em mudar de terapeuta, mas "adoro" o AA e seria um pouco andar para trás neste processo porque teria que recomeçar quase de novo e  sobretudo sem ter a certeza de conseguir criar a empatia que tenho. As semelhanças de vida e de realidade entre nós são bastantes, o que contribuiu para mais rapidamente me sentir predisposto a realisticamente falar do muito que sentia. Principalmente porque sei que ele percebe muito do que sinto e passei pelas tais similitudes existentes. 
Tudo isto não obsta a que ainda não tenha entranhado na totalidade está viragem de vida e de objectivos, mas começo a sentir-me muito menos revoltado e angustiado, se bem que ainda tenha algum tempo para me adaptar e compreender melhor a situação.
Mas, como digo, neste local tranquilo, mas não paradisíaco como algures, em Sri Lanka, estou em paz comigo, num estado de neutralidade que me agrada, bem como sem pretender mais do que tenho agora e neste momento. 
É evidente que ainda sinto também a inveja e a raiva de não poder fazer o mesmo que é abandonar tudo e refazer a vida algures, com meios próprios e próprios; infelizmente não o posso fazer mas talvez possa dentro dos meus condicionalismos, mudar parte da minha rotina e dos meus objectivos para também sentir maior Felicidade e realização pessoal.
Como estou a fazer por isso e a conseguir ocupar a minha mente com projectos novos, ideias a concretizar, estou aceitar-me mais e melhor e a conseguir ter um SORRISO cada vez mais tranquilo e verdadeiro.
Espero e desejo conseguir manter este caminho, sempre com este espírito e este SORRISO que me acompanha desde o primeiro comentário feito neste blogue e que me remete para a cara sorridente duma velhinha à porta de sua casa no Alentejo.

sexta-feira, abril 18, 2014

Pascoa

Páscoa... Fim de semana de descanso, paz e tranquilidade que felizmente começou bem e espero assim continue!
Hoje vou dar descanso ao habitual comentário e apenas deixar o meu SORRISO tranquilo, pacífico e especialmente caloroso. Um carinho matinal é quase o suficiente para me deixar assim feliz!
Será pedir muito a repetição destes pequenos gestos de carinho que reforçam a ligação das pessoas e a sua intimidade? É evidente que nem sempre há tempo para assim ser, mas pequenos gestos, pequenas lembranças, uma flor, um SMS fazem ou podem fazer a diferença e deixar-nos interiormente felizes e satisfeitos.
Este ano resolvi dar os parabéns telefonicamente à minha prima H. do Rio de Janeiro que ficou contentíssima.... sempre gostei muito dela e tenho pena da falta de contacto que temos e que a distância proporciona, ,as é alguém que está sempre comigo.
Detesto injustiças flagrantes sobretudo quando se acusam pessoas acima de qualquer suspeita apenas por circunstancias infelizes e estranhas. Há pessoas que têm uma incapacidade total de se integrarem no mundo e realidade, por serem completamente obtusas e até, estou convencido neste momento, pela sua má formação interior.
Se aliarmos esta má formação a um carácter de auto convencimento, de idealismo e de irrealidade, teremos pessoas com quem a convivência é quase impossível. Sempre desconfiei das pessoas que se acham sempre detentoras da verdade e que nuca se enganam... são perigosas!
Ao longo da minha vida e ao atingir quase as seis décadas de vida, sei e sinto que estou a evoluir positiva e beneficamente em rumos pessoais e estou estacionário e talvez até em involução em termos profissionais, mas acho que o que vou fazendo é o suficiente para o que preciso e que nesta etapa quero dedicar-me a outros assuntos e temas mais necessários para mim e para as pessoas que Amo e Estimo.
A minha sensibilidade, a minha intuição e o meu estar permite-me ainda estar ainda completamente à vontade no que faço e delegar, como sempre o fiz, em quem sabe mais e melhor.
Infelizmente há quem se considere capaz de tudo fazer ele tudo executar; acredito que com tempo, paciência e maneira de ser se seja capaz de o fazer, mas evidentemente com prejuízo de  alguma coisa, nomeadamente rentabilidade e realismo na visão do quotidiano.
Hoje não ia escrever muito, mas, como disse, as injustiças são-me penosas e difíceis de digerir, sobretudo quando tenho a certeza de que são completamente infundadas e são maliciosas. Tenho pena do ocorrido ontem, mas também a verdade é que, quem semeia ventos, colhe tempestades e há pessoas que merecem o muito que lhes acontece. Nesse aspecto, sinto que há uma espécie de justiça universal que castiga e pune quem merece e inocenta as pessoas devidas, porque neste enorme círculo em que nos movemos, acredito que haja mesmo essa distribuição de castigo e recompensa.
No seguimento dum dos livros que ando a ler, acredito que se focarmos o nosso pensamento no que queremos e  desejamos, bem como se dedicarmos parte do nosso tempo a integrar essa nossa vontade, conseguiremos que esses mesmos desejos e vontades se concretizemos assim positivar a nossa vida.
Quando se passa o tempo a inventar esquemas,a ser malévolo e mal intencionado essa carga negativa acaba,e bem, por se voltar contra a própria pessoa que é castigada e sofre na pele a sua própria actuação. Por isso acho merecido o que a certas pessoas têm acontecido e continuará a acorrer se não mudarem de registo.
Para quem não ia escrever nada, não está nada mal ficando mais um grande SORRISO especial e bastante caloroso nesta quadra pascal.

