domingo, abril 20, 2014

Factos de Vida

Para além do seu aspecto lúdico, o Facebook também nos pode trazer alguns pensamentos mais profundos, anseios e desejos dos nossos amigos e conhecidos. Para uns funciona como uma autêntica feira de vaidades e de propaganda, mas para outros é apenas e tão só um meio de "falar" com muitas pessoas e sabermos algumas novidades.
Evidentemente que já não consigo passar sem esta ferramenta e sem constantemente estar a actualizar porque me permite estar ligado ao mundo... é claro que viver para o FB ou fazer dele um objectivo de vida é doentio e preocupante mas a verdade é que revolucionou e nem sempre para melhor a vida de todos nós. 
Os planos que tínhamos para a próxima semana ficam um pouco alterados com um email recebido há pouco, reforçando um convite para irmos ao Porto passar o fim de semana, o que deveremos fazer. Talvez a ida a Montargil fique adiada por mais uns tempos , apesar da imensa vontade em conhecer e apreciar a zona. Vamos ver bem o que faremos.
Páscoa molhada, de céu cinzento, aguaceiros e temperaturas mais baixas... tempo de ficarmos em casa, a escrever, ler, falar e "enjoying" o momento. Apreciar o que nos é dado e proporcionado duma forma pacífica e tranquila, é algo que se vai aprendendo e desfrutando. A verdade é que à medida que vamos crescendo, amadurecendo e tendo um maior conhecimento do nosso EU, também vamos apreciando mais os pequenos nadas da vida e a imprevisibilidade da vida, com os seus factos aleatórios e felizmente nem sempre esperados.
Isto é, podemos comandar parte da nossa vida e fazermos dela algo do que queremos, mas grande parte dessa mesma vida é imprevisível ou pelo menos não conhecido se bem que tenha grande importância, mesmo fundamental, a nossa postura interior e a sua projecção para o exterior. 
Acredito que ao estarmos bem connosco e nós sentirmos bem, certamente que o que nos rodeia estará igualmente bem e desanuviado; se juntarmos uma linha de verdade e de rectidão no nosso comportamento então teremos todos os ingredientes para nós sentirmos felizes e podermos fazer os outros também felizes.
Todos estes conceitos e "novas" formas de vida são relativamente novos para mim, visto que exigem um grande conhecimento interior e uma aceitação do que somos e do que queremos. Bem como conseguirmos em primeiro lugar vivermos connosco próprios, no nosso mundo e com a nossa identidade.
Quando tínhamos tanto ruído de fundo a perturbar o nosso ID e/ou EGO, precisamos de fazer um grande trabalho introspectivo e analítico para nós percebermos e apagar esses mesmos ruídos, de modo a permitir que haja música e uma harmonia interior que nos faça ver e sentir os factos, emoções e sensações duma forma mais simples, mas mais intensa e ainda duma forma mais feliz.
No fundo todos nós queremos ser felizes, mas muitos nem têm ideia do emaranhado em que se encontram e em que se vão afundando no dia a dia... apenas com a mente limpa, com as tais gavetas cerebrais esvaziadas e devidamente arrumadas é que conseguimos atingir um determinado nível de conhecimento que nos permita alcançar esse mesmo estado positivo e de felicidade.
Tem que haver uma evolução pessoal e colectiva para que apreendamos o que é mesmo importante e separar o supérfluo da vida e do quotidiano, visto que ao enredarmo-nos em questiúnculas e não assuntos vamos gastando energias, tempo e vontade que seriam mais bem aproveitadas nesta busca do que realmente queremos.
E será que sabemos mesmo o que procuramos e queremos ou andamos ao sabor da corrente e do que nos é dado? Neste momento, sinto que temos a obrigação de lutar pelo que queremos e de alterar o que tem que ser alterado dentro de nós e no nosso exterior para que encontremos os nossos objectivos e consigamos realizar-nos o melhor possível.
Concluindo o que tenho dito desde há algum tempo, devemos fazer por evoluir no sentido de percebemos o que fazemos neste mundo e quais as nossas finalidades e prioridades para que possamos chegar ao fim das nossas vidas, olhar para esses dias e podermos ficar de consciência tranquila e em paz.
Não ter sentimentos de culpa, de remorsos pelo que se faz ou deixa de fazer, de não nós sentirmos sós ou abandonados nem traídos exige um longo caminho e a criação das tais novas auto estradas de que fala Damásio e em que vou acreditando cada vez mais nesta minha caminhada pela minha identidade....
O conhecimento dos meus medos e receios, das minhas limitações, frustrações e projecções é um elemento fundamental para a transformação que quero ter, bem como o meio o para alcançar esse mesmo fim que pretendo. Assim sejamos capazes de entranhar todos estes novos conhecimentos e que eles contribuam para o nosso "novo" estar na vida e no mundo.
Um Grande SORRISO neste domingo de Páscoa, em que os crentes acreditam na ressuscitação de Jesus. Um especial voto para todos que Amo. 

Sem comentários: