quinta-feira, outubro 31, 2013

Recordações de Viagens

Esta semana tem custado imenso a desenrolar e a desenvolver-se... ou seja, nunca  mais acaba nem chegámos ao fim de semana. Ainda por cima, penso que hoje à noite passei mais tempo acordado do que a dormir, estando bastante cansado e estonteado. Tive que tomar um café, o que raramente faço e um paracetamol para ficar melhor.
Devo estar com o(s) ouvido(s) interno(s) desequilibrados e alterados, na medida em que neste momento estou permanentemente com zumbidos e algumas tonturas.
Ontem foi dia de jantar com o Fran, sempre agradável e sempre cheio de entusiasmo e de vontade de seguir em frente... estes meus filhos, bem como toda a sua geração vivem efectivamente num mundo globalizado, porque este País já é pequeno para as suas vivências. Um está num concerto em Paris e o outro vai em breve a um concerto a Madrid.
Alguma vez na idade deles íamos a concertos seja onde for ou mesmo havia espectáculos deste tipo ?? Não me parece nem me lembro que assim fosse, tanto mais eu com a idade dum ainda andava a penar na faculdade e na do outro já estava a trabalhar e casado.
A grande diferença dos tempos é que na "minha" altura vivíamos neste canto à beira mar plantado, ir ao estrangeiro era um entusiasmo pelas diferenças flagrantes existentes e nem havia a facilidade dos low cost, nem dos hostels nem o que hoje temos à nossa disposição.
Lembro das primeiras vezes em que fui viajar pela Europa e pelos USA e com o encantamento e deslumbramento com que tudo via e anotava, pela diferença abissal existente na altura entre o nosso País e a realidade dos outros países. Então com os USA a diferença foi brutal... estive em New York e em Miami em 1978/9, altura em que atravessávamos uma crise enorme em Portugal, com a vinda do FMI, a limitação se saída de divisas e a inexistência de cartões. Apenas quem tinha dinheiro alguém podia dar-se ao luxo ao luxo de viajar.
Foi uma viagem fabulosa... onde ganhei o gosto pela cidade maravilhosa, pela vida nessa cidade e por tudo aquilo que tinha e tem. Nesse ano comemorava-se o centenário do nascimento de Picasso e tivemos ocasião de ver uma exposição fabulosa dele e pela primeira vi o Guernica, com muitos dos estudos feitos por esse génio para a concretização desse mesmo quadro.
Voltei a essa cidade que nunca dorme, mais umas 3 ou quatro vezes, mas agora há mais de 14 anos que não a visito, pelo que tenho uma grande voltar de organizar um regresso, integrado numa visita aos meus sobrinhos em Charleston e um regresso à Florida, para fazer um dos cruzeiros que dali partem. Talvez em 2014 ou por aí se a vida der a volta e se tudo melhorar entretanto.
Tive a sorte de viajar imenso nos meus tempos e de conhecer imensa coisa, inclusive longas temporadas em Paris, para cursos de verão... é uma cidade sempre no meu coração e por isso a ter escolhido para a minha lua de mel. Também não era costume as viagens para destinos exóticos e as pessoas ficavam-se pela Europa.
No tempo dos meus tios, que fazem mais de sessenta anos de casados, a lua de mel era passada em Portugal e num hotel ou estalagem dependendo das posses, porque a finalidade era mesmo a que toda a gente sabe, visto que os contactos eram inexistentes antes do casamento. Como diz o meu Tio, a cor das paredes era supérfluo para o que se pretendia.... !!!
Outros tempos, outras condições mas a certeza de que, em cada momento, temos e viver de acordo com o que podemos e ser felizes com um luminoso SORRISO cheio de força e de muita! mas muita energia positiva.

quarta-feira, outubro 30, 2013

Dependências

Dependências... o comportamento humano caracteriza-se por uma multiplicidade enorme de factores, factos, emoções, traumas, frustrações, sublimações e tudo o que queiramos buscar para o justificarmos.
Por todos esses motivos, vamos criando as nossas dependências que podem ser (e são) diferentes para cada um de nós e mais ou menos evidentes... estamos habituados a encarar apenas a dependência das drogas, do tabaco, do álcool e das que nós são mais comuns, mas existem outras dependências e hábitos igualmente viciantes que podem e alteram mesmo as vivências de cada um.
Desde a dependência do telemóvel, da internet, de jogos de palavras ou atitudes, até às posturas que muitos têm de se servirem da sua posição hierarquicamente superior para se assediarem ou controlarem indevidamente os seus subordinados. São também dependências fruto de manias e de personalidades que, dependendo do nível e da forma, podem ser também igualmente patológicas e altamente dependentes. Criam o mesmo nível de ansiedade e de habituação que as outras mais comuns.
A grande diferença é que o próprio não consegue perceber ou entender o seu grau de dependência ou que está "agarrado" ... li há uns dias uma reportagem acerca do adolescentes completamente viciados nos jogos de computador, que jogavam compulsivamente e dias seguidos, o que obrigou a uma intervenção psicológica para resolver esse desvio na medida em que já interferia com as actividades normais do quotidiano, como estudar, relacionar-se e viver.
Outros têm a compulsão do jogo... não conseguem parar de jogar mesmo estando a perder o que não têm e que depois de estragarem completamente e vida, têm que ser proibidos de entrar num local de jogo. Conheço alguns casos destes que destroem completamente a vida pessoal, familiar e profissional das pessoas.
Conheço outros casos de prepotência profissional em que o superior age duma forma incorrecta e que joga precisamente com a necessidade existente de se trabalhar; é o caso das humilhações que se fazem, do assédio moral ou sexual existente que, sendo muito difícil de provar, apenas tem como consequência ou o afastamento voluntário da pessoa ou a satisfação dos desejos manifestados. Normalmente há um superior do sexo masculino com um subalterno feminino, com aparentes menores defesas.
Todas estas compulsões devem-se a alterações psíquicas, patológicas ou não, que devem e têm que ser trabalhadas se obedecerem a padrões definidos e repetitivos, na medida em que são comportamentos desviantes. O problema é que a maior das pessoas não consegue identificar que tem um problema e por isso vai mantendo esse registo sempre agravado pelos mesmos comportamentos e impulsos. 
Há muito que não falo de política ou da nossa situação, mas infelizmente a verdade é que tenho a convicção de que estamos a ser (in)governados por crianças, ainda por cima birrentas, que de zanga em zanga, vão destruindo cada vez mais o (pouco) existente.
A política está entregue a pessoas sem quaisquer capacidades e mesmo os seniores da nossa  cena política estão a ficar caducos ou senis, como se pode constatar pelas declarações de alguns deles que raiam o absurdo e a falta de educação. 
Onde antes havia elevação e educação, hoje existe raiva, frustrações e um mau perder evidente, aliado a uma mediocridade perceptível em todos os que andam por aí, a dar palpites e a fazerem aquilo que, pelos vistos, não sabem fazer.
A situação tem melhorado por um lado, o que é francamente bom, mas no dia a dia, as pessoas vivem pior e com mais dificuldades e sobretudo já não existe confiança nas instituições, nas pessoas e nas promessas. Mais grave ainda, sinto que se perdeu a esperança no futuro e na nossa capacidade de um dia conseguirmos ter um nível e uma qualidade de vida compatível com os nossos desejos e com aquilo que achamos merecer.
Será que também temos a dependência de falar mal e negativamente da nossa situação e ser normal desconsiderar tudo e todos, apontando apenas os erros e não valorizar as coisas positivas? Ou é evidente que, neste plano inclinado em que estamos, não há valores, princípios ou factos que nós permitam voltar a ter esperança e alegria pela vida política e pela vida deste nosso (cada vez mais) pobre País.
Mantenhamos o SORRISO, de que temos uma absoluta dependência, para nos aquecer e orientar neste nosso quotidiano, esperando que todos os que se encontram dependentes seja do que for, consigam ter essa consciência e alterem os seus hábitos e costumes, para bem próprio e mais ainda, para bem de todos nós inseridos no Universo.