quinta-feira, abril 17, 2014

Descanso

Estamos a poucas horas dum fim de semana prolongado e de descanso.... como tenho dito, sinto uma enorme necessidade de parar, de reflectir e também de Amar e sentir-me Amado.
Li hoje no meu livro de casa de banho " somos formados e moldados por aquilo que amamos", de Goethe e concordo plenamente com isso. 
Estamos interligados duma forma bem clara e evidente a tudo aquilo que nos rodeia e ainda mais a quem amamos e estimamos... as pessoas com quem lidamos no dia a dia, dão-nos um suporte e uma estrutura que nos entranha, desde que, evidentemente, gostemos das pessoas e que elas nos digam qualquer coisa.
Sempre disse que apenas brinco e me interesso por aqueles de que gosto e estimo, visto que os que me são indiferentes nem lhes ligo e os que não gosto, tento que passem ao largo e que não me afectem na minha vida. Os efeitos mais nocivos e causadores de dor vem precisamente de quem amo ou estimo ... e há coisas que sinto imensamente!
Não sei se todas as pessoas têm a mesma noção ou atitude;mesmo conhecendo tanta e tanta gente, não tenho conclusões ou certezas, mas o que vou sabendo e constatando é que há muita gente que não sabe viver em sociedade nem o consegue ou quer fazer.
Viver nAo custa, o que custa é saber viver como dizia a minha avó Eduarda na sua sabedoria de vida. Lembro-me bastante dessa máxima porque a acho mesmo verdadeira e temos ou devemos tentar seguir essa mesma filosofia de vida para que, com um SORRISO consigamos estar bem connosco e com quem Amamos e Estimamos.

quarta-feira, abril 16, 2014

(Quase) Em Ferias

Quase, quase em modo de férias... primeiro apenas o fim de semana prolongado da Páscoa, depois uns dias de trabalho para então entrarmos num período alargado de descanso, bem necessário para entranharmos devidamente todos os factos mais recentes.
Espero que sejam mesmo dias de descanso, descontracção e também de aproximação ao que somos neste momento, com maior entendimento, compreensão e vontade de que a interligação seja cada melhor e os sentimentos consigam prevalecer acima das minudências fúteis.
Há que entender o que somos em cada momento, bem como esforçarmo-nos por perceber quem nos rodeia, visto que o dinamismo duma relação, está muito relacionado com as idiossincrasias próprias de cada pessoas em cada momento.
É evidente que os reflexos do passado podem condicionar  e ter o seu peso relativo, mas devemos ter o discernimento e a inteligência para os pesarmos na sua importância e adaptarmo-nos às circunstâncias de cada momento. Ou seja, não só acreditarmos na transformação como também e ainda nos empenharmos nessa "nova" situação duma forma empenhada e positiva e não apenas pela inércia dos factos.
Ontem, ao adormecer estive a listar o muito que tenho para contar e analisar com o AA, assim que ele voltar e recomeçarmos. Desde logo, estar zangado com a forma e o conteúdo dos factos como é evidente uma vez que "mexeu" com os muitos fantasmas que tenho. Depois a autêntica revolução havida e algumas conclusões que tirei, bem como ter-me apercebido de certas realidades de que não gosto particularmente.
Finalmente a grande necessidade de estar bem comigo próprio e não depender tanto dos objectos externos, sabendo contudo não ter conseguido ainda esta autonomização completa, visto acreditar que estamos integrados num meio e num círculo que influenciamos e que nos influência também.
Entranho melhor essa mesma convicção de que é em nós que encontramos a força, a motivação e o empenho para continuarmos, visto que se estivermos bem e formos interiormente felizes, certamente que também o seremos para o exterior e para quem amamos e estimamos.
A dificuldade de nós compreendermos totalmente, reside nos muitos bloqueios que vamos criando, nos recalcamentos que temos e nas sublimações que fazemos, o que somado nos altera o comportamento e o entendimento dos factos da vida. O mal estar e o transtorno que certos factos nos causam está directamente relacionado com aquilo que lhes é subjacente, porque memórias ou emoções negativas vão sempre repercutir-se nesses mesmos factos. Por isso e por vezes, pequenos nadas, uma palavra ou uma atitude inocente pode levar-nos ao desespero pela carga que tem e pelo emergir de factos do sub ou inconsciente.
Assim também funciona para a parte positiva em que o reforço de certos factos é evidente e nos proporciona bem estar, felicidade e alegria. Temos é que saber em cada momento o que se passa e fazer um esforço de análise permanente. 
E esse esforço implica visão, vontade e empenho bem como é portador igualmente dum grande cansaço, que sinto bastante neste dia a dia. Acho mesmo que esta fadiga enorme de que me queixo se deve bastante ao uso intenso das circunvalações cerebrais e menos a actividade física ou profissional. Também uma certa indefinição deste presente pode levar a esse cansaço, mas estou convencido que é o somatório de tudo o que tem surgido nestes últimos tempos e que tem mesmo que ser entranhado, percebido e devidamente arrumado numa das muitas gavetas cerebrais que temos.
Idealizo o nosso cérebro como um armário cheio de gavetas e espaços de arrumação, estando alguns ou bastantes desses espaços visíveis e que conhecemos perfeitamente, outros esquecidos mas que vamos recordar quando necessário e ainda outros que desconhecemos completamente e que, apenas virão à superfície se fizermos uma análise e as trouxermos à superfície. Da (des)arrumação  desses espaços resulta a nossa melhor ou pior saúde mental e a forma como estamos neste nosso dia a dia e nós relacionamos com os outros. 
É uma forma altamente simplista de pensar em coisas bastante complexas e difíceis, mas a verdade é que se conseguirmos dar outros formatos ao que temos, certamente que contribuiremos para estarmos melhor e principalmente conseguirmos ser mais positivos e integrarmos as emoções e os nossos sentimentos.
Assim tenhamos a inteligência, a intuição e a capacidade para, em cada momento, agirmos em conformidade, bem como encarar os outros duma forma mais positiva e cordata. Mas como tudo está inter-relacionado também as pessoas têm ou devem fazer o mesmo esforço que nós fazemos permanentemente. Ou pelo menos, tentamos fazer...
O mundo do inconsciente, do nosso EGO, do muito que temos e não sabemos é algo, que me atrai e fascina, visto que sempre achei que um dia iria ter um conhecimento muito grande desse mesmo mundo; estou a realizar neste momento esse mesmo desejo e espero que a concretização desse mesmo sonho me traga mais conhecimento, mais paz interior e sobretudo maior felicidade.
Os SORRISOS diários são a prova de que continuamos neste quotidiano na melhor forma possível e neste caminho que trilhamos e que queremos aprofundar mais e mais, com maior intensidade, mais conhecimento e consolidação da nossa identidade e do nosso EGO. Que sejamos capazes de o fazer com um SORRISO cada vez mais luminoso e colorido.

