quinta-feira, dezembro 04, 2014

Fundamentalismos

A sensação do caminho percorrido e por percorrer faz-nos pensar e reflectir na inutilidade de certas coisas e na certeza de outras. Valerá mesma a pena o aprofundamento da nossa identidade ou seria bem melhor ficarmos pela superficialidade do que somos e ignorar esta busca incessante e constante do nosso Ego ?
A Humanidade tem avanços e recuos, bem como sobressaltos, factos terríveis, desumanidades e grandes desentendimentos, mas a verdade é que a velocidade da vida, dos acontecimentos e do conhecimento tem sido e é enorme, muitas vezes de difícil compreensão e entendimento.
Sinto que uma das grandes falhas deste " crescimento" é a crescente  falha dos valores éticos e morais que, mesmo assim, faziam parte do nosso universo é que, cada vez, estão distantes e longe da nossa realidade.
Se no campo profissional há um fundamentalismo crescente é uma falta de solidariedade entre profissionais do mesmo campo e se nas relações pessoais, afectivas, amorosas ou de simples amizade, há também um fosso crescente desses mesmos valores, então o que nos resta ?
Apenas e tão só lutar pelos nossos valores, empenharmo-nos na defesa do que achamos importante, mas sobretudo acreditarmos nas pessoas que merecem e valem a pena....  a irracionalidade de muitas pessoas, a (quase) incapacidade de consensos e ainda a " brutalidade" da vida actual leva a atitudes e comportamentos que me ultrapassam de todo.
Já não percebo muitas atitudes,  apesar de ate poder achar que também tenho a minha quota parte de culpa, a verdade é que estamos numa fase de grande individualismo e incapacidade de gerirmos o nosso bem estar colectivo e geral.
Perante a indiferença de cada qual pelo seu semelhante, como se poderá efectivamente mudar seja o que for.... quando os Homens, os comuns e simples mortais, não se entendem no básico e no mais fundamental da vida, como vai ser possível estruturar melhor a Humanidade e dar um destino/futuro digno a todos nós?
Sinto, por vezes, que é ou seria melhor ser mais básico, sem tantas preocupações filosóficas ou de índole abstrata do que procurar melhorar o que somos ou o que nos rodeia, mas (in)felizmente muita coisa não é como nós queremos, mas é como a realidade quer. 
Mas seremos mais felizes com estas questões metafísicas ou existencialistas ? Ou preferencialmente poderíamos deixar correr os minutos da vida e deixar-nos ir com a corrente? Sermos mesmo básicos ou estarmos noutro nível de existência visto que, felizmente, temos mais do que o suficiente para vivermos , eis a questão que desde há algum tempo me coloco a mim próprio.
Há muito que não abordo o More is Less... na verdade muitas vezes nem nos apercebemos do que temos ou não temos, visto que embrulhamos a nossa realidade da forma que gostaríamos ou desejaríamos e não nos conseguimos aperceber que a nossa realidade é algo de muito bom e positivo comparativamente com os milhões de pessoas que nada têm, mas nada de nada mesmo ou vivem em condições infra humanas ou em escravatura.
Percebamos e sintamos a sorte que temos nesta nossa vida e neste nosso dia a dia e sobretudo consigamos manter o nosso SORRISO forte e presente, não só para o exterior mas principalmente para o nosso interior. 
Temos que nos sentir preenchidos, em união connosco mesmo e assim permitir que a nossa mensagem para o exterior seja eficaz, forte e positiva. Assim seja!



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