terça-feira, outubro 29, 2013

Dias de (quase) Neura

Haverá qualquer coisa no ar, propício a ficar (quase) com neura ou será a preparação para a sessão de análise a ter lugar ao principio da noite ?
Será que tenho algum motivo para não estar nos meus melhores dias ou são apenas dias e momentos que todos temos ? 
Até acho que deveria estar mais satisfeito e pacificado pelas pequenas ocorrências dos últimos dias que pelo seu significado me tranquilizam bastante em relação ao futuro, nomeadamente na aceitação duma realidade existente, bem como na integração cada vez mais plena a real da minha situação no seio da família alargada.
Neste dia inteiro de consultório (talvez ) haja (quase) sempre uma certa falta de vontade e uma relativa tensão  que vai variando ao longo dos dias, dos minutos e  que vai sendo influenciado pelas ocorrências, factos, acontecimentos e até emoções próprias. Há uma enorme frieza e uma quase completa falta de afinidade entre formas de estar e principalmente de ser que, não se interligam agora nem provavelmente nunca, mas que poderão coexistir se assim houver vontade.
É verdade que um minuto tem sempre sessenta segundos, mas a objectividade desse facto pode e é vivida de diversas formas consoante a nossa disposição, consciência, envolvência e todos os factores que temos à nossa volta e no Universo, pelo que os mesmos sessenta segundo podem ter a duração duma vida em determinado momento ou atravessarem a nossa vida numa aceleração enorme, sem darmos conta desse mesmo minuto.
A variação deste nosso dia a dia é grande, na medida em que depende de inúmeros factores, muitos endógenos mas também bastantes exógenos e deste equilíbrio que procuramos, assim conseguimos atar melhor, pior ou duma grande neutralidade, sem ondas ou percalços.
A certeza destas flutuações e destas tempestades seguidas de bonanças que vamos tendo, condicionam o nosso humor e a nossa forma de sentir o que nos rodeia e o que  temos e conseguimos.
A crescente consciência destes factos e destas formas de vivências são (talvez) a chave para podermos ser mais felizes, menos controversos e sobretudo tentar encontrar a paz e a calma que queremos nos diversos meios onde estamos inseridos.
Ou seja, sendo em nós que é tudo, temos que (cada vez mais) aprender a viver nestes equilíbrios e perceber que muitas das reacções, positivas ou negativas, com que somos confrontados, são fruto das nossas acções e actuações. Assim se tivermos a capacidade para adequarmos o nosso comportamento ao que gostaríamos e desejássemos que fosse o nosso dia a dia e as acções das pessoas que connosco coabitam e coexistem, certamente que tudo será bem melhor para todos e principalmente para a nossa homeastasia interna.
Será que há razões, que a razão desconhece que nos leva a este estado de (quase) neura ou será que determinadas atitudes e comportamentos deixam as suas raízes espalhadas pelo que somos e provocam este mal estar interno. Neste momento sinto-me preso numa enorme teia, sem liberdade de acção e de vontade, o que não me agrada minimamente, mesmo que, como é o caso, não tenha qualquer vontade de fazer nada fora do pensamento e do que é correcto.
Mas o facto de me sentir tão controlado e "apertado" deixa-me mesmo um sentimento de angústia, duma certa revolta e de agir antes de pensar, o que não quero de todo... são ainda reacções de registos antigos e que devem ser bastante trabalhados, pelo sua significância e importância. Dito doutra forma, sabendo que sou tão controlado tenho o instinto de fuga para a frente sem o querer e sem ter qualquer vontade, mas que são manifestações do meu lado negro e negativo. Será compreensível ???
Um enorme SORRISO neste (quase) inicio de semana, com a aproximação de mais um mês, estando quase na quadra natalícia e numa época do ano em que o Amor, a interligação às pessoas é maior e mais sentida, se bem que Natal é quando um homem quiser.

segunda-feira, outubro 28, 2013

Segunda

Nova semana, a mesma rotina e até por vezes a repetição de factos e acontecimentos que, apesar de repetitivos, não deixam de provocar ou dor e sofrimento ou satisfações inesperadas.
Mas também a alegria da mudança de atitude e comportamentos que, talvez ( um grande talvez) possam significar uma alteração de raciocínio e de acção ou apenas um reconhecimento pelo que é feito e da forma como se deve retribuir.
Este fim de semana foi uma miscelânea de sensações e até emoções, na medida em que houve momentos muitos bons, misturados com outros menos bons e mesmo num mesmo registo que, podendo entender, não consigo assimilar a forma de o combater.
No sábado o jantar de família renovou energias, consolidou laços e deu sentido aos nossos esforços de aproximação e valorização da família, com quem me vou dando cada vez melhor e com quem me sinto muitíssimo bem. Neste jantar em concreto, adicionámos uma primos com quem não tínhamos grande relacionamento, mas com quem também quero reforçar a ligação.
Ontem foi igualmente domingo de Mãe, que passou o dia connosco; acho-a sempre lúcida e consciente, apesar de ver cada vez menos e por isso pouco ou nada poder fazer para se ocupar. Mas o importante é estar bem de cabeça e até, por vezes, me conseguir surpreender... 
Ao fim do dia, uma excelente surpresa numa mudança de atitude e de comportamento que podar ter algum seguimento, se houver bom senso e compreensão mútuas. É evidente que fiquei bem satisfeito e esperançado que possa um dia destes haver um normal e saudável relacionamento entre todos nós.
Felizmente que As pessoas têm o poder e a capacidade de se renovarem e de nós surpreenderem, bem como nós o devemos tentar; quando isso acontece, quer com filhos, família ou relações é extremamente positivo e benéfico para o nosso bem estar e calma interior. 
Nesta interligação que temos de tudo com todos e de todos com o Universo, o importante é percebermos o que podemos fazer e melhorar na nossa forma de ser e estar, bem como podemos contribuir para que os que, connosco, se relacionam e interagem se sintam melhor e fortalecidos. No seguimento desta interacção, pode-se, por exemplo, ter uma espécie de magistratura de influência, ouvindo daqui e corrigindo dali, numa aproximação de pessoas e pontos de vista, tanto mais que, muitas vezes, há determinados mal entendidos provocados precisamente pela falta de diálogo e de entendimento.
Acho que, pela posição que tenho e que sempre cultivei, poderei estar bem posicionado para desempenhar esse papel com a maioria da família, se bem que saiba perfeitamente que é difícil perceber e conseguir chegar a bom porto. Mas tenta-se sempre e temos tido a felicidade de termos conseguido pequenas vitórias que fizeram a diferença!
Se conseguirmos baixar a conflitualidade existente entre as pessoas, dirimir os pequenos mal entendidos que se vão tornando maiores com a passagem do tempo e ainda darmos o apoio possível a todos os que amamos e queremos já estaremos a fazer bastante por todos, a dar o que temos e sabemos e a melhorar francamente o nosso círculo familiar e de amizades.
Com este pensamento e esta forma de estar, deixo o meu habitual SORRISO de segunda-feira, com a força necessária para enfrentar mais uma semana.

domingo, outubro 27, 2013

Mudança de Hora

Muda a hora, tendo mais uma hora de fim de semana e de descanso, o que é bastante bom, sobretudo neste que foi/é cansativo.
Ontem foi o jantar há muito programado, de família e sobretudo com primos que nunca cá tinham vindo e com quem não tinha grandes relações familiares, mas de quem me tenho vindo a aproximar e a conhecer melhor.
Foi um jantar divertido, descontraído e gastronomicamente muito bom como é habitual em nossa casa. Servimos bons pratos, elaborados e sobretudos bastante saborosos, com uma apresentação cuidada; penso e sei que fomos bem sucedidos e que conseguimos mais um jantar que ficará na memória familiar.
Tanto mais que o meu primo tem imensa piada e faz um bom ambiente que se vai transformando ao longo da noite, mas mantém a jovialidade e a sua maneira de ser e de estar. Gostei bastante do convívio!
Fui buscar a minha Mãe para almoçar connosco, os restos de ontem que até  foram poucos mas que chegam e sobejam para nós e assim escusa-se de ter trabalho...
Viemos pela Marginal, com imenso sol, mar e praia abundante e ainda muita e muita gente a desfrutar da luminosidade e do bom tempo existente... é um passeio bastante agradável e bonito para se fazer num domingo de manhã.
Hoje sei que sonhei imenso mas, infelizmente, não me lembro de nada apesar de sentir que foi um sonho pacífico, envolvendo muita gente e muita coisa, mas do qual nada ficou. Alias desde que começou a terapia, que tenho maior consciência de sonhar se bem que nem sempre me lembre do que fui sonhando... sei que durante a noite, me passa muita coisa pela cabeça e de manhã tenho muitas vezes uma ténue recordação do sonhado mas se não faço logo um esforço para escrever o que foi, rapidamente se desvanece e desaparece do consciente.
Não tenho vontade de grandes comentários, nem de grandes escritas mas apenas de relaxar e continuar nesta introspecção que vou fazendo mais e mais, em cada momento do dia. Sinto que esta "nova" postura de pensar antes de agir é bastante benéfica e positiva, dando-me maior amplitude de raciocínio e de entendimento das coisas, tendo pena que não haja também um maior entendimento de outras pessoas acerca desta nova realidade. E maior interacção e interligação, com carinho, Ternura e muito Amor.
É em conjunto que se consegue evoluir e transformarmo-nos em algo melhor e mais consistente, na certeza de que apenas o dialogo e o entendimento conseguem dar mais força, energia e consolidação às relações, às amizades e a tudo o que nos envolve e faz parte da nossa vida profunda e sentida... e temos que saber progredir e crescer em cada dia das nossas vidas.
Fica o meu habitual SORRISO com a vontade de em cada momento, saber pensar para evoluir e transcender o que somos no rumo que queremos e desejamos.
 
