quarta-feira, novembro 20, 2013

Reflexões

Ontem percebi a interligação de tudo o que nos acontece, bem como as técnicas usadas para se obterem determinados resultados. Ou pelo menos, assim me foi dito!
Na semana passada senti um certo desconforto pelo aparente pouco apoio que me foi dado  pelo meu analista e dai a ter ficado "desprotegido e desamparado" foi um pequeno passo, que, segundo o AA, se manifestou no principio desta semana com a tal neura e indisposição "mental".
Felizmente que nada tem a ver com bipolaridades, que são já patologias psíquicas e de que tenho exemplos bem claros e evidentes, mas sim com a minha temática de fundo e existencialista.
Os fenómenos de culpa e de rejeição são bastante dolorosos para mim e difíceis de suportar e, nestas alturas, tento agredir e agir antes de pensar; felizmente que neste momento, já consigo pôr o pensamento em primeiro lugar e não agir impulsivamente como acontecia num passado recente, com todas as consequências sabidas e sentidas.
Ao racionalizar mais os factos e lidar melhor com as emoções e frustrações, evito determinados comportamentos lesivos e dolorosos que complicam a vida e o meu relacionamento. É verdade que ainda há impulsos a vencer e atitudes racionais pensadas e analisadas, na medida em que ainda estamos no inicio de muita coisa.
Sinto que  estou a alcançar outro patamar de conhecimento ou de descoberta, neste processo analítico em que estou. Como dizia a FL temos uma série de camadas e de protecções que nos envolvem e estas terapias vão-nos "descascando" essas mesmas camadas, deixando a descoberto feridas, emoções ou factos desconhecidos do nosso consciente, mas que estão gravados nas nossas memórias e objectos internos.
O nosso trabalho é destapar esses invólucros e preenche-los duma forma positiva e satisfatória, para que esta reconstrução seja positiva e nos dê o equilíbrio necessário para nos mantermos da melhor forma.
Será que vale a pena este esforço e este empenho para nos conhecermos melhor e assim conseguirmos ser mais felizes e eficazes na nossa vida ? Ou será preferível mantermo-nos  na ignorância e sermos como a grande maioria das pessoas, sem estas preocupações existencialistas.
O meu pensamento é que, quando existe sintomatologia, se tem que intervir e tentar esclarecer  o nosso inconsciente e melhorar a vida de todos. Viver permanentemente em sofrimento ou em negação, será adequado para pessoas com patologias psicóticas ou que não tenham a realidade do que têm, mas todos os outros que estão noutro patamar ou num certo border line, podem e devem tentar alterar esses mesmos padrões e comportamentos desajustados.
É evidente que a vida actual é propicia a depressões, alterações humorais e a problemas vários porque as dificuldades que enfrentamos são imensas e, muitas vezes, a nossa força anímica vai-nos faltando e dispersando por outros caminhos. Já não temos vinte anos, o entusiasmo de então nem a ingenuidade desses mesmos vinte anos e por isso, poderemos sentir-nos mais negativos ou pouco entusiasmados perante o nosso quotidiano.
Existe também o problema da sociedade em geral que, fruto das circunstâncias, parece por vezes uma selva ou um circo, conforme a gravidade das situações. Uma selva porque neste momento cada qual tenta, individualmente, ter a sua segurança mesmo que isso signifique o atropelo dos demais e um circo quando parece que a fantasia e o humor negro tomou conta da realidade. 
Tudo depende do ponto de vista de cada qual esta visão do quotidiano, mas a certeza que tenho é que muita coisa terá que mudar e rapidamente neste Universo para que consigamos ultrapassar esta grave perda de valores humanos e éticos e assim conseguirmos uma realidade melhor, mais justa e sobretudo uma maior valorização de cada indivíduo e da sociedade em geral.
Sigamos em frente, concentremo-nos no essencial, tentemos ser melhores em cada dia que passa e com o nosso SORRISO forte e empenhado sermos pessoas diferentes! mais integradas e FELIZES.

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