terça-feira, abril 15, 2014

Aniversario

Há 27 anos, pelas 01.10 nascia o meu primogénito.... recordo com uma clareza imensa esse momento, de alguma ansiedade mas de muita alegria e felicidade pelo nascimento do meu primeiro filho.
Foi há  vinte e sete anos, uma vida passada e tanta coisa para recordar e sentir. Os muitos momentos de alegria, felicidade e intimidade superam e muito os momentos menos bons e negativos que também houve.
Um filho é, a todos os títulos, uma experiência única, inolvidável e gratificante, mesmo que muitas vezes estejamos em campos opostos da barreira. Felizmente que a relação que tenho com ambos os filhos é bastante boa e que me deixa, normalmente, um grande sentimento de bem estar e de felicidade... quando o Pedro nasceu tornei-me mais humano e mais consciente da vida, mais tolerante e mais receptivo aos momentos e factos, se bem que a interligação de tudo esteja a ser feita agora ao longo destes meses de análise intensa.
Estou diferente, mas principalmente sinto que o estou e isso faz toda a diferença. Apenas tenho pena que nem toda a gente consiga ver essa mesma diferença que é já bastante evidente e com contornos bem positivos e específicos. Sei que deve ser bastante difícil acompanhar-me e ir de encontro ao que eu preciso ou gostaria, mas pode-se fazer um esforço e empenhar-se num novo registo, diferente e mais entronizado com a realidade presente.
Ou será assim tão difícil e bem mais fácil o silêncio prolongado e constante, fruto também duma outra arrumação interior que se deve igualmente levar em conta. Há sentimentos, há emoções pelo que dever também haver vontade e empenho para se conseguir dar felicidade.
Não da forma que se acha, mas efectivamente da maneira que a outra pessoa deseja e manifesta vontade, porque apenas assim se consegue uma aproximação com Amor, ternura e carinho.
Podemos ser injustos ou estarmos unilateralmente a analisar factos ou situações, mas neste dia especial da minha vida é o que sinto. E sobretudo é o que preciso e quero neste momento, bem como conseguir nestes dias de ferias fazer uma simbiose entre descanso, descontracção e aproximação intensa. Sem as recriminações permanentes ou outros registos, com as suas raízes no passado e que neste momento estão obsoletas e completamente ultrapassadas. Viremos a página do quotidiano e da vida e sigamos por outros caminhos e novas auto estradas.
Vinte e sete anos, no Portugal de 2014 não é fácil pelas poucas oportunidades e dificuldades do momento que atravessamos... as perspectivas são poucas ou nenhumas, o presente complicado e o futuro bem incerto. Tem que se lutar o máximo e dar tudo o que temos e somos para conseguirmos singrar e termos uma vida estável, agradável e compensadora de modo a sentirmo-nos realizados e felizes.
Neste dia especial para nós, um especial e quente SORRISO para o meu filho com o desejo de que, rapidamente, consiga encontrar o seu caminho e fazer-se mesmo à vida da forma que pretende e quer.

