Acabei de cumprir o meu dever de cidadania, indo votar em quem sempre votei, pela minha fidelização de voto e de princípios. Fiquei agradavelmente surpreendido pela participação e afluência.
Talvez a abstenção seja menor e haja maior participação, podendo ou não este facto ser benéfico para o que eu gostaria que acontecesse nestas eleições; penso que idealmente a maioria devia não ser excessivamente penalizada e que o principal partido da oposição não deveria ter uma vitória expressiva. Ou seja, que a direcção do PS ficasse numa posição mais frágil e a maioria também de modo a que os entendimentos que têm que ser feitos, fossem mais fáceis de o fazer.
Ontem, no casamento, fiámos numa mesa com alguns economistas e evidentemente a conversa passou pela nossa actual situação e parece que o nosso destino terá mesmo que passar por uma renegociação da dívida e dos pagamentos, porque não vamos mesmo ter a capacidade de pagar o que temos a pagar nos próximos anos, pelo que temos ainda um grande caminho a percorrer para podermos alcançar o que pretendemos e queremos mesmo.
Mas o consenso politico tem que existir e ser uma realidade, na medida em que nenhum dos partidos isolados tem condições para fazer as alterações necessárias, começando desde logo pela revisão constitucional que tem mesmo que ser feita. E muitas outras coisas indispensáveis ao nosso sucesso como País e como nação independente com mais de oito séculos de história.
Chegámos a tempo à igreja, tendo passado ainda pelo Mensa para darmos os parabéns à SG, tendo tido a surpresa de encontrarmos um enorme grupo almoçar por lá e reencontrado amigas e colegas que não via há muito e que foram bem importantes na minha vida. Gostei de as rever e de ter fugazmente estado com elas.
A missa foi longa e completa, seguindo-se o jantar no hotel Oitavos, na quinta da Marinha. Excelente localização, bonito design e um espaço muito bem conseguido.... nestes tempos fazer e realizar um casamento não deve ser muito fácil pelos custos dum evento destes, pelo que é notório o cuidado na escolha do local, das ementas e de toda a envolvência. Gostei especialmente do local, bem como também gostei da mesa onde ficámos pela conversa fácil que surgiu e por ter constatado que somos pessoas com um amplo leque de interesses, de conhecimentos e de adaptação a pessoas e ambientes.
Outro aspecto que me agradou francamente foi a conversa que tive com o meu irmão CA e depois também com a minha cunhada... uma vez mais, foi dum enorme apoio e dum enorme carinho aquilo que ouvi e senti da parte deles. É excelente a sensação de ser aceite, compreendido e principalmente ouvir da boca deste irmão os elogios ao meu papel de Pai e de ter um enorme apoio deles, tendo constatado uma vez mais o enorme carinho e o entendimento excelente existente neste momento com a minha cunhada.
É evidente que tenho razões para as opções tomadas e para os procedimentos que tenho vindo a tomar, convicto que é o melhor caminho que tenho e que devo tomar, porque a vida tem outras aplicações e outros caminhos que não apenas aqueles que outros possam pensar ser os mais correctos. Ou seja, neste momento, devo procurar ser feliz e seguir o meu caminho e para isso tenho mesmo que centrar os meus interesses e as minhas vontades no caminho que escolhi, com a pessoa que quero e com os meus verdadeiros amigos, para além da minha família que adquire cada vez mais uma maior importância no meu dia a dia, excluindo os que, voluntariamente, se afastaram e seguiram outros caminhos por vontade própria e sobretudo pela não resolução dos seus conflitos internos e ressentimentos.
O que falámos ontem deixou-me bastante mais confiante no caminho seguido e sobretudo com a certeza do apoio e entendimento que preciso de ter, bem como a alteração de determinadas atitudes que devo rever, nomeadamente permitir a quem compartilha comigo este quotidiano poder também opinar e ter os seus pontos de vista mesmo, por serem verdade, não me agradem.
Agora com um grande SORRISO vou almoçar com uma das minhas irmãs na certeza de que mais um domingo se passará a caminho doutra semana e doutro mês, quase a terminar mais um ano, que conseguimos ultrapassar e vencer.
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