 
 
 
 

 

sábado, outubro 26, 2013

Jantar


Mais um fim de semana... hoje temos um jantar "importante" em casa, pelo que o dia é consagrado aos preparativos para o mesmo. A minha parte consiste nos vinhos, bebidas e nas flores, já tendo participado na escolha da ementa.
Temos que manter a qualidade e a satisfazer as expectativas das pessoas, que estão habituadas a um "serviço" de qualidade e de alta cozinha....
Entretanto fui ver a "nova" casa do meu filho mais velho, para onde se vai mudar na próxima semana, desde que tenhas as condições mínimas e suficientes para isso. A verdade é que mais uma vez, nos chocámos e interagimos negativamente, na medida em que determinadas concepções de vida e de estar são imensamente opostas e diametralmente diferentes.
Neste momento os meus interesses e forma de estar na vida não tem nada a ver com o existente há uns bons anos, tendo mudado as minhas prioridades e as minhas aplicações, olhando e apreciando principalmente aquilo que as pessoas verdadeiramente são e conseguem dar num relacionamento, seja afectivo, profissional ou de amizade.
Bem pode o AA falar em projecções narcísicas e outras, que até podem ser reais mas se assim for espero poder alterar essa condição e seguir outro caminho; aliás espero e desejo mesmo que ele consiga perceber determinados factos da vida e fazer o seu caminho.
Como é evidente, desejo o melhor para os meus filhos e espero, quero, que eles consigam obter tudo o que querem e concretizar os seus sonhos e objectivos, mas com realismo e muita FELICIDADE. Acho e sei que assim vai ser e que ambos encontrarão o seu rumo, a sua realização e a concretização do que pretendem e que em breve apreciarão e darão ainda mais valor ao que têm e que sempre tiveram.
Mas adiante porque nem sempre podemos estar todos de acordo e a verdade é que ele começou a sua caminhada com esta casa, que é fantástica, excelentemente bem situada e que, espero, lhe dê maior autonomia e independência, porque lhe vai dar autonomia e possibilidades imensas.
Vou agora passar pelas brasas e tentar relaxar um pouco para me tranquilizar; não posso nem devo deixar-me arrastar por estas emoções e debates verbais que nada acrescentam e antes pelo contrário vão esbatendo as hipóteses que, por vezes, penso existirem numa alteração do status quo... passemos adiante.
Fica um grande SORRISO na certeza de que a vida é também feita destes pequenos/grandes nadas e que temos que os saber superar e manter a nossa postura e calma.
A propósito de calma achei curioso a minha irmã P. sentir, pelo telefone, que estou mais pacifico e mais calmo o que corresponde a uma realidade existente actualmente.
 
 
 
 
 

sexta-feira, outubro 25, 2013

Sexta

Mais uma etapa da semana... finalmente sexta-feira, ultima dia da semana de trabalho, a caminho do merecido fim de semana. 
Ontem fui jantar com o meu filho mais velho e o melhor amigo dele, ao Mensa, tendo ficado surpreso por sermos os únicos comensais. Estava temporal, era quinta-feira e quase fim do mês, mas mesmo assim pergunto-me como se pode manter assim um espaço e dar seguimento a todos os seus encargos.
Talvez a pressa que tinham em  trespassar o restaurante tivesse mais a ver com esta quebra de rendimentos do que propriamente com qualquer outra razão particular ou pessoal.
Provavelmente na altura as coisas não estavam como estão agora, na medida em que neste momento ouço mais queixas e lamentações do que há uns tempos, porque nesta fase estamos já a apanhar com as consequências de todos os impostos e taxas que nós caem em cima. 
Se em cima deste brutal aumento de impostos, pusermos a diminuição de rendimentos de todos nós, está explicada a baixa de consumo individual e das famílias, bem como a impossibilidade de mantermos o mesmo nível de vida e de consumo. É essa realidade que tento transmitir quotidianamente ao meu filho mais velho.
Foi um jantar bastante tranquilo, com uma maior aproximação entre nós e o afastamento das tensões e do enorme fosso existente entre nós há uns tempos... há uma alteração no comportamento dele e uma gradual aceitação da minha realidade e vivência. 
Preocupa-me "apenas" uma certa ilusão e uma certa fantasia acerca da actual realidade portuguesa e das suas (poucas) potencialidades de desenvolvimento e crescimento económico. Ou seja, tento transmitir-lhe a ideia de que ele tem que ter planos alternativos e sobretudo nunca apostar tudo no mesmo cesto porque se deve sempre pensar e estar mais além do que o presente, para podermos ter sempre um seguro de vida.
Ele está a investir bastante na ideia dele, aparentemente descurando outras hipóteses e outros caminhos que podem ir surgindo e que poderão fazer a diferença a curto prazo e na vida de todos nós.
Tenho pensado bastante no meu actual apaziguamento e forma de estar que se deve a uma maior consciência dos factos e a uma maior capacidade em pensar e sentir diferente. Quer dizer que começo a perceber e determinados mecanismos internos, bem como a ter a certeza de que a (quase) descompensação que atingi se deveu ao facto de subliminarmente estar a pedir ajuda e a precisar de auxílio especializado.
Com o AA já comentámos esse aspecto de ter à flor da pele uma enorme tensão e desconforto causado por vários itens não resolvidos nem assimilados ou integrados que, em conjugação com mudanças profissionais, alterações financeiras e outras, conduziram a um declinar íngreme e perigoso da vida e da sua vivência.
Começo a ter uma ínfima noção deste mundo imenso que contemos em cada um de nós e da problemática enorme que devemos constantemente resolver e integrar para que não se torne em doença ou em manifestações psicopatológicas ou psicossomáticas.
Este fim de semana vai ser dedicado a um jantar de família que vamos dar em nossa casa, com pessoas que faço alguma cerimonia, mas integrado com os meus irmãos para dar um tom mais informal a esse mesmo jantar. Esperemos que o cozinheiro e o menu escolhido estejam à altura como sempre estão e que fazem dos jantares em nossa casa um must e bastante disputados. Pelo menos, temos (quase) uma lista de espera... 
Um enorme SORRISO cheio de vontade de chegar ao fim deste dia, com muita força e energia positiva para enfrentar devidamente a minha vida e valorizar as pessoas, as relações e a família.
PS: já fiz o meu TAC de tórax para avaliar o estado ósseo e tenho uma fractura do esterno, em vias de consolidação e fruto de ocorrências passadas. 

quinta-feira, outubro 24, 2013

Processos

Chuva e mais chuva num dia cinzento e igual a muitos outros... continuam a haver pequenos nadas que me alteram bastante o espírito, mesmo sabendo que não há razões para tal, mas a análise ainda não conseguiu chegar a todo o lado.
Tudo desagua ao mesmo nível que é, evidentemente, a perda do tal controle de que tanto gosto e a "degradação" da condição pessoal e profissional, por pensar que estou progressivamente a perder qualidades e possibilidades.
É evidente que o facto de me aperceber disto e de me lembrar permanentemente do "Less is More", (http://www.poetryfoundation.org/poem/173001)
"Yet do much less, so much less, Someone says,
(I know his name, no matter)—so much less!
Well, less is more, Lucrezia: I am judged."
faz com que consiga encarar a realidade e o quotidiano duma forma bem mais pacata e tranquila, na certeza de que, tendo o possível e necessário para poder ser feliz, qual a necessidade de procurar o impossível.
Muito do que somos é "programado" desde que nascemos, havendo até quem defenda que é desde a nossa concepção e aceitação desse facto pelos nossos Pais, até aos nossos 7/8 anos... quer dizer que o nosso Ego e demais parafernálias mentais se formam, se alicerçam e construem nessas idades, com toda a nossa envolvência, vivência e capacidades que temos. Parece que em determinados aspectos a carga genética conta muito pouco e que é toda a aprendizagem de vida e de família que vai determinar muitos dos nossos aspectos.
Os nossos medos, os nossos anseios, as nossas manifestações quotidianos são, pelo que me apercebo, resultado de muitas sensações captadas enquanto bebés e duma forma quase inconsciente e animal... ou seja, a percepção captada da Mãe e do Pai são apreendidas e gravadas duma forma duradoura. Se acreditarmos nas teorias freudianas e nesta linha de pensamento. Ontem terminámos a sessão com a hipótese do meu Medo profundo duma das minhas facetas actuais e uma eventual projecção narcisista desse mesmo medo. Confuso ?? Estranho ?? também me parece! mas será para esclarecer nas próximas sessões e semanas!
Sempre li e me interessei por estes assuntos e li algumas coisas de Freud, que na altura não me faziam muito sentido, mas que agora me parecem lógicas e sensatas, apesar de também me parecer que, por vezes, possamos ser redutoras e demasiadamente simples para a complicação do Ser Humano.
A verdade é que, neste preciso momento, não sinto o tal vazio interior que tinha, nem uma espécie de buraco negro em que parecia mergulhar algumas ou muitas vezes e que me perturbava muitíssimo... sinto falta duma maior aproximação afectiva e carinhosa, com um clima mais terno e luminoso.
Estando ambos num processo de transição e de (re)descoberta da nossa personalidade, forma de estar e de ser é natural que possa haver estes interregnos, mas ambos temos que ter a consciência de que é preciso "conquistar" o outro todos os dias e todos os minutos em que estamos juntos. E por vezes essa vontade parece estar muito longe da nossa realidade...
Felizmente que as minhas compulsões e acções impensáveis ( o tal agir sem pensar numa fuga para frente, para atacar ) estão acentuadamente diminuídas e fora do meu horizonte temporal, o que pode ser ocasional ou já resultado dalguma alteração neuronal de que fala António Damásio... segundo ele, todos nós criamos mecanismos neuronais e espécies de auto estradas mentais que condicionam o nosso comportamento e que se reflectem nas nossas atitudes, comportamentos e acções pela seu sentido (quase) obrigatório.
Ou seja, a mudança de hábitos, acções ou outros factos implica alteração nestas tais auto estradas neuronais que vamos criando e que nos direccionam em determinados sentidos ou caminhos, nem sempre os melhores ou mais positivos.
Neste dia de chuva, com o fluir das pessoas e das "vozes" circundantes vamos reflectindo em tudo isto que, hoje, abordámos e que vão fazendo cada vez mais parte dos nossos circuitos, na certeza de que com FÉ e com um grande SORRISO com muita cor e luz conseguiremos alcançar a felicidade que todos ( e eu inclusive) procuramos e queremos atingir.


quarta-feira, outubro 23, 2013

Sexo

Uma das componentes da nossa vida é, evidentemente, o sexo, a sua vivência e usufruto. Todos nós temos a nossa história sexual e estórias próprias que fazem parte do nosso património e das nossas emoções, guardadas em muitas das gavetas que todos nós temos no nosso íntimo e no nosso armário central.
Esta vivência sexual é fruto de muitos factos e acontecimentos, que, segundo, os psicólogos e psicanalistas, têm a sua génese quase desde que somos concebidos, nascemos e nos primeiros anos de vida.
As emoções, os sentimentos, os relacionamentos com os País e a forma como integramos (ou não) tudo o que nos acontece, vai influenciar decisivamente a forma como vivemos a nossa sexualidade e a desfrutamos.
As diferentes formas de sexualidade, bem como as parafilias, fetiches ou fantasias a ela associadas, são tudo parte dum processo de crescimento e de integração de cada um de nós, na medida em que o que fomos e tivemos, condiciona a forma como podemos sentir ou ter prazer, que é o que procuramos no sexo e no Amor.
Não há formas correctas ou evidentes, mas sim a forma que cada um procura, em conjunto com o seu parceiro, a realização plena, efectiva e afectiva dessa mesma sexualidade.
Na série "Sexo e Cidade" cada uma das quatro amigas vive e expõe a sua vida sexual duma determinada forma, porque na sua individualidade cada uma delas representa, talvez, os paradigmas que podemos encontrar na realidade.
Se para alguns, será a quantidade de relacionamentos, para outros será a qualidade; se para uns terá  que haver um perfeito clima afectivo e de carinho, para outros poderá apenas haver atracção física e assim sucessivamente, mas todos tendo em comum a procura da felicidade, do bem estar e do prazer.
Certamente que cada casal vive a sua sexualidade duma forma consensual, apesar de muitas vezes não haver a abertura necessária para dar satisfação a determinadas parafilias/manias individuais que pela sua pela sua particularidade ou por eventualmente poderem ser consideradas disfuncionais, não são abertamente assumidas.
Esse facto poderá dar origem a fugas, a frustrações e a comportamentos (esses sim) desviantes, porque ao não se conseguir adequar o que queremos ao que temos, começarão a surgir (ou não) sintomas e problemas de vária ordem. O surgir de sintomas é positivo porque obriga a uma busca da cura ou da solução enquanto a ausência de sintomas pode dar origem a graves disfunções que ficam escondidas ou se manifestam com comportamentos anti-sociais.
Freud baseou grande parte ou a maior parte da génese dos problemas humanos em factores sexuais e em disfunções não resolvidas e problemáticas; a histeria, o complexo de Édipo e de Electrão e outros chavões freudianos fazem todos parte do nosso inconsciente individual e colectivos e se, no nosso presente, houve uma evolução imensa na assumpcão destes assuntos, também é verdade que se poderá ter havido um excesso em certos aspectos.
A verdade é que cada um de nós deve procurar e tem que encontrar a sua realização sexual, de forma a ter prazer, a sentir-se bem consigo e com o seu parceiro e ainda encontrar a Felicidade nesse campo... para mim e neste momento, a minha realização está integrada num projecto de vida comum, como um todo em que a vida sexual é uma das componentes importantes mas não única, na medida em que o Afecto, o Carinho e os pequenos gestos do nosso dia a dia são igualmente importantes e fundamentais.
Mudando de agulha... encontrei uma ex assistente, actualmente reformada, que me disse algo que é ( ou era) típico da minha pessoa: " o dr. vai esticando a corda até ver onde parte e depois de isso acontecer, fica-se com uma ligação que nunca mais se rompe". E é (era) mesmo verdade  este aspecto quando confrontado com uma pessoa nova que conhecesse ou viesse trabalhar comigo.
Primeiro testava os limites da pessoa e tentava atingir os seus pontos fracos e depois ao conseguir alcançar esse meu objectivo - com dor e sofrimento para a outra pessoa - fico o melhor amigo dessa mesma pessoa, se ela me aceitar e perceber. E isso acontece(u) muitas e muitas vezes por aqui e também com muitas assistentes do consultório, tendo a certeza da solidez actual dos sentimentos e da relação com muitas destas pessoas.
Também assim era com os meus alunos que ou me detestam ou me adoram e ainda se relacionam comigo ou pura e simplesmente me ignoram... faz parte da minha dicotomia tão falada e comentada que felizmente se tem vindo a esbater, por cada vez mais perceber que é fruto de sublimações diversas e de frustrações existentes que tenho vindo a resolver.
Mas não deixa de ser curioso a consciência que as pessoas têm da minha personalidade e maneira de ser, bem como da aceitação que acabo por ter por ser, no fundo, uma nossa boa pessoa com a vontade de ajudar e fazer o meu melhor pelos outros.
Pela minha relação e por todas as relações deste Universo onde nos encontramos, um especial SORRISO com todo a energia positiva necessária para as manter e reforçar,  bem como para todos termos a FELICIDADE de encontrarmos na vida a nossa Pessoa ou cara metade.

terça-feira, outubro 22, 2013

Diversos

Há diferenças evidentes nas reacções das pessoas quando também nós modificamos e alteramos o nosso comportamento e forma de estar profissional e pessoal. Ou seja,mas acções provocam forçosamente reacções e tenho pena de não ter tido essa noção mais cedo na vida.
Provavelmente ainda não estava em condições de perceber e compreender essa verdade tão simples e ela, que é ter em conta os sentimentos, a sensibilidade e as vontades alheias que, evidentemente, tem que ser tomadas em conta e valorizadas.
Tenho vindo a constatar e sobretudo a realizar que, parte dos nossos problemas, são criados e feitos por nós e pela nossa forma de agir e de estar, na medida em que a nossa prepotência, a nossa vontade e a nossa eventual cegueira perante factos e pessoas leva, evidentemente, a reacções agravantes do dia a dia.
Se conseguirmos simplificar e aceitar o que temos e sobretudo interiorizarmos a sorte da nossa realidade, talvez possamos viver melhor e sermos mais felizes no nosso dia a dia. Ainda ontem dei conta de estar sereno e pacato por ter manifestado uma opinião positiva a alguém que ficou satisfeita com essa mesma opinião. Um gesto simples mas eficaz na apaziguamento das tensões e que pouco custou fazer.
Este processo de análise permanente em que me encontro, tentando perceber mais e mais fundo o que sou e como estou, é um processo engraçado e em que vou obtendo resultados evidentes e satisfatórios. Estou ainda no principio dos princípios e noto já tantas alterações que, certamente, irei chegar a outros patamares que me darão uma maior satisfação e felicidade.
No fundo o que todos nós queremos é ser FELIZ e estarmos de bem connosco e com os que nos rodeiam, pessoas que valham a pena e que sejam parte integrante da nossa vida e não os que apenas, oportunisticamente nos procuram ou nós rodeiam.
Cada vez mais tenho a consciência de que e como diz o nosso poeta, É em nós que é tudo... pode não ser a totalidade mas se cada um de nós fizer tudo o que puder, certamente que o Universo será bem melhor, mais cordato e principalmente com mais Felicidade, menos Angústias ou desencontros.
A vida tem as suas particularidades e os seus mecanismos próprios e identificadores, cabendo a cada um de nós encontrar o seu caminho nesta conjunto em que vivemos e integrarmo-nos no Universo, ajudando não só a todos os que nos rodeiam mas também a nós próprios, neste caminho que temos que percorrer.
A verdade é que não só tenho vindo a perceber melhor algumas coisas, como também o tal vazio que por vezes ou muitas vezes, sentia tem vindo a diminuir, com alturas em que desaparece do meu sentir, o que é francamente animador e positivo. Viver com este vazio negativo é custoso e tem consequências negativas e provocadoras de acções menos correctas e mesmo destructivas da nossa vida e relações.
Há, felizmente, notícias surpreendentes e muito positivas na nossa vida e  que nós deixam extremamente felizes e satisfeitos. Parece haver um despertar de alguém que me é muito importante para a minha actual situação, com uma aceitação e uma evolução fantástica. Fez deste dia um dia melhor, mais positivo e com outra luminosidade e cor. Sei os filhos que tenho e os princípios interiores, pelo que acredito sinceramente que a evolução das coisas far-se-à duma forma gradual mas objectivamente conciliadora para ambas as partes.
Será que as minhas alterações interiores estão relacionadas com estas mudanças exteriores e que se interligam e entrechocam entre si, para uma maior harmonia e entendimento entre as pessoas. Será que a minha permanente conflitualidade interior era portadora dum constante clima negativo à minha volta e que muito do que me acontecia era, precisamente, causado pelas minhas acções e atitudes??
Claro que esta predisposição era um pólo de atracção para certo tipo de atitudes exteriores que, em círculo vicioso, iam alimentando o meu interior e iam consumindo também o meu exterior. Estou a começar a perceber muita coisa que devia estar mesmo à superfície e a precisar de sair, que me provocava o enorme mal estar sentido e a dor existente.
Evidentemente que estou a simplificar e a ser redutor em algo que é muito mais profundo, elaborado e complexo mas, por vezes, é preciso ser simples para percebermos as camadas mais profundas que temos e que condicionam imenso o nosso ser e a nossa maneira de estar e de sentir.
Hoje temos ainda mais direito ao nosso SORRISO pelas manifestações que tivemos e pela felicidade que vamos conseguindo ter nas pequenas/grandes coisas da vida... Será que estamos finalmente a mudar mesmo a caminho de algo melhor e mais consentâneo com o que realmente queremos ??

segunda-feira, outubro 21, 2013

Amizades

Mais uma semana de trabalho, mais uma etapa a cumprir da melhor forma e maneira. Depois duma noite agitada com muitos sonhos e muitos ressonares, estou a tentar equilibrar-me da melhor forma para seguro em diante.
Agora tento escrever o que sonho para os poder discutir nas minhas sessões e hoje lembrei-me logo de dois deles, completamente diferentes... um relacionado com o meu Pai, como teria que ser e outro com as minhas amigas mais antigas e as conversas que elas poderão ter entre elas e um jantar há muito combinado e nunca mais efectuado.
São daquelas amigas ( de curso ) com quem raramente estou, mas que estamos sempre presentes uns para os outros porque a Amizade que nos une é intensa, verdadeira e sobretudo bem real. Partilhámos muito, atravessámos muita coisa e ao longo da vida mantivemos sempre o contacto e a ligação entre nós pelo que estão sempre presentes na memória e no coração.
Conheço a CS e a LA desde os meus 18 anos, quando iniciei o meu curso de Medicina e desde essa altura que nos tornámos amigos e integrantes na vida de cada um. Por motivos vários e vissicitudes da vida afastámo-nos no quotidiano, mas nunca do coração porque, como disse, estão sempre presentes e fazem parte integrante da minha vida e do meu estar,
Ontem passaram lá por casa a minha irmã P e família, para estarmos um pouco juntos e sobretudo "festejarmos" o aniversário dela ocorrido na semana passada. Como acontece sempre nesta época, ela está um pouco negativa e depressiva, porque, quanto a mim, precisa de arejar o espírito, sair da rotina e procurar coisas novas e estímulos diferentes. Está demasiadamente rotinada e, sendo uma pessoa de grande espiritualidade, precisa de sair desse mundo, procurar outras plataformas e centrar o seu EU noutras perspectivas e realidades.
Tenho tentado fazer esse desvio de interesses e de rotinas para que ela se dê conta dessa necessidade e procure alternativas e outros caminhos, mas sei que é difícil fazê-lo sem que algo mude à sua volta. Nem sempre as pessoas com quem vivemos são as melhores pessoas para nos entenderem e ajudarem. 
Sigamos a nossa vida na melhor forma que conseguirmos e formos capazes, com a nossa força e sobretudo o nosso SORRISO com muita luz e cor para que possamos contribuir para o bem estar comum.

domingo, outubro 20, 2013

Domingo

Domingo... dia de relaxamento, descontracção e uma certa apatia natural e concordante com o final do fim de semana. Estamos na pausa semanal a preparar outra semana de trabalho que vai correndo.
Estou a ouvir uma das músicas da minha vida (http://www.youtube.com/watch?v=C-PNun-Pfb4) do Art & Garfunkel, que representa para mim uma das canções mais bonitas e significativas, que gostaria que me acompanhasse na minha despedida terrena.
São músicas com uma enorme força e com um imenso passado que me fazem recordar à adolescência, aos primeiros namoros e despertares para a vida, para além de me lembrarem outros tempos em que tudo era bem mais fácil e simples.
Encarávamos a vida duma forma prática, com o destino aparentemente traçado e conscientes do que tínhamos que fazer para alcançarmos o que queríamos, sem as opções hoje existentes, nem tão pouco as dificuldades e contrariedades presentes.
Simplesmente, vivia-se, estava-se com os amigos, namorava-se e procurávamos ser simplesmente felizes e estar de acordo com a idade que tínhamos... outros tempos, outras formas de estar e de ser.
Também olhando para esses tempos, sinto que muito daquilo que hoje me marca e perturba pode ter tido alguma influência desses tempos. Ou seja, tenho a noção de que sempre houve poucas explicações e informações dos factos da vida, bem como uma ter presente as "mentiras" ou as camuflações dos meus Pais e família que, certamente, me foram marcando.
Quando actualmente trabalho a questão das dependências e dos medos da intimidade certamente que muitas das causas para estas questões se encontram na minha historia familiar e pessoal, desde o meu nascimento e dos factos ocorridos. A marca das pessoas e os factos ocorridos ou a ausência deles evidentemente que marcam toda a minha interioridade.
É curioso como quatro pessoas podem olhar para a mesma pessoa e cada uma delas a ver duma forma totalmente diferente e distinta na sua maneira de ser e de estar, ou seja, quatro irmãos olham para o Pai que tiveram e cada um deles vê-o da sua maneira, com mais ou menos proximidade e afecto, mas com visões bastante dispares. E assim será  também com a Mãe de todos, porque cada um de nós se deu ou dá com os Pais, irmãos e demais familiares à sua maneira, assim como como cada um deles também se relaciona connosco da sua forma e maneira.
De todas estas interligações e factos, formam-se as pessoas e as suas idiossincracias com a percepção clara de que apenas e só quando se ultrapassam determinados limites é que se atinge a patologia e a doença. O resto são aspectos a trabalhar e a ter consciência para que possamos adaptá-los ao nosso estar e ao nosso meio.
A vida é fabulosa desde que a encaremos positivamente e que consigamos transmitir um enorme SORRISO e FELICIDADE a quem está connosco, mas também e principalmente a nós mesmos. Ou seja, só conseguirmos estar bem no nosso interior, então certamente que esse mesmo bem estar se transmitirá às outras pessoas.
PS: há pequenos gestos que são altamente significativos e representativos da índole das pessoas... pequenos "nadas" e coisas bem simples podem ( e fazem) toda a diferença na vida das pessoas e, como digo desde o inicio deste blogue, se conseguirmos mudar um ínfimo grão de areia na vida de alguém isso será justificação suficiente para estarmos nesta vida.
PSS: a propósito deste nosso objectivo, lamento todos aqueles que, por doença, desconhecimento ou pura maldade não conseguem atravessar esta vida com objectivos nobres e de ajuda, mas apenas com a não consciência do que são e de que nada fazem para melhorar este Universo em que todos vivemos
PSSS: lembrei-me hoje de que havendo pessoas que não conseguirem levar a sua avante pelos meios judiciais se devem estar a moer com um grande mal estar interior e raiva latente que apenas e tão só poderá levar a um caminho negativo e errado para essas mesmas pessoas que nunca aprenderão com os seus erros e asneiras, pela sua total incapacidade e cegueira.
Sejamos FELIZES e consigamos distribuir SORRISOS pelos que amamos e estimamos
 
 

sábado, outubro 19, 2013

Sábado

Mais um dia de trabalho, de consultas e de estar o dia inteiro enfiado na clínica. Se por um lado é bom sinal e meritório, por outro vai-me custando bastante principalmente por necessitar de mais tempo para relaxar e descontrair.
Este retomar de ritmo e de trabalho tem-me sido custoso, tanto mais que com as tempestades e agitações criadas, o clima tem estado meio tremido, mas neste momento o sol vai aparecendo e sendo uma realidade. A chuva vai reaparecer mas os seus efeitos serão, para nós, diminutos e, esperemos, sem os efeitos anteriormente causados, porque a nossa filosofia está alterada e a nossa maneira de estar também modificada.
Valorizamos o que temos agora e neste presente, pensamos no que queremos e como queremos mas adequamos o que somos ao existente, sem pretender, de forma alguma, diminuir ou enfraquecer outras pessoas que lidam connosco e mantendo-nos no nosso lugar e no nosso posto.
O valor que temos, será sempre uma constante e será tanto mais valorizado quanto melhor soubermos estar e merecer, pelo que vivamos da melhor forma possível e com o que temos, sem querermos o impossível ou o irrealizável.
São conceitos simples, permitindo uma melhor qualidade de vida e integração no nosso quotidiano, bem como com quem lidamos e estamos. Temos que perceber, aceitar e integrar esta realidade e estas verdades "simples" que tornam a vida mais fáceis e sobretudo mais aceitáveis. Para que tenhamos tempo para o que é realmente importante e verdadeiro, como a felicidade e o bem estar que queremos alcançar.
É pena estarmos muitas vezes expostos às indisposições e raivas dos outros e de que não somos culpados... nem todos conseguem fazer uma análise serena e calma da posição em que se encontram, extravasando duma forma menos razoável os seus conflitos interiores e sublimações que vamos fazendo.
O nosso mundo interior é bem complexo, intrincado e difícil, principalmente se andamos em processo analíticos a tentar descobrir o que somos, como estamos estruturados e ainda como podemos alterar os nossos procedimentos uma vez percepcionado uma ínfima parte do que temos no sub e inconsciente... é sabido que nunca se conhece a totalidade do que temos.
Muitas vezes, faço a analogia do nosso cérebro a uma cómoda cheia de gavetas, tipo daqueles armários japoneses, onde vamos guardando e esquecendo todos os segundos da nossa vida; de vez em quando abrimos uma gaveta e deixamos sair tudo ou parte do que tem e outras vezes mantemos fechadas as que não queremos mesmo abrir.
É todo um complexo funcionamento e um mecanismo que também precisa ser afinado e trabalhado para que funcione adequadamente e na sua capacidade possível, sem desvios ou patologias graves.
Tenho aprendido que é bom ter alguma sintomatologia, nomeadamente, consciência do que somos ou fazemos e o respectivo sofrimento associado a algumas ou muitas das nossas atitudes, na medida em que isso é um alerta para podermos pedir ajuda ou afinarmos os nossos comportamentos.
Sinto que foi a essa fase que cheguei e que, felizmente, tive a oportunidade de ter a ajuda certa no momento certo... como disse o AA, com alguma piada, como é que eu quero resolver as coisas em dias ou semanas se levei 56 anos a ir ter com ele e com a sua análise. É verdade que tudo é bastante mais lento do que eu gostaria mas desde que seja eficaz, então vale a pena o esforço e empenho temporal e financeiro.
Neste intervalo de almoço, tenhamos a consciência do nosso SORRISO e da nossa capacidade de estarmos numa permanente aprendizagem e mutação para que consigamos alcançar o nosso objectivo principal: sermos FELIZES e transmitir aos outros essa mesma felicidade.

