quinta-feira, maio 28, 2009

Sem novidades

Quase fim de semana e sem novidades ou vontade de escrever. Gostava de estar na idade dos porquês como a minha ervilhinha, visto que significaria que tinha muito para aprender e para andar e ainda uma vida à minha frente.
Não que gostasse de andar para trás, mas apenas porque talvez tivesse a oportunidade de construir a minha identidade e personalidade doutra forma, mais estruturada e racional.
Mas sou assim e agora apenas me resta tentar mudar o possível, de maneira a sentir-me o melhor possível comigo mesmo e a relacionar-me com o exterior também da melhor forma , para que possa não só amadurecer e conhecer melhor o meu Eu superior, como principalmente interagir como vez mais com os outros e os seus EUs.
Ando numa fase importante da minha análise, pois chegámos ao núcleo principal da minha identidade e do muito que me marcou na minha génese, infância, adolescência e vida adulta, com todas as influencias recebidas desde que fui concebido. E nesta fase, tenho sonhado imenso e revisto, como um filme, muitos episódios da minha vida e muitas pessoas que tinha esquecido, mas que ficaram no meu inconsciente e de certa maneira, marcaram e influenciaram a minha vida e maneira de ser.
Talvez por isso, a minha imagem exterior parece mais irritadiça e crispada, mas penso que é devido apenas a este intenso trabalho subterrâneo que estou a fazer e que me faz pensar imenso e tentar andar ainda mais depressa. E quando ainda por mais há determinadas acções externas que me desestabilizam e outras que não sei muito bem como reagir, então forma-se um cocktail explosivo que emite muitas ondas negativas.
Gostava de ser mais e melhor compreendido elas pessoas, e pergunto-me se será assim tão difícil distinguir a parte pessoal, da afectiva e da profissional ? porque efectivamente estou habituado a um trato mais rude a nível profissional e de maneira nenhuma isso representa qualquer tipo de desmérito para os outros.
Quando fiz o meu estágio profissional em Abrantes ( e já lá vão quase 30 anos ) fui assistente do cirurgião mais bruto, mal educado e malcriado que já conheci e apesar disso foi com ele que aprendi muito do que sou como médico e profissional, porque fora do hospital era o oposto e ficámos grandes amigos. Mesmo no hospital, aquela rudeza e falta de educação eram uma máscara para disfarçar o enorme coração que aquele homem tinha. Aprendi muito, mesmo muito com ele. Grande abraço ao Dr A, esteja ele aonde estiver, porque não o vejo há muitos e bons anos
E agora vou continuar o dia, esperando que neste dia haja grandes e luminosos SORRISOS, com uma imensa ENERGIA positiva e sobretudo muita CALMA e HARMONIA

Sem comentários: