Sábado

Hoje dormi menos bem porque me deitei mais tarde do que o costume e  estava com fome, Como não sei o que posso comer nestas ocasiões resolvi nada comer, mas dormir com o estômago vazio é um pouco complicado.

Levantei-me perto das 09.00, tomei o pequeno almoço recomendado e que consigo fazer sem qualquer esforço e segui para o Oeiras Park para ir arranjar as unhas e eventualmente cortar o cabelo. Estava a confusão habitual e a aparente indiferença do costume, mas depois de um bom bocado à espera lá trataram - e bem - de mim. Foi atendido por uma senhora com um ar muito triste, que mesmo ao sorrir ficava mergulhada na sua tristeza e nostalgia. Era mesmo um sorriso muito triste, pelo que no fim tive que lhe dizer que a vida é para ser vivida e tudo tem solução. respondeu-me que assim era, que acreditava muito em Deus mas que tinha perdido um filho com 3 anos.

Perante esta situação, que se pode responder senão palavras de circunstância e de consolação, porque não há, certamente, nada pior, do que perder um filho. Por vezes, penso o que seria perder um dos meus filhos e a dor é intensa e brutal, porque é contra natura.

Tendo tido que  lidar com uma situação dessas por perto, acho fantástica a capacidade de recuperação desse desgosto e a força de viver que se vai buscar, em nome próprio, mas também certamente em nome dos que cá ficam, dos outros filhos, netos e família.

Já cumprimentei a minha querida prima, que está felicíssima de ter sido AVÓ, dum rapaz, tendo tudo corrido muito bem. Desejo a todos as maiores felicidades.

Agora vou até ao El Corte Inglês e ao Allegro, para fazer o resto das compras de anos do Fran - já faz 19 anos na 3ª feira - e trocar a mala de viagem, que está constantemente a estragar-se e que me vão trocar por uma nova. Não é nada de especial, mas é Benetton e estraga-se sempre que a utilizo.

Hoje tenho o tal jantar do meu curso de Medicina Dentária e estou com uma enorme vontade de não ir, mas é evidente que vou e penso que até vou gostar de rever toda a gente e de saber novidades de muitas delas. Vamos lá a ver como estaremos todos, quer pessoal quer profissionalmente.

Amanhã será dia de concerto no pavilhão Atlântico com a minha querida sobrinha B, que já me disse estar em contra relógio para sair e ir ver os Supertrumps. Vai ser um domingo diferente e divertido, só sendo pena que logo a seguir venha mais uma das minhas detestadas 2ª feiras.

A MB está em Sto André e ficou com pena que não fossemos ter com ela, porque se sente certamente sozinha e porque gosta também da nossa companhia. É mais fácil estar e lidar comigo ( connosco ) de que com a sua filha natural, uma vez que a  nossa relação se baseia agora, em verdade e em que vamos dizendo tudo aquilo que se quer sem subterfúgios nem preocupações. Na verdade ela sente uma grande tristeza pela situação da filha e netos, mas nada pode fazer ou dizer s bem que eu já lhe tenha dito que tem que os alertar para o neto que já está com alguns comportamentos preocupantes. Mas ela fará, como sempre, aquilo que acha e não aquilo que os outros pensam porque sempre foi assim e assim deverá ser até ao fim da vida. Mas sinto cada vez mais a duplicidade do comportamento da MB, visto que queria ter com a filha o relacionamento que tem comigo e vê que eu tenho uma vida saudável preenchida e razoável, enquanto que a vida deles é fechada e claustrofóbica, quanto a mim. Mas espero que tudo se resolva e ainda não perdi a esperança de vir a ter um grande e excelente relacionamento com essa irmã.

E agora estou no ir, com um SORRISO cheio de ENERGIA e de FORÇA, preparado para mais um sábado.