sexta-feira, outubro 18, 2013

Less is More

Less is More... foi Robert Browning, em 1855, no poema chamado "Andreia del Sarto" que escreveu esta frase tão simples, depois aproveitada também pelo arquitecto Van der Rohe para o seu conceito minimalista de obra.(http://en.wikipedia.org/wiki/Less_is_more)
Tivemos oportunidade de ver o pavilhão que ele idealizou para a Feira Mundial de Barcelona do principio do século passado, que é algo que merece e vale a pena ser visitado e de que até temos umas t-shirts com os ditos.
Este principio foi-me ontem relembrado pelo meu analista, para termos em conta que o que temos (less) pode ser o suficiente (more) para estarmos bem e ficarmos felizes com a vida, as pessoas e os factos ocorridos.
Ou seja, perante determinados impulsos, acções ou factos devemos lembrar-nos que, provavelmente, o que temos e conseguimos será o suficiente e necessário para conseguirmos estar bem e viver em conformidade. Este raciocínio, minimalista nas suas muitas vertentes, pode também ser aplicado na nossa vida quotidiana e prática para que saibamos sempre o nosso lugar, as nossas capacidades e as nossas limitações. 
Nesta minha segunda sessão de divã, fiquei bastante surpreso com esta ideia, porque falando de impulsos e de compulsões e lembrando-me da sessão de hipnose clínica para deixar de fumar, perguntei se não haveria alguma forma de atenuar esses mesmos impulsos.
Quando o AA me começou a falar deste conceito, tem toda a lógica e fez-me pensar bastante. Aliás toda a sessão de ontem foi altamente produtiva, interessante e percebi melhor muitos dos meus conflitos, dilemas e problemas actuais. Bem como a questão constante e permanente da figura paternal, hierarquicamente superior e a forma como lido com tudo isso. 
Escrevi uma folha de "pensamentos" e dúvidas para as próximas sessões, porque efectivamente a sucessão dos meus erros e falhas prendem-se, quase sempre, com as mesmas temáticas e desvios constantes de padrão; como me foi dito ontem, tenho a capacidade e a inteligência suficiente para me aperceber de muitas coisa que paira no subconsciente e assimilar ou sublimar parte dessas mesmas coisas, duma forma que me diminua o sofrimento e me traga maior estabilidade.
O nosso principal intuito é sermos felizes, conseguirmos estar bem connosco e com quem nos rodeia e ainda deixar alguma marca pessoal ou profissional desta nossa passagem por esta vida. Se o conseguirmos, então a nossa vida valeu a pena e demos o nosso melhor e empenho para o bem estar colectivo.
Estando tudo interligado e intrincado, a minha ideia de transmitir um SORRISO aos outros e de ser capaz  de alterar um ínfimo grão de areia nesta imensa engrenagem da vida e da colectividade é algo que cada vez mais é um objectivo que quero alcançar e dar voz e corpo. A nossa contribuição para o bem estar e para se alcançar a Felicidade deve ser uma das nossas prioridades e se tivermos em conta, o more certamente que valorizaremos  o nosso less e assim conseguiremos viver de acordo com o que temos e o que conseguimos. Com maior equidade, mais justiça e principalmente maior bem estar e a tal felicidade que todos precisamos e procuramos.
Também ontem tive a noção do maior grau de sofrimento e de tristeza que vou tendo perante algumas adversidades, fruto desta "mexida analítica" presente e da minha crescente consciência das coisas; também foi focado o facto de que a falta duma sessão pode ter repercussões no comportamento e que alguns dos problemas destes dias podem ter sido influenciados por essa omissão. 
Mas o dado principal é mesmo a minha maior sensibilidade para determinados aspectos e a maior acuidade para aspectos que estão a vir à superfície com mais força e radicalismo, numa tentativa de resolução que, infelizmente, não é tão célere quanto eu gostaria... aliás, um das minhas sensações é a lentidão de tudo isto e o tempo que vai demorar a resolver mais e melhor tudo isto, porque como me foi dito ontem estamos no principio dos princípios 
Felizmente que já me serviu para intuir alguma coisa, perceber outras e ainda tentar alterar acções e comportamentos que transformavam as intenções do meu SORRISO, que assim pode ficar cada vez mais luminoso e brilhante.

quinta-feira, outubro 17, 2013

(Novas) Reflexões

A vida é mesmo um carrossel de emoções e de factos, de acontecimentos e de transformações constantes que devemos e temos que controlar, integrando todos esses momentos nas nossas memórias e "prateleiras" cerebrais.
Atravesso uma fase complicada e difícil, fruto da minha personalidade, forma de estar e de ser, estando as consequências dos meus erros a serem por demais evidentes e a alterarem por completo a minha vida pessoal e profissional.
É tempo, mais do que tempo, de me aperceber de tudo isto e de dar a volta duma vez por todas ao que sou e ao que efectivamente quero ser e quero estar neste quotidiano e neste Universo; não posso pretender agir como o faço, sem ter as reacções de quem me rodeia e de quem me tem que "aturar"... sejamos coerentes e principalmente tenhamos a humildade e a coragem de enfrentarmos o que somos duma forma frontal e verdadeira, sem subterfúgios ou falsidades.
Duma vez por todas é preciso que compreenda os meus erros, a constante provocação dos outros que é levada a um extremo doutro mundo e que tem as consequências que não quero, não desejo nem tão pouco me dão felicidade e bem estar.
É necessária esta transformação e esta evolução da minha forma de estar e de ser para poder ter uma vida melhor e dar aos que me rodeiam a paz e a tranquilidade que merecem e que devem ter. Espero e desejo que está "crise" seja rapidamente ultrapassada e que tudo entre num caminho normal e certo.
Temos que pensar positivo e de sermos proactivos, com a maleabilidade necessária e suficiente para aprendermos e tirarmos as devidas conclusões da vida, das pessoas e dos acontecimentos para podermos ser FELIZES, que é o que todos nós pretendemos e queremos realmente.
Quero continuar a ter a meu lado as pessoas certas, os lugares e momentos adequadas como tem acontecido ao longo da minha vida, sabendo com um SORRISO tirar as devidas conclusões do que me acontece e sobretudo aprender com os factos da vida.

quarta-feira, outubro 16, 2013

Sensibilidades

Hoje tive oficialmente alta da minha médica depois de ter feito novo TAC e estar tudo em ordem e sem problemas. Foi um crise dolorosa e séria, mas felizmente que já passou e está tudo resolvido.
A partir de agora terei que ter mais cuidado e ponderar as minhas comidas e gostos culinários, para evitar novas crises e sobretudo as dores que tive, com o enorme abalo sentido.
Tenho pena que a parte psíquica não esteja igualmente bem e em forma como a física porque assim seria bem mais fácil estar aqui no consultório duma forma tranquila e pacífica, a trabalhar conveniente e utilmente.
É mais do que evidente que não estou nos meus dias, nem nos meus tempos e precisava de outras actividades, outras realizações e outras perspectivas que não tenho, nem vão existir tão cedo. Tenho que pensar bem no que quero fazer e principalmente no que me poderá, neste momento, fazer feliz e dar-me a Paz de espírito que preciso e que quero acima de tudo.
Há notícias e factos que nós ultrapassam e neste momento assim foi, pelo que fica o meu SORRISO com magoa, com tristeza e com a enorme vontade de ultrapassar mais uma tempestade a caminho da pacificação total.

terça-feira, outubro 15, 2013

Dias

Há dias e dias... dias de tempestades e dias de bonança. Dias em que estamos bem e outros em não estamos. Dias em que provocamos tempestades e também as colhemos e dias em que queremos sossego e esperamos ter. Muito depende de nós mas também de quem nos rodeia... se cada qual, fizer a sua análise de vida e de comportamento certamente que muita coisa será melhor. Reconheço ao Universo o meu difícil e complicado feitio e forma de estar, aliado a uma sensibilidade muito especial, com necessidades especiais.

