quinta-feira, abril 07, 2016

Sessões

Hoje a minha sessāo foi altamente produtiva... deixou-me francamente mais bem disposto e receptivo à vida, às emoções e a tudo aquilo que me rodeia. Já percebi que, nas sessões em que o AA participa mais e comenta o que vou dizendo, são sempre melhores e me ajudam bastante mais.
Estou num patamar de conhecimento bastante aprofundado que é, simultaneamente, compensador e sofredor, visto que ao consciencializar o muito que tenho, posso ir mudando o que devo. Hoje ele disse-me algo muito interessante acerca do nosso passado, que é importante para nós compreendermos mas que não pode servir de refúgio ou de desculpa para tudo e mais alguma coisa.

É uma vez mais, referiu que este  todas as potencialidades para crescer, amadurecer e ainda não se vitimizar, não formar uma bolha negativa e contraproducente; ou seja, deixar a imagem duma criança em posição fetal a precisar de ser defendida e com uma enorme carência afectiva, bem como a necessidade de acreditar mais em si próprio e naquilo que é capaz. E ainda agora resolvi uma insignificância que me aborrecia e que, para além de ter resolvido, consegui também dar alguma alegria a outra pessoa.

E a vida é feita destas pequenas coisas, aparentemente insignificantes mas que fazem a diferença e que podem marcar bastante o que somos bem como o caminho que devemos seguir. E só há um caminho que é viver o presente, tirar proveito do que temos neste dia a dia, perceber o passado e aceitar a vida que tivemos e ainda não criar expectativas ou quimeras mil acerca do futuro. Deixar o tempo fluir e seguir o seu curso normal.... dar tempo ao tempo.

Hoje o AA também referiu a minha memória de peixe, o que não deixa de ser curioso visto que o IA dizia e com razão que a minha memória era não só de peixe como altamente selectiva. E concordo com ambos, visto que, infelizmente, tendo a esquecer as coisas negativas e a fixar-me nos aspectos positivos. Numa espécie de mistificação ou reescrita da história.

Mas percebo porque o faço uma vez que, não querendo encarar o que sou e como sou, bem como não tendo aprendido a ter limites, é uma maneira fácil de fugir da realidade e de não me interiorizar. Esqueço que os outros não são assim e que guardam memórias, sensações e factos duma forma completamente diferente da minha, mas mais certa e verdadeira.

Ontem fiquei bastante preocupado com a minha irmã P.; confirma-se o que eu temia há muito e que deixei passar por comodismo ou por não saber o que fazer ou ainda, talvez, por sentir que ela não estava preparada para aceitar. A verdade é que, para além do meu cada vez mais amigo MS, também tenho de dar mais atenção a esta minha irmã e estar bastante atento às suas manifestações e alterações. Estou muito preocupado e quero acompanhar mais de perto a evolução.

Sei o que ela sente e sei também como é fácil resvalar para o nosso lado mais negro e perder toda a esperança e a vontade de viver e de ter esperança; e tenho a obrigação de a ajudar e de a fazer sentir melhor! E quero fazê-lo....

Um grande SORRISO neste dia em que me parece estar a sair dum nevoeiro muito fechado e cinzento para algo mais radioso e luminoso, precisando mesmo de não ser tão influenciado pelos factores externos. É um dos meus grandes males que devo trabalhar e corrigir.

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