quarta-feira, dezembro 21, 2011

Natal

Estamos cada vez mais perto do Natal e apesar da tal falta do espirito natalício e de ser ao fim de semana, quero acreditar que vai ser bom estar com a família, em Paz e Amor.
Não tenho novidades, nem estórias para comentar dada a rotina existente, o encadeamento dos dias e das semanas e mesmo a ausência de qualquer vontade própria de mudança ou de outros voos.
Tenho-me sentido preso em registos antigos, com necessidade de procurar outros caminhos e outras vias para crescer, amadurecer e consolidar "bons" registos, deste novo EU, que anda um pouco escondido e com pouca vontade de prosseguir a sua descoberta.
Neste novo ano que se avizinha, tenho obrigatoriamente de procurar novos rumos e novos caminhos, seja em regime de voluntariado - e este ano tem mesmo que ser - seja em retornar à pratica da clinica geral, como gostaria.
Qualquer coisa de diferente, tem que acontecer porque, necessariamente, tenho que me ocupar mais, crescer mais e principalmente sentir-me bem vivo e útil para a sociedade e para o meu semelhante. Tenho necessidade de alguma mudança na minha rotina e sobretudo de me sentir mais ocupado e preenchido porque ainda tenho alguma coisa para dar e transmitir. Tenho tido a consciência de que tenho um grande know-how na minha área e na gestão de consultório, dado todo o meu percurso e personalidade, que poderia ser utilizada eficazmente em qualquer projecto que me surgisse. O problema é que não há e com a minha idade já sou considerado um fóssil e para ficar na prateleiras.
Neste país não se dá valor ao conhecimento e à experiência, que deveria ser valorizada e sobretudo aproveitada, porque constato agora a facilidade com que resolvo pequenas crises, situações diversas e consigo fazer a gestão duma micro empresa. São muitos anos de pratica, muita aprendizagem e também muitos  conhecimentos e empenho. Dever-se-ia aproveitar melhor as pessoas da minha idade e com a minha (ou maior) experiência, na medida em que ainda sendo validos, poderíamos contribuir para alterar a situação e melhorar as condições de vida.
As noticias da Europa e do Mundo continuam em tons negros, com uma aparente crescente descrença neste projecto europeu em que, boas ideias e bons projectos, podem terminar pela má liderança e falta de empenho. A verdade é que ou somos todos europeus e tentamos construir "um    País" comum e igualitário, com um projecto único, concreto e consistente ou então uma Europa a duas velocidades, sem igualdade e sem consistência é algo de difícil gestão e sobretudo não é i que estava no espirito dos fundadores deste projecto. Que, neste momento, devem estar revoltados e zangados com o que se passa e com o completo desvirtuamento daquela Europa que idealizaram.
Banalizou-se neste momento a ideia do abandono do euro e do retorno às moedas nacionais, não se pensando na catástrofe que isso seria e no que representaria para todos e cada um em particular. Em vez de banalizar este conceito, seria bem melhor tentar arranjar alternativas validas e serias para ultrapassarmos estes momentos.
Espero que 2012 traga bom senso, boas soluções e principalmente empenho na resolução destes problemas e na construção duma Europa cada vez mais forte, mais solidaria e mais condigna de todos nós. É esse o meu desejo de Novo Ano para todos...
Voltando ao nosso país, ouvi ontem uma noticia que me parece lógica, que foi o adiamento do pagamento dos ordenados da CP, por falta de dinheiro provocado pelas greves que têm feito. E claro que houve logo um coro de vozes a culpar o governo por esse facto e a queixar-se amargamente.
Mas eu pergunto, como é que numa empresa falida, com um passivo monstro e neste país sem dinheiro,  os trabalhadores - muito bem remunerados- fazem greve nesta altura e ainda querem manter todos e mais alguns privilégios? É mesmo falta de consciência e ignorância das realidades que, para mim, é o pior nesta altura. Todos e cada um tem que interiorizar que não há dinheiro, que temos que trabalhar mais e melhor, produzir mais e mais e sobretudo seguirmos em frente com perseverança e empenho porque só assim conseguiremos  - e mesmo assim será difícil- seguir em frente e construirmos um Portugal melhor e mais próspero.
Será o segundo voto para o novo ano, de mais consciência social, mais empenho e mais trabalho para podermos chegar ao fim do novo ano, em melhor estado e melhores condições.
Fica um enorme SORRISO empenhado e enérgico para que possamos, todos e cada um, seguir um caminho positivo e com rumo a melhores dias e a melhores condições de vida para todos nós e principalmente para os que menos têm. Felizes Festas para todos, com muita Paz e Amor.

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