segunda-feira, abril 14, 2014

(Quase) Pascoa

Estamos na semana de Páscoa.... mais curta e felizmente a caminho doutra semana igualmente curta, seguida doutra de ferias. Vai ser mesmo para descansar, esperando - desejando - que sejam dias de descanso, de compreensão e de Amor. Preciso de ser entendido, que me estendam flores e compreensão, sem tons agressivos ou atitudes dúbias.
Apenas e tão só compreensão, palavras doces e atitudes pensadas.... é uma necessidade enorme que tenho de estar assim num clima perfeito e positivo. E como o estou a idealizar seria bom que se tentasse mesmo que assim fosse, para não haver desencontros ou desânimos.
Será que a linguagem que se fala é assim tão diferente que não nos consigamos perceber ou entender o que se pretende ? Qual o motivo de se ignorar o que se diz, sem tentar perceber ou compreender as necessidades de cada um e assim melhorar o clima afectivo e pessoal ? Mesmo que se ache que não há razões, nem sempre os afectos são ditados pela razão, mas sim pelo nosso inconsciente e pelo muito que nos atinge a esse nível em determinadas alturas. 
Há pequenos nadas que são curiosos e que nos fazem perceber que somos recordados até somos queridos pelos que connosco trabalham desde há muito. Estava-se na sala de pausa e a propósito de brincadeiras, a coordenadora e ex assistente lembra-se do episódio do meu cabelo vermelho... foi há muitos anos, uma  cena estranha e na verdade as pessoas ainda se lembram e sabem da minha imprevisibilidade. Por isso, na faculdade tinha a alcunha de Mr Bean, porque nunca se sabia o que podia sair do saco.
Não me consigo explicar melhor e sei que a menagem não tem passado convenientemente, visto que não há uma alteração no tom, na forma e no estar mais em consonância com o que gostaria neste momento. Acho que ainda há uma forma de estar de acordo com factos passados e que a transformação ainda não alcançou quem eu gostaria. Tenhamos Fé e confiança que seja possível chegar a esse ponto de equilíbrio.
Domingo de descanso, em que acordei perto do meio dia, o que não me acontecia desde há muito. Ando mesmo a necessitar deste descanso e por isso anseio por ir para Sesimbra onde costumo relaxar e dormir imenso pela envolvência, clima e ambiente existente.
Durante a tarde fomos dar uma volta, pelo Corte Inglês para se trocar uns presentes e ainda ao  Colombo para resolver uma situação da Zon, que ficou em andamento. É preciso ter um enorme cuidado com estas operadoras que alteram as condições como entendem....
Voltando ao descanso, sinto uma enorme necessidade de dormir, bem como de estar num clima positivo, luminoso e com muito empenho e força.  Quero mesmo que sejam dias de ferias, descontraídos e sem stresses, bem como de " reencontro" de pessoas.
A verdade é que as réplicas do abalo ainda se fazem sentir e, se não houver um maior entendimento e aceitação desse facto, é bem mais complicado digerir e entranhar os novos factos e realidades. Por vezes, sinto ter perdido um pouco o norte e a orientação e tudo isto está a mexer muito no meu interior, com alguns ( ou muitos ) reflexos para o exterior, nem sempre devidamente compreendidos.
Começa a haver alguma pacificação interna, muito ténue mas a caminho da devida digestão e entendimento, se bem que não ainda a aceitação da realidade e o pensar que tudo se irá resolver doutra forma. Mesmo sabendo que é real e será o caminho a percorrer.
Mas saiamos deste circulo em que nós encontramos e pensemos no que fomos descobrindo nestes dias, ou melhor, nesta ultima semana tão intensa e cheia de novidades. Em contraste total com a tal neutralidade ou quietude que sentia e de que me queixava, sem fazer ideia do que me estava reservado. Gosto destes embates e, durante a minha vida, estes abalos sempre foram sinal de grandes mudanças e evoluções, por me fazerem pensar, sair da minha zona de conforto e procurar novos caminhos e etapas. Espero que, desta vez, também seja assim...
Um enorme SORRISO com muita esperança e FÉ na vida, bem como na compreensão das pessoas na certeza de que possamos transmitir a nossa diferente identidade interna para sermos melhor entendidos.


domingo, abril 13, 2014

Recordações

No começo do Jantar

Entrada

O meu querido filho e uma das minha querida sobrinha

Com a minha querida irmã P.

Prato principal.... delicioso


Recebi as fotos ontem.... recordam este jantar fantástico, que adorei organizar e surpreender aquele que tão importante é para mim... a vida pode ser feita destes momentos lindos, cheios de cor e de luz, que nos proporcionam emoções e sensações que nos aquecem a alma e a nossa identidade.
 
