Mais um dia de calor intenso, neste meio de semana a caminho - finalmente - do tão ansiado mês de férias a começar na 2ª quinzena. Ontem apercebi-me que tenho na verdade de tomar mais conta das ocorrências e sobretudo encontrar pessoas motivadas e queiram estar mesmo no consultório, sem ser com aquele ar de estarem a fazer-me um favor.
Coloquei um apelo no facebook e de imediato me apareceram colegas e ex-alunos a oferecer-se para colaborarem, pelo que chego sempre à mesma conclusão que é haver gente que quer mesmo trabalhar e que não é preciso complicar para se trabalhar bem , pelo que para a semana vou falar com dois ou três dos colegas que me apareceram e definir esta situação.
Quero começar Setembro com este assunto de médicos resolvido e assente como deve ser, porque continuo a acreditar que o meu consultório tem potencialidades - touch the wood - e que bem gerido e aproveitado, com pessoas entusiasmadas e interessadas se conseguirá manter o nível, aumentar as receitas e sobretudo dar satisfação à procura, que é o fundamental nos tempos que correm.
Não preciso de andar sempre stressado com a eventual ida dos colegas que lá estão, que têm certamente uma vida muito preenchida e completa e não estão interessados em dar o seu contributo, o que tenho pena, mas a vida continua e temos, devemos, seguir em frente e também aqui a força do Universo é muito grande e poderosa porque, mais uma vez, tudo se vai conjugar para que em Setembro tenhamos uma rentrée em forma e como deve ser.
A constituição duma equipe é sempre um processo complicado, mas espero desta vez acertar nas pessoas e na sua motivação, porque nos tempos que correm há necessidade dum espírito de sacríficio e de vontade, porque com o aumento brutal de consultórios, com o dumping existente, temos que manter a qualidade mas também sermos flexíveis, alertando as pessoas mas procurando sempre ir de encontro ao que pretendem e não ao óptimo que queremos sempre porque muitas vezes o óptimo é inimigo do possível. E isso há muitos colegas que não vêm e que conseguem lidar no quotidiano com a realidade o que pode ter como consequência ou deixarem de ter doentes ou então terem um nicho muito estreito de pessoas em determinados consultórios muito específicos.
Nos tempos que vão correndo temos e devemos adaptar-nos às circunstâncias que são duras e graves, mas com vontade, entusiasmo e empenho podemos superar este quotidiano, manter a nossa qualidade e rendimento, que é um factor extremamente importante. E apenas com um enorme controle dos doentes e do funcionamento das consultas conseguimos manter este nível, não podendo nunca baixar os braços e pensar que as pessoas farão aquilo que nós gostaríamos. Temos que nos empenhar mesmo e cada vez mais.
Estou entusiasmado com a criação duma nova equipa e com a possibilidade de trabalhar a sério com outras pessoas, mais motivadas, interessadas e conhecedoras da realidade do momento e não com pessoas que criam obstáculos e problemas com muita coisa que não tem razão de ser. Ser médico é não só uma ciência, mas principalmente é uma arte e cada um de nós pode e deve ser um artista. Aí reside a diferença entre um tecnicista, sem qualquer rasgo criativo e um artista que dentro das limitações dá esperança e cor aos seus trabalhos e tratamentos.
Estou optimista e sinto um grande SORRISO interno por esta minha postura que me é dada e reforçada por esta minha postura actual de vida, de acreditar nestes imensos vasos comunicantes do Universo e da força e energia que nós temos ao dar e receber o que temos e queremos. A vida é bela para ser vivida e tem que o ser da melhor forma, com um imenso SORRISO.
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