sábado, junho 04, 2011

Sábado

Ontem fomos jantar a um restaurador espectacular, o Darwin´s Café (http://www.darwincafe.com/), situado na Fundação Champallimaud. É um espaço fantástico, bem conseguido, em cima do Tejo. Para além disso, e apesar de ter um serviço um pouco demorado, come-se relativamente bem com uma boa relação qualidade preço.
E soube-me mesmo bem esse jantar para me descontrair e esquecer discussões e problemas havidos.
Tive uma informação que me deixou extremamente bem disposto e contente, que foi precisamente a mudança de voto da minha querida amiga que, racional e inteligentemente, me explicou porque ia mudar o seu voto. Sendo este aspecto um dos nossos únicos pontos de grande atrito, fiquei bastante satisfeito, tanto mais que mostra bem a racionalidade e inteligência dela, porque nem toda a gente seria capaz de dar razão ao evidente
Ontem foi também um dia importante, na medida em que assinámos finalmente o acordo de parceria, em negociação há muito e que já é oficial.
Fui convidado a assumir a direcção médica duma clínica dentária, do meu protésico, a abrir assim que estiver tudo devidamente legalizado - provavelmente em Setembro. Assim, vou fechar o meu consultório, vendendo-o ou arrendando-o, e passar de armas e bagagens para o novo espaço.
Vou levar assistentes, doentes, acordos e coordenar, medicamente, o novo espaço, recebendo para isso um ordenado durante o tempo em que for director clínico. Vou libertar-me de toda a burocracia, de todas as despesas inerentes a um consultório e principalmente a todas as preocupações resultantes do nosso quotidiano difícil e complicado. Negociei condições duras e exigentes e vou ter poderes de veto no que me interesse e me diz respeito para poder trabalhar bem e em condições.
É um grande passo, mas estou convencido que é o melhor que poderia fazer, tanto mais que sei e sinto que o meu consultório actual necessita já de mudanças para as quais já não me sinto com animo suficiente. Além de que começa também a ter um desgaste próprio, exigindo uma renovação e obras que já não quero fazer, nem gastar dinheiro com isso.
É uma maneira de ficar mais tranquilo, de preparar a minha reforma e sobretudo de me poder dedicar mais e melhor á gestão clínica e médica, deixando para o director técnico a gestão burocrática e quotidiano da clínica.
Estou satisfeito, apesar de também estar um pouco apreensivo na medida em que perco a minha liberdade de acção e de decisão plena, mas ganho muitas outras coisas e principalmente ganho uma espécie de "guarda-chuva" para os tempos que aí vêm.
Sou da opinião de que, só com fusões e parcerias, se consegue sobreviver a estes tempos. temos que criar espaços rentáveis, fáceis de gerir e por isso mesmo não mega clínicas com todos os problemas inerentes a isso mesmo e fazer face á pirataria que começa a ser generalizado nesta área.
Para além disso, o "chefe" máximo é uma pessoa extremamente séria, honesta e capaz cheia de vontade de progredir e de fazer mais e melhor, pelo que cada um de nós se irá empenhar fortemente nesta solução e dar o seu melhor.
Desejo que seja um projecto fantástico e que daqui a uns anos ( prevejo uns 7 anos ) me possa finalmente retirar da actividade com a sensação de ter feito mais uma coisa positiva e ter a minha vida preparada para a reforma. Felicidades para ambos e para este projecto, que para além disso, fica apenas a dois quarteirões do meu actual espaço, o que evidentemente, contribuiu para ter aceite.
Ontem, ainda estive a dar umas voltas a ver o tal computador que o Pedro quer e que necessita pela avaria do seu portátil. Estive no Corte Inglês e na FNAC e nesta aconteceu uma coisa curiosa e demonstrativa dos funcionários actuais.
Para se pedir o cartão FNAC tem que se mostrar uma série de documentos, entre os quais, um demonstrativo de morada para o que serve um extracto bancário. Levei um extracto integrado enviado pela minha gestora de conta e que continha toda a minha "riqueza" nesse banco. Mas o funcionário não sabia o que era esse documento e nunca tinha visto nada parecido, pelo que ficou bastante atrapalhado e teve que ir chamar uma colega. Perante essa atitude, pedi no momento à minha gestora que me enviasse para o fax da loja um extracto de movimentos e ao comunicar ao dito funcionário que podia ir buscar o fax, perguntou-me como funcionava o dito fax porque não sabia. O funcionário era um jovem, aparentemente normal, mas pelos vistos desconhecedor de muitas realidades e o que me fez confusão foi precisamente colocar-se uma pessoa destas neste serviço que exige uma certa capacidade de empreendimento e de conhecimento.
Mas é a realidade que temos e sobretudo a irresponsabilidade existente, na medida em que as pessoas não querem - não sabem - tomar decisões e passam tudo para os superiores hierárquicos. Por isso, tanta coisa funciona mal e devagar, precisamente porque as pessoas têm medo de tomar decisões e eu vejo isso todos os dias com as assistentes que me rodeiam, que me perguntam tudo e mais alguma coisa para não terem que assumir responsabilidades. Habituado como estou a tomar decisões na hora, a correr riscos e a resolver, é algo que me faz muita confusão, tanto mais que trabalhei quase 20 anos com a minha Fernandinha, uma pessoa cheia de iniciativa e de responsabilidade.
Ontem também me ligou porque são 4 anos em de luto, porque o marido morreu precisamente há quatro anos. E a saudade mantém-se, bem como a dor da perda. Um grande beijinho para ela.
Hoje, vamos dar umas voltas necessárias para, com um enorme SORRISO nos preparamos para o dia eleitoral de amanhã, com a (quase)certeza dum bom resultado e duma mudança com Energia e com a força necessária para sairmos deste abismos em que estamos. Tenho mesmo a esperança que amanhã se iniciará uma nova etapa deste País, que tem que ser cumprida e realizada para voltarmos a ter orgulho de sermos Portugueses.


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