Ontem foi dia de trabalhar toda a manhã, com uma forma e estar bastante diferente do antigamente por haver mais calma, maior pacifismo e sobretudo uma grande interligação entre as pessoas que se estimam e acreditam trabalhar para o mesmo fim.
Depois do almoço, a sesta do costume, seguida dum grande lazer para sairmos então à noite a caminho do CCB, para revermos os Stomps (http://www.stomponline.com/); já os vimos umas três vezes, incluindo esta, e são sempre um fantásticos. Fazem música e animação com coisas banais e o conjunto, a coreografia e a animação dão duas horas de descontracção, boa disposição e uma enorme alegria. Gostámos bastante como sempre.
Seguimos depois a cear no "O Prego da Peixaria" (http://www.lifecooler.com/artigo/comer/o-prego-da-peixaria/439825/), onde queria ir há muito tempo e que ontem calhou mesmo.
Um espaço agradável, descontraído e simpático... com pregos de diversas formas e conteúdos. Comi aquele que queria, de salmão e chocos que ficou aquém do que esperava, porque também já não havia o pão adequado para aquele tipo de hambúrguer. A "loiça" é muito castiça, os copos são frascos de doce, as batatas vêm em púcaros.... vale a pena ir cear e ficar um pouco.
Será que as transformações das pessoas são tão pouco evidentes que não fazem alterar registos e comportamentos antigos e adaptá-los a esta nova realidade ? Ou será que não se consegue perceber isso mesmo e o padrão é repetitivo e permanente, por ser algo demasiadamente enraizado na identidade própria?
isto é, esperava que a minha pequena mudança, grande em muitos pormenores e sobretudo imensa em comportamento e rituais negativos, fosse melhor compreendida e aceite, havendo uma "retribuição" com a aceitação desses novos factos e ainda com um comportamento diferente sem recriminações, tons agressivos ou acusações sem grande nexo actual.
Mas essa alteração está a ser difícil e ressinto-me bastante disso, porque sinto que deveria haver um maior entendimento e reflexão acerca do que poderia e deveria mudar, para que as relações ficassem mais positivas e francamente melhores. Por vezes, parece estarmos a remar em sentidos contrários, o que não deixa de ser cansativo e penoso.
Hoje consegui acordar quase ao meio dia, o que é um feito extraordinário, mas necessito mesmo de descansar e dormir o que me apetecer, para repor energias, recarregar as baterias e sobretudo conseguir entranhar tudo aquilo que me tem acontecido nos últimos tempos...
Felizmente que vamos entrar num período festivo, com muitos feriados e sobretudo quase dez dias de férias e de descanso merecido.... vamos até Sesimbra, onde não vamos há tanto tempo e talvez uns dias algures por este Portugal, ainda com tantos locais desconhecidos e por descobrir. Logo veremos o que nos apetece e principalmente como estaremos de finanças !
Agora vamos dar uma pequena volta, pelo El Corte Inglês e pelo Colombo para tratarmos duns assuntos e sair um pouco, aproveitando este dia de sol e de descanso. Estou bastante tranquilo hoje e sinto-me bastante descansado; gostaria apenas duma maior fusão das pessoas e um maior interacção neste dia a dia, visto que, muitas vezes, sinto que a minha transformação real e bastante sentida por mim, ainda não foi totalmente entranhada por quem eu gostaria que fosse para manter uma relação forte e empenhada.
Como hoje é dia do BEIJO, aqui fica um beijo muito especial a todos os que amo e estimo, acompanhado dum enorme SORRISO cheio de luz e muita cor. Que sejamos capazes de transmitir através dum "simples" Beijo todo o afecto e Amor que temos pelas pessoas.
 
 


