Mais uma segunda feira, início de mais um mês, mês chamado de Maria por causa de Fátima e das aparições aí ocorridas no princípio do século vinte. Li há pouco um romance de José Luís Peixoto acerca deste assunto de que gostei medianamente.
O fim de semana passou-se num ápice... foi sábado e de repente aqui estamos numa nova semana e no início de algo mais. Sábado foi um dia cheio e estando completamente errado acerca de muita coisa, continuo com a convicção de que um dia, não sei quando nem como, tudo voltará a ser como dantes e que este é um tempo de interregno e de reconstrução das nossas identidades e personalidades.
Claro que são ilusões, quimeras mil mas também são percepções e impressões que valorizo e que não descarto... normalmente até me não me costumo enganar muito acerca de algumas coisas e sempre tive este pressentimento que, talvez, se confirme (ou não) um dia. São ciclos e ocasiões que existem e quem sabe o que o futuro nos reserva.
Sinto-me, por vezes, numa encruzilhada da vida, sem saber para onde vou nem com quem vou mas com a certeza do que quero em vários aspectos, apesar de não ter ainda consigo encontrar uma faceta muito importante para mim. Uma pessoa, uma localização e um porto seguro para me refugiar e estar.
Queria mesmo esse porto de abrigo, esse refúgio que tinha, essa casa onde fui feliz e onde passei tantos bons momentos, destruídos uma vez mais quando recebi dois sacos que resumiam a minha passagem por esse mesmo local de que tanto gosto. Fingi que não era nada comigo, mas fui apanhado por uma dor desvastadora e avassaladora. Dois sacos que resumem uma grande parte da minha vida e muitas, muitas recordações ???
Ontem fui jantar fora de novo, numa companhia muito agradável e simpática, mas apesar de me sentir bem e estar numa boa, não é ainda aquilo que quero e desejo, embora neste momento seja o possível e aquilo que se pode ter... mas quero mais e muito mais. Bem como quero encontrar o meu Eu, a minha identidade e estar cada vez melhor comigo mesmo.
E cá estou neste meu local de trabalho, sem nada para fazer, sem qualquer objectivo que não seja passar o tempo e tentar abstrair-me de não ter nada para fazer porque me tenho a mim e o meu SORRISO, que tem de ser luminoso, alegre e compensador. Quero ser FELIZ e vou ser...
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