Ao chegar ao SAMS, tinha à minha espera a noticia de que não era suposto vir trabalhar, uma vez que estava prevista para hoje mais uma sessão do julgamento; julguei que tinha anulado todas os pedidos mas pelos vistos este não foi feito ou perdeu-se algures.... de qualquer forma, a minha querida amiga e coordenadora deixou-me ficar e estou a ver urgências!
Caso contrario, teria falta, perdia um dia inutilmente e ficava sem nada para fazer. Ainda bem que me dou tão bem com a AT, que me permite fazer destas coisas sem haver grandes problemas. Se dependesse doutras pessoas, certamente que seria completamente diferente porque só não me prejudicam mais, porque não podem!
Passou-se mais um fim de semana com tudo o que contei, entramos numa nova semana e felizmente que me sinto bastante repousado e descansado, na medida em que tenho dormido bem e tranquilo. São fases e dias, mas acho que já sei o que hei-de tomar para que assim seja.
Faltam nove dias úteis de trabalho no Consultorio para terminar este ano e entrar em ferias merecidas e justas entre o Natal e o fim do ano, interrompidas apenas um dia para vir aqui ( e guardar um dia de ferias ) e seguir para o norte com os nossos amigos a passar o réveillon.
O problema é que, normalmente, os dias de ferias passam sempre a correr e quando damos por nós, já estamos de novo a trabalhar e neste caso em 2013. Espero e desejo que consigamos superar o novo ano da melhor forma possível e que as condições externas nos ajudem o mais possível, porque com a quebra de rendimentos e a recessão que temos, vai certamente piorar a procura de serviços considerados mais ou menos supérfluos por muitos, como sejam, os cuidados de saúde!
Mas falemos de coisas positivas e boas, relembrando que temos a sorte de continuarmos a ter a agenda cheia, bastantes doentes e sobretudo doentes novos e constantes, o que é francamenteov bom e positivo, porque tenho conhecimento de alguns consultórios a fechar e doutros francamente mal, como é evidente. Estamos numa fase de fusões e de união de esforços porque só com uma grande contenção de custos e aproveitamento dos recursos conseguimos optimizar o que existe e resistir à crise.
Estar aqui com poucos doentes e sem nada de especial para fazer, agrada-me e dá-me espaço para pensar, espairecer e reflectir acerca da vida, das pessoas e dos afectos que temos e tivemos ao longo da vida. É algo de essencial os afectos, a amizade e o amor na vida duma pessoa, sem os quais é francamente difícil, para não dizer impossível, viver e estar no mundo. Actualmente já consigo estar mais sozinho, porque sei que tenho tudo isso na minha vida, ao contrario do que aconteceu algumas vezes no passado em que o que me rodeava era muitas vezes bastante falso e postiço. Neste momento e felizmente os meus afectos são reais e verdadeiros, mesmo que por vezes não se manifestam da forma que eu mais gostaria, mas não consigo mudar totalmente as pessoas.
Fica um enorme SORRISO nesta penúltima segunda-feira de trabalho, com a certeza de com empenho, força e muita energia conseguiremos seguir em frente e não só DAR o que podemos como também receber o que queremos!
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