sábado, abril 12, 2014

Gestos

Na vida e no nosso dia a dia, há os tais pequenos gestos de que falo desde os primórdios deste blogue e que fazem a diferença na nossa vida, bem como, assim o espero, na vida dos outros....
Hoje estava a comprar uma flor para dar à minha assistente quando a meu lado está uma senhora que não via há mais de dez anos e que mantém as mesmas feições e postura. Cumprimentei-a pelo nome próprio porque me lembrei perfeitamente, dado que era uma família que estimava e que também tinha laços especiais comigo. Inclusivé tenho um quadro muito engraçado que me foi dado pelo marido desta senhora e comprado na Alemanha, composto pelas diferentes etapas dum dente.
Estivemos a conversar uns minutos, a informar-me acerca da vida, dos filhos e agradou-me este momento que foi, para mim, especial e espero também para a senhora. É sempre bom ser recordado e lembrado e é engraçado como está é uma das tais famílias, minhas doentes há muito, que recordo com algum carinho, mesmo não vindo ao consultório.
É uma vida que se recorda, muitos factos e momentos engraçados e sobretudo a certeza de, para o bem e para o mal, ser lembrado e conhecido por estas paragens....
A verdade destes dias tem sido marcada por um autêntico turbilhão de factos, ideias e memórias do meu (in)consciente.... o facto desencadeados de tudo isto, foi efectivamente a "quebra" dolorosamente sentida pelas novidades do meu analista, que me afectaram profundamente. Postei já informações acerca de Sri Lanka que, de repente, se tornou fulcral e tão importante na minha vida. Fez-me equacionar muita coisa, desde transferências várias,  este eternos sentimento de abandono e traição que é um padrão constante e repetitivo da minha vida, aspectos sexuais e até a mudança de alguns comportamentos e parafilias nocivas para outros actos, inofensivos na sua aparência, mas igualmente demonstrativos das compulsões que tenho.
A obsessão pelos jogos de computador e o dispêndio de tempo e de dinheiro nos mesmos é, neste momento, uma substituição doutras parafilias que também devo combater. Mas a verdade é que, não tendo qualquer culpa nesse aspecto, os exemplos que tenho também me levam a isso... a minha irritação perante a atitude de quem também está permanentemente a jogar prende-se não com a pessoa em causa, mas sim com o meu receio destas mesmos compulsões. É evidente que a única pessoa que tem "culpas" é apenas e tão só a minha pessoa, mas é mais fácil, bastante mais fácil descarregar em cima doutro do que assumir os nossos medos e receios. Explicado ???
Esta autêntica convulsão tem-se manifestado no meu comportamento diário e até no consultório, com uma menor paciência para com as pessoas e a tal embirração com aquela que mais prezo e gosto neste ambiente. É sempre para cima de quem gosto, Amo e Estimo que projecto as minhas raivas, os meus medos e inseguranças pela minha eterna busca de apoio, carinho, afecto e protecção.
É nesta conflitualidade que me movo e que vou percebendo cada vez melhor e com maior evidência; são estes aspectos que tenho que trabalhar e transformar todas estes factos noutros factos e memórias, para que consiga estar bem comigo e com os outros. Principalmente aprender a não projectar nos outros as minhas frustrações ou fraquezas, o que sempre foi uma das minhas características mais perturbadoras para o meu equilíbrio interno e também externo. 
Todas estas sensações e emoções estão particularmente vivas neste momento pelos motivos já descritos e que, se por um lado me provocam algum sofrimento e mal estar, por outro é bastante benéfico e esclarecedor.
Ainda no outro dia me queixava da aparente neutralidade e igualdade dos dias, dos factos analíticos para passados alguns dias tudo estar diferente e encarar a realidade doutra forma. Até a figura paterna adquiriu outra dimensão e outra perspectiva, totalmente diferente da que tinha e perfeitamente enquadrada na minha problemática. 
Como está tudo relacionado, tenho reflectido bastante nos silêncios do AA e no aparente desinteresse em certas abordagens, percebendo agora que há assuntos que não são oportunos e devem ser abordados mais tarde ou noutras alturas. Sinto que estou a conseguir correlacionar muitas facetas da minha vida e ainda mais curioso, a conseguir encaixar as diferentes peças umas nas outras com uma grande lógica e realismo.
O fim de semana é mais curto por estar a trabalhar e a produzir, mas felizmente que a próxima semana é bem mais curta, bem como a seguinte, pelos feriados e épocas festivas. Além de que nos últimos dias deste mês, estaremos de ferias e espero, desejo e quero que sejam efectivamente ferias de descanso, compreensão e muito, mas mesmo muito afecto e Amor.
Através duma rosa, símbolo de Paz e Amizade estendi a mão a alguém que estimo e que sei ter magoado ontem,; através dessa flor reconheci uma pessoa com quem falei e que me deu um fugaz momento de serenidade e alegria e por causa dessa mesma flor -uma simples rosa - fiz uma série se associações livres como se estivesse numa sessão, com a certeza de que, com estes gestos e atitudes, o nosso SORRISO pode ser melhor e mais positivo.
Se conseguirmos durante a nossa vida, mudar um ínfimo grão de areia na engrenagem universal, então podemos dar a nossa vida como útil e termos contribuindo com algo milionésimamente pequeno mas significativo. Sempre escrevi que um SORRISO pode e faz toda a diferença e se nós compreendermos, como estou a começar a perceber, ainda melhor visto que podemos manter este mesmo SORRISO interno duma forma permanente e gratificando, com as suas projecções para o exterior. Que sejamos capazes de nos perceber cada vez melhor, para que com a reestruturação do nosso objecto interno, possamos projectar a nossa verdadeira e intrínseca idêntica nos que nos rodeiam, nos que Amamos e estimamos.

Sri Lanka

É surpreendente como é que um País que fica no outro lado do mundo adquiriu de repente uma importância tão grande no meu quotidiano.... para além do comentário habitual que ainda estou a escrever, vou postar informações acerca deste local que vai fazer parte integrante da minha vida de ora em diante por motivos analíticos. Um grande SORRISO para todos os que por lá andam e em especial para a pessoa que motiva este comentário... (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sri_Lanka)
"O Sri Lanka ou Sri Lanca (por vezes aportuguesado para Seri-Lanca; conhecido pela forma portuguesa equivalente Ceilão, adotada pelo país até 1972; e chamado de Taprobana na Antiguidade e em Os Lusíadas), é um país insular asiático, localizado ao largo da extremidade sul do subcontinente indiano. Tem costas para a Baía de Bengala a leste, Oceano Índico a sul e a oeste, e o Estreito de Palk a noroeste, que o separa da Índia. A sua capital é Sri Jayawardenapura-Kotte (ou simplesmente Kotte), subúrbio da antiga capital Colombo, desde a inauguração do novo edifício do parlamento, em 1982... "
 
