Fim de Caminho ou Encruzilhada ?

Há alturas em que parece que estamos numa encruzilhada de fim de caminho ou sem sabermos exactamente a direcção certa do caminho que nos leve a bom termo.
Estou numa dessas fases de desnorte, de fragilidade e de energia negativa que já tenho tido, com emoções contraditórias, sentimentos desencontrados e pressentimentos muito depressivos. Também como sempre, parece que tudo se conjuga para tornar ainda mais negativo os dias que correm, com diminuição das consultas e menor rendimento, o ziguezaguear do SL e das condições do nosso acordo que me deixou bastante apreensivo na ultima semana e com muitas duvidas acerca da sensatez da mudança, a tristeza do Fran que deve ter tido algum problema serio com amigos que o deixaram bem triste e a juntar a tudo isso, o actual clima domestico é o suficiente para me deixar bastante fragilizado.
O clima em casa da minha Mãe também não está famoso com as constantes  picardia entre eles, que parecem não se entenderem e que tornam o ambiente pesado e de difícil manuseamento. O FJ está com dificuldade em aceitar determinados comportamentos, parecendo não entender que a idade vai pesando nas atitudes e que se deve deixar passar muita coisa.
Por experiência de vida, sei que depois destas fases altamente negativas, vem a bonança mas desta vez não sei se assim será porque os meus pressentimentos são bastante negativos e não sei o que fazer o como agir, porque a verdade é que estou sem força anímica e apático. E não gosto nada de assim estar e de me sentir desta forma, mas como não depende apenas de mim, não posso fazer doutro modo. 
Sou bastante intuitivo e por vezes, o que capto e sinto não me deixa nada tranquilo, tanto mais que não consigo interagir ou sequer reagir sem ser afundar- me lentamente neste modo de estar que não ajuda nada. Procuro dormir, ou fazer algo que me abstraia e me faça "levitar" noutra onda e mundo para que assim possa levar por diante este quotidiano.
Fim dum caminho, cruzamento de vida ou mudança de agulha é a duvida que sinto e a angustia que tenho porque tenho consciência dos meus erros e das minhas atitudes mas também sei que aquilo que quero e de quem efectivamente gosto e esta dualidade, sempre presente a minha vida, tem que ser  resolvida e integrada da forma possível e correcta para não magoar aqueles que me querem e e rodeiam.
O lado "negro" de que a falei tantas vezes vai-se manifestando e dando problemas pelo que tenho, devo, controlar e analisar mais e melhor esta faceta e sobretudo tentar perceber as suas motivações e razoes porque logicamente são fruto da ambivalência em que sempre vivi e das situações que presenciei. São registos antigos de mentiras, de conflitos e duma moralidade duvidosa, que sempre aconteceram na minha vida e família. 
Assuntos que não eram esclarecidos, temas tabu, fingimentos permanentes e dificuldade em lidar com a realidade foram e ainda são  constantes desta família , cheia de contradições e de estórias não esclarecidas e deixadas debaixo do tapete.
Sempre assim foi e por isso, é natural que tenha muitos desses registos impregnadas na minha génese e que dificilmente consiga, por vezes, reagir ou fazer doutro modo. Não é desculpa mas pode ser entendivel e explica muitos comportamentos e atitudes pessoais.
Fica um enorme SORRISO com a duvida de ir hoje trabalhar ao consultório, por ser  uma segunda feira muito fraco, mas principalmente pela pouca força anímica que sinto!