segunda-feira, março 27, 2017

Rupturas

Mais um dia, mais uma semana de trabalho, a ultima de Março. No rescaldo da minha festa e dos meus sessenta anos. Posso dizer que estive muito feliz, que foi uma festa muito bonita e emocionante para mim mas não quero colocar a cabeça debaixo da areia e não perceber que houve danos irreversíveis em pessoas e na forma de estar"
Em primeiro lugar, a atitude do meu filho mais velho choca-me, magoa-me e sei que tão cedo não teremos contacto, nem ele conseguirá ultrapassar o que entende ser a verdade dele, nem sequer ver o que pode estar para além de tudo aquilo que ele pensa. Mas é com ele e irá aprender com a vida....
Também perdi um amigo, alguém que fez parte da minha vida nestas últimas décadas e que se foi. Cometi muitos erros, fiz muito disparate devido à minha impulsividade e maneira de ser, "massacrei", chateei, e tudo isso reconheço. Mas também é verdade que nunca houve da parte de terceiros qualquer tentativa de conhecer, aprofundar e de ultrapassar determinados factos.
Acho ou sinto que poderá estar relacionado com idiossincrasias internas e situações mal resolvidas, na medida em que não percebo mesmo os medos, os receios e os cuidados existentes. Qual o problema de se falar, de podermos eventualmente almoçar ou jantar, de pedir este ou aquele favor ??
A não presença no jantar de sábado foi, para mim, um sinal claríssimo de que nunca poderia haver qualquer tipo de relacionamento normal como o que existe entre amigos, porque na verdade não só não havia qualquer interesse como as limitações das pessoas eram por demais evidentes.
Agora por erros próprios bem como por vontade deles, há a ruptura, há o corte e o fim do que nunca houve, que me magoa bastante. Apesar de saber e estar consciente de que muito contribui para este desfecho. Mas custa-me compreender a pequenez de certas atitudes, a limitação das pessoas e o ficarem encerradas nos mesmos conceitos e princípios. 
Em termos práticos já não havia contacto porque eles sempre se afastaram e negaram essa eventualidade, mas neste momento também não haverá aquela presença que sempre houve, aquele amigo sempre presente e cuidadoso. Também provavelmente estaria mal habituado porque desde sempre fui habituado a esses cuidados e a essas atenções, porque houve essas atitudes, muitas vezes em excesso. Refiro-me aos tempos imediatamente a seguir a ter sido descartado.
Mas é a vida, são os percalços da vida que tenho de aceitar, que devo ter em conta para me poder modificar e crescer mais e mais, sabendo que todos somos diferentes e que este afastamento era inevitável porque os outros também têm as suas vontades que não me englobavam. É problema deles... assim como é meu problema mudar, crescer e não agir como um menino birrento.
Sei que a minha Amizade e Carinho permanecerá e ficará dentro de mim, bem como as muitas memórias comuns, assim como também sei que doravante nunca mais poderei contar com essa mesma pessoa. Só espero e desejo sinceramente que seja feliz, que tenha a vida que merece e da forma que merece. E sem o "peso" adicional da minha pessoa.
Mas para terminar sinto que se as coisas tivessem sido faladas com tempo, com calma, se tivesse havido o cuidado duma conversa pessoal talvez tudo fosse diferente' porque talvez eu compreendesse e não tivesse reagido tão negativamente. Já tinha que gerir a questão do meu filho mais velho e esta situação na véspera de algo e. Que tinha tantas expectativas deixou-me completamente desnorteado.
Sei que o IA me conhece suficientemente bem para saber que este procedimento iria dar muito mau resultado, agravado com o atitude dele durante o jantar - até teria preferido que não tivesse ido se soubesse que ia estar como esteve -  pelo que não sou apenas eu o culpado e o mau da fita. Lamento que as coisas não tivessem sido conduzidas duma forma totalmente diferente, até eventualmente pedido ajuda a terceiras pessoas.
Sei  que neste aspecto tenho razão e que poderia ter sido diferente, assim como também poderia ter sido diferente se eu não tivesse escrito acerca de pessoas mesquinhas ou enviado uma mensagem em resposta e uns parabéns que me "caíram" muito mal e que considerei uma hipocrisia e um cinismo enorme. Uma vez ficarei o mau da fita, ficando com os outros convencidos da sua razão, da sua veracidade e da sua integridade a toda a prova. 
Mas adiante porque a vida continua, as pessoas estão ou não se assim o quiserem e, quanto a mim, acho que já tenho força suficiente para aguentar mais este embate mantendo o meu SORRISO forte e luminoso, bem como buscando e procurando o caminho para a FELICIDADE.
PS: estou bem consciente da ruptura e do corte presente porque é uma marca dessa pessoa que já deixou e cortou com amigos de longuíssima data e que nunca mais perdoou. Agora calhou-me.....

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