 

sexta-feira, abril 11, 2014

Momentos

Há dias "terríveis" de consultório em que, pela lei do acaso existente, as desmarcações se sucedem umas às outras... nunca gostei de trabalhar aos bocados, por perder o fio à meada e o interesse nas consultas. Se não fosse estar a recuperar muitos doentes que há muito não iam à consulta e que estão a voltar, ter-me-ia ido embora.
Em especial adorei o regresso duma doente, cuja família conheço há mais de 30 anos, e que por circunstâncias várias, começou a ser visto por um "mecânico" e curioso que, ilegalmente lhe foi reparando umas coisas... como o marido desta senhora estava bastante perturbado mentalmente, não se apercebeu da situação que felizmente agora está devidamente regularizada.
Gosto mesmo de recuperar antigos doentes, por ganhar confiança e perder a sensação de abandono e traição que sinto sempre que isto acontece e, muitas vezes, sem quaisquer motivos válidos e perceptíveis. Fico sempre com uma enorme dor e raiva.
Ontem também me apercebi que os processos de transferências que todos nós fazemos têm a sua   lógica e podem justificar as nossas reacções e actuações perante as situações e os factos. Tive a consciência de que perante certas afirmações ou sentir que se estão a vitimizar, remeto para padrões de comportamento que fizeram parte dos meus registos desde sempre.
Nestes casos, a minha reacção é bastante negativa e intensa precisamente por causa disso, para além de que nestes últimos dias houve várias campainhas que tocaram a rebate em simultâneo e trouxeram à superfície imensa coisa duma vez só e muito rapidamente.
Sempre me interroguei dos motivos porque nós juntamos a esta ou aquela pessoa e não a outra, porque para mim é evidente que apenas a Amizade ou as parecenças não são suficientes para cimentar uma amizade ou uma relação afectiva. Tem que haver algo mais e pode ser que sejam "apenas"  estes processos de transferência ou de processos inconscientes importantes que nós levam a escolher determinado tipo de pessoa ou relação.
Neste momento e ontem, tive a plena convicção de que estava a reviver a vitimizacão, a culpa, o constante regresso ao passado, ao predador masculino e ao inocente feminino. Foram papéis que me acompanharam durante anos e que vou tendo, agora, a consciência disso mesmo... dai talvez a minha reacção excessiva a determinadas atitudes ou comentários.
Também ontem fui jantar com a minha maninha que, neste momento, atravessa uma "pequena" crise existencial com algumas dúvidas e muitas interrogações acerca do papel que cada um de nós tem nesta vida e neste presente. O curioso é que, entre nós os dois,  há muitas semelhanças nas dúvidas, na forma de ver certas coisas, no sentido das coisas, das necessidades especiais de afecto e carinho e ainda no querermos ser surpreendidos e acarinhados duma forma especial e diferente da habitual.
Fiz-lhe a mesma pergunta que me faço muitas vezes... será que estamos a exigir demasiado duma pessoa em particular, cujas limitações conhecemos ou será que queremos a mudança de algo que sabemos não ser realista ?
Estamos a projectar noutra pessoa o que somos e queremos ou devemos aceitar o que o outro tem para dar e igualmente aceitar a sua forma de ser e estar. Não somos pessoas fáceis de lidar, nem de estar visto que por "deformação" familiar e por contactos negativos, somos levados muitas vezes a pensar duma forma enviesada e até não coincidente com a realidade existente.
Aprendemos até a desconfiar de coisas simples e a complicar o que não deve ser complicado, mas a fonte dessas atitudes é a mesma para nós os dois e, pela força e intensidade dessa mesma fonte, temos ( devemos) fazer uma reflexão séria e intensa acerca do muito que nos vai acontecendo e marcando na actualidade.
Tudo isto para dizer que somos pessoas complicadas e difíceis, não sendo muito fácil conviver connosco até pela nossa imprevisibilidade e exigência de querer para além do que é possível e por vezes querermos à nossa maneira, sem o explicitarmos pelo que a outra parte não pode adivinhar como o queremos. Também nos temos de perguntar se conseguimos ver para além da evidência e atingir a outra ou outras pessoas da forma que eles gostam ou querem. Quando se é mais linear e simplista, é bastante mais fácil do que quando se tem tantos "curto-circuitos" neuronais e tantas gavetas entreabertas que vão despejandoo seu conteúdo para cima de nós e da nossa forma de estar.
Tudo isto para dizer que a nossa própria identidade se pode compor diariamente, mesmo sendo necessário desconstruir algumas coisas e adaptá-las a novas realidades ou ao que vamos descobrindo; o que temos nas tais gavetas é de tal forma importante e condicionante do nosso comportamento que o despejar do existente tem que ser feito duma forma gradual e constante para que não entremos em "parafuso" com o muito que desconhecemos ter dentro de nós.
Ainda me encontro a digerir e a tentar entranhar muito do que aconteceu nesta semana e nestes dias, porque sinto que foi uma autêntica revolução que houve e dai a necessidade de deixar poisar estes factos, emoções e acontecimentos para os poder entranhar, compreender e reagir em conformidade. Neste momento ainda existe muita raiva e alguma dor que tento controlar e sobretudo dominar com um grande SORRISO, que ajuda sempre a melhorar tudo e a fazer-nos mais Felizes e preparados para a vida.

quinta-feira, abril 10, 2014

(Ainda) Cansado

Continuo com um imenso cansaço, tendo já pensado que possa ter fibromialgia, por não ser natural estar tão fatigado sempre, mesmo depois de ter dormido mais de 9 horas... será da estimulação neuronal e de todas as preocupações, emoções e factos ocorridos ou apenas o natural desgaste da idade e deste dia a dia.
Felizmente que se aproximam dias de descanso e espero mesmo ter oportunidade de o fazer e deixar as muitas pontas soltas que todos temos na vida e que, melhor ou pior, vamos tentando resolver e entranhando. Sinto que as últimas novidades me deixaram bastante confuso, estranho e de alguma forma que muita coisa chocou comigo.... a imagem que tenho agora é dum comboio a alta velocidade que embate violentamente num obstáculo que tem de superar e prosseguir caminho, buscando forças e as capacidades necessárias.
A vida continua.... estaremos de ferias em breve e ainda bem que assim é, porque como disse necessito mesmo de estar completamente ausente desta realidade e sentir-me ligado a um ambiente positivo, amigável e sobretudo longe deste quotidiano, muitas vezes opressivo ou pelo menos estranho.
Hoje vou jantar com a minha maninha, para conversarmos e fazermos um ponto da situação, visto que ela não anda numa fase muito favorável; acho que a percebo e até tenho a intuição do que se passa naquele inconsciente, porque, forçosamente,  tem que haver uma enorme contradição entre o que foi e é na actualidade, que se agudiza quando é confrontada com outras situações vagamente relacionadas com o passado.
Ou seja, teve-se uma vida plena de muita coisa, seguiram-se anos de realização profissional e pessoal e neste momento, talvez a rotina da vida bem como a "não" existência de determinados aspectos levam a que as pessoas possam sentir-se menos bem e mais em baixo. Acho que é um dos problemas de muita gente... e até em parte de mim próprio. Devo analisar e trabalhar esta vertente...
Este mês de todos os feriados concentrados será certamente um período mais tranquilo, na medida em que muita gente estará de ferias, os miúdos não têm aulas e com meia dúzia de dias, consegue-se quase o dobro de dias em ferias. Ou seja, com 4 dias ficaremos fora, cá dentro, cerca de dez dias... espero, desejo e quero que sejam mesmo dias de relaxamento e descontracção total e completo.
Bem como de entendimento, concórdia e uma intimidade maior e verdadeiramente sentida porque preciso mesmo disso... normalmente quando idealizo dias ou factos, nem sempre estes correspondem ao que procuro. Espero que desta vez se concretizem os meus desejos...
Nem sempre consigo transmitir esta minha necessidade de descanso e de afecto, tanto mais que a capacidade de dar afecto não será o forte de quem me rodeia. Esse carinho é dado doutras formas e feitios, sobretudo pelo cuidado no bem estar, em atenções várias mas muitas vezes não alcança a forma que preciso, dum simples beijo ou abraço diferente. Ou tão só duma palavra mais carinhosa ou oportuna.
A mente humana é bastante complicada e algumas ainda mais, porque quanto mais se "sobe" no conhecimento e na interpretação do nosso EU, da nossa identidade, mais difícil será gerir o nosso ambiente e conseguir interpretar tudo o que nos acontece. Para além disso, há a tendência constante de tudo querermos perceber e analisar, num exercício cansativo e permanente. 
Desde que iniciei esta nova etapa de vida, que dou comigo a fazer algo que seria impensável há uma meses, que é na análise exaustiva dos factos, das emoções e das pessoas, tentando extrair de tudo isso as consequências possíveis e ainda as conclusões devidas. Evidentemente que a prestação do AA é fundamental e essencial para tudo isto.
Tenho a consciência de que me encontro num patamar bastante diferente do que estava há uns meses, com maior clareza e luminosidade em muita coisa e a conseguir entregar-me a prazeres simples que me dão uma felicidade sem angústias, culpas ou remorsos, que era desconhecida por mim.
Tudo está na nossa génese, na nossa primeira infância e em tudo aquilo que vivenciados e cada vez mais percebo muito do que me aconteceu e me condicionou para a vida, bem como o enorme esforço que tenho feito para progredir e entender-me. E isso devo-o a mim, às minhas capacidades e inteligência porque doutra forma já teria ido ao fundo diversas vezes. Aliás andei bem lá perto, mas felizmente que consegui chegar à bóia de salvação e começar a estar mais à superfície duma forma tranquila e pacífica.
E sempre com um SORRISO interno que se apresenta cada vez mais luminoso, quente e colorido num arco íris enorme, encontrando-se o imaginário pote de ouro no fim desse mesmo arco íris... transpondo para a realidade, será que alguma vez encontraremos esse fim de nós mesmos e a nossa plena realização ??
PS: Bon Voyage para quem hoje inicia uma nova etapa da sua vida a milhares de quilômetros de distância deste nosso pequeno (e triste) País.