Ansiedade

Acordei hoje com uma grande ansiedade, o que não me acontecia há muito e que provavelmente estará relacionada com o facto de ter que prescindir duma funcionária que não corresponde em nada ao perfil que quero para o consultório. Neste tempo de crise e de enorme dificuldade de emprego, sinto uma acrescida consciência social de manter as pessoas mas quando manifestamente tal não é possível, não tenho outra hipótese, tanto mais que os meus colegas não conseguem de todo trabalhar com ela e nem consegue manter o gabinete de que é responsável, nas condições mínimas. A gravidade da situação é que é uma pessoa divorciada, com dois filhos e provavelmente com algumas dificuldades. Mas adiante porque também tenho a consciência tranquila de ter dado todas as hipóteses que não foram devidamente aproveitadas.

Hoje tinha-me apetecido ficar em casa, mas não posso fazê-lo porque tenho que aproveitar o resto desta "pequena" semana de trabalho, de apenas três dias úteis, porque o mês já corre e tem que ser feito e bem feito.

Ontem estivemos a ver filmes gravados e para além das séries "Irmãos e Irmãs", sempre hilariante, vimos também um dos episódios da 4ª temporada dos Tudors, sempre nos casamentos e amores do Henrique VIII e daí para um filme com o Brad Pitt, meio cómico acerca de guerrilha na II guerra mundial - sem pretensiosismos, vendo-se bem - e finalmente o "2012", que nos conta o fim do mundo previsto pelos Maias e que é devido ao envio de neutrinos pelas explosões solares abundantes e que liquefazem o interior da Terra, com a consequente movimentação das placas arquitectónicas e destruição do planeta. Salvam-se alguns eleitos em gigantescas naves marítimas construídas em segredo. É um filme ficcional que se vê muito bem.

Acabei também de ler a "Catarina de Bragança" romanceada mas interessante pela perspectiva que nos dá e época e dos acontecimentos, devendo ser bem complicada a vida nesses tempos. Quando ela se vem embora, depois de ficar viúva, parte de barco para França e leva 8 meses a chegar a Lisboa, o que demonstra bem as dificuldades de movimentação e de vida, acabando por morrer num palácio que mandou construir em Benavente. Gostei e agora vou terminar outro livro que também estava a ler para depois prosseguir nas minhas biografias históricas.

Esta quarta feira, com cheiro a segunda é confusa e baralha-me um pouco as ideias, mas estamos mesmo já a meio da semana e seguimos rapidamente para mais outro fim de semana, já com alguns compromissos marcados, porque a nossa vida social tem estado bastante ocupada e preenchida, o que demonstra na verdade que os nossos círculos se têm vindo a alargar e que, felizmente, vamos tendo cada vez mais bons e verdadeiros amigos, para além de muitos e muitos conhecidos, alguns dos quais com algumas probabilidades de se virem também a tornar amigos.

Ontem também vi e revi todas as comemorações do 5 de Outubro e tirando a parte lúdica o que retive foram principalmente a componente política com o PR a fazer um bom discurso de consenso e de apelo à responsabilidade, o PM a fazer-se desentendido e a dar a ideia de que não é o principal responsável pela governação desde há mais de 5 anos - o que não deixa de ser caricato, os líderes políticos a dizerem o mesmo de sempre, os putativos candidatos à presidência também no mesmo registo de sempre e finalmente a inauguração do Centro para o Desconhecido ( Fundação Champallimaud ), uma obra magnífica exclusivamente privada com os devidos e merecidos apoios estatais, certamente.

É demonstrativo em como conseguimos fazer bem e o melhor que há, desde que haja vontade e iniciativa, bem como independência do estado e das vontades políticas, estando convencido de que com as possibilidades deste centro e a força da Leonor Beleza, vai dar muito que falar e oferecer ao mundo uma série de descobertas e de inovações que irão trazer grandes benefícios para todos nós. Pena não ter enverado por esse campo para ter a oportunidade de fazer parte deste grandioso projecto.

Hoje está um dia de inverno, com chuva e os consequentes acidentes de viação a transtornar todo o transito por Lisboa a acessos, tendo a sorte de vir por "atalhos", pelos quais nunca se encontra muito movimento, se bem que também hoje havia mais carros nesses caminhos, mas cheguei praticamente à mesma hora, se bem que., actualmente, me levante uns 5 a 10 minutos mais cedo para poder tomar o meu pequeno almoço tranquila e pacificamente, uma vez que já consigo comer convenientemente esta refeição.

E a pensar na minha dieta e na minha redução ponderal, fica o meu SORRISO com alguma angústia, mas também com a enorme vontade de vencer na vida e prosseguir a lutar pelos meus objectivos, na certeza de que o UNIVERSO em que estamos envolvidos me trará tudo aquilo que eu souber aproveitar.