domingo, outubro 14, 2012

Chuva

Domingo de chuva, cinzenta e autênticamente tempo de Outono, de que gosto bastante, por  achar bonito e transmitir-me uma sensação de interioridade e de conforto. São gostos...
Ontem fomos jantar ao Mensa, que vai estando composto mas notando-se uma diminuição no número de pessoas, como é evidente porque neste momento andamos todos assustados, preocupados e em retracção. Todos ou quase todos porque felizmente ainda há quem esteja muito bem e a fazer (quase) uma vida normal e sem olhar (ainda) aos consumos e gastos.
Amanhã iniciar-se-à ( espero) o julgamento que se arrasta há mais de 4 anos, por vissicitudes várias e adiamentos sucessivos. E também muito dinheiro gasto por um problema que não teve qualquer impacto em ninguém.
Espero sinceramente que desta vez o assunto fique devidamente esclarecido e arrumado, tendo esperança que me seja favorável por ter provas, motivos e factos devidamente fundamentados e escritos que sustentam a minha posição e que se forem correctamente expostos e aceites, evidentemente que serei livre desta posição em que me encontro. Apenas porque se arrasta já há uma série de anos e com tanta gente criminosa e a precisar de julgamento, perde-se tempo, recursos e dinheiro para um assunto deste teor que podia ser resolvido num julgado de paz e numa manhã. A verdade é que também se assim fosse, os advogados não usufruíam dos rendimentos que todos estes processos, atrasos, adiamentos e expedientes lhes valem porque tudo é pago ao minuto.
Esta justiça é, evidentemente, feita pelos advogados e interesses corporativos que lhes permite e sobretudo aos grandes escritórios de advogados terem horas e horas de trabalho, muitíssimo bem pagas. Com todos os expedientes actualmente existentes, que arrastam os processos e os recursos quase ao infinito, pode-se estar anos à espera de uma decisão, mesmo em julgamentos aparentemente simples como é o que vou ter amanhã.
Tenho reparado que nos sucessivos casos mediáticos, são quase sempre os mesmos advogados que aparecem a defender os arguidos/acusados porque já são conhecidos e já estão "viciados" em todos os expedientes possíveis e imaginários para evitar a prisão ou aplicação das penas devidas.
É a justiça que temos, aliada ao espírito genuinamente português que se considera sempre o mais esperto e melhor e que impunemente pode fazer tudo o que lhe apetece. E infelizmente constato que até é verdade nalguns casos porque a aplicação da justiça é tão lenta, demorada e cara que muitas vezes nem vale a pena. Constatei isso uma vez mais nestes tempos correntes, em que sendo preciso cumprir um acordo é difícil efectivar as premissas dos acordos por haver limitação de meios e sobretudo pela demora dos mesmos. É triste que assim seja e a justiça não seja rápida e mais eficiente porque apenas isso já resolvia e moralizava rapidamente muitas situações existentes, na medida em que as pessoas teriam mais cuidado e respeito á aplicação da justiça.
E agora, com um SORRISO cheio de esperança e fé no futuro vou arranjar-me e nada fazer o resto deste domingo de preparação e meditação para o dia de amanhã.
 
 
 
 

Sem comentários: