sábado, maio 01, 2010

Sábado

Ontem fomos ao Chiado, jantar a um restaurante novo, o Storik ( www.storik.pt ), com o conceito das flammes - especialidade da Alsácia - que são uma espécie de pizza sem o serem e de que gostamos bastante. Comemos um rodízio e assim pudemos experimentar uma série delas, algumas melhores do que outras mas duma forma geral, muito agradável e a repetir. O espaço é muito simpático e o serviço excelente, com um bom acompanhamento durante o jantar. A voltar...
Sinto-me hoje muito magoado e triste porque sempre reajo muito mal quando me omitem coisas que acho importantes e fundamentais ou que são parte integrante da vida e quotidiano das pessoas. Sem querer entrar em grandes pormenores, a verdade é que não me contaram certas coisas que deviam ter contado e que fazem parte da confiança mútua entre duas pessoas e que são o alicerce duma relação. Fiquei profundamente magoado e também pela quase ausência de compreensão pela minha reacção como se fosse o mais normal possível, esconderem-se factos importantes e que dizem respeito às pessoas. Tanto mais que de imediato também "descobri" outras coisas escondidas que me magoaram também.
Mas enfim, vou agora para a minha sessão de análise e vou certamente falar destas coisas e do que me magoam, porque configuram atitudes que considero graves e lesivas duma relação e ainda por cima sem qualquer necessidade, mas é a vida e temos que andar em frente.
Hoje vamos jantar com uma série de amigos e pouco mais são os planos para este fim de semana e para hoje, dia 1 de Maio, dia do trabalhador. Lembro-me do 1º de maio de 1974, primeira vez em que foi permitido comemorar o dia. As ruas encheram-se literalmente de pessoas, toda a gente saiu para comemorar, sem divisões nem políticas e foi um dia lindo e cheio de significado porque se tinha conseguido a liberdade uns dias antes e ainda não havia fossos nem desentendimentos profundos na sociedade portuguesa. E também eram dias de grande ilusão e optimismo, sem sabermos que 36 anos depois estavámos nesta situação em que nos encontramos.
Tudo tem o seu ritmo e andamento próprios e temos que nos conformar com a vida que temos e sabemos criar, com a certeza de que muito depende de nós o que recebemos pois está intimamente relacionado com o que também sabemos dar e é desse intercâmbio que se faz a nossa vida.
Amanhã é dia da Mãe e vou almoçar com a minha Mãe, como é lógico e natural e também telefonar às minhas Mães adoptivas a dar-lhes um beijinho, porque tenho a sorte de ter tido ao longo da minha vida várias pessoas importantes que me marcaram e contribuíram para eu ser como sou agora e não posso certamente esquecer quem foi mesmo importante na minha vida.
E com um enorme e quente SORRISO, com uma certa tristeza e mágoa, vou até à minha sessão analítica - que talvez seja a última pelos próximos tempos - com alguma ENERGIA e FORÇA.

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