terça-feira, outubro 13, 2015

Verdades

Dia de sessão... Dia de confusão e de alguma tensão interna, provocada por muitos medos, fantasmas e incertezas. E sobretudo pelo medo de estar a perder o controle de algo que julgava estar bem definido e assente.
Mas a minha vida é mesmo assim e sempre foi feita de factos, contradições, voltas e contra voltas; felizmente que, neste momento e abstraindo certas falhas passageiras e momentâneos, penso e sinto que, apesar de tudo consigo dar a volta duma forma diferente e mais realista. Se bem que por vezes vá de encontro a registos antigos, dois quais não me consegui ainda totalmente libertar.
Mas a verdade é que, lenta e calmamente, vou preenchendo o meu espaço, o meu lado activo e tentando cada vez mais enquadrar o passado onde ele deve ser colocado e posto. Só não gosto quando esse mesmo passado é, tudo ele, posto em causa e negativizado duma forma sistemática e completa.
Lembro-me a reescrita feita por certos regimes à sua própria história e às personagens que fazem parte dessa mesma história, que por motivos vários desaparecem dos registos e são apagadas das fotografias e é como se nunca tivessem existido. Não quero de modo algum que isso aconteça.
Tanto mais que a vida é feita destas memórias, destas estórias que temos e é o somatório do nosso presente com o passado e com todos aqueles que nos rodearam, rodeiam, que fizeram  parte da nossa vida, que deixaram e deixam marcas e que fazem e farão para sempre parte do nosso patrimônio pessoal, familiar e afectivo.
E fico irritado e triste quando se põe em causa tudo isso, como se nunca tivesse tido qualquer importância ou já não fizesse parte do nosso patrimônio e da nossa vida. Tudo contribui para podermos ser mais felizes e ainda para fazermos os outros felizes, bem como conseguirmos que a nossa vida siga em frente e cada vez melhor.
Tenho de me entender, de me perceber mais e mais, bem como não me deixar influenciar tanto pelos objectos externos, nem tão pouco querer controlar tudo e todos como o fazia no passado. As manipulações, as mentiras e os subterfúgios acabaram e apenas assim se consegue estar melhor connosco - e com o tal silêncio interno que estamos a criar - e com os outros que nos rodeiam e que nos fazem muita falta, que amamos e estimamos.
Aprender a viver com o que se tem, com o que construímos e sabemos ter, bem como o facto de termos a felicidade e a sorte de termos à nossa volta quem nos quer bem e quem nos vai acompanhando sempre e sempre, através das tempestades e das bonanças.
Um enorme SORRISO para hoje, neste dia que não começou muito bem mas que, certamente vai acabar o melhor possível, porque depois da sessão e do que ouvi, bem como de algumas palavras recebidas fiquei bem mais tranquilo e relaxado, na certeza de que a vida é aquilo que nós queremos e conseguimos que seja.

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