quarta-feira, agosto 05, 2009

Cáceres




Cáceres, cidade monumental. Depois um bom e farto pequeno almoço – típico dos paradores – lá fomos de novo à “conquista” desta cidade de dupla face, uma antiga, monumental, fortificada e com pouca gente e outra, moderna, com muitas lojas , gente e movimento.
Andámos toda a manhã pela parte antiga e murada, que é linda, bem conservada e com muita coisa para ver. Revimos algumas das coisas que vimos ontem e descobrimos muitas outras. Subimos às torres das igrejas e vimos panorâmicas soberbas. É efectivamente ma zona plana, vendo-se muitos e muitos quilómetros à volta.
Entrámos depois na parte nova e percorremos uma série de ruas, largos, jardins e muitas lojas, com muita gente e correria. MAS também com a sensação de que a situação económica não é brilhante, quer pelos sem abrigos que se vê, quer pelos preços das coisas. Está tudo em saldos, melhor, em super saldos e mesmo assim não há muita gente nas lojas. Já ontem ao jantar, tinha verificado pouca gente nos restaurantes, mas hoje ao almoço os restaurantes tinham muita gente, mas a verdade é que praticam preços baixas e há sempre lugar em todos. O desemprego é, aqui, muito alto e é um dos maiores da Europa.
Também acho os espanhóis mais tristes e menos comunicativos e isso já tinha constatado o ano passado. Dizem-me que é resultado da crise e da situação, mas a verdade é que algo mudou.
À hora do almoço, um manto de calor cobre a cidade e deviam estar pelo menos uns 36 graus à sombra. Um calor de morrer e litros e litros de água para beber. Almoçamos na Plaza Mayor, com o dito calor e depois viemos para o fresco do hotel, descansar, ler e dormir.
Daqui a pouco e depois dum bom duche, vamos a Mérida jantar, passear e ver o tal espectáculo no Teatro Romana. Apesar de ser uma peça, falada em espanhol, vai valer a pena pela monumentalidade do local, por ser à noite e por toda a envolvência.
Amanhã partimos para a nossa penúltima etapa desta volta por terras da Andaluzia e vamos até Trujillo, que também não conhecemos e aonde ficaremos um dia, para de seguida irmos para Béjar ter com a minha família.
Estava a pensar, enquanto dormitava que, finalmente, consegui desligar de Lisboa e do consultório e lembrei-me duma máxima de Buda: “ Se um problema tem solução, então não nos devemos preocupar e se um problema não tem qualquer solução, para que preocuparmo-nos ? “ E é verdade que, tendo solução, o problema resolver-se-à de qualquer forma e se não tiver, então que adianta estarmos a preocuparmo-nos e a estragar a nossa disposição. Claro que, teoricamente, isto está tudo muito bem, mas na prática é lógico que não é assim que vivemos, mas deveríamos tentar fazer por não nos preocuparmos tanto, uma vez que a vida seria bem mais fácil.
Mas como constatei “livrei-me” do quotidiano de trabalho e só isso permite-me um descanso mental e até físico fenomenal, porque estou totalmente entregue às minhas férias e a estes locais fantásticos que vou descobrindo.
Quando chegar a Lisboa, logo se verá e para isso ainda faltam alguns dias. Para já, um enorme e caloroso SORRISO destas terras lindas e que merecem ser vistas e admiradas.
PS: teho-me lembrado imenso do meu Pai porque nestas terras carregadas de história, ele seria a pessoa indicada para me ensinar e para me alertar para visitar este ou aquele local e ver isto ou aquilo. Tenho a certeza de que me acompanha e de que estou atento ao muito que tenho que ver

1 comentário:

Fred disse...

Olá,
Só de ler o que tens visitado, deixa água na boca e imensa vontade de ir conhecer estes locais. E ainda documentas com óptimas fotos. Continuação de umas excelentes férias (e de preferência com menos calor).
Divirtam-se e Abraços,
FF