terça-feira, março 29, 2016

Interno vs externo

Continuo a perder tempo com inutilidades, com vitimizações e lamentações dito e daquilo em vez de me focar no que é realmente importante e significativo na minha vida actual. Ao mesmo tempo que me quero focar no presente e esperar pelo futuro, parece que "gosto" de fugir para o presente e lamentar o perdido.
Que comportamento absurdo e doentio esta espécie de fixação em alguns factos e narrativas, bem como esta dependência de alguns factores externos e de coisas que não controlo nem domino. Aí reside um dos meus busílis actuais, precisamente o não controlar as coisas e as pessoas como eu o fazia, pensando que não havia consequências nem repercussões.
Sinto-me a pairar no ar, a vaguear por locais desconhecidos para mim e a procurar refugiar-me no que julgava conhecer bem - e que já não corresponde ao que existe - e nas minhas muletas de eleição. Em vez de procurar dentro de mim a força que tenho e que tem de prosseguir eficaz e verdadeiramente.
Há pequenos e insignificantes factos e comportamentos que me abalam duma forma enorme, como  os que ocorreram neste fim de semana e que me fizeram entender que "cá se fazem, cá se pagam".... ou seja, todas as nossas acções têm as suas consequências e tenho, devo aprender com tudo aquilo que me vai acontecendo e modificar o meu comportamento e pensar /agir em vez de reagir e lamentar.
Sei, sinto, que sou capaz de fazer diferente, sem muletas ou pedidos de "socorro" inócuos e que não são - e bem - correspondidos, se bem que, evidentemente, eu gostassem que o fossem. Mas que direito tenho eu de estar a incomodar as pessoas e de as querer trazer para a minha esfera e para as minhas compulsões ? 
Não só não tenho o direito, como não o devo fazer até para minha salvaguarda, bem como pelos outros que não têm de "levar" comigo sempre que tenho sobressaltos internos e/ou alterações humorais. Devo, cada vez mais, apoiar-me em mim mesmo, no meu pensamento e consciência do que sou e tenho.
Mas há alturas em que o peso da realidade, as emoções do momento e os sentimentos falam mais alto e que a conjugação com o embate do objecto externo fazem despoletar "crises" existenciais e com que ande desnorteado e desorientado. Na procura do calor do ventre humano que não tive e que já não terei.... 
No fundo, talvez estas chamadas de atenção que faço sejam precisamente a manifestação da minha necessidade dessa afectividade que não recebi na altura certa, bem como gostar de me sentir abraçado, querido e amado. Mas também que dou eu em troca se parece que sinto prazer em magoar, amachucar e testar ao limite quem me rodeia ? 
Contradições, compulsões e atitudes antagônicas que me perturbam, me consomem e me cansam imenso pelo desgaste que provocam; necessito de fazer diferente e de lutar contra estas minhas obsessões/compulsões que me perturbam imenso e me fazem até perder o gosto pela vida. Tenho tido, de novo, pensamentos estranhos e uma não vontade de continuar assim e aqui.
Mas adiante e neste momento e tempo, que consiga manter o meu SORRISO duma forma constante mas real, duma maneira interiorizada e sentida; não quero que seja apenas uma figura de estilo mas quero que seja uma realidade e que essa realidade corresponda aos sonhos que ainda possa ter e que ainda possa concretizar duma forma positiva aceita. Quero ter um SORRISO e quero ter FELICIDADE.

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