quarta-feira, julho 07, 2010

Mais do mesmo

Vivemos em alternância de bonança e tempestades, de calor intenso e chuvas, de yin e yang (Yang: o princípio activo, diurno, luminoso, quente, masculino. e Yin: o princípio passivo, nocturno, escuro, frio, feminino ), de mutação constante de realidades, comportamentos e atitudes. Na verdade a nossa vida está cheia destas contradições e é a nossa experiência que nos dá a luz para reagir as tempestades e adequar--nos a estas alterações permanentes, por vezes mínimas, noutras enormes e cataclismicas.
Neste meu patamar de entendimento e de conhecimento, sinto que a melhor forma de estar na vida e nesta realidade é uma atitude conciliadora e pacífica, tentando estar sempre num registo positivo e energético perante a vida. Ou seja, não nos devemos deixar abater pelas tempestades nem pelas alterações extremas, reagindo adequadamente a essas mesmas alterações e mantendo um registo médio e constante. Só assim conseguimos levar a nossa vida por diante e duma forma positiva porque se nos deixamos afundar por todas as crises e mini crises do nosso quotidiano, seremos uns eternos infelizes e incapazes de fazer frente à vida e ao que ela tem de positivo e de bom.
Não nos podemos deixar levar por pessimismos e alarmismos, mesmo que a situação nos pareça grave e séria, como a actual em que desde já não sabemos muito bem o que temos que fazer e modificar para conseguirmos continuar a nossa vida e honrar os nossos compromissos. Alguma coisa me surgirá e me dará condições para continuar a prosseguir este caminho que levo.
Está um calor imenso, mas hoje parece que já vai chover o que não compreendo mesmo, uma vez que não me lembro desta alternância tão grande do clima, provocada certamente pelos muitos disparates que nós, humanidade, vamos fazendo, não conservando o nosso planeta e as nossas condições de vida. Mas também aqui há o reverso, pois vi no outro dia num comentário que uma das regiões mais desertas da Austrália se tinha transformado de novo numa região fértil, com um enorme lago e uma fauna fantástica devido as novas condições existentes. Se calhar também o nosso planeta tem o seu yin e yang e vai equilibrando as coisas à sua maneira. Esperemos que sim.
Ontem tive que pôr na ordem as minhas assistentes, porque parecem muitas vezes que estão noutro mundo e não conseguem efectuar as tarefas simples e concretas do quotidiano do consultório, como seja o reconhecimento dos doentes,. a orientação da agenda e a distribuição das consultas pelos diferentes médicos, para além da simples arrumação de processos e de radiografias. por vezes, tudo parece complicado e muito difícil mas também é fruto duma certa complacencia que se vai instalando pelo que por vezes é mesmo preciso este chamar de atenção e este falar mais grosso. Mais uma vez o yin e o yang ou como diria a MB, a faceta de anjo e demónio.
No fundo a dualidade existe em todos nós, só que se calhar é mais evidente nuns do que noutros, para já não falar nos bipolares que estão num extremo desta escala e que sofrem imenso com esse mesmo comportamento. Mas que todos nós temos estas alternâncias de comportamentos, mais ou menos evidentes, isso não tenho dúvidas e uma das grandes mudanças que noto no meu EU, é precisamente sentir-me mais equilibrado e dentro do mesmo registo, com uma enorme PAZ interior e serenidade perante a vida e o quotidiano. Tenho a certeza absoluta de que se este presente ocorresse quando eu estava no meu antigo registo, já estaria nesta altura completamente alterado e passado mesmo, com uma depressão gravíssima e cheio de medicação porque não sabia reagir às situações e não tinha como fugir a não ser deprimir-me. Felizmente que agora consigo viver a minha vida duma forma muito mais saudável e reagir perante as adversidades com mais calma e tranquilidade. E espero "evoluir" cada vez mais e melhor no conhecimento do meu EU.
Há neste momento uma grande relutância em trabalhar e cumprir as minhas obrigações, mas infelizmente tem que ser e tenho mesmo que ponderar cada vez mais a possibilidade surgida e começar a fazer estes novos projectos de vida profissional, desde que haja os mínimos exigidos. Penso que será uma boa oportunidade para equilibrar a actual situação e sobretudo para deixar de estar tão sozinho perante as adversidades do quotidiano uma vez que não encontro ninguém que queira efectivamente fazer uma sociedade no meu consultório ou ter uma perspectiva diferente e mais de acordo com o que procuro. Talvez em Setembro com a entrada da minha amiga e colega consiga ter alguém mais próximo e atenta às situações, tanto mais que me pareceu ter os pés bem assentes na terra e ter um bom conhecimento dos problemas actuais e como os tentar resolver. Temos que estar empenhados e com vontade para se superar esta fase e sobretudo tomar medidas positivas e de força para enfrentar a dureza destes dias, que ainda vão piorar, segundo parece.
Mas sejamos optimistas e acreditemos na nossa força individual e colectiva para vencermos a crise e conseguirmos ter um futuro risonho com os nossos filhos e netos, porque como vou sabendo muitos dos meus antigos doentes que estão numa fase de retornarem, já são avós num natural evoluir da vida e da humanidade.
Fica um enorme e quente SORRISO cheio de FORÇA e de vontade de evoluir e crescer cada vez mais neste conhecimento do nosso EU profundo e realmente importante.






1 comentário:

planetafryo disse...

Bueno, la verdad es que todo este clima loco que estamos padeciendo se debe a la corriente oceánica del niño en Perú. Lo oí en un informativo, de refilón, como una pequeña nota al margen. Como estamos en una época en que está de moda el catastrofismo climático, no se cita para nada los cambios que produce esta corriente oceánica, que cíclicamente desequilibra el clima. Está de moda quedarse con que la humanidad es la culpable (que bien es cierto que algo locos estamos en este frenesí de consumo y despilfarro de recursos). Lo de Australia, es algo parecido, cada cierto tiempo, esa región se inunda y se convierte en un vergel durante un breve periodo de tiempo, como sucede en otros sitios desérticos de África. Pero ahora, las noticias sólo se quedan en la superficie, sin ahondar en nada, dando la mitad de la información, es decir, desinformando, y todo parece ser culpa del cambio climático. Pero es que el clima no es tan simple como que cada año tienen que pasar las mismas cosas. Es como si nos echaran la culpa de que el cometa Halley no pase todos los años por aquí.

Un abrazo, tío.