Cada um de nós tem a sua própria idiossincracia e forma de estar no mundo e na vida, mas a verdade é que necessitamos de reflectir, analisar e pensar no que somos e no que queremos, na medida em que todos devemos ultrapassar a nossa dimensão e tentar alcançar o que pudemos e fazer para melhorar a nossa realidade e vida.
Há pessoas que não conseguem ter uma dimensão humana e real necessária para ultrapassar a nossa pequenez e alcançar-se uma outra realidade e uma outra forma de se estar no Universo, que é bem necessária e útil.
Tenho que me analisar cada vez mais e ter cuidado com as minhas "explosões" desnecessárias e fora de tempo, mesmo que a minha sensibilidade me leve a isso, porque efectivamente a maior parte das pessoas nada tem com isso e precisamente tenho que me acalmar em determinados aspectos e momentos.
Mas hoje é o meu ultimo dia de baixa e assim ficarei mesmo bem, apesar de já me apetecer ir trabalhar amanhã, mas como não pode ser porque questões logísticas apenas irei de tarde ao consultório, com um enorme SORRISO e muita energia e força positiva.
 
 

segunda-feira, outubro 14, 2013

Ainda Em Casa

Continuo em casa a recuperar das maleitas, mas bastante farto de nada fazer e ansioso para recomeçar a vida activa e plena. Estar desocupado e sem qualquer horizonte diário é cansativo e até frustrante porque não ter nada para fazer é simplesmente horrível.
Mas esta semana vou voltar ao activo e ficar de novo em boas condições mentais e físicas. Tanto mais que esta semana, trabalharei no sábado e o resto dos dias todos, esperando compensar estes dias em que nada fiz.
Os meus filhotes andam na sua vida, com os seus projectos e estudos, esperando e desejando que tudo se concretize como deve ser e rapidamente para bem de todos nós. O mais velho encontrou um outro caminho, mais de acordo com as suas necessidades e vou apoiar essa saída para melhorar o ambiente e ficar tudo mais calmo.
Espero sinceramente que rapidamente os projectos se concretizem e que se possa passar a outra fase da vida e da realidade, porque preciso também de começar mesmo a ter uma maior segurança em termos futuros e saber com o que posso contar.
Ter, neste momento, dois filhos a cargo ( e não só ), é complicado e mais difícil do que era há uns anos,  na medida em que estou não só a trabalhar menos, como principalmente há uma acentuada diminuição dos rendimentos como é óbvio e natural.
Entretanto vamos continuando a fazer pela vida e pela profissão, apesar de nem sempre termos a vontade, o entusiasmo e a força que gostaríamos, mas vamos fazendo por isso e continuar em frente, tanto mais que temos ainda muitos anos de trabalho pela frente. Cada vez mais a reforma está longe e nestes tempos de austeridade a verdade é que devemos ter a consciência de que teremos que trabalhar muito e  bastante mais até conseguirmos ter o descanso devido. Penso e sobretudo sinto que a profissão que tenho deveria ter uma bonificação em termos de descontos e reforma por ser uma actividade bastante cansativa e esforçada, porque lidamos com pessoas, com emoções e sentimentos, o que é sempre mais difícil e intenso.
Mas hoje, neste inicio da semana, temos que reforçar o nosso SORRISO e sentir a beleza da vida e desta realidade em que estamos inseridas, esperando que os sonhos se concretizem e que este quotidiano possa ser o melhor possível para todos.
PS: a nossa casa está a ficar cada dia melhor e mais bonita, graças ao empenho e ao esforço de alguém que constantemente está a fazer por isso. É cada vez mais a pessoa da minha vida... :)
 
 
 

 

domingo, outubro 13, 2013

Em Recuperação

Domingo... mais um dia de descanso e de continuação na recuperação desta mini crise física que, felizmente, está quase em vias de ficar completamente normalizada.
Sinto-me francamente melhor e em condições de ir trabalhar, se bem que, nestes dias, tenha antevisto os meus dias de reforma e não me tenha agradado muito, na medida em que nada tenho para fazer.
Devo empenhar-me seriamente em arranjar qualquer coisa para me ocupar, seja uma universidade da terceira idade, seja um voluntariado - que procuro há tanto - seja outra ocupação mas a verdade é que tenho mesmo que fazer qualquer coisa e não ficar em casa sem absolutamente nada para me entreter. Seria a "desgraça" do artista....
Em primeiro lugar, centrar-me e encontrar o meu caminho nesta vida, tentando fazer alguma coisa diferente numa mesma perspectiva de orientação, ou seja, nesta área da saúde, mas talvez mais duma forma mental ou psicológica.
Mas é um assunto que terei que ir vendo e principalmente ter a oportunidade para o fazer e para conseguir ter alguma hipótese de êxito e de futuro.
Hoje fui já dar um pequeno passeio, tendo ido ao Allegro ver umas coisas e a um almoço já agendado há algum tempo e a que não podíamos deixar de ir.
Felizmente que me sinto francamente melhor, com um grande SORRISO cheio de boa vontade, muito entusiasmo e energias positivas.
 
 


sábado, outubro 12, 2013

Sábado

Cinzentismo, enevoamento e ansiedade eis o que pode caracterizar este sábado, fim desta semana em que começo a ficar farto de estar fechado em casa, sem nada para fazer, indolente e meio apático.

Também sem vontade de escrever, comentar ou pensar seja no que for, apenas querendo que, rapidamente, fique em condições de me movimentar, passear e trabalhar em condições, na certeza de que tudo terá que voltar ao normal e ao seu ambiente.
Ontem foi um final de dia estranho e algo incompreensível, na medida em que tenho muita dificuldade em perceber certas coisas que estão para além da minha capacidade de entendimento; consigo perceber o raciocínio, a raiva e a dor que pode haver, mas já não consigo adequar devidamente actos com razões ou pensamentos.
Se tudo isto já me é confuso, então por meias palavras deve ser ainda mais difícil de entender, pelo que sigamos em frente e tentemos, por palavras e sobretudo por actos, provar e demonstrar que é possível mudar e alterar as formas de estar e de ser das pessoas e nos relacionamentos.
Estou a rever filmes gravados e antigos, alguns dos quais já vi há muito e de que gostei, que será conjuntamente com a leitura do expresso o meu programa de fim de semana. Entretanto há quem esteja a acabar as "reparações" da cozinha para que tudo fique bonito e melhor, bem como da sala para podermos receber devidamente as pessoas que em breve nos virão visitar e jantar.
Amanhã teremos um almoço de aniversário, pelo que esperemos que consiga ter o meu habitual SORRISO cheio de força e energia positiva de que preciso bastante.
PS: note-se que continuo a escrever com a ortografia habitual, porque me recuso a abolir certas letras e detesto ver atos em vez de actos e outras palavras do género. Por isso, não ligo ao corrector ortográfico que está sempre a tentar mudar as palavras que acha estarem mal. Assim ficam e ficarão....

sexta-feira, outubro 11, 2013

Sessões

Hoje sinto-me francamente melhor, recuperado e mesmo em vias de estar completamente bem; continuo em casa para ficar mesmo como deve ser.
Ontem iniciei outra forma de terapia, que me deixou um pouco ansioso e stressado, na medida em que parecia estar abandonado e completamente isolado do mundo por estar deitado e sem visualizar ninguém, mas apenas a ouvir o terapeuta. É uma sensação estranha, de estar a falar e a dissertar para o ar, sem uma referencia ou ponto de apoio.
A verdade é que este método faz com que nos centremos em nós e tentemos apenas e tão só ultrapassarmos as nossas defesas e os nossos receios duma forma simples e mais directa. Ou seja, vamos falando, ouvindo alguém a seguir o nosso raciocínio e a guiar-nos mas sem o visualizarmos e portanto sem sabermos as reacções, o que me deixou algo apreensivo.
Parece que esta perturbação está ligada com a nossa sensação de falta de controle da situação e de não estarmos ao leme, o que para mim é bastante complicado e difícil. Mas também senti uma "liberdade" diferente, apesar de neste momento já não ter qualquer dificuldade em falar com o AA. Parece que o conheço há muito e bons anos e tenho uma enorme empatia por ele, não física mas mental e duma grande abertura.
É uma escolha acertada e uma vez mais parece que veio na altura certa e no tempo certo como me tem acontecido ao longo da vida... são as tais estrelinhas da sorte que me têm orientado a vida e os acontecimentos e que normalmente batem nos momentos adequados.
Começo a ficar farto de estar em casa, mas tem que saber para ficar completamente recuperado e poder estar à vontade e sem medo de ter que ser intervencionado. Felizmente que estou mesmo sem dores e a sentir-me francamente recuperado.... devo ter escapado desta.
Um grande e luminoso SORRISO com muita força e energia para este fim de semana de descanso e completa recuperação.


