quinta-feira, setembro 02, 2010

Setembro

Entramos em Setembro, mês de reentrada de actividade, início de aulas e para mim, quase representa o princípio do ano.
Vindo de férias, lendo os jornais e vendo os noticiários parece que nada se passou nestas últimas semanas, porque as notícias continuam a ser os incêndios, a novela da justiça e os poderes do PGR, o eterno e ridículo optimismo do primeiro ministro e ainda os (maus) comentários do eterno candidato Manuel Alegre.
Ou seja, nada muda neste País que, inconsciente ou conscientemente, vai mergulhando cada vez mais fundo na sua desgraça e miséria. Curiosamente estou a ler várias biografias históricas de individualidades da nossa história e a verdade é que sempre foi assim. Somos um povo inovador, descobridor e empenhado noutras terras, mas no nosso próprio País estamos sempre à espera do D. Sebastião e que alguém faça por nós, à custa das riquezas que vêm de fora. Antes das Índias e dos Brasis e agora da União Europeia, não sendo capazes de criar riqueza, trabalhar e desenvolvermo-nos duma maneira certa e controlada, do forma a sermos um País viável e interessante para se viver.
Li a biografia da D: Maria I, a louca, com toda a história da fuga para o Brasil, a da d. Amélia e do fim da monarquia, com parecenças fantásticas com os tempos que hoje correm e com as intrigas palacianas dos políticos e ainda estou neste momento a ler a biografia de Dª Filipa de Lencastre, mãe duma geração de príncipes que impulsionou imenso o nosso País. Precisávamos novamente de pessoas com este valor para podermos sair deste buraco em que estamos.
Optei nestas férias por me desligar  completamente, não tenho inclusive ligado uma vez sequer a Internet, nem para escrever, nem para ver mails, nem noticias para assim também conseguir abstrai-me totalmente.
Ao chegar, constato que as novidades são escassas ou nenhumas e estamos mesmo atolados no tal pântano de que já se fala há tantas e tantos anos, não havendo nenhum político e estadista que consiga dar a volta ao problema, galvanizar as pessoas e enveredarmos por um caminho certo, correcto e justo. MAs como isso implica enormes sacrifícios e cortes brutais, dificilmente conseguiremos desta rota de colisão e de destruição da nossa sociedade tal como ela agora existe. Mas algum dia teremos que mudar a nossa maneira de estar e de fazer se queremos viabilizar o nosso país. Por mim já não tenho grandes esperanças de alteração nestes tempos, mas espero sinceramente que alguma coisa seja feita e rapidamente.
Hoje vou começar a trabalhar pela tarde, esperando começar bem e com empenho, para que este reinício seja profícuo e interessante, apesar da pouca vontade como é natural depois destas 3 semanas de férias. A verdade é que fará amanhã, pelas 13.30, 3 semanas certas que estou de férias pelo que reentrar no ritmo vai custar e ter que ser lentamente.
Um grande SORRISO cheio de ENERGIA e de FORÇA para enfrentarmos estes dois dias que faltam para o próximo fim de semana, uma vez que é mais fácil começar assim para termos tempo de nos habituarmos. Dia 4 de Outubro teremos um fim de semana prolongado e de mais descanso.

Sem comentários: