quinta-feira, agosto 29, 2013

Nice


Hoje o programa é Nice... ontem quando a atravessámos ficámos com uma impressão menos boa, mas hoje é completamente diferente. Para já é mesmo uma cidade enorme, com uma população de cerca de 1300000 habitantes, com uma longa frente de mar e de praias. 
Estacionámos perto do museu de Arte Moderna, que achei simpático, simples e com obras de que gostei, para além de ter um terraço panorâmico com uma vista espectacular da cidade. Como esta cidade está muito ligada a Matisse comemora-se agora este pintor.
Entrámos depois na cidade velha, espécie de Bairro Alto da cidade, tendo ido ver o Palácio Lascaris, um espaço representativo das condições em que vivia a nobreza... Estamos agora num bus a caminho do Museu Matisse, que vamos visitar para depois irmos almoçar e continuarmos o passeio pela parte velha e pela " Promenade Des Anglais" que é toda a parte de praias e passeio.
Henry Matisse era um homem de imensos interesses, fazendo pintura, escultura, fazendo todo o interior duma igreja em Vence e tendo a sua obra espalhada pelo mundo inteiro. Faleceu em 1954.
Fez também o guarda roupa da opera " O Canto do Rouxinol" de Stravinsky e a pedido de Serge Diaghelev, em 1914, tendo sido apresentada pela primeira vez na opera de Paris , no dia 2 de Fevereiro de 1920.
Em 2000 por ocasião  dum aniversario de Rainier III e do Mónaco, esta opera foi levada à cena com o mesmo guarda roupa original de Matisse. 
Sempre gostei deste pintor, mas nunca pensei que fosse tão multifacetado... e são museus de pequena dimensão, mas muito bem estruturados e interessantes e principalmente este gostei bastante. 
Depois dum almoço simples e frugal para não nos dar sono, vamos continuar o nosso programa do dia com uma ida ao Museu da Belas Artes, um passeio pelo Promenade e pela parte antiga de que vimos ainda pouco. 
É engraçado como a experiência e o à vontade que vamos adquirindo nas (muitas) viagens feitas, nos permitem deixar o carro algures e, não havendo metro, apanharmos autocarros e chegarmos aos nossos destinos. Praticamente atravessámos a cidade toda, mudando de bus e, sem nos perdermos, chegámos mesmo onde queríamos.
O museu de Belas Artes, onde Matisse teve como mestre Gustave Moreau é também um pequeno museu muito bem conservado e arranjado, que se vê muitíssimo bem. O primeiro conservador deste museu foi um senhor chamado Mossa, também ele pintor, mas com uma obra apenas descoberta depois da sua morte. E com um traço bem bonito e peculiar....
É uma verdade a multiplicidade de formas que o Homem tem de se expressar e de transmitir os seus sentimentos, emoções, feelings e tudo o mais que nos caracteriza e quanto mais vejo, aprecio, ouço e leio mais consciente fico da minha ignorância, apesar de, felizmente, não poder ser considerado um ignorante. Antes pelo contrario, penso que sei algumas coisas mas, por exemplo, em comparação com o meu Pai sou um simples aprendiz !
E nesta pequena viagem de ferias, já contactamos com diversas formas de expressão artística, desde o bailado que vimos, as pinturas, as colagens, os livros, a arte de rua... tudo isto nos enriqueceu e nos permitiu ver outras formas de expressão e outras visões deste Universo onde vivemos e estamos.
O " Promenade" é uma longa e extensa avenida, aberto ao mar, com uma praias minúsculas e com uma areia de calhaus autênticos; eu que até gosto de areia grossa, teria dificuldade em em estar muito tempo estendido numa destas. O mar é uma autentica piscina calma e plana.
Esta avenida, que me fez lembrar Copacabana, sem a calçada portuguesa e sem a alegria dos brasileiros, está também cheia de gente, de ciclistas, de corredores que enchem de vida a rua e a cidade. É a tal palete de cores que Matisse referia nas suas obras e manifestações, comparando as cores aos sons da música e à sua harmonia.
Entretanto desviámos um pouco e viemos ainda ver o palácio Massená, marechal de Napoleão, que aqui tinha uma vila faustosa e cheia de actividade social na época. Esta província está cheia de história, divisões e guerras, até fazer parte integrante de França. De todos os museus e espaços que vimos este é, certamente, o que menos me agrada, mas a verdade é que começo já a ficar bastante cansado.
Demos ainda uma volta pela cidade velha, pegámos no carro e chegámos ao hotel sem problemas, porque já estamos donos e senhores destes locais sempre com um enorme SORRISO cheio de energias positivas, muita coisa para assimilar e pensar e sobretudo acabar em beleza estes ( curtos ) dias de ferias.

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