sexta-feira, outubro 25, 2013

Sexta

Mais uma etapa da semana... finalmente sexta-feira, ultima dia da semana de trabalho, a caminho do merecido fim de semana. 
Ontem fui jantar com o meu filho mais velho e o melhor amigo dele, ao Mensa, tendo ficado surpreso por sermos os únicos comensais. Estava temporal, era quinta-feira e quase fim do mês, mas mesmo assim pergunto-me como se pode manter assim um espaço e dar seguimento a todos os seus encargos.
Talvez a pressa que tinham em  trespassar o restaurante tivesse mais a ver com esta quebra de rendimentos do que propriamente com qualquer outra razão particular ou pessoal.
Provavelmente na altura as coisas não estavam como estão agora, na medida em que neste momento ouço mais queixas e lamentações do que há uns tempos, porque nesta fase estamos já a apanhar com as consequências de todos os impostos e taxas que nós caem em cima. 
Se em cima deste brutal aumento de impostos, pusermos a diminuição de rendimentos de todos nós, está explicada a baixa de consumo individual e das famílias, bem como a impossibilidade de mantermos o mesmo nível de vida e de consumo. É essa realidade que tento transmitir quotidianamente ao meu filho mais velho.
Foi um jantar bastante tranquilo, com uma maior aproximação entre nós e o afastamento das tensões e do enorme fosso existente entre nós há uns tempos... há uma alteração no comportamento dele e uma gradual aceitação da minha realidade e vivência. 
Preocupa-me "apenas" uma certa ilusão e uma certa fantasia acerca da actual realidade portuguesa e das suas (poucas) potencialidades de desenvolvimento e crescimento económico. Ou seja, tento transmitir-lhe a ideia de que ele tem que ter planos alternativos e sobretudo nunca apostar tudo no mesmo cesto porque se deve sempre pensar e estar mais além do que o presente, para podermos ter sempre um seguro de vida.
Ele está a investir bastante na ideia dele, aparentemente descurando outras hipóteses e outros caminhos que podem ir surgindo e que poderão fazer a diferença a curto prazo e na vida de todos nós.
Tenho pensado bastante no meu actual apaziguamento e forma de estar que se deve a uma maior consciência dos factos e a uma maior capacidade em pensar e sentir diferente. Quer dizer que começo a perceber e determinados mecanismos internos, bem como a ter a certeza de que a (quase) descompensação que atingi se deveu ao facto de subliminarmente estar a pedir ajuda e a precisar de auxílio especializado.
Com o AA já comentámos esse aspecto de ter à flor da pele uma enorme tensão e desconforto causado por vários itens não resolvidos nem assimilados ou integrados que, em conjugação com mudanças profissionais, alterações financeiras e outras, conduziram a um declinar íngreme e perigoso da vida e da sua vivência.
Começo a ter uma ínfima noção deste mundo imenso que contemos em cada um de nós e da problemática enorme que devemos constantemente resolver e integrar para que não se torne em doença ou em manifestações psicopatológicas ou psicossomáticas.
Este fim de semana vai ser dedicado a um jantar de família que vamos dar em nossa casa, com pessoas que faço alguma cerimonia, mas integrado com os meus irmãos para dar um tom mais informal a esse mesmo jantar. Esperemos que o cozinheiro e o menu escolhido estejam à altura como sempre estão e que fazem dos jantares em nossa casa um must e bastante disputados. Pelo menos, temos (quase) uma lista de espera... 
Um enorme SORRISO cheio de vontade de chegar ao fim deste dia, com muita força e energia positiva para enfrentar devidamente a minha vida e valorizar as pessoas, as relações e a família.
PS: já fiz o meu TAC de tórax para avaliar o estado ósseo e tenho uma fractura do esterno, em vias de consolidação e fruto de ocorrências passadas. 

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