terça-feira, abril 26, 2011

Em Casa

De regresso a casa, depois destas mini férias por uma cidade fantástica e que recomendo vivamente, mesmo tratando-se da Alemanha e de tudo o que de negativo conectamos com ela.
Na verdade tinha uma impressão altamente negativa da Alemanha e do povo alemão e por isso fiquei agradável e positivamente surpreendido pelo que vi e encontrei. Tem uma historia, um passado e evidentemente uma pesada carga negativa pelos erros cometidos ao longo do século XX.
Isso não me impede de considerar, agora, que estive mais tempo numa cidade alemã que são um povo com qualidades e que também eles atravessaram períodos complicados, dirigidos por pessoas sem quaisquer escrúpulos e que tomaram conta da sociedade.
No caso de Berlim, foi uma cidade destruída, dividida, reconstruída e reunificada, encontrando-se actualmente em forma e com muita vitalidade, se bem que seja considerada a cidade mais pobre da Alemanha.
Foram 4 dias intensos, bem preenchidos e aproveitados, tendo ficado com uma excelente perspectiva da cidade e com vontade de voltar para ver em pormenor outras coisas e aproveitar bem o que a cidade tem para oferecer. Alias ficámos com vontade de ir a mais cidades alemãs.
De regresso a casa, começamos logo por reentrar na irrealidade do País, que à beira da bancarrota, continua a falar para o ar e  a discutir o sexo dos anjos. Estivemos a ver as comemorações do 25 de Abril e a verdade é que parece que ninguém está ciente da gravidade da situação, nem da necessidade absoluta de entendimento e de consensos.
Comparativamente com o que vi em Berlim, em que todos parecem remar para o mesmo lado, aqui cada qual está apenas preocupado com o seu lado e a ver quem se afunda mais rapidamente, com o inconveniente de que neste caso seremos todos nós a ir ao fundo. É mesmo trágico esta realidade em que vivemos.
Estivemos uns dias sem saber nada da actualidade portuguesa e quando voltamos, encontramos tudo na mesma, com os mesmos discursos irrealistas e um presente totalmente desfocado da realidade que temos e que devemos mesmo enfrentar.
Temos e devemos concentrar-nos no essencial e trabalhar mais e melhor, com um enorme SORRISO de esperança e de força no futuro, sabendo que é no presente que vamos construir os dias que se seguem e que devemos empenhar-nos seria e profundamente.



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