segunda-feira, março 18, 2013

Futuro

Inicio doutra semana, penúltima deste terceiro mês do ano de 2013... como digo de brincadeira, para a semana estamos já na Páscoa, depois rapidamente chegamos ao verão e dai ao fim doutro ano é mesmo um instante. Ou seja, estamos já praticamente a terminar outro ano... :)
Será bastante bom chegarmos ao fim deste ano por todos os motivos e mais algum, mas sobretudo porque se chegarmos em condições ao dia 31 de Dezembro, é sinal que conseguimos viver e sobreviver a um dos piores anos de que tenho memória.
É notório a crise que estamos a atravessar, a diminuição dos grandes planos de tratamento e a retracção evidente de todos nós, que vamos adiando o possível e o supérfluo. É claro que, tendo um volume tão grande de pacientes, de acordos e seguros consiga manter a agenda preenchida e numa relativa rotação, mas mesmo assim nota-se uma relativa diminuição.
Calculo que os consultórios que vivam exclusivamente de particulares ou menos conhecidos têm forçosamente que estar com dificuldades, tanto mais que se continua a debitar centenas de novos profissionais por ano, o que é absolutamente um disparate.
Estou a pensar fazer algo diferente nestes meus últimos anos de pratica clínica e sei que pode ser uma boa aposta e um mercado com potencial, pelo que se der certo, fico mais tranquilo em certos aspectos e até com a possibilidade de deixar de fazer determinados actos clínicos que não gosto e que vou fazendo cada vez mais por obrigação.
No outro dia, foi-me dito que que sou uma pessoa em constante movimento e sempre com vontade de mudar e de empreender novos caminhos e até por vezes, excessivamente interveniente em questões que, em principio, me deveriam ultrapassar. Mas sou assim, sempre fui e acho que vou continuar neste registo, porque é uma forma de me sentir vivo e ainda com algum valor intrínseco. Tenho, evidentemente, de manter viva a chama da inovação e de novas perspectivas para o meu futuro profissional e o que estou a planear pode dar-me o alento necessário para estes últimos anos que me faltam de profissão, na medida em que complementariam o que actualmente faço doutra forma e mais satisfatoriamente. Vamos a ver o que nos surge e se vai ser possível... 
Ontem foi um fim de domingo tranquilo, depois de virmos de Lisboa, com a minha sesta e a leitura dos jornais, bem como ver alguma televisão e recordar ainda filmes do Rambo, que continuam a agradar-me pela sua inocuidade e total falta de conteúdo. Distrai-me e faz-me ausentar deste tempo presente.
Na ultima semana houve a eleição dum novo Papa, que escolheu o bonito nome de Francisco, tendo como exemplo Francisco de Assis, que deu origem a uma ordem baseada na frugalidade, na bondade e ajuda aos pobres, o que talvez signifique uma mudança de atitude da igreja, que bem precisa. Também é novidade ser oriundo da América do Sul, onde está concentrada a maior percentagem de católicos apostólicos romanos e onde os problemas são mais emergentes e graves. Talvez tenhamos novos rumos e caminhos nesta Igreja, se bem que a idade do Papa Francisco seja já, duma certa forma, limitativa da sua acção prolongada por falta de tempo.
Fiquemos com a certeza de que algo poderá mudar e pelo menos o SORRISO deste Papa é algo de muito positivo e de empenho em dar a todos nós, uma nova nota de esperança e de animo nestes dias difíceis da actualidade. Quem sabe, se não será o tal estadista necessário para uma mudança profunda e radical das mentalidades e comportamentos dos homens nesta via terrena.  


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