quarta-feira, abril 16, 2014

(Quase) Em Ferias

Quase, quase em modo de férias... primeiro apenas o fim de semana prolongado da Páscoa, depois uns dias de trabalho para então entrarmos num período alargado de descanso, bem necessário para entranharmos devidamente todos os factos mais recentes.
Espero que sejam mesmo dias de descanso, descontracção e também de aproximação ao que somos neste momento, com maior entendimento, compreensão e vontade de que a interligação seja cada melhor e os sentimentos consigam prevalecer acima das minudências fúteis.
Há que entender o que somos em cada momento, bem como esforçarmo-nos por perceber quem nos rodeia, visto que o dinamismo duma relação, está muito relacionado com as idiossincrasias próprias de cada pessoas em cada momento.
É evidente que os reflexos do passado podem condicionar  e ter o seu peso relativo, mas devemos ter o discernimento e a inteligência para os pesarmos na sua importância e adaptarmo-nos às circunstâncias de cada momento. Ou seja, não só acreditarmos na transformação como também e ainda nos empenharmos nessa "nova" situação duma forma empenhada e positiva e não apenas pela inércia dos factos.
Ontem, ao adormecer estive a listar o muito que tenho para contar e analisar com o AA, assim que ele voltar e recomeçarmos. Desde logo, estar zangado com a forma e o conteúdo dos factos como é evidente uma vez que "mexeu" com os muitos fantasmas que tenho. Depois a autêntica revolução havida e algumas conclusões que tirei, bem como ter-me apercebido de certas realidades de que não gosto particularmente.
Finalmente a grande necessidade de estar bem comigo próprio e não depender tanto dos objectos externos, sabendo contudo não ter conseguido ainda esta autonomização completa, visto acreditar que estamos integrados num meio e num círculo que influenciamos e que nos influência também.
Entranho melhor essa mesma convicção de que é em nós que encontramos a força, a motivação e o empenho para continuarmos, visto que se estivermos bem e formos interiormente felizes, certamente que também o seremos para o exterior e para quem amamos e estimamos.
A dificuldade de nós compreendermos totalmente, reside nos muitos bloqueios que vamos criando, nos recalcamentos que temos e nas sublimações que fazemos, o que somado nos altera o comportamento e o entendimento dos factos da vida. O mal estar e o transtorno que certos factos nos causam está directamente relacionado com aquilo que lhes é subjacente, porque memórias ou emoções negativas vão sempre repercutir-se nesses mesmos factos. Por isso e por vezes, pequenos nadas, uma palavra ou uma atitude inocente pode levar-nos ao desespero pela carga que tem e pelo emergir de factos do sub ou inconsciente.
Assim também funciona para a parte positiva em que o reforço de certos factos é evidente e nos proporciona bem estar, felicidade e alegria. Temos é que saber em cada momento o que se passa e fazer um esforço de análise permanente. 
E esse esforço implica visão, vontade e empenho bem como é portador igualmente dum grande cansaço, que sinto bastante neste dia a dia. Acho mesmo que esta fadiga enorme de que me queixo se deve bastante ao uso intenso das circunvalações cerebrais e menos a actividade física ou profissional. Também uma certa indefinição deste presente pode levar a esse cansaço, mas estou convencido que é o somatório de tudo o que tem surgido nestes últimos tempos e que tem mesmo que ser entranhado, percebido e devidamente arrumado numa das muitas gavetas cerebrais que temos.
Idealizo o nosso cérebro como um armário cheio de gavetas e espaços de arrumação, estando alguns ou bastantes desses espaços visíveis e que conhecemos perfeitamente, outros esquecidos mas que vamos recordar quando necessário e ainda outros que desconhecemos completamente e que, apenas virão à superfície se fizermos uma análise e as trouxermos à superfície. Da (des)arrumação  desses espaços resulta a nossa melhor ou pior saúde mental e a forma como estamos neste nosso dia a dia e nós relacionamos com os outros. 
É uma forma altamente simplista de pensar em coisas bastante complexas e difíceis, mas a verdade é que se conseguirmos dar outros formatos ao que temos, certamente que contribuiremos para estarmos melhor e principalmente conseguirmos ser mais positivos e integrarmos as emoções e os nossos sentimentos.
Assim tenhamos a inteligência, a intuição e a capacidade para, em cada momento, agirmos em conformidade, bem como encarar os outros duma forma mais positiva e cordata. Mas como tudo está inter-relacionado também as pessoas têm ou devem fazer o mesmo esforço que nós fazemos permanentemente. Ou pelo menos, tentamos fazer...
O mundo do inconsciente, do nosso EGO, do muito que temos e não sabemos é algo, que me atrai e fascina, visto que sempre achei que um dia iria ter um conhecimento muito grande desse mesmo mundo; estou a realizar neste momento esse mesmo desejo e espero que a concretização desse mesmo sonho me traga mais conhecimento, mais paz interior e sobretudo maior felicidade.
Os SORRISOS diários são a prova de que continuamos neste quotidiano na melhor forma possível e neste caminho que trilhamos e que queremos aprofundar mais e mais, com maior intensidade, mais conhecimento e consolidação da nossa identidade e do nosso EGO. Que sejamos capazes de o fazer com um SORRISO cada vez mais luminoso e colorido.

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