sábado, dezembro 27, 2014

Férias

Desde ontem de férias... trabalhei de manhã e com a agenda cheia, como, infelizmente, já previa porque são dias em que as pessoas aproveitam para ir ao médico e resolver problemas que já têm há algum tempo e estando livres o fazem então.
À tarde, fomos ao El Corte Inglês ao Black Friday, bem como ao início das promoções, tendo aproveitado para fazer uma belíssima compra, numa conhecida marca e em algo que procurava há uns tempos. Gosto de ir logo no primeiro dia, se bem que ao longo dos dias os preços ainda vão baixando mais mas também vai deixando de haver artigos interessantes.
Fomos ainda ao cinema ver o Interestelar (http://pt.wikipedia.org/wiki/Interstellar), tendo sido a estreia de cinema no Corte Ingles, bem como de cinema propriamente dito porque acho que neste ano ( e talvez no outro ) não tínhamos ido a nenhuma sala de cinema... as salas são boas o que é importante para este filme que tem quase três horas de duração.
É um filme curioso, estranho mas também gerador de esperança na Humanidade; faz-nos pensar na relatividade do tempo e do espaço, com a simultaneidade do passado, presente e do futuro. Ou seja, cada vez mais sinto que por voltas que se dê nas mais diferentes filosofias, estudos, filmes ou pensamentos humanos vamos ( quase ) sempre ter aos mesmos locais e semelhantes conclusões. Bem como à certeza de que ainda falta muito para que o conhecimento humano atinja o seu limite ou o a sua plenitude; aliás acredito que nunca tal acontecerá.
Lembro-me sempre do monolítico do "2001, Odisseia no espaço" que representa, para mim, o desconhecido e o ignorado pelo Homem e aquilo que ele nunca conseguirá atingir ou alcançar... no dia em que, supostamente, tudo se souber ou conhecer que nos restará para irmos mais além e mais longe ?
A mente humana, bem como o conhecimento humano, é infinito e será certamente ilimitado, pelo que acho que nunca será possível saber-se a totalidade do que somos ou nos rodeia. A própria condição humana é limitativa desse mesma possibilidade visto que, quando mais sabemos, mais queremos saber e descobrir.
Continuo sem saber ou ter certezas acerca se é melhor ser básico e linear, sem grandes preocupações metafísicas ou se é melhor querermos saber mais e muito mais, não só sobre nós próprios como também de tudo aquilo que nos rodeia.
O filme faz pensar numa série de coisas estranhas e que fazem parte da nossa vida e do nosso quotidiano.... ao falar com o meu filho Fran que adorou este filme apercebi-me na verdade na dimensão desta realidade e do que nos ainda nos falta conhecer e saber. E é imenso...
Começando pelas nossas próprias capacidades e pela falta de resposta ao muito que ainda desconhecemos.... desde a nossa própria mente e os seus caminhos, às muitas patologias existentes e ao grande desconhecimento ( cada vez menor ) acerca da nossa marca genética e do seu potencial. No dia em que o mapeamento genético estiver feito e completado, certamente que atingiremos um patamar completamente diferente de conhecimento e de certeza na vida.
Mas, nessa altura, certamente que surgirão outros factores, outros elementos para descobrir e assim sucessivamente até ao fim dos tempos e da Humanidade... se é que alguma vez, haverá algum fim ou se não haverá uma repetição infindável do mesmo ao longo dos tempos. Mas também será algo que nunca saberemos nesta altura e nesta vida...
Talvez quando formos energia pura e simples algures no cosmo possamos saber mais e perceber efectivamente aquilo que somos e temos, visto que a nossa limitação é imensa e que a nossa vontade de sabermos cada vez mais esbarra também na mesquinhez e cupidez humana que, pelo lucro fácil e rápido bem como pelos comportamentos mais estranhos, não procura nada mais do que o presente banal e linear.
Mas neste mood de férias, espero que consigamos manter o nosso SORRISO todo o novo ano que se aproxima velozmente e que sejamos capazes de descobrir mais e melhor o que somos, o que nos rodeia e ainda de fazer pelos que Amamos e Estimamos o nosso melhor sempre com um enorme SORRISO e a capacidade de sermos FELIZES.

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