Esperança

É sexta-feira.... fim de mais uma semana e início de fim de semana daqui a umas horas, com alguns programas e obrigações.

Vim agora do meu ORL e é por demais evidente as minhas apneias do sono, que me "secam" a garganta, me fazem dormir menos bem e sobretudo acordar cansado e meio deprimido. Tenho mesmo que emagrecer, dormir com a cabeça mais alta e tentar diminuir a medicação que sou a fazer que também contribui para a irritação e secura da orofaringe. É a PDI.....

As manhãs e o iniciar dos dias é-me bastante penoso e custoso, com a dificuldade em começar a trabalhar e a ganhar animo e vontade; começo a ficar mais bem disposto e com a energia suficiente perto da hora do almoço, o que é mesmo típico das depressões.

A carga que tenho e o sentido da responsabilidade leva-me a este estado anímico e mesmo sabendo que nada se resolve com medicação ou com este estado, a verdade é que muitas vezes não consigo perceber-me, nem dar a volta.... daí ter começado a fazer a tal terapia, na tentativa cê encontrar respostas e soluções para algo que, no meu intimo, sei existir que me faz diversos bloqueios.

Ontem também me apercebi que a minha " hiperreactividade" choca um bocadinho os meus colegas de Consultório, na medida em que vou tendo imensas ideias e eventuais propostas, esquecendo-me das diferentes velocidades de ritmo e de decisão, bem como que a concretização e o quotidiano do Consultório não me compete a mim, tendo apenas e por escolha própria, uma palavra a dizer acerca de determinados assuntos e como foi a minha opção, tenho que saber viver com isso.

Continuo a achar e cada vez mais, neste contexto em que vivemos, que foi a opção certa e correcta porque se continuasse no meu espaço próprio, sinto que os problemas seriam bem maiores e cada vez a margem dos meus lucros seria menor. Aqui tem sido constante e até superior ao que tinha no anos anterior.

As previsões para este ano corrente são mesmo péssimas e a recuperação cada vê mais parece ser uma miragem no meio do deserto em que vivemos, porque se nota a diminuição drástica do poder de compra das pessoas e a falta de vontade em investirem, por exemplo, na saúde oral e em tratamentos mais diferenciados e dispendiosos.

Mas tenhamos esperança e olhemos para os feitos dos meus filhos, com orgulho e com um enorme e luminoso SORRISO porque eles são o futuro promissor e muitos dos meus sonhos actuais passam por eles e com eles. Boa sorte para ambos e sobretudo que continuem no caminho em que estão, pelo qual me têm dado tão boas noticias, fazendo com que este presente consiga ser mais radioso.