quarta-feira, abril 28, 2010

Meio da semana

Meio de mais uma semana sem estórias nem registos importantes, a não ser, e uma vez mais, estarmos numa situação gravíssima e nada estar a ser feito para combater a crise e os ataques especulativos que o País está a sofrer.
Se nada for rapidamente feito e por consenso nacional, vamos mesmo entrar numa derrapagem completa e séria, com toda a carga dramática que isso representa. Estou bastante preocupado com o nosso futuro colectivo e com as nossas hipóteses de sobrevivência se nada for realmente feito e rapidamente.
Parece que estamos todos adormecidos e que andamos ao sabor dos acontecimentos, com episódios como os de ontem, de greve geral de transportes e de perda de 30% de produtividade, sem força anímica e sem um grande desígnio nacional.
No outro dia,o Fernando Nobre, candidato presidencial falava em desígnios nacionais e bem, mas depois apontava as baterias ao actual Presidente da Republica, numa manobra eleitoralista e comezinha, uma vez que os poderes do PR são limitados e apenas podem chamar a atenção dos problemas e tentar promover consensos e mover influências.
E isso penso que o actual Presidente tem feito, mas nesta fase deveria fazer muito mais e empenhar-se ainda mais na busca de consensos e na procura de políticas realistas e de saídas para esta gravíssima crise.
Qualquer dia acordamos sem podermos cumprir os nossos pagamentos, os nossos objectivos e então nessa altura aparece um Messias ( será ?? ) que terá que endireitar este país que anda tão à deriva. É tempo de assentarmos e acordarmos mesmo para a realidade e rapidamente tomar medidas e unir esforços para combatermos eficazmente estes tempos de emergência nacional, sem politiquices nem casmurrices, mas infelizmente tenho a sensação de que o actual Primeiro Ministro também já faz parte do problema em vez de fazer parte da solução.
Ainda por cima, tenho a sensação de que vivemos num País podre, cheio de casos, corrupção e patos bravos, cada um do qual a tentar ter mais e mais sem olhar ao todo e à sociedade em geral.
Ontem terminei as consultas mais cedo para dar hipóteses às assistentes de chegarem a casa por causa da tal greve a horas e estive a ver uma audição no Parlamento ao presidente do Tagus Park, tendo ficado espantado com o baixo nível dos deputados presentes e das suas perguntas. Se eu estivesse a ser interrogado, acho que me recusaria a responder a perguntas feitas daquela forma e com aquele tom. Fiquei negativamente impressionado pela forma como se faz debate no nosso parlamento. Mas condiz com o resto da classe política, mal preparada e a viver exclusivamente da causa política e em proveito próprio.
Vamos ver aonde tudo isto nos vai conduzir e como é que vamos mesmo conseguir sair deste imenso e profundo buraco em que nos encontramos.
Meio doutra semana e praticamente fim do mês de Abril, com tudo devidamente arrumado, pago e tratado, o que me deixa completamente tranquilo e descansado e já a preparar o próximo mês de Maio, mês bastante religioso por norma e este ano em particular com a vinda do Papa. E com a minha vontade de ir ao Terreiro do Paço ver a missa.
Tenho rapidamente que pegar na ideia do voluntariado e passar das ideias à prática, coisa bastante difícil pela inércia em que ando e que me sinto, com muito pouca vontade de agir e fazer. Queria mesmo estar noutra e principalmente estar fora do consultório.
Também nunca mais soube nada das minhas leitoras, prima e Cinderela, esperando que esteja tudo bem e que dêem notícias, com um quente SORRISO cheio de FORÇA e ENERGIA

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