 
 


quinta-feira, outubro 10, 2013

(Quase) Em Forma

De novo, quase em forma, quase sem dores e a ficar fisicamente "curado"... tive uma noite um pouco agitada, com uma pequena insónia de madrugada, mas de resto tudo a reiniciar-se normalmente.
Este fim de semana era para irmos para fora, mas dadas as maleitas vamos ficar por casa, para podermos descansar, fazer dieta e pôr as energias em dia e reforçadas.
Não estou com grande vontade de escrever ou comentar os fait divers da vida ou das pessoas, mas apenas dar prova de vida e deixar o meu SORRISO com a vontade suficiente para enfrentar mais um dia.
 


quarta-feira, outubro 09, 2013

Doenças

Hoje acordei com uma dor intensa no flanco esquerdo que, se foi intensificando ao longo da manhã e obrigou-me á ir às urgências do centro onde, felizmente, estava.

Com medicamentos permaneci na mesma, tendo ido fazer uma TAC, que deu o brilhante diagnóstico de diverticulite, algo que nem sabia que tinha e que me vai obrigar a ficar em repouso e em dieta líquida, uma vez que há a hipótese duma perfuração e duma peritonite.
Vamos a ver como vamos ficando e permanecendo, porque a verdade é que tive muitas e muitas dores, estando agora um pouco melhor...
Entre divertículos e litíases renais, cá vamos tendo a nossa dose de maleitas e de doenças, que não matam, mas moem lentamente...
Tinha muita coisa para contar da minha sessão analítica mas não estou com vontade de o fazer, porque tenho mesmo necessidade de ir descansar um pouco e dormitar mesmo, para conseguir estar melhor e em condições amanhã.
Uma nota muito positiva para o atendimento nas urgências, pela simpatia, rapidez e eficácia no tratamento e diagnóstico. Sempre foi bom , mas agora está francamente melhor e fabuloso. Nestas alturas em que se precisa de Carinho e atenção, nada tenho a apontar.
Um grande SORRISO ainda dorido e com necessidade de muito descanso e bem estar.

terça-feira, outubro 08, 2013

(Outro) Dia

Mais um dia de consultório e de trabalho, num clima agreste e difícil porque quando as pessoas se convencem que têm sempre razão e pensam que podem dizer tudo aquilo que lhes apetece, é porque não percebem mesmo o que são e como se devem relacionar com os outros e com o Universo.
E sinceramente tenho pena que assim seja porque, mais cedo ou mais tarde, mais e piores consequências advirão e tornarão provavelmente a convivência quase impossível , com as conclusões que se terão que tirar e extrair. Aliás acho que actualmente é mesmo isso que se pretende e também isso é, para mim, algo que não entendo nem aceito.
Adiante... ontem foi dia de conversas paralelas e duma tentativa de arbitrar as relações dos meus filhos, cada um dos quais com o seu (difícil ) feitio; gostei de ambas as conversas, na medida em que se confirma o entusiasmo e o empenho que ambos põem na vida e nas suas actividades, bem como no caminho que querem e que estão a seguir.
No reverso da medalha, está a teimosia e a unilateralidade de posições que, também pela imaturidade, não conseguem dar a volta e perceber que nem sempre se pode ter toda a razão, mas que também é impossível nunca ter alguma razão nalgumas coisas. Do nosso bom senso, experiência e maturidade compete-nos tirar as conclusões, estabelecer pontes de contacto e de entendimento para que possamos viver nesta sociedade e neste mundo o melhor possível.
É verdade, como diz o AA, que estou numa fase de aprendizagem numa forma completamente diferente de estar no dia a dia, na medida em que preciso de pensar mais, perceber melhor e agir por cima disso tudo duma forma que me deixe bem comigo e com quem me rodeia, o que nem sempre é fácil ou possível.
Cada vez tenho maior consciência do que sou e da forma como quero ser e estar, tendo pela frente o trabalho de o conseguir e de enfrentar o que me é dado; há sempre razões para o que temos na vida e para as pessoas que encontramos porque tudo e todos fazem parte integrante deste imenso percurso de vida que todos temos e queremos ter da melhor forma possível.
É bem verdade que apenas os que conseguem aprender com os factos, emoções, acontecimentos e pessoas encontradas têm a "sorte" de progredir, crescer e amadurecer no bom caminho e duma forma salutar sem ser preciso impor a sua razão ou forma de estar, na medida em que, naturalmente, ela irá fazendo parte deste Universo em que estamos.
Acredito na justiça, no bem estar e sobretudo que todos nós estamos integrados numerando maior e global de realização da Humanidade e do Homem, no seu colectivo mas tendo sempre em conta a satisfação individual e a realização de cada um de nós.
A idade é um bem precioso pela tranquilidade, pela calma e distanciamento que nos pode dar das coisas, bem como pelo entendimento do que nos envolve duma maneira totalmente distinta; em cada fase da vida temos uma perspectiva e uma forma de ver as coisas e quanto mais novos mais irreflectidos podemos ser e estar, porque a passagem dos anos é que nos dá, precisamente, a capacidade de ver e sentir melhor ou pelo menos diferente. Se tivermos essa capacidade, o que nem sempre acontece... muitas pessoas, passam por esta vida sem nunca tirarem as devidas conclusões ou aprenderam com o que lhes acontece, culpando sempre os outros e a (ir)realidade existente porque não percebem nem querem perceber as razões das coisas.
Hoje tive mais um sonho estranho, passado na que é agora a casa do meu irmão, mas que foi onde passei a minha vida até me casar, à mistura com o meu ex-consultório, com afogamentos e água, bem como a existência dum bebé fantasma provocador destas maleitas todas. Acho que talvez pressinta o significado destes factos, agora que os escrevo e percepciono porque estão relacionados com factos passados nestes últimos dias e que talvez, interligados, desta forma façam sentido. Também a minha atitude com os filhos deverá ser tema de análise e de conversa com o AA.
Um enorme SORRISO neste dia normal de trabalho como habitualmente cheio e preenchido; que sejamos capazes de aprender em cada dia o que nos é dado e ensinado pelo Universo e que saibamos tirar as devidas conclusões de tudo o que nos rodeia, valorizando o que de positivo temos na vida e afastando o negativismo inerente a certas (tristes)condições humanas


segunda-feira, outubro 07, 2013

Filhos e Cadilhos

Inicio doutra semana... neste momento a minha prioridade será tentar resolver o convívio ente os meus filhos, porque efectivamente têm feitios, comportamentos e realidades muito distintas e completamente opostas que não se conjugam na convivência diária se não houver uma cedência de parte a parte.
Estou cansado desta luta diária e tento perceber ambos, se bem que neste caso concreto consiga estar mais perto duma das partes que da outra, pelo conhecimento que tenho de ambos... e também pelo apoio e compreensão que tenho tido dum dos filhos,em detrimento do outro.
A vida é complicada e tanto mais quando estamos perante pessoas sem grande maturidade, com vivências e sensibilidades distintas e principalmente formas completamente opostas de estar na vida e alcançar os seus objectivos.
A gestão deste conflito é complicada e difícil pelo antagonismo evidente de ambas as partes e também pela tal imaturidade de ambos e fuga em frente que querem sempre fazer; um por estar já habituado à sua independência, ao seu espaço e ainda ao seu próprio egoísmo e zonas de conforto e o outro por ter objectivos diferentes, viver doutra forma e estar, neste momento, mais intolerante do que deveria estar.
No meio de tudo isto, fico eu sem saber muito bem o que fazer e sobretudo como gerir este imbróglio que, quanto a mim, só terá a sua solução quando houver um afastamento de ambos, o que não será para já por motivos óbvios.
Acrescentando a tudo isto, tenho a irracionalidade e a agressividade de comportamentos que não percebo, não entendo totalmente e sobretudo não quero mesmo. Se ando a tentar mudar, a fazer novas terapias e sobretudo a tentar perceber aquilo que sou, não consigo estar a ser permanente e constantemente atacado pelo passado, por actos e acções de que me arrependo e que não quero mesmo repetir.
Nunca fui de andar em círculos, de voltar-me sempre para o passado e de estar sempre a relembrar o mesmo e falar nas mesmas coisas; tento arrumar tudo, encaixar e aprender o que tenho que aprender e seguir em frente na certeza de que o caminho é de mudança, de seguir em frente e da melhor maneira possível.
Hoje é ainda o inicio duma nova fase no consultório, com a (re)entrada duma assistente para colmatar as falhas existentes dum deficit que sempre houve no dia a dia da nossa consulta. Um apoio eficaz e real aos gabinetes, em tempo real e sobretudo com a distinção completa das tarefas de cada uma das pessoas.
Apesar se não acreditar a 100% nesta solução que hoje se inicia! tenciono dar o benéfico da dúvida e fazer com que resulte eficaz e rapidamente para que possamos ter Paz, Tranquilidade e também eficácia... e ainda um ambiente pacífico e produtivo, que é, no fundo, o que todos nós queremos e precisamos. Esperar para ver e ver para entender...
Um grande e luminoso SORRISO neste principio de semana que vai terminar em Arraiolos, onde estaremos no fim de semana a desfrutar dum merecido descanso. Muita energia positiva e Tranquilidade para todos.