quarta-feira, agosto 19, 2009

Meio da Semana

Estamos a meio da semana e vamos a caminho de mais um mês, com tudo o que isso implica. Mais uma vez, penso que estou numa situação de estabilidade e de acalmia, mas normalmente quando penso ou escrevo algo do género, há sempre alguma coisa que surge para contradizer esta afirmação. Esperemos que desta vez não seja assim.
Trabalhar em Agosto é estranho, porque há uma grande calma e o trabalho decorre tranquilamente e sem grandes sobressaltos, não havendo grandes solicitações ou ocorrências, o que é bom para esta fase de consolidação de novo pessoal. Também neste campo as coisas parecem estar calmas e ter-se encontrando as pessoas certas, porque também é verdade que nós temos aquilo que merecemos em cada altura da vida e sinto que, nesta fase, já mereço ter pessoas eticamente responsáveis e empenhadas no trabalho, fruto da minha própria evolução. É o dar para receber e tenho procurado dar o meu melhor, para poder também receber o melhor, apesar das minhas limitações e frustrações.
À medida que vou avançado na análise, constato mesmo que tenho uma
essência forte e empenhada para vencer todas as vissicitudes da minha vida, desde a gestação até ao presente momento. É verdade que estou a fazer um enorme esforço para melhorar e sobretudo para me conhecer e assim poder crescer e amadurecer duma vez por todos, aceitando duma forma natural o que me vai acontecendo e não, naquele papel de eterna vítima a quem tudo acontece.
Como dizia o Solnado, "façam o favor de ser felizes" e é verdade que a felicidade é um sentimento óptimo, mas tem que ser também construído por nós, ou seja, temos que saber estar e ser para podermos gozar da felicidade de estarmos vivos. Porque felizmente pertencemos a uma determinada camada da população que tem a sorte de poder usufruir da vida, sem ser ao nível da sobrevivência, que pode viajar, fazer compras, gozar certos privilégios e enfim, ter um nível de vida confortável e acima da média da generalidade. Isso é fruto do nosso trabalho e também do nosso substrato, na medida em que tivemos acesso a muita coisa que nos permite agora ter uma visão alargada da vida e das suas possibilidades. Ou seja, sendo de alguma forma privilegiados, devemos ter a consciência de que temos que nos empenhar mais e de aceitar este quotidiano, na certeza de que temos mais e melhores ferramentas para andarmos em frente e conseguirmos levar a nossa vida e trabalho em frente.
Depende de nós e da nossa energia esta força de, em cada dia, construirmos algo mais e ao contrário do que li em alguns comentários por aqui, não me parece estar a confundir boas atitudes com más acções porque a verdade é que nem sempre posso escrever aqui tudo aquilo que acontece e que fundamenta as minhas atitudes. E quando se escreve por meias palavras é difícil avaliar correctamente as atitudes, mas a verdade é que sinto estar muito mais bem preparado actualmente para enfrentar este quotidiano do que estava há uns meses largos e ter a noção de que há mais vida para além de mim e do meu consultório. É fundamental respeitar as pessoas para que também elas nos respeitem e cada um de nós cumpra o seu papel e aquilo que nos é exigido. Quando se falha e não se cumpre, não se pode depois vir exigir, como infelizmente tem acontecido e as pessoas têm que ter a noção de que precisam dar para receber.
Contactei com casos destes que, tendo tudo e mais alguma coisa, estavam sempre a exigir mais e a dar cada vez menos, com os resultados que se viu, ou seja, a perda dos lugares e a partida para outras situações que, acredito, nunca serão como as anteriores. Quando as pessoas não dão valor ao muito que têm, é difícil estarem felizes e serem capazes de guardar as coisas e sucessivamente ao longo da vida, vão perdendo muitas e boas oportunidades, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. Porque este género de pessoas, cegas de ambição e de frustrações, raramente conseguem alcançar a estabilidade pessoal e profissional e saltitam de pessoa em pessoa e de trabalho em trabalho, porque se vão revelando à medida que o tempo passa até que a máscara cai completamente e destroem o que têm, para tentarem ir mais além e terem o impossível. São pessoas completamente infelizes e que com a sua energia altamente negativa, querem fazer murchar tudo à sua volta e destruir as pessoas que as rodeiam. Tenho pena destas pessoas e espero nunca me vir a tornar uma delas, na medida em que, actualmente, faço um enorme esforço para reflectir nas coisas e sobretudo encaro cada ser humano como um SER e uma essência, com a sua energia e vontade própria e com as suas necessidades humanas. Só respeitando o outro, podemos ser respeitados e isso é uma lição de vida que todos deveriam ter e aprender, apesar de custar imenso e de ser preciso ter humildade e sabedoria para tal.
Por isso, espero que desta vez, o cosmos me tenha enviado as pessoas certas porque em cada momento nós temos as pessoas que merecemos e que necessitamos para nascer e actualmente, preciso de ter pessoas em que acredite, para voltar a ter FÉ e CONFIANÇA nas pessoas. Penso que sim....
Tendo escrito acerca dos meus queridos sobrinhos, nenhum me deu o seu comentário, talvez por estarem de férias, mas reafirmo o que escrevi e para todos eles e uma vez mais , o meu grande CARINHO e ESTIMA
UM grande e enorme SORRISO, que é verdadeiro e nada fingido e ao contrário do que li algures por aqui, espero conseguir transmitir esta mensagem de felicidade e alegria ao que me lêem, sabendo que nuns dias este mesmo SORRISO é mais fácil do que noutros, mas que está sempre presente no mais fundo da minha essência, que é luminosa, alegre e SORRIDENTE

4 comentários:

Anónimo disse...

Se calhar essas pessoas que diz 'Infelizes' ate sao BEM FELIZES na sua vida e podem estar na eminencia de fazer o bem pela sociedade e pelo futuro do nosso 'PEQUENINO PAÍS' como o sr relata, começando pelas pequenas acçoes quem nem todas as pessoas o fazem... Estou a constatar que deve ter mudado muito... Será que aprendeu a lição??? a respeitar o outro??? ou tera que avaliar ainda muito bem o seu SER???? A hipocrisia cada vez mais está presente nas nossas vidas e eu aprendi isso com a propria sociedade.. A falta de profissionalismo e de etica.. a ambiçao e os actos das pessoas obrigão-nos a tomar medidas mais drásticas, das quais, prejudicaram muitas pessoas que nada têm a ver com o assunto. Mas o mundo é assim mesmo e temos que ter tempo para analisar bem as nossas atitudes, quando elas sao insensiveis, hipocritas e muito pouco altruistas, saber reconhecer que erramos é uma virtude e nao um defeito. Agora cabe a cada ser avaliar e repensar se tomámos e continuamos a tomar as melhores atitudes para nao sairmos prejudicados das situaçoes.. Como diz: Dar para receber.. se damos algo de mau e nao cumprirmos com a nossa palavra, tambem iremos colher algo de MUITO MAU, que pode ser bastante prejudicial para a nossa vida... e por vezes à custa de uma personalidade fraca e falsa perdemos a vida que nos consegue dar um estabilidade profissional e pessoal. Se formos frustrados pessoalmente isso reflete na vida profissional e ai seremos ambiciosos, sim, mas muito frustrados...

Anónimo disse...

Julgo, ao contrário daquilo que pensa, que deverá repensar a terapia que faz...nunca conseguiu resolver os seus conflitos interiores e penso que jamais o irá conseguir! É nítido que é uma pessoa altamente frustada e que transmite de forma "encapuzada" as suas frustações aos outros para que também eles assim se sintam mas penso que não se tem saído muito bem. Para exigirmos dos outros educação,valores, ética, profissionalismo, etc., é estritamente necessário que sejemos os primeiros a dar o exemplo...Chega de tentar transmitir o papel do "coitadinho", pois não lhe encaixa mesmo nada bem, além disso, em vez de se vitimizar constantemente, deve dedicar-se à auto-análise da sua pobre personalidade e reflectir na hipocrisia e falta de valores que lhe são natos.

fragments of freedom disse...

Tanto análisis, y al final, cuando te sientes a gusto, lo que menos haces es analizar por qué...
A disfrutar cada paso, cada paseo... Y si tropiezas y caes, a lo mejor es que has andado mucho de una vez, échate un rato a dormir, que los pensamientos se reorganicen, y, alehop, a continuar el camino... que al final todos morimos, y la verdadera pregunta no es si hay vida después de la muerte, sino si hay vida antes de la muerte.
Otro día a lo mejor hablo de la teoría de las interferencias, del ruido, aplicado a las relaciones entre seres humanos (por extensión, entre los seres, humanos, vivos, inertes...) Ya empiezo a divagar, (que no tiene nada á ver com devagar, tá?)

fragments of freedom disse...

Por cierto, el anónimo parece que se sube por las paredes. Para mí que está intentando provocar una reacción de victimismo para atacar. Todavía no sabe que atacar lo único que provoca es una reacción defensiva contumaz, y no se convence a nadie de esa forma. O acaso eres tú mismo hablándote desde fuera? Grande abraço, tio.