sábado, setembro 04, 2010

Sesimbra

A saída de Lisboa ontem estava impossível provavelmente devido à festa do Avante, que começou ontem. A ponte 25 de Abril estava praticamente parada e a Vasco da Gama compacta como nunca a tinha visto.
Ontem custou-me imenso trabalhar, mas o que tem que ser tem muita força e assim foi. Depois do jantar viemos para Sesimbra, com o tal transito imenso e  aqui chegámos a tempo de ver debates e mais debates acerca da Casa Pia, com a certeza de que a jornalista Felícia Cabrita deve saber tantas mais coisas  que não pode revelar e muitas mais pessoas envolvidas.
A verdade é que foram todas condenados e com recursos ou sem eles, a pena está aplicada e mais dia, menos dia fica tudo definitivamente resolvido. Fiquei revoltado com o domínio da comunicação social pelo Carlos Cruz, que, com os seus advogados se desdobrou em aparições, entrevistas e comentários ao longo do todo o dia. Apenas a sua anterior força na comunicação e o facto de (ainda) ser uma pública tornam possível esse exagero de aparições, tanto mais que demonstrou uma total e completa falta de sensibilidade pelas vítimas.
Porque é preciso não esquecer que houve vítimas que ainda hoje estão marcadas pelo que sofreram e não serão as indemnizações ridículas que hão-de receber que os vão compensar de tudo o que sofreram. E nesse aspecto, como noutros, a defesa de CC foi excessiva e completamente insensível.
Quanto aos outros réus, quase todos proclamaram a sua inocência mas não acredito que possa haver tanto erro judicial junto, pelo que certamente serão culpados, só sendo pena que outros não tenham também sido apanhados e condenados. Parece que a rede nacional  internacional seria enorme e pelos comentários de ontem, não será líquido que essas redes tenham desaparecido por completo. Mas é um capítulo encerrado.
Pelas 05.00 da manhã, o alarme tocou, tendo acordado em sobressalto e muito assustado. Percorremos toda a casa e, como já tem acontecido, são moscas que tocam nos sensores e os fazem disparar. Mas para susto foi suficiente e depois disso fui dormindo aos poucos.
Hoje fomos tomar o pequeno almoço ao café do costume, comprar o expresso e jornais no local habitual e ida ao Modelo para as compras do almoço e jantar para nós e para os amigos que vêm cá passar o dia connosco. Os nossos amigos S e RC com as suas meninas e talvez a CP e o RL pela tarde, se acordarem bem dispostos e com vontade de cá vire, o que duvido.  O tempo parece bom, sem vento e com uma temperatura muito agradável.
Nem quero pensar que vamos ter pela frente uma semana inteira de trabalho, normal e sem feriados ou interrupções, uma vez que cada vez mais me custa trabalhar de seguida e sem pausas. Não tenho pensado muito nisso, mas vou ter que equacionar bem o que quero fazer e uma vez mais, pensar seriamente em "trespassar" o consultório porque sinto cada vez mais "irritação e intolerância" aos problemas quotidianos e constantes, apesar de ter a sorte de tudo correr relativamente bem e ter apenas pequenos incidentes que, anteriormente, a minha querida F, resolvia sem eu dar conta e agora, tenho eu que resolver todas as minudências que surgem no dia a dia.
Mas aproveitemos o fim de semana e principalmente sigamos o meu actual princípio de vida, que é viver o presente e em consonância com as forças do Universo, dar  e receber numa proporção justa e coerente, porque é isso que tem lógica e verdade. Estou cada vez mais em paz com o meu verdadeiro EU e com a minha maneira de estar na vida, na certeza de que ainda muito me falta aprender e interiorizar, mas sei que vou no caminho certo.
Um enorme SORRISO cheio de força e de energia - apesar duma certa indolência pela falta dum sono reparador - com a imensa vontade de viver o melhor possível este presente radioso e cheio de vitalidade.
PS: a minha querida prima já terá sido avó ?? Telho que lhe telefonar a saber, pois nunca mais soube nada dela.

Sem comentários: