Ultrapassei os 1700 comentários, mais concretamente hoje será o 1702º post escrito, tive 18663 visualizações, cerca de 650 notas de seguidores ( ressalvando a escassez dos mesmos nos últimos tempos, em que me sinto quase "abandonado") e 37 seguidores; estes são os números actuais do meu blogue a 27 de Outubro de 2013.
Posso dizer que quando iniciei este mesmo blogue - há 3 ou 4 anos - nunca pensei que fosse um projecto que durasse tanto e sobretudo que me desse tanta satisfação manter, escrever e reler o muito que tenho escrito.
Espelha os meus estados de alma, as minhas dúvidas, ansiedades, alegrias, a família, os filhos, os amigos, os afectos, as dissidências, os bons e maus momentos e é a minha vida quotidiana com o seu (pouco) interesse e vissicitudes.
É sobretudo algo que me acompanha no dia a dia, em que reflicto e medito acerca de muita coisa e que me dá a possibilidade de interiorizar e exteriorizar muitos dos meus pensamentos, emoções, feelings, preocupações e alegrias.
Pode ser que, num futuro distante, sirva para que, por exemplo, os meus filhos e os meus amigos de coração e afectivos possam conhecer-me melhor e ter-me como companhia, quando já cá não estiver fisicamente, ou seja, estar presente sem o estar!
Mas o que me interessa realmente neste meu blogue é a companhia diária, o desabafo constante e a introspecção feita dia a dia, semana a semana, mês a mês e ano a ano. De vez em quando releio posts antigos, verificando uma evolução do meu pensamento e actuação, uma alteração de percepção da vida e dos factos, mas também uma constância no essencial e no que é fundamental para mim.
Ou seja, esta escrita diária, já obrigatória para mim, é o meu abrigo do quotidiano, o meu porto de chegada e partida deste dia a dia e ainda o meu refúgio das tempestades e contrariedades da vida, bem como das alegrias e bonanças que vou tendo ao longo da vida.
Tenho dito, escrito e comentado que estou numa fase da minha vida em que me sinto particularmente vulnerável aos pequenos gestos e atitudes, às manifestações de carinho e apoio e à necessidade que tenho de ser percebido e compreendido. Quando olho em meu redor, verifico que, neste momento, quase tudo se conjuga para que possa crescer e me sentir em paz comigo e com os outros, apesar de não conseguir, muitas das vezes, explanar-me como queria e gostaria.
Tinha, inicialmente, o projecto de aproveitar muitos destes comentários como o esboço dum livro que adoraria ter a capacidade de escrever, mas sei neste momento que não será a partir destes posts que o farei, na medida em que o encadeamento dum qualquer livro é totalmente distinto dos comentários soltos que vou fazendo, sem qualquer ligação entre eles a não ser uma constante chamada de atenção para determinados aspectos e factos da vida.
A verdade é que ao longo destes anos de escrita, temos vindo a assistir a uma constante e permanente degradação da nossa vida pública e colectiva, com uma crescente dificuldade na vida das pessoas e também da nossa, que nos tem vindo a preocupar cada vez mais. Estamos a atingir um ponto intolerável e quase insustentável da nossa vida, com um agravamento brutal da carga fiscal sem conseguirmos aumentar na mesma proporção os nossos rendimentos. Felizmente que as opções que tenho tomado, se têm revelado acertadas e permitido uma diminuição das despesas e consequentemente um maior equilíbrio financeiro. Também estou numa fase da vida em que os encargos assumidos vão diminuindo, com os empréstimos (quase) a terminarem e o vencimento de muitas das aplicações que fiz e que mantive ao longo da vida. E nestes anos mais próximos, serão bastantes dessas aplicações que se irão vencendo e ajudando a manter o nível que temos. Também já estou convencido de que a reforma irá sendo adiada até ser possível e ter direito a uma reforma justa e compatível com a vida que quero ter, mas se pensava que daqui a uns 2 ou 3 anos poderia reduzir a carga horária e entrar, por exemplo, numa pré-reforma no SAMS, como era costume no passado; agora tenho a consciência de que ainda terei uns 8 a 10 anos de actividade profissional e até estou preparado para isso, desde que mantenha a lucidez e a integridade física que tenho neste momento e que espero manter nestes anos mais próximos.
E sendo este o meu 1702º comentário, tenho motivos para que o meu SORRISO seja hoje particularmente luminoso, feliz e satisfeito pela capacidade de manter um projecto contínuo e que me dá alento e alegria no dia a dia. Acredito que me tem feito bem e que me ajuda no contacto com os que (ainda) me lêem e seguem. Um SORRISO muito especial para todos aqueles que tenho no coração...
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