sexta-feira, outubro 05, 2012

Feriado

Feriado, 5 de Outubro, comemora-se a implementação da República, sendo o último ano em que é feriado, visto que este, conjuntamente com o 1 de Dezembro, é um dos feriados eliminados a partir de 2013.
De qualquer maneira, fim de semana prolongado, constatando pouco movimento e pouca gente na rua e no Corte Inglês por onde andámos de manhã.
As relações humanas, pessoais e afectivas são complicadas e difíceis de gerir, sobretudo quando se entra numa conflitualidade (quase) permanente e que não se consegue perceber na sua totalidade.
Sinto que há  comportamentos que se vêm manifestando duma forma progressiva, carregadas duma grande agressividade e falta de entendimento e de tolerância que me custa muito a perceber e que me magoa imenso.
Acho que todo um trabalho de análise e de introspecção não está a ser devidamente feito e canalizado, na medida em que este comportamento se tem vindo a agravar e a manifestar duma forma cada vez mais estranha e incompreensível para mim.
Há certamente muitas razões que não entendo, mas sei o suficiente para saber que neste momento parece que sou um saco de boxe onde se descarrega a raiva, as frustrações e as nossas angústias do quotidiano e não me agrada essa perspectiva de vida e de relacionamento.
A verdade é que, provavelmente, também não sei expressar-me da melhor forma ou agir doutra maneira, mas é evidente que procurando um refúgio em casa, em contrapartida com tudo aquilo que acontece no exterior, não o consigo achar nem encontrar. E cada vez mais nos vamos fechando e encapsulando em nós mesmos, até não haver dialogo ou entendimento possível.
Eu penso ter consciência disso, mas tenho receio que não haja essa percepção de quem me rodeia e esse facto a curto, médio ou longo prazo terá certamente consequências que não me agradam mesmo nada. Parece que estou a reviver um filme já passado e vivido, que não tenho vontade alguma de reviver ou de passar de novo. Mas também não sei o que mais poderei ou deverei fazer, senão tentar deixar aqui estas palavras.
Ando bastante preocupado com a situação duma grande amiga que, neste momento, atravessa um mau momento; um relacionamento que acabou duma forma abrupta e brutal que a deixou completamente de rastos, como é evidente. Agravando a situação, continua a não haver um esclarecimento total e completo das intenções dos protagonistas que, à sua maneira de estar e ser na vida, não conseguem romper definitivamente ou deixar de alimentar ilusões e esperanças. As pessoas são racionais e extremamente lúcidas quando se trata de analisar situações alheias, mas quando se encontram nessas mesmas situações, não conseguem ter o discernimento e o entendimento suficiente para pensar fria e realisticamente. Se assim continuar esta indefinição, talvez tome alguma iniciativa de falar ( ou tentar ) com a outra parte para se definir duma forma corajosa e firme.
Esta indefinição é que não se pode prolongar muito mais tempo porque é altamente prejudicial para quem está a sofrer e ainda para mais com responsabilidades maternais.
É destes silêncios e cortes abruptos dos relacionamentos que tenho receio, pensando bastante neste caso para evitar uma deterioração que pressinto e que não quero mesmo que exista. Mas é preciso reflectir e pensar naquilo que somos e queremos, com a certeza de que todos nós procuramos a felicidade, o bem estar e ainda o sentirmo-nos devidamente amparados e amados. É uma necessidade de todos os seres humanos e para isso precisamos de perceber e ser compreendidos, se houver vontade e empenho nisso mesmo.
É verdade que os relacionamentos humanos reflectem necessariamente tudo aquilo que acontece na sociedade e na nossa vida colectiva e este estado permanente de crise e de más notícias que temos diariamente, é bastante prejudicial em todos nós; temos que ter essa consciência e percepção para podermos ultrapassar esses condicionalismos e estarmos preparados para enfrentar todo o negativismo que nos rodeia e encontrar em nós e no nosso meio, a nota positiva e necessária para termos força e coragem para enfrentarmos esse mesmo meio tão difícil que nos rodeia.
Neste momento, precisamos de fazer muitíssimo mais do que fazíamos há uns anos, com muito menor rentabilidade e enfrentar uma crise que veio para ficar e sobretudo em que sentimos haver pouca ou nenhuma Esperança e  Fé nos próximos tempos.
Tentemos manter o nosso SORRISO com a ilusão de que este presente representa apenas e tão só um interregno nas nossas vidas e que, em breve, estaremos cheios de energia e de força para enfrentarmos o nosso dia a dia, bem como com este mesmo SORRISO vamos encontrar a coragem e o animo necessários para que este quotidiano nos atinja o mínimo possível.
 
 

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