sábado, julho 10, 2010

Sábado

Chegámos a Sábado e ao fim de semana. Ontem fomos jantar com amigos e ter a nossa noite de póker e ao contrário do que é habitual, estava com sorte e ganhei alguma coisa, porque me estava tudo a correr bem. Não gosto de ganhar ao jogo, porque tem o seu reverso mas a vida é assim.... normalmente ganho quando não se joga a dinheiro e perco quando é a dinheiro, sem perceber a razão.
Vai ser um dia calmo, sem grandes programas a não ser talvez dar uma volta pela baixa e ao fim do dia ir ter com a minha prima Helena, que está em transito por Lisboa, vinda do Rio de Janeiro a caminho de Cambridge.
Com este calor, tenho um sono mais agitado e difícil, entre o acordar e adormecer e chego á hora de me levantar e sinto-me cansado. Como não gosto - e não se deve - dormir com ar condicionado, vai ficando muito quente, com a boca seca e dificuldade em respirar, que me leva a acordar. Acho que acordo uma série de vezes ao longo da noite e por isso depois me custa imenso se tenho que me levantar muito cedo.
Apetecia-me fazer algo de diferente hoje, mas nem sei o programa que gostaria, talvez ir ver alguma exposição ou museu e se calhar é isso mesmo que se vai fazer, aproveitando para ir ao museu do oriente ou da electricidade ou da vieira da silva. Vamos ver... para já, é ir tomar banho e acordar definitivamente.
Para já, fica um SORRISO matinal, meio adormecido e sem grande energia
PS: na minha leitura habitual pelos blogues que sigo, deparei com este texto que acho maravilhoso e que passo a transcrever:
"Passamos grande parte da vida a simular ser pessoas que não somos, chegando até a acreditar que a máscara é a pele. Fugimos da autenticidade porque acreditamos que aquilo que sonhamos é mais valioso do que aquilo que somos. Este falso eu apresenta-se em várias camadas. Ao contrário do que se possa pensar, com o tempo, tendemos a afastarmo-nos mais e mais de nós mesmos. Criamos máscaras que aperfeiçoam a mentira que contamos. Chegados a um nível de cristalização destas convicções já não nos reconhecemos quando algo nos faz confrontar com o nosso verdadeiro eu, tomando-o como algo do passado remoto com que já não nos identificamos... a solidão a que nos condenamos é triste e, fundamentalmente, injusta.

A ideia básica onde se enraíza este mal é a de que somos pobres. Ideia errada uma vez que pressupomos a simplicidade e a pureza como carências. Faltas de complexidade e de densidade. Mas a matriz mais funda que nos sustenta tanto emocional como racionalmente é sublime, e, como tal, puro e simples. Absolutamente indigente... mas de mentiras.
Um dia, num qualquer caminho das nossas vidas, ao descansar de tanto falso viver. Podemos ter a sorte de numa sequência de momentos se desvanecerem as máscaras que nos conservam à superfície do que impomos de nós ao mundo... e, como que numa piscina onde alguém está a flutuar e que, subitamente, a água desaparece... caímos no fundo de nós mesmos. Encontramo-nos na verdade do aquém disfarce.
E aqui... há quem fuja do que considera ser fatal para a sua dignidade social e há também quem nesse fundo de si encontre o refúgio onde finalmente pode descansar de tanto correr. Des-cobrir-me é revelar-me a mim mesmo...
Mais tarde ou mais cedo a verdade apanha-nos. É só uma questão de tempo até que descubramos que afinal o mapa-mundo pelo qual nos temos orientado foi inventado e pintado por cima do verdadeiro... Felizmente, a maior parte das vezes a tinta que utilizámos é de qualidade equivalente ao propósito... e acabamos por ficar a saber que ser feliz não é algo que se encontre no final de um qualquer duro caminho, mas uma forma de caminhar. Uma forma de ser. Ser apenas.

A autenticidade é um monumento da humildade e uma celebração da verdade.

2 comentários:

JLnm disse...

só faltou uma breve referência ao autor...

JLnm disse...

obrigado.