segunda-feira, abril 27, 2009

Tempo .. e tempo

Olhando para o calendário dou-me conta do rodopiar permanente dos dias e da rapidez com que eles passam e vão deixando as suas marcas e impressões. Há apenas duas semanas estava no calor do Rio, com os meus dois filhos e hoje, passados apenas 15 dias, já regressei, trabalhei, acordei novas etapas do consultório, saí, falei e sei lá que mais fiz. Tudo num curtíssimo espaço de tempo e quase sem a noção desse mesmo rodopiar dos dias, que passam por nós a uma velocidade cada vez maior. E vou tendo uma vez mais a consciência da distância a que está o Pedro e o tempo que ainda falta para ele voltar para a Europa. Mas também é verdade que neste corrida temporal constante, dois meses e meio não são mais do que alguns dias, das muitas centenas da nossa vida e bem menos do que aqueles que já passaram.
Este olhar simultâneo para o passado, o presente e o futuro deixa-me surpreso pelo caleidoscópio luminoso que gira permanentemente na minha cabeça, uns dias mais intensamente que outros, mas sempre numa roda constante. Olho para o passado recente e quase que o sinto como presente bem vivido e pleno de actualidade, assim como revejo o passado longíguo e me lembro de tanta e tanta coisa. Ainda agora reencontrei no facebook imensas pessoas, aparentemente perdidas na bruma do passado e eis que surgem bem presentes no quotidiano actual.
São imagens, sensações, flashes que passam e são melhor ou pior captados, mas todos fazem parte integrante da minha vida e das muitas gavetas que constituem a minha vida e aonde guardo todas as minhas recordações e memórias.
Uns dias abrem-se umas gavetas e outras noutros dias ou momentos mas todas elas são minhas e me pertencem, fazendo parte do meu património pessoal, genético e social. E à medida que vou fazendo análise, apercebemo-me cada vez mais da riqueza dessas memórias e dessas recordações que, devidamente integradas e assimiladas, me conferem uma identidade única e uma idiossincrasia tão específica.
E nesta rapidez dos dias, das horas e dos acontecimentos vamos vivendo, sentindo, reflectindo e equacionado a nossa vida e a dos nossos filhos e parentes.
Se refiro que os domingos são cinzentos é porque ainda é um reflexo de tempos idos em que os domingos eram francamente maus por motivos diversos e familiares e depois ainda porque eles estão associados a determinados aspectos que não têm acontecido e que me deixam um pouco frustrado. Por isso o cinzentismo de alguns domingos, que não reflectem, espero, o meu estar na vida mas apenas desses dias e desses momentos.
Tenho pena da rapidez de muitas das coisas que acontecem e sobretudo de não ter dado valor a muitas outras que passaram por mim e das quais não tirei o devido sentido e oportunidade. Por isso agora tento extrair de cada dia ou minuto o máximo que posso e de cada pessoa o melhor que ela tenha para receber o que eu lhe puder dar e tentar dar o máximo. Claro que nem sempre consigo fazer este dar e receber, mas tento cada vez mais perceber a realidade que me cerca e as pessoas que fazem parte da minha vida e do meu quotidiano.
O tempo é também o que nós quisermos e fizermos dele e o verdadeiramente importante é estarmos bem connosco próprios e conseguirmos desfrutar desta vida o máximo de tempo possível, na companhia dos que amamos e queremos.
Um grande, Enorme e Luminoso SORRISO com muito AMOR e PAZ e sobretudo muito TEMPO para vivermos esta vida que vale a pena ser vivida e exponenciada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Início de semana; o Sol brinca de faz de conta!

Fique com estes pensamentos de quem fez história.

"Só vivemos uma vez, mas se o fizermos bem, uma vez é suficiente".
(Marshall)

"Aqueles que se queixam do tempo são aqueles que não o vivem intensamente"
(Jean de la Bruyére)

"A vida é o que acontece enquanto estamos ocupados a fazer planos"
(Thomas la Mance"

"Há milhares de formas de perder o momento mas não existe nenhuma para o recuperar"
(Timothy Lester)

Por agora, creio ser o suficiente para ler, reler e interiorizar com qualidade.

A Cinderela