segunda-feira, agosto 21, 2017

Estranho

Ontem, domingo fui pela primeira vez à praia este verão. E na verdade cada vez  gosto menos de praia, da areia, da confusão, se bem que, ontem, até gostei do sítio onde estivemos, dos banhos, da agitação das ondas nas rochas. Mas prefiro de longe piscina, a calma, a limpeza e a a água límpida das piscinas.
Fomos depois ao Mercado da Ribeiro comer alguma coisa e,finalmente, descansar para a minha casa, tendo-me ontem feito particular impressão ter entrado numa casa vazia e aparentemente sem qualquer calor humano.
Dormi mal, agitado, cheio de sonhos e apenas de manha consegui ter um sono reparador e tranquilizador; sinto-me estranho, ausente e ao mesmo tempo sem sabermos muito bem como me devo orientar, organizar, estruturar se bem que sinta que as coisas estão a encaixar nos seus devidos lugares e que as hipóteses são mais do que muitas de que tudo dê certo.
Mas os meus medos, os meus receios, a minha necessidade constante de ser valorizado e reforçado deixam-me muitas vezes assim mesmo, como estou hoje e agora. Uma angústia interior imensa, uma ferida que dói e não se sente, um contentamento descontente, e muitas mais coisas. Sinto que é mesmo isso que me falta, um amor correspondido ou a hipótese de o construir e o ter.
Como me disse no outro dia, uma nova personagem que entrou na minha vida, a AD, Psicologa temos de compreender os diferentes tempos de cada um de nós bem como os desfasamentos que as idades trazem em si mesmo.
Diferentes entendimentos, diferentes formas de estar na vida, concepções de como viver, relacionar-se e estar; é completamente diferente viver nesta época de meios informáticos, meios super rápidos e um pouco ou muito virtuais de comunicação e como era no meu tempo de juventude e adolescência com maior empenho, maior proximidade e conhecimento das pessoas.
Tenho de perceber que pessoas dos trinta, quarentas vivem esta realidade duma forma bem diferente, bem mais interiorizado visto que já nasceram com estas ferramentas e estas realidade, coisa que não me aconteceu. Acho que esta forma de comunicação e de convivência proporciona muita cousa e pode alargar os nossos horizontes, mas sinto que se perde um pouco - ou muito - da relação humana, da intimidade entre as pessoas, dum contacto mais próximo e chegado. Talvez retire algum encanto ao conhecimento humano e à interligação entre as pessoas.
Mas, na verdade, as vantagens serão bem mais do que as desvantagens ou aspectos negativos se bem que haja pessoas demasiadamente "viciadas" nessas formas de comunicação. Mas sendo a realidade que temos, assim devemos adaptar-nos e viver com isso mesmo.
Hoje estou particularmente sensível por motivos, dos quais consigo ter uma noção e uma ideia, mas que tenho necessária e forçosamente de "sair" desta onda negativa, acreditar em mim, saber que sou capaz e ter a força necessária para manter o meu SORRISO constante, duradoura e luminoso bem como encontrar, no meio de mim mesmo, a FELICIDADE que sinto merecer e que quero ter.

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