sexta-feira, março 08, 2013

Reflexões

Quase de fim de semana, nesta sexta feira chuvosa e cinzenta a condizer com o meu estado de espírito e de maneira de estar.  A vida tem voltas e contravoltas que a razão muitas vezes desconhece, mas a sabedoria do Universo é imensa; cada vez mais sinto a influencia desta globalização em que vivemos e destes ciclos em que estamos inseridos.
Tenho aprendido que às tempestades se sucedem as bonanças e que temos que aprender a viver desta forma que é, efectivamente, fruto deste mundo em que vivemos e em que estamos. Não adianta muitas vezes lutarmos ou fazermos diferente porque o destino está traçado e "feito" se bem que também seja verdade que somos nós que temos que interagir com este mesmo Universo e é desta conjugação que resulta o nosso quotidiano e forma de estar. Ou seja, havendo muita coisa prédeterminada é mais do que evidente que também nós temos algum "poder" na nossa vida, sobretudo e principalmente quando sabemos DAR o que pudemos e conseguimos manter a tranquilidade da nossa consciência e do nosso EU.
A minha avó paterna dizia que viver não custa, mas sim saber viver; foi uma das muitas coisas que aprendi com ela e na verdade é essencial estar nesta vida duma forma responsável, honesta e solidaria com todos os que, connosco, convivem e fazem parte do nosso quotidiano e das nossas relações.
Espero que a terapia iniciada possa ajudar-me mesmo a perceber os meus bloqueios e ainda estas facetas tão vincadas do anjo e do demónio, bem como tentar perceber as razoes de determinadas atitudes e comportamentos me alterarem duma forma tão grande e, muitas vezes, duma forma tão excessiva.
Acredito que devo ter sido bastante magoado e ultrapassado no meu passado, bem como devo ter sentido como traições muitas coisas que me aconteceram e que ficaram por explicar. Daí certamente ressentir-me tanto e duma forma tão violenta quando me sinto apunhalado e quando não me dão a devida atenção. Sei reconhecer que na minha meninice e adolescência tive certamente falta de afectos e uma dualidade muito grande de sentimentos, que ao longo da vida se foram interiorizando e fazendo parte deste EU negro e não resolvido que ainda existe em mim.
Olhando para trás, vejo tudo aquilo que realizei e que fiz; confesso que tenho orgulho em muita coisa e sobretudo nas minhas capacidades de adaptação e de construção do muito que tenho, apesar de como pessoa reconhecer muitas falhas e incongruências nas minhas atitudes e forma de estar na vida. 
Ainda tenho muito que corrigir e que mudar, especialmente esta hipersensibilidade que tenho e que, cada vez, se acentua mais, porque estas reacções me fazem sofrer imenso e me causa um enorme transtorno que não me é nada favorável nem benéfico. 
Hoje tenho-me lembrado da FL, com quem fiz psicoterapia e do enorme negrume em que me encontrava e que ela foi limpando e aclarando, faltando ainda vários aspectos para que o meu EU fique bem mais luminoso e sobretudo feliz, na medida em que como ela dizia, o meu menino ainda não está resolvido nem adaptado às circunstãncias e isso é para mim por demais evidente.
Ouvindo diferentes pessoas, fazendo tratamentos alternativos chego sempre às mesmas conclusões de que a minha vida intra uterina, os meus primeiros anos de vida e a minha adolescência encerram em si mesmo vários problemas, dilemas e traumas nunca ultrapassados e que necessito absolutamente de esclarecer e de perceber, para poder limpar muitos registos negros que ainda tenho e dos quais tenho que me libertar.
Chega de esoterismo, emoções e factos... mantenhamos o nosso SORRISO e a nossa capacidade de comandar parte da nossa vida, sabendo que apesar de pré programada, muita coisa pode ser alterada por nós desde que tenhamos a força suficiente e a energia positiva necessária para o fazer. 
A todos os que AMO e ESTIMO, quero que saibam que estou com eles e que fazem parte intrínseca do meu ser e da minha pessoa, querendo para todos eles uma vida positiva e realizada.

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